O processo em questão diz respeito a uma ação de usucapião de bem
imóvel. A autora teria a posse mansa pacífica e ininterrupta de um terreno com área total de 456m² (quatrocentos e cinquenta e seis metros quadrados). Sua posse teve início em 2005, somando a de seu ex-sogro com quem residiu desde 1981. Neste espaço construiu sua residência de 70 m².
Como pedidos iniciais tem-se a citação do réu, proprietário do imóvel;
intimação do MP, assim como da Fazenda Pública federal, estadual, municipal, dos confinantes; assim como concessão da justiça gratuita. Não foi dado valor da causa.
Em seguida foi prolatada decisão de saneamento. Referente às questões de
fato: a) a posse do bem imóvel objeto do litígio; b) o tempo de posse; c) inexistência de oposição à posse alegada; d) a existência de eventuais fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito autoral. Em se tratando dos aspectos formais demonstrou-se a necessidade de produção de provas, sendo marcada assim, a data para audiência de instrução.
Em grau de audiência de instrução e julgamento, desde início pode ser
atestado que a parte requerido fora citada, mas não compareceu, sendo assim, revel. Em razão disso, prejudicou-se a possibilidade de acordo. Desse modo, uma vez que o depoimento pessoal já fora tomado, deu-se início a oitiva das testemuhas.
A primeira testemunha foi o vizinho da requerente que lá morava há 20
anos e conhecia o ex-sogro. Ademais, afirmou que esta mora de forma ininterrupta com seus filhos e que todos na região a conhecem como dona. Além disso ninguém teria impugnado a posse da requerente. Dispensou-se as testemunhas em razão de ausência.
Abriu-se para alegações finais da requerente, ratificou-se os pedidos na
inicial a fim de que fossem julgados procedentes. O juíz prolatou a sentença uma vez que todas as provas que foram colhidas sendo visualizada a intenção de proprietária, nos termos do artigo 238 do CC. O pedido foi julgado procedente, legalizando a posse e permitindo a quitação de quaisquer tributos e o registo no Cartório de Imóveis. Por fim, isenta de custas pois beneficiária da justiça gratuita.