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DIREITO DO TRABALHO

Boletim Trabalhista n° 12 - 2ª Quinzena. Publicado em: 16/06/2021

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

AUXÍLIO COMBUSTÍVEL
Combustível, Reembolso, Ajuda de Custo, Incidências de INSS e FGTS, Auxílio Transporte em
Dinheiro, Reembolso, Substituição, Esocial

Roteiro 

1. Auxílio Combustível
1.1. Obrigatoriedade
1.2. Integração ao Salário
1.3. Incidências de INSS e FGTS
1.4. Desconto de Parte do Auxílio Combustível do Salário do Empregado
2. Auxílio Transporte em Dinheiro
3. Reembolso de Despesas Com Combustível
4. Fornecimento de Auxílio Combustível Como Ajuda de Custo
5. Pagamento de Auxílio Combustível em Substituição ao Vale Transporte
5.1. Possibilidade de Concessão - Solução de Consulta n° 058/2020
6. Normas Coletivas de Reembolso Quilometragem
7. eSocial
7.1. Rúbricas Utilizadas no eSocial

1. Auxílio Combustível
O auxílio combustível é o benefício concedido ao empregado pelo empregador, em cartão ou em dinheiro, pela utilização do veículo pelo empregado.

Esse benefício é concedido aos empregados que utilizam veículos particulares para se locomover até a empresa.

1.1. Obrigatoriedade
Inexiste base legal que determine a obrigatoriedade no fornecimento, pelo empregador, do auxílio combustível.

Poderá ser um benefício concedido por mera liberalidade do empregador ou, por força de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, conforme previsto no
artigo 7°, inciso XXVI da
Constituição Federal de 1988.

Quando houver determinação em instrumento coletivo, o empregador deverá promover o fornecimento do auxílio combustível de acordo com as orientações
trazidas em referido documento.

1.2. Integração ao Salário


De acordo com o artigo 214, § 9°, inciso XVIII do
Decreto n° 3.048/99, não integrará o salário do empregado, os valores pagos para ressarcimento de
eventuais despesas que o trabalhador tenha.

Não sendo o caso de ressarcimento ao empregado, situação em que o empregador fornece o auxílio combustível por mera liberalidade, para deslocamento
do empregado de sua residência ao trabalho e vice-versa, este valor, via de regra, tem natureza salarial, conforme disposto no artigo 214, inciso I do
Decreto
n° 3.048/99.

Contudo, recentemente tivemos o posicionamento da Receita Federal através de uma Solução de Consulta n° 313/2019 e 58/2020, trazendo a possibilidade
de concessão do auxílio combustível sem incidências, o que será tratado nos tópicos a seguir.

1.3. Incidências de INSS e FGTS


Analisando o artigo 5° do
Decreto n° 95.247/87, não há previsão autorizando a substituição do vale transporte para auxílio combustível, seja fornecimento
em dinheiro ou mesmo mediante convênio com postos de combustível, ou até mesmo mediante cartão combustível.

Logo, esses fornecimentos integrariam a remuneração do empregado sendo base de incidência de INSS e FGTS, além disso, o empregador ainda permanecia
na obrigação de fornecer o vale transporte.


Ocorre que em 01.07.2020 foi publicado o Decreto n° 10.410/2020 que trouxe significativas alterações do
Decreto n° 3.048/99. Com a nova redação, o artigo
214, § 9°, inciso VI do
Decreto n° 3.048/99 prevê que:
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Boletim Trabalhista n° 12 - 2ª Quinzena. Publicado em: 16/06/2021

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

§ 9° Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente:


VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, ainda que paga em dinheiro, na forma da legislação própria;

Ainda, a Receita Federal já havia sinalizado que a concessão do benefício em dinheiro não teria natureza salarial para fins de incidência de contribuição
previdenciária.

Nesse sentido, foi publicada a Solução de Consulta n° 313/2019 e 58/2020:

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 313, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2019

(DOU de 26.12.2019)

Assunto: VALE-TRANSPORTE. VALE-COMBUSTÍVEL. NÃO INCIDÊNCIA.


Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de vale-transporte por meio de vale-combustível ou semelhante.  A não
incidência da contribuição está limitada ao valor equivalente ao estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência-trabalho e
vice-versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art. 1° da Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985.
O empregador somente poderá suportar a parcela que exceder a seis por cento do salário básico do empregado. Caso deixe de descontar este
percentual do salário do empregado, ou desconte percentual inferior, a diferença deverá ser considerada como salário indireto e sobre ela
incidirá contribuição previdenciária e demais tributos.
Dispositivos Legais: Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, artigos 1° e 4°; Ato Declaratório n° 4, de 31 de março de 2016, da Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional; Súmula AGU n° 60, de 8 de dezembro de 2011.
Assunto: Normas de Administração Tributária
AUSÊNCIA DE REQUISITOS. INEFICÁCIA.
É ineficaz a consulta que não identifica o dispositivo da legislação tributária sobre cuja aplicação haja dúvida.
Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB n° 1.396, de 16 de setembro de 2013, artigo 3°, § 2°, IV, e artigo 18, incisos I e II.

FERNANDO MOMBELLI

Coordenador-Geral

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 058, DE 23 DE JUNHO DE 2020

(DOU de 30.06.2020)

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias


Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS. VALE-TRANSPORTE. AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO. RETENÇÃO. BASE DE CÁLCULO.
É dedutível da base de cálculo da contribuição previdenciária a ser retida, apenas o valor efetivamente pago pela empresa para o transporte do
trabalhador, descontada a parcela suportada pelo empregado.
Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de vale-
transporte por meio de vale-combustível ou semelhante.
A não incidência da contribuição está limitada ao valor equivalente ao estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência /
trabalho e vice- versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art. 1° da
Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985.
O empregador somente
poderá suportar a parcela que exceder a seis por cento do salário básico do empregado.
Caso deixe de descontar este percentual do salário do
empregado, ou desconte percentual inferior, a diferença deverá ser considerada como salário indireto e sobre ela incidirá contribuição
previdenciária e demais tributos.
O valor pago pela empresa a título de auxílio-alimentação é dedutível da base de cálculo da retenção da contribuição previdenciária.
Se parcela desse auxílio for descontada da remuneração do empregado, esses valores comporão o salário de contribuição e não serão
dedutíveis da base de cálculo, seja ele calculado sobre a folha de pagamento ou relativo à retenção de 11% (onze por cento) do valor bruto da
nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.
Dispositivos Legais: Lei n° 7.418, de 1985:
arts. 1° e 4°; IN RFB n° 971, de 2009:
arts. 58 (III e VI), 112 e 124; Ato Declaratório PGFN n° 4, de 2016.

Ainda não existe previsão tratando da incorporação ao salário para fins de férias e 13° salário, por exemplo. Dessa forma, caberá ao empregador analisar os
documentos coletivos e avaliar os eventuais riscos que o fornecimento em dinheiro possa trazer ao empregador ou aplicar a regra prevista no Decreto n°
95.247/87, no qual proíbe o benefício em dinheiro.

De todo modo, se existir previsão nas normas coletivas autorizando a concessão do benefício em dinheiro, entende-se que a empresa estará resguardada,
considerando a previsão do artigo 611-A da
CLT. Contudo, recomenda-se avaliar previamente para afasta futuros riscos de reclamatórias trabalhistas.

1.4. Desconto de Parte do Auxílio Combustível do Salário do Empregado


A concessão do vale-transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do empregado, o valor da parcela de 6% do salário básico, oudo
montante percebido no período, nos termos do artigo 9° do
Decreto n° 95.247/87.
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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

Justamente por não haver previsão legal quanto ao auxílio combustível, a possibilidade de desconto de 6% na remuneração do empregado se limitaria à
concessão de vale transporte.

Além disso, via de regra, o auxílio combustível, por não conter previsão expressa na CLT, não possuí caráter obrigatório em seu fornecimento. Além disso,
caso o empregador o faça, por liberalidade, ou por disposição em instrumento coletivo, assim como prevê o artigo 611-A da
CLT, não há previsão na
legislação trabalhista que autorize o empregador a descontar do salário do empregado, qualquer valor ou percentual em razão do fornecimento de auxílio
combustível.

