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Ensino de português
Psicolinguística
4º Ano
Turma B
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Índice
Introdução..................................................................................................................3
1.6 O estruturalismo...................................................................................................6
Conclusão.................................................................................................................11
Referência bibliográfica...........................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho aborda assuntos referentes a Teoria da aquisição e Aprendizagem da
escrita. Enfatizar que o processo de aquisição da escrita pela criança é um assunto que
vem sendo discutido há alguns anos. No entanto, ainda muitas inquietações surgem dos
contextos contemporâneos em que a escrita ganha ainda mais significado na vida dos
sujeitos. A maior parte dos contextos sociais e culturais, de alguma maneira, apresenta
interação com a escrita, das mais simples como escrever um bilhete até as mais
sofisticadas como operar as diversas tecnologias digitais e que exigem, de alguma
maneira, o domínio da escrita. Assim, a aquisição de habilidades da escrita ultrapassa o
ensino e a aprendizagem no contexto escolar, tornando-se uma necessidade dos sujeitos
inseridos em uma sociedade letrada.
Metodologia
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1.0 Teorias da aquisição e a aprendizagem da escrita
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passando a usar símbolos com valor silábico. A partir daí a criança pode ser
alfabetizada.
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FERREIRA, J.R. A nova LDB e as necessidades educativas especiais. Caderno CEDES, Campinas, v.
19, n. 46, 1996.
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A criança, na fase operatória, mostra que é capaz de inferir o resultado da
emissão de letras de uma palavra que ela reconhece. Finalmente, a tese
associacionista defende que um certo estímulo ambiental X provoca uma
resposta Y e leva a um reforço positivo.
1.6 O estruturalismo
Segundo o estruturalismo americano, o ato verbal é um comportamento social que
depende de um organismo cooperativo para o reforço. Os processos que levam à
aprendizagem são a generalização indutiva e a abstração. Conforme Miller, a criança
responde a elas através de termos lógicos e o significado das sentenças é resultado da
substituição dos itens lexicais por variáveis.
Os termos lógicos que fornecem os esquemas permitem que o falante-ouvinte
deduza o significado deles, dado o contexto. O associanismo reconhece que o
significado de sentenças não pode ser aprendido por resposta automática e que o
significado de palavras pode ser aprendido por dedução. Na aprendizagem da
leitura, supõe-se que as primeiras palavras aprendidas o sejam globalmente e
por resposta verbal auditiva[ CITATION DUA14 \l 1046 ].
Aos poucos, a criança tem consciência da analisabilidade usando uma operação que
envolve dissociação e construção. Mesmo no nível textual, ela aprende rapidamente
alguns elementos convencionais que delimitam o texto. Também no nível
dissertativo, a apreensão inicial se dá através de um esqueleto formal
estrutural, cujos elementos invariantes são conectivos sentenciais ou de
parágrafos. Essa teoria, também, apontava para o fato de que a criança monologa
na fase inicial da aquisição linguística enquanto está fazendo algo, porque
responde verbalmente as suas atividades motoras.
Em suma, todas as teorias da aquisição do conhecimento defendem que o homem nasce
com algum tipo de equipamento inato, que lhe permite interagir com os objetos
ambientais e deles extrair significado. Se a escritura é esse objeto, será aprendida
naturalmente e será usada como instrumento comunicativo. Essa aprendizagem será
facilitada se o contexto lhe suprir condições para a interação, as quais lhe fornecerão a
base para o desenvolvimento da capacidade simbólica.
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No nível da hipótese pré-silábica, a diferenciação entre a grafia de uma palavra e outra é
inexistente, uma vez que os traços são muito semelhantes entre si. Somente o autor da
escrita pré-silábica é capaz de identificar o que fez. Desta forma, a escrita nesta fase
pode não funcionar como veículo de comunicação.
O desenho se torna mais uma clara estratégia de remissão ao conteúdo registrado pela
criança e a necessidade de explicitar o objeto requerido por meio de suas características
garante o momento da leitura.
Já no nível de hipótese silábica, as letras começam a serem usadas com valores silábicos
fixos e o conflito entre a nova fase e a fase anterior provoca na criança um
amadurecimento educacional.
