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1. Introdução:.................................................................................................................5
1.1. Objectivos...............................................................................................................5
1.1.1. Geral....................................................................................................................5
1.1.2. Específicos:.........................................................................................................5
2.1. O Empirismo..........................................................................................................6
2.1.1. O behaviorismo...................................................................................................6
2.1.2. O conexioninismo...............................................................................................7
2.2. O Racionalismo......................................................................................................8
2.2.1. O Inatismo...........................................................................................................9
2.2.2. O cognitivismo/construtivismo.........................................................................10
3. Conclusão:................................................................................................................14
4. Referências bibliográficas........................................................................................15
1. Introdução:
Muitos estudos têm sido feitos a respeito de como a criança adquire a linguagem. A
partir disso, para que pudéssemos entender melhor este processo, propomo-nos a fazer
um breve percurso pelas principais teorias de Aquisição da Linguagem.
Desta feita, com os argumentos acima mencionados, o presente trabalho cinge-se sobre:
Teorias de aquisição da língua. E como não basta-se, foram elaborados os objectivos no
geral assim como no especifico, para responder o trabalho em abordagem.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer as teorias de aquisição da língua.
1.1.2. Específicos:
Identificar as teorias de aquisição da língua;
Caracterizar cada teoria de aquisição da língua;
Descrever as teorias de aquisição da língua com base em vários autores.
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2. As Teórias da Aquisição da Língua
Com base na compreensão de que “não existe correntes teóricas melhores ou piores, há,
sim, aquelas que parecem explicar melhor os processos linguísticos que chama a nossa
atenção” Apresentamos as três principais correntes teóricas: o empirismo, o
racionalismo, e o interacionismo social.
2.1. O Empirismo
De acordo com Santos (2008), as teorias da aquisição da linguagem que tem como base
o empirismo, são “aquelas para as quais o conhecimento é derivado da experiência” (p.
216).
O behaviorismo;
O conexionismo.
2.1.1. O behaviorismo
A teoria behaviorista desenvolveu seu conhecimento linguístico seguindo como base a
teoria da aprendizagem.
A respeito dessa perspectiva, o pensamento abordado por Santos (2008), defende que:
Skinner propunha ser capaz de predizer e controlar o comportamento verbal
mediante variáveis que controlam o comportamento (estímulo, resposta,
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reforço) e a especificação de como essas variáveis interagem para determinar
uma resposta verbal particular (p. 207).
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que a criança adquirisse um repertório suficiente de frases para que pudéssemos
dizer que ela ‘aprendeu’ uma língua (p. 218).
2.1.2. O conexioninismo
O conexionismo ou associacionismo, que também faz parte do pensamento empirista, é
uma proposta relativamente nova, surgiu nos últimos 30 anos. Diferente do
behaviorismo, o conexionismo considera a mente como participante do processo de
aquisição da linguagem. Esta proposta, portanto, admite que o cérebro e suas redes
neurais sejam responsáveis pelo aprendizado instantâneo, no momento da experiência
empírica
De acordo com Santos (2008) “os modelos conexionistas têm por objectivo explicar os
mecanismos que embasam o processamento mental, e a linguagem é apenas um desses
processos (p. 219).
Del Ré (2006) e Santos (2008), afirmam que, com base nessa corrente de pensamento, o
aprendizado se dá de forma ad hocanalisando o que ocorre com a quantidade de dados
de entrada (input) e a variabilidade dos dados de saída (output), admitindo analogias e
generalizações e a busca de interações entre o organismo (rede neural) e o ambiente.
É importante deixar claro que mesmo sendo uma teoria que considera elementos
criativos no processo de aquisição da língua, vez que busca a interação entre mente e
ambiente, de acordo com Del Ré (2006), esta teoria não fornece explicações suficientes
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que deem conta de compreender a rapidez com que a criança aprende uma língua, como
aprende, quando começa a aprender.
