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1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Objectivos...............................................................................................................................4
2.1. Geral.....................................................................................................................................4
2.2. Específicos...........................................................................................................................4
3. Metodologia do Trabalho........................................................................................................4
4. Aquisição da Língua...............................................................................................................5
Considerações Finais................................................................................................................12
Referências Bibliográficas........................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho referente à disciplina de Psicolinguística, visa abordar de forma
detalhada aspectos ligados à teorias de aquisição da língua/linguagem. Nele, no âmbito das
actividades obrigatórias do módulo de Psicolinguística irá se traçar um breve caminho sobre o
conceito da língua e/ou linguagem, apresentando assim de forma mais clara as respectivas
teorias de aquisição da língua.
2. Objectivos
2.1. Geral
Descrever as teorias de aquisição da língua.
2.2. Específicos
Definir os conceitos de língua e/ou linguagem;
Identificar as teorias de aquisição da língua;
Descrever cada teoria de aquisição da língua;
Conhecer os respectivos teóricos das teorias;
Esclarecer a aquisição da linguagem e o desenvolvimento da criança.
3. Metodologia do Trabalho
Para Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.
Assim sendo, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho
bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também o Módulo de
Psicolinguística, do Curso de Licenciatura em Ensino de Português do CED da UCM, e outros
estudos científicos e académicos que relatam este tema, para que, em um primeiro instante
fossem identificados os princípios do conhecimento dessas abordagens sobre as teorias de
aquisição da língua.
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4. Aquisição da Língua
De acordo com Correa (S./d.), a aquisição da linguagem apresenta-se como uma
questão fundamental na Teoria Linguística e no estudo da cognição humana. O estudo da
aquisição da linguagem visa a explicar de que modo o ser humano parte de um estado no qual
não possui qualquer forma de expressão verbal e, naturalmente, ou seja, sem a necessidade de
aprendizagem formal, incorporando a língua de sua comunidade nos primeiros anos de vida,
adquirindo um modo de expressão e de interacção social dela dependente.
Tendo em conta a ideia acima proposta, vale frisar que, o estudo da aquisição da
linguagem dispõe, dados da percepção e da compreensão de enunciados linguísticos por
crianças.
Entretanto, Mussalim (2009), defende que os seres humanos são os únicos animais
dotados da faculdade da fala. Embora primatas, golfinhos e outros animais possuam sistemas
de comunicação bastante desenvolvidos para as ciências da linguagem, o conceito de
linguagem corresponde às formas humanas de comunicação, muito mais complexas que a
comunicação animal.
Para Ferdinand de Saussure (2006) citado por Meyer, Raulino e Pesce (2021), o
fundador da Linguística Moderna e do Estruturalismo Linguístico, a linguagem é uma
faculdade/capacidade humana, inerente ao indivíduo, e é constituída por um lado individual e
um lado social, mas não pode ser classificada em nenhuma categoria de fatos humanos, pois é
multifacetada e heterogénea. Já a língua é a parte social da linguagem e permite-nos exercer
esta faculdade, pois é um instrumento criado e fornecido pela colectividade, sendo, portanto,
adquirido no meio social, diferentemente da linguagem, que é inerente a cada ser humano.
com o outro através da qual se dá sentido às coisas. O ser humano nasce em um mundo social
e o seu desenvolvimento ocorre através da aprendizagem pela e na linguagem”. (Pesce, 2017,
p. 1). Daí que, quanto à interacção, é por meio dela que se dá a relação do indivíduo com o
social, e também o caminho para a aprendizagem. Por meio disso, conforme Vygotsky, a
interacção com o meio é geradora de aprendizado. Nesse sentido, o indivíduo nasce apenas
como ser biológico e torna-se homem sendo um sujeito participante no meio em que está
inserido. (Meyer, Raulino e Pesce, 2021, P. 5).
