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Estefânia Cândido Olímpio

Curso de Licenciatura em Ensino Básico – 3º Ano, 1º Semestre

Resumo sobre as teorias explicativas do processo de aquisição de línguas.

Trabalho de carácter avaliativo para Cadeira de


Didáctica de Língua Portuguesa, Turma: 1.
Orientado pelo docente: Albino Oreste
Muatuca.

Universidade Rovuma

Nampula
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2022
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Resumo sobre as teorias explicativas do processo de aquisição de línguas.

TEORIAS DE AQUISIÇÃO SEGUNDO A PROPOSTA EMPIRISTA


O pensamento empirista foi à base para as duas primeiras teorias em aquisição. A mente não era
considerada fundamental para justificar o processo de aquisição, importava somente que o
conhecimento humano era produzido a partir de suas experiências com o mundo através de
estímulos e respostas. Nessa perspectiva, nasce a teoria Behaviorista pressupondo que a criança
desenvolve seu mundo ou conhecimento linguístico através de estímulo-resposta ( E – R )
imitação e reforço. B. F. Skinner fundamenta sua teoria com base nos reforços que a criança sofre
que podem ser esforços positivos ou negativos. De acordo com esses reforços a criança manteria
ou eliminaria algum tipo de comportamento referente à linguagem e isso a ajudaria a construir, a
desenvolver e aprender uma determinada língua. O Behaviorismo, porém, não levou em conta a
criatividade que a criança possui, por exemplo, quando ela profere certas construções que não
foram ensinadas previamente a ela. A criatividade, portanto, seria alvo de vários estudos
posteriores.
Outra teoria com base na proposta empirista é o conexionismo ou associacionismo. Essa teoria
admite que o cérebro e suas reses neurais são responsáveis pelo aprendizado imediato no mesmo
instante que ocorre a experiência. Essa teoria baseia-se na interacção entre o organismo e o
ambiente, porém, não explica com coerência a rapidez com que a criança aprende uma língua.

TEORIAS DE AQUISIÇÃO SEGUNDO A PROPOSTA RACIONALISTA


O Racionalismo, em reacção as explicações simplistas sobre a aquisição da linguagem, dadas
pelas teorias empiristas, surge a corrente teórica racionalismo que passa a não apenas admitir a
existência da mente, mas a atribuir a esta uma responsabilidade pela aquisição da linguagem, uma
vez que pressupõe uma capacidade inata ao processo de aquisição, ao buscar estabelecer uma
relação entre a linguagem e a mente.
A teoria inatista entretanto, deixa de lado o papel do conhecimento na aprendizagem da língua da
criança cabendo as outras teorias nesse estudo, como as teorias cognitivistas e interacionalistas.
Essas teorias convergem e divergem entre si, ambas construtivistas, as duas partem do mesmo
pressuposto de que as crianças constroem a linguagem, porém, diferem de como elas contraem
essa linguagem. Enquanto que o cognitivismo, representado por Piaget propõe que a criança
constrói seu conhecimento através da experiência com o mundo físico e que nesse conhecimento
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se desenvolve por estágio admitindo o egocentrismo da criança, o interacionalismo de Vygostsky


se baseia nas trocas comunicativas entre a criança e o adulto, o desenvolvimento da linguagem e
o pensamento tem origem social através dessa interação.
Piaget e Vysgotsky estavam mais interessados em explicar a relação linguagem e pensamento do
que a aquisição da linguagem. Como vimos, suas teorias surgiram para explicar as questões
referentes ao processo do conhecimento adquirido na aprendizagem da língua, que Chomsky
havia minimizado em seus estudos.
O Interacionismo Social, a perspectiva teórica baseada no interacionismo social propõe que no
processo de aquisição da linguagem, a criança é um sujeito que participa activamente do seu
processo de construção do conhecimento, no caso específico, da linguagem, através da mediação
do outro. Não basta simplesmente interagir com o adulto em um processo natural de interacção,
mas este precisa exercer a função de mediador. A base para o desenvolvimento linguístico
infantil está na associação entre interacção social e troca comunicativa com outro, que pode ser
não apenas um adulto, mas também uma criança. Esta perspectiva teórica considera as intenções
comunicativas que envolvem as interacções biológicas com os processos sociais das crianças,
desde cedo, entendendo como um componente necessário na aquisição da linguagem.

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