2.2. O Racionalismo
Os estudiosos da linguística, como Chomsky, compreendem que a teoria behaviorista
não dá conta de explicar os processos de aquisição da linguagem, por se tratar de
explicações simples, que não conseguem justificar como compreendemos ou
produzimos frases que nunca falamos ou escutamos antes, como as crianças aprendem a
falar tão rápido.
Por essas razões, muitas críticas foram tecidas ao modelo behaviorista, principalmente
por Chomsky, porque de acordo com entendimento deste linguista, esta teoria não
oferecia uma explicação convincente da linguagem por três razões principais: em
primeiro lugar, a teoria fora concebida a partir de experiências laboratoriais com
animais; em segundo lugar, o autor utilizou uma terminologia muito geral para a
descrição de termos essenciais como, por exemplo, estímulo, resposta e reforço; em
terceiro lugar, o modelo do adulto não é sempre perfeito, o que leva a crer que a
aprendizagem da linguagem é também motivada por necessidades internas da própria
criança.
2.2.1. O Inatismo
O inatismo nasce em oposição ao behaviorismo, como uma proposta teórica que
pressupõe que a aquisição da língua não se baseia na imitação ou na memorização, mas
na ideia de que o ser humano é dotado de uma gramática inata (Santos, 2008, p. 220).
Uma teoria que procura dar conta da competência criativa da linguagem, a teoria
chomskiana apoiou-se no pressuposto de que o ser humano dispõe de uma capacidade
inata para a linguagem
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a criança é equipada geneticamente de um "dispositivo de aquisição da
linguagem" (language acquisition device) que lhe dá acesso às categorias
gramaticais e às estruturas gramaticais de base, ou seja, a criança recebe o input
da linguagem do adulto e analisa-o (p. 14).
Isso significa dizer que o ser humano já nasce com uma carga de conhecimentos
linguísticos, porém esses conhecimentos não são ativados de forma espontânea, é
necessário o contato com o meio. Pois, para que o processo se inicie, não basta a
capacidade inata, é preciso que a criança esteja em determinado meio(social, cultural,
etc.) em que esteja pessoas falando, para que seja estimulada a falar.
Seguindo esta mesma linha de pensamento, Cezario e Martelotta (2009) afirmam que:
Chomsky e seus seguidores buscaram explicar os motivos que fazem com que
as crianças aprendam a falar rapidamente porque já nascem com um dispositivo
inato de aquisição da linguagem. Ou seja, essa proposta sugere que a criança
tem uma Gramática Universal (GR) inata que contém as regras de todas as
línguas, e cabe a ela selecionar as regras que estão ativas na língua que está
adquirindo.
2.2.2. O cognitivismo/construtivismo
Essa perspectiva tem por base a ideia de que o desenvolvimento das estruturas do
conhecimento ou estruturas cognitivas é feito pela interação entre ambiente e
organismo, e vincula a linguagem aos domínios cognitivos.
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Os estudos realizados por Jean Piaget constituem a base científica para as pesquisas
sobre desenvolvimento do cognitivismo, sendo portanto, fundamentais para a
compreensão dos processos de construção do conhecimento.
De acordo com Dias (2010), Piaget entende que “as crianças não herdam capacidades
mentais prontas, apenas o modo de interação com o ambiente” (p. 02)
Porém, para o teórico, não basta a criança ser simplesmente exposta ao ambiente de
interação social, pois considera a aquisição e desenvolvimento da linguagem como uma
sequência construtiva da inteligência. Para isso, é necessário que a criança desenvolva
um estágio de maturidade, já que o desenvolvimento cognitivo está relacionado aos
aspectos biológicos.
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No estudo do processo de aquisição da linguagem, os estágios que interessam são o
Sensório-motor –período em que a criança constrói uma diversidade de conceitos
fundamentais, como por exemplo, o da permanência do objetivo, a capacidade de
imitação à evolução das capacidades intelectuais da aquisição da linguagem.
De acordo com Dias (2010), nesse período a atividade cognitiva do sujeito caracteriza-
se por ser de natureza sensorial e motora, com a ausência da função semiótica, isto é,
que ainda não representa mentalmente os objectos.