Desse modo, a relação existente entre indivíduo e meio social é de suma importância
para o desenvolvimento humano, não sendo possível, portanto, ser humano sem estar em
contacto com o outro. Nessa perspectiva, a aprendizagem é um processo que possibilita a
evolução intelectual e Vygotsky explica esse processo a partir do conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP). Conforme Pesce (2017, p.3), a ZDP
Segundo Pesce (2017), esses planos se distinguem, uma vez que no nível
intrapsicológico considera-se o que a criança sabe fazer sozinha (desenvolvimento real),
enquanto no nível interpsicológico, com a ajuda de um indivíduo mais experiente, a criança
torna-se capaz de resolver coisas maiores (desenvolvimento potencial). Outro ponto
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Dessa forma, para ele, segundo Dias (2010), a linguagem é construída mediante a
interacção entre a criança e o meio, mostrando-se como um reflexo das capacidades
cognitivas da criança, e desenvolve-se a partir dos dois anos, quando a criança consegue
representar mentalmente seus esquemas de acção, isto é, padrões organizados de
comportamentos que uma pessoa usa para pensar e agir em uma situação. Portanto, a teoria
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Diante disso, para explicar como as crianças produzem formas de palavras e sentenças
jamais ouvidas ou vistas, Finger (2007) aponta que Skinner defende que a criança associa as
diferentes formas ouvidas/vistas sistematicamente àquelas com as quais já está familiarizada
(habituada) por ter aprendido as sequências da língua. A criança adquire ainda a capacidade
de generalização.
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Ora, vale aqui frisar que, o gerativismo defende que a criança já nasce com uma
gramática internalizada e que a partir do convívio com a fala dos adultos ela vai moldando a
sua. Essa intuição ou conhecimento inconsciente e natural de uma língua que todos os falantes
nativos possuem é denominado competência linguística e está presente na genética e na
mente dos indivíduos, independente do ensino da língua na escola. Essa competência
linguística desenvolve-se através da gramática universal, um conjunto de instruções sobre as
propriedades gramaticais compartilhadas por todas as línguas e as diferenças previsíveis entre
elas, e que nos torna aptos a desenvolver ou a adquirir a gramática de uma língua. Portanto, a
partir de operações mentais, as crianças transformam a Gramática Universal na gramática da
sua língua materna (Kenedy, 2008 e Silva, 2020).
Neste contexto, em 1981, Noam Chomsky propôs que o ser humano possui um
dispositivo de aquisição da linguagem inato (DAL), que o possibilita a aprender um sistema
linguístico no qual está imerso. Com isso, a partir dos insumos (input) que recebe, o indivíduo
cria regras ao generalizar os exemplos da língua. (Silva, 2020).
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Considerações Finais
Chegado ao culminar do presente trabalho de campo referente à disciplina de
Psicolinguística, intitulado Teorias de Aquisição da Língua. Importa salientar que, no
trabalho, frisou se que o certo indivíduo ou uma certa criança apresenta várias dificuldades de
pronúncia, que, embora sejam perfeitamente aceitáveis para a sua idade, são reflexos do meio
social em que vive e do comportamento dos adultos que convivem com ele/ela, já que ao
ouvir a pronúncia errada, estes adultos acham bonito e engraçado.
Entretanto, é com certeza uma fase maravilhosa por que passa toda a criança. Assim,
após a execução do trabalho sobre essas teorias abordadas e aprofundando leituras feitas sobre
cada uma delas, foi feito um mapeamento das principais características de Aquisição
Fonológica e dos aspectos mais relevantes dos Processos Fonológicos pelos quais uma criança
passa e o que seria considerado como “normal” para cada faixa etária.
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Referências Bibliográficas
Allen, J. P. B. & Van Buren, P. V. (1971). Chomsky: Selected Readings. Oxford, OUP.
Blumenthal, L. (1970). Language & Psychology. New York, John Wiley & Sons.
Brown, R. (1973). A First Language: The Earlier Stages Harmondsworth. Penguin Books.
Petter, M. M. T. (2018). Qual a diferença entre língua e linguagem? Nova Escol. PDF.
Recuperado de: <https://novaescola.org.br/conteudo/257/qual-a-diferenca-entre-lingua-e-
linguagem#:~:text=A%20linguagem%20%C3%A9%20a%20capacidade,gestos>.
Saussure, F. de. (2006). Curso de Linguística Geral. Organização: Charles Bally e Albert
Sechehaye; com a colaboração de Albert Riedlinger. Tradução: António Chelini, José
Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 27ª Edição, São Paulo, Cultrix.