Com base no artigo 462 da


CLT, é proibido ao empregador efetuar desconto no salário do empregado, exceto nos casos de adiantamento salarial e
descontos previstos em lei ou contrato coletivo, conforme trata o artigo 7°, inciso XXVI da
CF/88.

2. Auxílio Transporte em Dinheiro


Analisando a situação pela ótica do
Decreto n° 95.247/87, em seu
artigo 5°, não há previsão legal que autorize a substituição do vale-transporte por outra
espécie, seja em dinheiro ou via convênio com postos de combustíveis ou fornecimento de cartão-combustível ou auxílio combustível.

Portanto, mesmo fornecendo através destas outras modalidades, o empregador não estará desobrigado ao fornecimento do vale-transporte.

Contudo, diante da alteração do artigo 214, § 9°, inciso VI do


Decreto n° 3.048/99,, passou a existir a possibilidade de pagamento do valor do transporte em
dinheiro, sem integrar o salário de contribuição:

§ 9° Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente:


(...)
VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, ainda que paga em dinheiro, na forma da legislação própria;

Em face da nova redação reproduzida, a concessão do vale-transporte em dinheiro não integrará a base de cálculo previdenciária, gerando o entendimento
que o empregador poderá fazer tal concessão. Porém, é importante destacar que a concessão do benefício em dinheiro fica limitada ao valor que o
empregado utilizará para seu deslocamento residência/trabalho/residência. Caso o empregador efetue o fornecimento em valor superior ao custo do
deslocamento, poderá ser tratado como fraude a legislação, conforme
artigo 9° da
CLT e o empregador correrá riscos de eventuais reclamatórias trabalhistas
ou fiscalização.

Oportuno esclarecer que embora as


Soluções de Consulta n° 313/2019 e
058/2020 tragam um entendimento da Receita Federal de que o valor destinado a
transporte do empregado, não tenha incidência previdenciária, não há como afirmar que não haveria integração na remuneração do trabalhador para as
demais verbas trabalhistas.

Isto é, para fins previdenciários não integrará ao salário de contribuição. Por outro lado, para fins trabalhistas, ainda não há previsão se esse valor vai
incorporar ao salário para fins de férias, 13° salário e FGTS.

Diante dessa falta de legislação dispondo em relação a parte trabalhista, caberá ao empregador analisar a situação, avaliar todos os riscos e decidir se o
fornecimento do transporte será em dinheiro ou se continuará aplicando a regra prevista no
Decreto n° 95.247/87, o qual veda a concessão do benefício em
dinheiro, fornecendo apenas mediante cartão transporte.

Destaca-se ainda que caso possua previsão no instrumento coletivo que autorize a concessão do vale transporte em dinheiro, o empregador estará
resguardado de fazê-la, considerando o disposto no
artigo 611-A da
CLT.

Para mais esclarecimentos, recomenda-se a leitura da matéria:

Vale Transporte - Beneficiários, Custeio, Transporte Próprio, Intervalo, Concessão em Dinheiro, Multas
Boletim n° 24/2020

3. Reembolso de Despesas com Combustível


De acordo com o disposto no artigo 444 da
CLT as relações do contrato de trabalho podem ser objeto de livre estipulação entre as partes, desde que não
contrariem os direitos do empregado previsto em lei ou convenção coletiva de trabalho, para todos os empregados.

Portanto, no ato da contratação, havendo necessidade do veículo para a prestação de serviço, poderá ser acordado pelas partes que o empregado utilizará
seu veículo próprio e, o empregador realizará o ressarcimento pelas despesas decorrentes do combustível ou manutenções necessárias, considerando que o
risco da atividade econômica é do empregador, de acordo com o disposto no artigo 2° da
CLT.