2.2.3. O interacionismo
Embora em seus estudos Piaget considere a interação com o meio social, não levou em
consideração o papel do outro no processo de aquisição e de desenvolvimento da
linguagem, tendo emvista que para ele, o processo de maturação, passando pelos
estágios acontece de forma individual. Assim, para buscar entender a interação com o
outro, surge o interacionismo, tendo como defensor Vygotsky, que propõe a ideia de
que o conhecimento é construído socialmente por meio das relações com o outro.
Nesse processo de interação com a linguagem em que a criança aprende com o adulto,
Del Ré (2006) chama atenção para o fato de que a criança, em seu processo de aquisição
da linguagem passa por uma fase de transição entre o que consegue fazer sozinha e o
que ainda não é capaz de fazer sozinha, a chamada Zona de Desenvolvimento Proximal.
Isso implica dizer que a criança aprende com o adulto o que em um curto período de
tempo passa a ser capaz de fazer sozinha.
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Tendo como base os estudos interacionistas defendidos por Vygotsky, afirma que o
papel do adulto é de suma importância, pois é ele quem cria intenção comunicativa e é o
facilitador do processo de aquisição. Por isso a necessidade da interação com o outro, do
interlocutor no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Dessa forma, é
válido afirmar que a linguagem é desenvolvida por meio da troca comunicativa entra a
criança e o adulto (Santos, 2008).
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Desse modo, o interacionismo social valoriza as interações sociais considerando-as
como essenciais para o processo de aquisição da linguagem da criança, buscando
explicar que as interações podem/devem ser mediadas por adultos ou outras crianças
que já tenha desenvolvido a linguagem, e compreendendo que as construções, nesse
processo, as duas partes (crianças e adultos), sendo por isso, uma teoria que possibilita
levar em consideração o contexto sociocultural em que a criança está inserida.
3. Conclusão:
Nessa pesquisa foi possível concluirmos que a teoria sociointeracionista foi a primeira
de Aquisição da Linguagem, no entanto, antes de descrevê-la, consideramos importante
apresentar outras três teorias que, de alguma forma, serviram para que entendêssemos
melhor a inserção do fator social em todo o processo de aquisição.
Começamos pela teoria comportamental, (ou behaviorismo), que teve Skinner como
precursor, o qual defende a ideia de que a linguagem é entendida como qualquer outra
função do comportamento humano e deve ser ensinada às crianças a partir de um
condicionamento operante. Para essa teoria, devem ser ignorados aspectos subjectivos,
tais como os desejos, fantasias e sentimentos. Skinner propõe que uma ação executada
pelo organismo é reforçada conforme o seu resultado, isto é, se o resultado é o esperado,
a ação é reforçada, caso isso não ocorra, suscita operações punitivas. É a teoria do
estímulo/resposta.
Outra teoria é a do inatismo, desenvolvida por Chomsky (1986 e 1988 apud Scarpa,
2001), que consiste na postulação de que a linguagem é inata e biologicamente
determinada, fazendo parte da herança genética do homem. Esta teoria determina que o
indivíduo é um ser biológico, sendo que a criança nasce com uma capacidade especial
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para adquirir a linguagem que nenhuma outra espécie possui. Sob essa perspectiva, o
processo de aquisição da linguagem é compreendido como sendo de natureza
basicamente maturacional e, portanto, indiferente às variações de estimulação
ambiental.
4. Referências bibliográficas
Borges, L. C., Salomão, N. M. R. (2003). Aquisição da Linguagem: Considerações da
Perspectiva da Interação Social. vol.16, n.2. Porto Alegre.
Del Ré, A. (2006). A pesquisa em aquisição da linguagem: teoria e prática. São Paulo:
Contexto, 2006.
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Soares, M. V. (2006). Aquisição da linguagem segundo a Psicologia Interacionista:
três abordagens. Disponível em < http://www.ufjf.br/revistagatilho/edicoes. Acesso em
04.04.2023.
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