Você está na página 1de 14

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER

SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: ENSINO FUNDAMENTAL


TRABALHANDO O TEXTO A CIGARRA E A FORMIGHA

IVI LILIAM FERNANDES TABI – RU 2839991

PERUÍBE
JULHO/ 2023
Sumário

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
2. ENSAIO PEDAGÓGICO..............................................................................................3
2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico.............4
2.2 Fundamentação Teórica..............................................................................................7
2.3. Material didático: criação e reflexão.......................................................................9
2.4. Práxis e relatório de evidências.............................................................................10
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................12
4. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 13

2
1. INTRODUÇÃO

Este relatório de Estágio Supervisionado, apresentado ao curso de


segunda Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional
Uninter, faz parte da disciplina: Estágio Supervisionado – Ensino Fundamental
Diante de tamanha importância realizei o estágio de Ensino
Fundamental na instituição educacional, no período diurno das 9:00 às 13:00
realizado entre 26 de junho de 2023 a 30 de junho de 2023, a execução do
estágio se deu com o acompanhamento da profissional responsável.
O estágio realizado tinha como objetivos trabalhar a Fábula a Cigarra e a
Formiga, aperfeiçoar a leitura e escrita além de aprimorar a função da escrita
fazendo o uso correto da pontuação, ou seja trabalhar com o texto de acordo
com as dificuldades dos alunos utilizando um desfecho para chamar a atenção
dos mesmos.
O estágio foi realizado no município de Peruíbe, Litoral Sul de São
Paulo, no Bairro Arpoador em uma instituição educacional particular.

2. ENSAIO PEDAGÓGICO

A proposta deste trabalho é contribuir para a melhoria do ensino de


Língua Portuguesa para ampliar a qualidade de nossa prática docente. Assim,
ao mesmo tempo em que realizamos um projeto de intervenção, em sala de
aula, de modo a desenvolver estratégias de leitura, também buscamos refletir
sobre nossa prática. Por meio da aplicação de um projeto de intervenção,
investigamos a origem das dificuldades dos alunos na leitura de um
determinado gênero e propondo um conjunto de atividades sistematizadas
visando solucionar os problemas de leitura que eles evidenciam. Como reflexão
sobre a prática, analisamos as atividades propostas discutindo sobre sua
efetividade no processo de formação do aluno como leitor.
O gênero escolhido para desenvolver a intervenção é a fábula, que
pertence a ordem do narrar e tematiza questões importantes para o convívio
em sociedade. As fábulas parecem histórias simples, nelas encontramos
animais falantes que agem como humanos, mas após uma leitura mais

3
detalhada, encontramos questões mais complexas que muitos alunos do 4º
ano ainda não conseguem perceber. A escolha desse gênero especificamente
é motivada pela seguinte reflexão: como fazer o aluno perceber as
particularidades e temas, aparentemente tão simples, mas que remetem a
questões mais profundas sobre as relações humanas? Por ser a fábula um
produto da imaginação do homem, a utilizamos para desenvolver o senso
crítico do aluno, com a intenção de fazê-lo refletir sobre as mensagens que
estão subjacentes no texto.

2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico

A instituição de ensino inovadora Escola X, trata-se de uma escola com


uma metodologia de ensino diferente do convencional, nela a criança tem a
liberdade de aflorar seus conhecimentos e habilidades.
Localizada em uma cidade do litoral Sul, fundada em 1999 por
professores e pedagogos que buscam construir uma escola na qual o aluno
tivesse a liberdade de explorar as melhores formas de adquirir conhecimento,
ela também tem uma forte ligação com o meio ambiente, tendo espaço verde
com plantas frutiferas e animais variados, pois acreditam que essa interação da
criança com a natureza pode conscientizar a respeitar e cuidar; auxiliar na
formação de um espirito socioambiental.

4
Figura 1: Espaço recreação da escola x

Figura 2: Espaço verde da escola X

Figura 3: Espaço verde da escola X

5
No Brasil e no mundo escolas com essa metodologia de ensino tem
crescido e vem tendo grande reconhecimento. A Escola X por exemplo é a
unica em toda a sua região reconhecida pelo MEC.
“O Ministério da Educação (MEC) reconheceu 178 instituições
educacionais brasileiras, entre organizações não governamentais, escolas
públicas e particulares, como exemplo de inovação e criatividade na educação
básica. As informações estão condensadas no Mapa da Inovação e
Criatividade na Educação Básica.”
Segundo dados do MEC, as instituições reconhecidas representam as
cinco regiões do país. A maior parte delas são escolas (74%), entre as quais
52,5% são públicas e 47,5% particulares; os atendimentos compreendem a
educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e
adultos (EJA).

Figura 4: Mapa do Brasil com o demonstrativo das instituições de ensino inovadoras, 138
instituições já trilham um longo caminho na prática da inovação e 40 estão caminhando nesse
sentido.

6
Figura 5: demonstrativo das escolas de ensino inovador do estado de São Paulo, observa-se
que a escola X se encontra nessa tabela.

2.2 Fundamentação Teórica

Historicamente, alguns autores conceituam fábulas com opiniões


diversas, mas sempre mostrando sua importância desde o conteúdo até a
moral da história de cada uma delas, assim, influenciando dentro da sociedade
e muitas vezes até ensinando a como se comportar. Nesta tipologia destacam-
se autores como Esopo, La Fontaine e Monteiro Lobato.
De acordo com Silva (2012, p. 13) “Fábula é um gênero narrativo que
surgiu no Oriente, foi especialmente desenvolvida pelo escravo Esopo, que
viveu no século V a. C., na Grécia”. Um conjunto de histórias de carácter moral
e alegórico, com personagens que eram animais ou mitos, são atribuídos a
Esopo.
Segundo a autora Silva (2015, p. 15), a Fábula origina-se do latim fabula
história, jogo, narrativa, trata-se de um texto narrativo alegórico e curto,
podendo ser escrito em prosa ou verso, as personagens são geralmente
animais com uma personificação. Com esta personificação ela apresenta um
ensinamento, uma lição e uma moral para o homem.

7
A fábula tem, portanto, duas partes substanciais: uma narrativa que se
torna breve, e uma lição ou ensinamento. Estas duas partes, o fabulista La
Fontaine pronunciou como corpo e alma da fábula. No entanto, corpo é
representado pela narrativa que trabalha as imagens tornando-as ideias gerais.
E já a alma, ela se torna exatamente as verdades gerais que são apresentadas
na narrativa.
A fábula é um meio de aprendizagem, no qual é transmitido por animais,
para chamar atenção tanto de crianças quanto de adolescentes e pode ser
inserido até no universo dos adultos, através dela, as pessoas veem histórias
alegóricas como diz o autor, essas histórias também acontecem na vida real,
trazendo consigo a moral que é muito importante, pois é através da mesma que
vemos a importância de cada história dentro do mundo “real”.
Na leitura de um texto há vários pontos que podem ser destacados,
principalmente quando chama a atenção, a fábula não é diferente, pois ela tem
vários significados relevantes, e que, através deles existem momentos de
reflexão que abstrai não só um sentido, mas vários. A fábula permite ao
receptor criar novas ideias através da mesma, tendo a vantagem de se
expandir possibilitando a criação de uma excelente história.
Observando alguns autores, percebe-se que a fábula traz momentos de
novas formações que geram novos posicionamentos discursivos, assim
autorizando os alunos a se encontrarem no contexto social e cultural e com
isso, assumindo a posição de autores.
Marcos Bagno (2006, p. 41), quando escreveu para educadores em
“Salto para o futuro” afirma que de fato, “A fábula é uma pequena narrativa que
serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude, e termina, invariavelmente,
com uma lição de moral. Essas morais que encontramos nas fábulas, e que as
tornam tão famosas, modificam até mesmo a forma em que nós relatamos um
evento”..
De acordo com Coelho (2000, p. 17), La Fontaine explicita em sua
primeira coletânea de fábulas, que se serve de animais para instruir os
homens, essas narrativas apresentavam explicita ou implicitamente uma lição
de moral. Desse modo, esse gênero servia, inicialmente, para distrair e
moralizar, pois assim as pessoas poderiam facilmente acreditar em
determinados valores que eram considerados socialmente aceitos.

8
Coelho (2003) ressalta que “Paralelamente aos contos maravilhosos, na
Idade Média começam a circular as fábulas gregas de Esopo e as latinas de
Fedro. Eram narradas em versos e em língua “romance” (a língua que foi
apenas falada durante o longo tempo intermédio entre o latim – língua geral – e
surgimento das novas línguas modernas: francês, italiano, português etc.)”.

2.3. Material didático: criação e reflexão

A aula foi expositiva e dialogada, utilizando lousa e canetas para quadro.


Foram entregues os textos (fábulas) A Cigarra e a Formiga de vários autores
para serem lidas e analisadas.
Após diversas analises e criticas sobre a fábula, o papel de cada
personagem e a moral da história os alunos receberam atividades para
colocarem a pontuação correta e até mesmo reconhecer o que cada autor
queria dizer com o enredo.
A sala foi divida em grupos de acordo com o número de personagens do
texto escolhido e após divisão, os alunos receberam EVA, tesoura, cola e
canetinhas para confecção de materiais de teatro e desenvolver melhor
entendimento do texto.
Ao término do teatro foram distribuidas folhas de sulfite para que os
alunos fizessem uma historia em quadrinhos de acordo com o autor escolhido
da fábula A cigarra e a formiga.