4. Fornecimento de Auxílio Combustível como Ajuda de Custo


De acordo com o artigo 457, § 2° da
CLT, trazido pela Reforma Trabalhista, a ajuda de custo, mesmo quando paga de forma habitual não terá natureza

salarial, ou seja, não integrará a remuneração do empregado para fins trabalhistas e previdenciários.
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A verba referente a ajuda de custo tem a finalidade de ressarcimento, ou seja, o empregador vai reembolsar o empregado em razão de uma despesa
decorrente do trabalho. Essa verba não possuí natureza salarial, conforme trata o artigo 457,
§ 2° da
CLT.

Recomenda-se muita cautela em relação aos motivos do pagamento dessa verba a título de ajuda de custo, pois em uma eventual reclamatória trabalhista
ou fiscalização, ficará o empregador a demonstrar a necessidade desse reembolso, mediante apresentação dos documentos originais dos gastos como
recibos ou notas fiscais, por exemplo. No caso do empregador remuneração do empregado.

Importante destacar que, o empregador não poderá confundir o ressarcimento de despesas com combustível, realizado pelo empregado, quando o mesmo
está prestando serviço, pago a título de ajuda de custo, com o fornecimento da concessão do vale transporte em dinheiro para deslocamento de sua
residência para o trabalho e vice-versa.

5. Pagamento de Auxílio Combustível em Substituição ao Vale Transporte


Não há determinação legal que autorize o fornecimento do auxílio combustível.

Nos termos do artigo 33 do


Decreto n° 95.247/87:

“Art. 33: Ficam assegurados os benefícios de que trata este Decreto ao empregador que, por meios próprios ou contratados com terceiros,
proporcionar aos seus trabalhadores o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, em veículos adequados ao transporte coletivo, inclusive em
caso de complementação do Vale-Transporte”.

Portanto, o empregador poderá contratar terceiros ou meios próprios para o deslocamentos dos empregados residência/trabalho/residência e poderá
descontar o valor de 6% (seis por cento) dos empregados, salvo nos casos em que a contratação de transporte for diretamente com empregados, servidores,
diretores, administradores e pessoas ligadas ao empregador.

5.1. Possibilidade de Concessão - Solução de Consulta n° 058/2020


Importante frisar que, se a empresa optar por este caminho (embora o artigo 5° do
Decreto n° 95.247/87 não tenha sido alterado), o valor em dinheiro,
repassado ao empregado, deve ser exatamente equivalente ao que o empregado gastaria com as passagens do vale-transporte.

6. Normas Coletivas de Reembolso Quilometragem


Se houver previsão no documento coletivo que autorize a concessão do vale transporte em dinheiro, a empresa estaria resguardada, considerando a previsão
do caput do artigo 611-A da
CLT.

Não há impedimentos legais para que o empregado utilize o seu próprio veículo para o trabalho, de modo que, caso o empregador opte por conceder, pela
regra, ficaria responsável por todos os custos.

As normas coletivas podem disciplinar os valores a serem pagos ao empregado que se utiliza de veículo próprio para a realização dos serviços, a título de
quilometro rodado, que determine os valores relativos às despesas de combustível e de desgaste pelo uso.

7. eSocial
O transporte fornecido ao empregado pela empresa deve ser informado ao eSocial, conforme determinado pelo Manual de Orientação do eSocial - versão
2.5.01 (fl. 80), no Evento S-1200 - Remuneração do Trabalhador, da seguinte forma:

7.1. Rúbricas Utilizadas no eSocial

Nome da Rubrica Código Nome da Natureza

Vale-Transporte - Adiantamento pago em dinheiro 1810 Transporte

Vale-Transporte - Desconto 9216 Desconto de vale transporte

Vale Transporte 9989 Outros valores informativos

Ressarcimento de despesas pelo uso de veículo próprio - A verba percebida pelo empregado, a
Ressarcimento de despesas
título de reembolso de quilometragem rodada pelo uso de veículo próprio constituí rendimento 1620
pelo uso de veículo próprio
tributável na fonte e na declaração de ajuste anual.

Para mais esclarecimentos sobre o tema, indicamos a área especial Tabela de Rubricas eSocial.

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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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