1. Fase pré-silábica
2. Fase silábica
3. Fase silábica-alfabética
4. Fase alfabética
1) Fase pré – silábica
Sabe que a escrita é uma forma de representação;
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FERREIRA, J.R. A nova LDB e as necessidades educativas especiais. Caderno CEDES, Campinas, v.
19, n. 46, 1996.
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Pode usar letras ou pseudoletras, garatujas, números;
Não compreende que a escrita é a representação da fala;
Organiza as letras em quantidade (mínimo e máximo de letras para ler);
Vai direto para o significado, sem passar para sonora;
Variação de letras – ALSI (elefante);
Relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto (Realismo Nominal).
2) Fase silábica
A) sem valor sonoro:
BOLA __PT
CAVALO___BUP
B). Com valor sonoro:
3) Fase silábica-alfabética
Apresenta a escrita algumas vezes com sílabas completas e outras incompletas;
Alterna escrita silábica com alfabética.
Exs.:
CAVALO_____CVLU
TOMATE_____TOMT
4) Fase alfabética
Faz a correspondência entre fonemas (som) e grafemas (letras);
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Escreve como fala.
Exs.:
CAVALO _______KAVALU
TOMATE_______ TUMATI
Sendo assim, acredita-se ser relevante a criança conhecer a história da escrita para as
civilizações, enquanto marco evolutivo nas comunicações entre os povos, se
apropriando assim de conhecimentos históricos, culturais e sociais que marcam a
relação do homem com a natureza, entendendo natureza como tudo o que envolve os
sujeitos nas mais diversas relações que este estabelece. O processo de ensino da escrita
para as crianças exige que o professor conheça como ela se desenvolve, para assim,
realizar mediações significativas para que a criança se aproprie do sistema de escrita
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alfabética considerando as experiências de letramento que este vivencia em seus
contextos. Neste sentido, Oliveira (1998) ressalta que:
É de fundamental importância que, desde o início, a alfabetização se dê num
contexto de interação pela escrita. Por razões idênticas, deveria ser banido da
prática alfabetizadora todo e qualquer discurso (texto, frase, palavra,
“exercício”) que não esteja relacionado com a vida real ou o imaginário das
crianças, ou em outras palavras, que não esteja por elas carregado de sentido
(OLIVEIRA, 1998, p. 70‐71).
Com base nos autores abordados, identifica-se que a escrita enquanto produção cultural
do sujeito humano é construída a partir de necessidades destes de se comunicar com
seus pares. “A escrita não é algo natural no desenvolvimento do ser humano, mas algo
que se aprende dentro da cultura e, por isso, necessita do esforço de quem aprende e de
quem ensina” (DUARTE, 2014, p. 4). Portanto, a escrita não é algo inato, mas
apreendida e significada pelos sujeitos nas relações sociais que este vai estabelecendo
ao longo de seu desenvolvimento.
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Conclusão
Tendo-se feito o trabalho concluiu-se que, todas as teorias da aquisição do
conhecimento defendem que o homem nasce com algum tipo de equipamento inato, que
lhe permite interagir com os objetos ambientais e deles extrair significado. Se a escritura
é esse objeto, será aprendida naturalmente e será usada como instrumento comunicativo.
Essa aprendizagem será facilitada se o contexto lhe suprir condições para a interação, as
quais lhe fornecerão a base para o desenvolvimento da capacidade simbólica. Portanto
quando a criança inicia a escolarização é colocada em contato mais direto com o sistema
de escrita que circula na sociedade. Assim, muitas informações acerca da elaboração e
apropriação da escrita começam a fazer parte das atividades escolares. Desta forma, a
criança vai se apropriando de alguns conceitos e regras que estruturam a escrita e passa
a assimilar aspectos simbólicos e compreender que a escrita é a representação da fala e
que para isso existem algumas especificidades de signos que tornam o processo de
escrita melhor compreendido.
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Referência bibliográfica
DUARTE, L. A aprendizagem da linguagem em Vygotsky.In: JORNADA DE
PESQUISA, 9. Revistas. UNIJUÍ, 2014.
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