Quando pensamos ou falamos em gestão familiar podemos entender que se
trata de algo que está ligado ao um suposto diferencial, pois com o conhecimento a boa convivência entre os membros da família é possível ter sucesso no mundo dos negócios. Mas nem sempre essa boa convivência e o conhecimento, traz boas reações dentro da organização, além dos desafios encontrados no dia a dia empresarial entre concorrentes, e problemas operacionais no meio organizacional, podemos destacar como ponto chave as relações profissionais que acabam se misturando com o parentesco. E isso quando acontece pode desencadear em uma série de problemas que podem até levar ao fim do negócio familiar. Assim é importante que se faça o uso da gestão e profissionalização dos funcionários e dos diretores. Segundo Bernardi (2009), empresas com gestão familiar possuem diversas vantagens competitivas, o que pode ser um bom diferencial, se for levada a sério, tratada com profissionalismo e esteja aberta a mudanças e ter sempre uma atenção especial ao mercado. Nesse sentido deve estabelecer onde a instituição deseja chegar e estruturar seus conceitos, com a missão, visão e valores organizacionais, traçando planos, planejamentos estruturação de departamentos que servem para auxiliar nos processos operacionais do negócio, que devem ser seguidos e respeitados, a fim de que funcionem corretamente em sua forma de gestão e administração do negócio. Segundo Lodi (1986), esse é o processo que faz com que as empresas familiares se tornem mais profissionais, adotando um modelo de administração racional, moderna e menos personalizada. Assim fazendo a substituição de maneiras de administrar intuitivos, trazendo ferramentas e ações, que façam sentido ao crescimento do negócio, sem deixar que as relações pessoais estejam à frente no negócio. A gestão deve ser desenvolvida corretamente segundo os processos administrativos que são bem conhecidos nos meios empresariais como, estrutura organizacional, departamentalização, planejamento operacional e financeiro, definir metas e objetivos, recrutamento e seleção, contratação, treinamento, capacitação e por fim acompanhar os resultados obtidos, pois todos esses processos fazem parte da gestão e é preciso cumprir, a essas práticas para tornar a gestão familiar mais profissional e assim faça com que a equipe de trabalho e a gestão da empresa funcione corretamente. Esses métodos administrativos de gestão tem a objetividade em estabelecer uma organização dentro da empresa com a estruturação dos departamentos que vão nortear as funções e fazem com que a mesma funcione adequadamente e corretamente, tornando que os colaboradores tenham mais compromisso e torne-se profissionais além de elevar o nível de engajamento e produtividade do negócio, gerenciando como se deve, estabelecendo cargos e funções, tomando decisões que favoreçam o meio organizacional, cumprindo com a identidade da empresa trazendo a credibilidade e comprometimento da equipe fazendo com que a empresa alcance seus objetivos. A estrutura organizacional é uma forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas”. É possível informar que a Gestão organizacional é um fator de alta complexidade dentro das organizações e deve ser levado em consideração durante toda a existência da empresa. (STONER E FREMAN, 1992, PG. 230) Com essa afirmação é importante ressaltar o quão necessário a organização e a estruturação de funções, distribuindo as atividades e os cargos no meio organizacional pois com isso as atividades são desenvolvidas com mais precisão e de forma correta. Pois a gestão organizacional torna a empresa mais alinhada e bem estruturada buscando sempre bons resultados. Diante do que foi exposto a gestão quando é encarada com profissionalismo e comprometimento torna-se um fator de fundamental importância para o âmbito empresarial seja ela empresa limitada, sociedade ou familiar, o uso dos processos da gestão oferece aos donos e proprietários a garantia do sucesso quando são seguidos de forma adequada como são recomendados. DIFICULDADES DA GESTAO NA EMPRESA FAMILIAR
No mundo dos negócios e entre os empreendedores é comum encontrar
empresas de gestão familiar, encontramos aqui no Brasil mais de metade dos negócios que são formados por pessoas da mesma família, mais é importante informar que antes do terceiro ano de fundação, muitas dessas empresas acabam fechando as portas. Na maioria das vezes a maior causa ou a dificuldade que leva a esse desfecho é a falta de uma estrutura organizacional e da implantação da departamentalização, pois por ser uma empresa familiar é comum não ter uma hierarquia administrativa o que leva a organização ao fracasso inesperado e precoce. De acordo com Chiavenato (2003) a departamentalização é uma característica típica das grandes organizações. Ela é diretamente relacionada com o tamanho da organização e com a complexidade das operações. Quando a organização se torna grande, todas as atividades não podem ser supervisionadas diretamente pelo proprietário ou diretor, mas por meio de vários executivos responsáveis pelas diferentes fases da atividade ou pelos diferentes aspectos dessa atividade. Nesse sentido a implantação desse processo auxiliara os gestores na organização e na distribuição das atividades, como em uma empresa há diversos serviços e variadas atividades é preciso delegar líderes de grupos que comandem, façam supervisão e orientem na exclusão das atividades, fazendo de uma forma agrupada e alinhada para que sejam bem executadas. Evitando aqueles problemas de sobrecarregar uma só pessoa com várias atividades, falta de tempo com muitas atividades, falta de liderança, falta de orientação em como será feita, e quais os métodos que será utilizado para fazer algo. Para Lacombe (2009, p. 201) departamentalização é a “subdivisão de um órgão em unidades menores; nesse caso, nem o órgão dividido nem os resultantes da divisão precisam ter o nível de departamento”. Ou seja, ao departamentalizar a empresa, é recomendado que os departamentos possuam uma subdivisão, da divisão principal, para que os membros do setor sigam uma estrutura baseada na estrutura principal da empresa. A departamentalização faz parte da estrutura organizacional, e devido a sua importância deve existir em todas as empresas, pois é por meio dela que a empresa vai dividir a autoridade de poderes, junto com os líderes de cada departamento da empresa onde é representado pela estrutura organizacional do negócio, porque se não houver essa implantação a empresa torna-se desorganizada, sem liderança, sem acordos e sem concordância entre os gestores e funcionários. Com isso as empreses agregam valor e respeito a cultura organizacional, pois esse método administrativo visa a melhora na comunicação, a boa convivência entre os colaboradores, a delegação de poderes e responsabilidades, gerando também um aumento no comprometimento e no engajamento da equipe de trabalho fazendo com que não aconteça divergências e conflitos na gestão por interesses pessoais, ou até mesmo por problemas familiares. Pois em uma organização há dois tipos de estrutura organizacional, que devem agir juntas e integradas para que possam gerar ótimos resultados, são elas: • A estrutura formal que é representada pelo organograma da empresa, ou seja, a parte burocrática e vertical, que diz respeito à identificação dos sistemas de autoridade, responsabilidade, comunicação e decisão e os fatores humanos, tecnológicos, ambientais e estratégicos da empresa. A estrutura informal é formada pelas relações sociais e pessoais dentro da empresa, que são importantes para perpetuar a cultura da empresa, facilitar a comunicação e controle social, pois todos procuram agir conforme a cultura. (OLIVEIRA, 2009, P. 70) Nesse sentido as formas e condutas empresariais devem ser adotadas e implementadas no meio organizacional para que seja possível ter uma gestão totalmente profissional para que se possa ter um controle das situações e problemas operacionais, pulso na tomada de decisões, um ambiente leve e saudável sem falta de comprometimento e de responsabilidade com a empresa.