CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
NOME: MATHEUS BOTTOCIM DE SOUZA
PERÍODO 2022/2
A INFLUÊNCIA DOS SIGNOS (CURIOSAMENTE UM ANAGRAMA PARA
GNOSIS) E A FORMA COMO SÃO PROPOSTOS NO PROCESSO DA EDUCAÇÃO
Já é de senso comum a ideia de que professores e educadores de um modo
geral transmitem o conhecimento para os que estão disposto a entender o que é passado. Porém, o que chamamos de transmissão do conhecimento é comumente associado ao fato de expor uma situação, um tema ou uma série de informações no intuito que o aluno ou ouvinte os interprete à luz de um conceito predefinido para que chegue a conclusões. Eu acredito, porém, que essa transmissão poderia ser muito mais enigmática, no sentido de que não haveria tantas pistas para se firmar até chegar na verdade do tema apresentado e ao mesmo tempo, proveitosa no sentido de que sem as explicações sistemáticas para as coisas sugeriria ao aluno procurar os conceitos que melhor se encaixam. Esse é o trabalho dos signos. A linguística guia elementos que trazem significado às coisas a nossa volta, que por sua vez só possuem representatividade conceitual pois naturalmente damos nomes a elas. Só é possível perceber a existência de algo se pudermos nomeá-la. Em minha análise, é por isso que os elementos que compõem o universo do fantástico, isto é, componentes metafísicos como o próprio Deus, despertam afeição em algumas pessoas. O mistério por trás do conceito de uma palavra ou termo que só existe com significantes (neste caso Deus, Senhor, deidade, divino, etc.) que são inexplorados pela verdade, ou seja, não são explicados com nenhuma lógica que não a do próprio indivíduo que a contempla. Com esse exemplo eu me refiro à potência que o significado das palavras pode ter para cada ser humano, uma vez que o comum a todos, linguisticamente falando, é o significante, que é a composição de letras e elementos gráficos de cada língua que dá nome a algo, não é à toa que a maior classe gramatical existente é dos substantivos. O ser humano tem necessidade em nomear o que ele observa, inclusive, o que não observa quando sente, por isso dizemos que “as palavras têm poder”. Claro que têm, pois se o contexto guia os significados conforme a situação em que é dita, há muito mais por trás do significante das palavras. Há também, seu significado, que formula conceitos no mundo e eles são capturados pelo pensamento de cada indivíduo. Sendo assim, a apresentação da importância da interpretação propriamente dita dos signos que compõe a vida em seus diversos âmbitos na educação é fundamental, pois mostrar aos alunos que há mais de uma forma de ver as coisas (embora caminhem no campo científico para evitar equívocos) abre um vale de pensamentos na mente de um estudante onde este pode procurar se guiar por contextos que ele conhece intimamente e ser capaz de associá-los, por qualquer semelhança cabível, com o que é apresentado. Perceba que eu utilizei a palavra “vale” e provavelmente o leitor pensou em algo vasto, longo e extenso como um vale referente ao relevo geográfico, a mesma ideia que pretendi associar à quantidade de possibilidades de pensamentos que podem surgir para o entendimento de algum tema na mente de um aluno quando é apresentado para ele a amplitude dos conceitos. Porém, convido ao leitor a ler o trecho novamente, mas agora admitindo a expressão “vale de pensamentos” com o conceito de “ingresso”. Digo então minha tese sobre o fenômeno linguístico acerca dos signos: o educador que demostra as possibilidades de interpretação de seu tema com os signos conhecidos por ele em vias de igualdade com os de seus ouvinte e em exploração de seu aluno está dando um “passe livre” para o entendimento confortável em seus estudos. Quero dizer com isso que o significado da palavra vale não em seu sentido literal foi facilmente percebido dentro do contexto Assim, a informação transmitida do educador para o aluno pode ser horizontal, isto é, a admissão de pontos de vista que podem ser corrigidos em ambos os lados à luz da interpretação dos significados baseados em seus significantes (para expressões verbais, que preconizam a existência de vocábulos ordenados). Assim, da mesma forma, com os signos não verbais e dos símbolos, que carregam significados por convenção e consenso. Uma vez que um aluno entende a lógica por trás do consenso ao admitir desde o significado até a grafia de um termo, ele é capaz de acompanhar o ritmo de pensamento sem associar um conjunto de radicais a aforismos vazios. Reforço, por fim, a minha teoria de que ninguém sabe tanto que não possa aprender mais nada ou tão pouco que não possa ensinar nada a alguém. Assim, a educação onde as informações são postas de forma sem uma hierarquia que admite o título de razão em relação à interpretação dos signos apenas ao apresentador deles. Toda essa composição sobre minha teoria foi fundamentada nas falas e interpretações desse campo da linguística da professora Denise Gabriel Witzel e da análise da Semiótica de C. S. Pierce.