9
Figura 6: material didático sendo confeccionado

Figura 7: material didático sendo confeccionado

10
Figura 8: peça teatral elaborada pelos alunos

2.4. Práxis e relatório de evidências

Iniciei meu estágio supervisionado no dia 26 de Junho de 2023


com o término no dia 30 de Junho de 2023.
A Escola X, uma instituição de ensino inovadora que me ofereceu
ótimas experiências e reflexões. Conheci várias escolas, mas quando fiz
o estágio na Escola X me surpreendi com sua metodologia de ensino.
Um ambiente tranquilo onde professores e alunos se respeitam, os pais
e responsáveis são bem participativos.
A estrutura da escola é bem aconchegante e acolhedora, com
muita área verde e animais, conta também com uma pequena horta, a
escola é ampla e compatível com o número de alunos, tendo uma ótima
localização na cidade, com adaptação para deficientes físicos e visuais.

11
Possui 7 salas de aula, sendo 2 de Informática, Quadra de Esportes,
Área de Recreação, Biblioteca e uma pequena Cantina.
A instituição tem sido muito elogiada pelos pais e responsáveis,
por ter uma metodologia de ensino inovadora, com uma média de 120
alunos matriculados.
A troca de experiência e de comunicação é de extrema
importância no aprendizado e na execução do ensino dado aos alunos,
perante isso os professores são muito bem orientados e capacitados a
terem o máximo de cuidado e respeito com todos,e podendo assim
repassar todo seu conhecimento para seus alunos.
Os gestores dessa instituição atuam como articuladores frente
aos diversos segmentos da unidade escolar. Dirige considerando os
aspectos sociais, econômicos e políticos do contexto em que a escola
está inserida, de modo a garantir uma integração democrática e
participativa entre todos os envolvidos no processo, para que, juntos,
alcancem os objetivos educacionais.
Os alunos participam de cada atividade com bastante afinco e
entusiasmo.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A leitura e a escrita fazem parte de quase todas as atividades da vida das


pessoas, seja na escola ou fora dela. Contudo, não basta apenas aprender a
ler e escrever. É preciso ser capaz de interpretar o que se leu/escreveu, ser
reflexivo, posicionar-se.

Pensando nisso, objetivou-se, desenvolver uma sequência didática, para


4º ano do Ensino Fundamental.

Neste trabalho, apontou-se o letramento literário como um caminho


eficaz para promover o desenvolvimento de competências discursivas dos
alunos, porém as propostas aqui apresentadas não se esgotam em si mesmas
e que precisam e devem ser reinventadas em cada escola, em cada turma, em

12
cada ano.

As atividades foram norteadas por uma visão dialógica da língua. Espera-


se que essas atividades possam contribuir para um desenvolvimento
significativo das capacidades discursivas dos alunos e a partir das atividades
de intervenção, as quais primaram pela interação com o outro, a troca de ideias
e saberes, a discussão em sala de aula.

Por isso, acredita-se que as práticas de leitura do texto literário em sala


podem ser transformadas, valorizando a fruição, a troca de experiências, o
compartilhamento e a interação.

Deve-se considerar que o ensino/aprendizagem da escrita é um


processo e, para que seus objetivos sejam atingidos de maneira eficaz,
demanda sempre tempo e muito trabalho. Apenas uma intervenção aplicada
por um professor não surtirá efeitos; é necessário persistência, perseverança
em um trabalho que se faz reflexivo, crítico, diferenciado e comunicativamente
relevante, o que justifica escolha pelo 4º ano.

Conclui-se que o modelo é bastante pertinente para um ensino que vise o


desenvolvimento dos alunos enquanto cidadãos críticos e reflexivos.

4. REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Fabulas fabulosas: Práticas de leitura e escrita / Maria


Angélica Freire de Carvalho, Rosa Helena Mendonça (orgs.). Salto para o
futuro, Brasília, Ministério da Educação, 2006.p.51-52

COELHO, Nelly Novais. O conto de fadas: símbolos mitos arquétipos / Nelly


Novais. – São Paulo: DCL, 2003. Literatura Infantil teoria análise- didática. 7
ed. São Paulo: Moderna, 2010.

FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Editora Cortez, 1991.

13
LIMA, Renan de Moura Rodrigues; ROSA, Lúcia Regina Lucas. O uso das
fábulas no ensino fundamental para o desenvolvimento da linguagem oral e
escrita. CIPPUS - Revista de Iniciação Científica do Unilasalle, v. 1, n. 1, maio,
2012.

SILVA; Débora. Fábula, Revista estudo prático. Disponível em


https://www.estudopratico.com.br/fabula/. Acesso em 28 de Junho de 2023.

14

Você também pode gostar