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a) Crimes gerais ou comuns – São aqueles cuja norma típica abre com o termo
“Quem”, o que significa que sobre o qual não se exige qualquer qualidade no
agente.
São aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa, qualquer pessoa pode
ser agente ou autor do crime tipificado.
b) Crimes específicos – São os crimes que só podem ser cometidos pelo agente
que revista uma certa qualidade, nomeadamente qualquer dever jurídico ou
qualquer situação juridicamente definida. Em geral, trata-se de um agente que
está subordinado a certos deveres funcionais.
São aqueles que pressupõem como autores dos crimes apenas as pessoas que
têm uma qualidade exigida pelo próprio tipo.
são aqueles que exigem necessariamente um resultado. Este conceito opõe-se assim ao
conceito de crime formal analisado anteriormente. O crime material é aquele cuja
descrição legal se refere ao resultado e exige que o mesmo se produza para a
consumação do delito. Exemplo: Aborto (Art. 140.º CP). Pela leitura deste preceito
resulta claro que para o crime de aborto ser consumado é necessário que a mulher
efetivamente aborte.
Assim, é indispensável para a consumação do crime material a ocorrência do
resultado prevista na lei penal. Deste modo é compreensível que este tipo de crimes
inclua também as omissões impuras (art. 10.º CP) uma vez que estas pressupõem a
concretização de determinado resultado.
São aqueles em que a mera conduta típica consuma imediatamente o crime; Crime
formal é deste modo aquele que se considera consumado independente do resultado
naturalístico, isto é, não exige para a consumação o resultado pretendido pelo agente
ou autor.
No crime formal o tipo (descrição do crime feita pela lei penal) menciona o
comportamento e o resultado, mas não exige a produção deste último para a sua
consumação.
Os crimes formais são pois aqueles em relação aos quais a lei descreve uma ação e um
resultado, mas a redação do dispositivo legal deixa claro que o crime consuma-se no
momento da ação, sendo o resultado mero exaurimento do delito.
d) Crimes de perigo concreto - São aqueles em que no caso concreto existe uma
situação de perigo real provocada pela ação do agente e não apenas um risco
meramente abstrato de que o perigo se concretize;
A lei exige expressamente a verificação do perigo
Ex. art.º 138 – O crime de exposição ou abandono
g) Crimes próprios ou de mão própria - São todos aqueles em que o tipo exige
a execução corporal do crime pela própria pessoa do agente e não se
transmitem as qualidades exigidas no tipo (ver art. 28.º - ilicitude na
comparticipação), Ex: o incesto – art. 164.º, n.º 2, (violação) e 177.º, n.º 1, a –
agravação pelo resultado do crime sexuais); o perjúrio – Falsas declarações –
art. 359.º, etc... As qualidades do agente podem ser: