Você está na página 1de 25

22/05/2023, 09:30 UNINTER

SISTEMAS DE CONFORTO E
CONVENIÊNCIA
AULA 2

 
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Prof. Alvaro Antonio Danielski

CONVERSA INICIAL

Quando falamos em acessórios automotivos, travas elétricas e alarmes podem ser considerados

itens essenciais. Além de proporcionarem praticidade e conforto, esses acessórios garantem mais

tranquilidade para o proprietário do automóvel. Nos veículos com quatro portas, que são a
preferência atual dos usuários, isso se torna ainda mais relevante. Esquecer uma porta destravada é

algo bastante comum e, para quem transporta crianças com frequência, acaba sendo de suma
importância no aspecto segurança. Para o profissional automotivo, o conhecimento desses sistemas,

suas funcionalidades, opções disponíveis e características de instalação e funcionamento são muito

importantes, se deseja realizar trabalhos neles. Isso se justifica porque, em nosso mercado,
particularmente nos automóveis chamados populares, travas elétricas e alarmes ainda são opcionais,

compondo o chamado trio elétrico (alarme, travas e vidros elétricos). Nesta aula, conheceremos um
pouco esses dois primeiros.

TEMA 1 – HISTÓRICO DA PROTEÇÃO DOS AUTOMÓVEIS

1.1 TRAVAMENTO POR CHAVE

O surgimento do automóvel remonta ao final do século XIX. Um alemão chamado Karl Benz, em

1885, aproximadamente, foi o responsável pela sua invenção. E como é de se imaginar, o automóvel

era muito diferente do que conhecemos hoje (na época, tinha apenas três rodas, Figura 1). Evidente

que não havia nem postos de abastecimento. No início, o combustível era vendido em farmácias.

Mas, embora os automóveis fossem bastante rudimentares, a necessidade de colocá-los em


funcionamento sempre existiu.

Figura 1 – Automóvel antigo

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: Rudiecast/Shutterstock.

Um item que o acompanha praticamente desde o início é a chave. Essa ferramenta, que

começou como uma manivela para dar partida, acompanha as inovações e evoluções do automóvel,
assumindo novas funções e também se modernizando, a ponto de assumir a forma de um cartão

eletrônico ou mesmo um aplicativo para celular (Figura 2), para abrir e colocar o veículo em

funcionamento.

Figura 2 – Aplicativo de celular conectado ao automóvel

Créditos: goffkein.pro/Shutterstock.

Como visto anteriormente, no início os automóveis precisavam de um complexo sistema de


manivela para dar a partida, o que exigia do motorista o domínio do processo. Para abrir e fechar o

veículo, havia apenas uma chave de metal. O sistema de manivela para dar partida começou a ser
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

substituído a partir de 1912, com a chegada da bateria aos automóveis. Cerca de dois anos antes, a
chave já passava a fazer parte do sistema de ignição do veículo, mas apenas para travar o sistema de

arranque, que ainda utilizava a manivela para dar partida.

Nos anos seguintes, principalmente no período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os


automóveis foram ganhando novos sistemas, como travas, buzinas e faróis elétricos. Nos anos 1920,
a chave automotiva já desempenhava a função voltada à segurança patrimonial de trancar e

destrancar o veículo, que cada vez tinha um valor agregado maior, devido aos novos sistemas
incorporados (Figura 3).

Figura 3 – Segurança patrimonial

Créditos: MoneyRender/Shutterstock.

Além disso, já tinha papel fundamental no sistema de ignição, pois, com a chave, era possível
acionar o sistema de arranque.

Com o passar do tempo, a chave foi se modernizando e um modelo mais próximo do que

conhecemos hoje foi desenvolvido pela fabricante americana de automóveis Chrysler, alguns anos

após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com este modelo da Chrysler, bastava inserir a chave

na ignição e girar para dar a partida, tornando seu uso mais prático em relação aos sistemas
anteriores.

Nessa época, era comum que os automóveis tivessem mais de uma chave diferente. Uma era

utilizada para trancar e destrancar o veículo e outra para ligar a ignição. Isso permaneceu até a

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

década de 1960, quando começaram a aparecer os modelos de automóveis com chave única,
tornando mais simples e prática a utilização. O formato das chaves também ficou mais parecido com

o que temos atualmente (Figura 4).

Figura 4 – Formato de chave atual

Créditos: Alexeysun/Shutterstock.

Nos anos 1990, as chaves automotivas recebem novas funcionalidades e se tornam

esteticamente melhores. Passam a contar com controle remoto, aumentando a segurança e


praticidade para o condutor do veículo. As portas são travadas por um comando centralizado, não

sendo mais necessário travá-las individualmente.

A partir de então, as tecnologias digitais vêm possibilitando uma rápida transformação nas
chaves dos veículos. As chamadas chaves inteligentes (do inglês, smart keys) trazem muito mais

comodidade ao condutor. Comandos remotos podem abrir e fechar o veículo, acionar a ignição e até

mesmo alguns acessórios. A partida pode ser acionada por um botão no painel de instrumentos

(Figura 5).

Figura 5 – Partida acionada por botão

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: Artemiy_U/Shutterstock.

Para o futuro, a integração entre o veículo e o usuário será ainda maior. Sistemas de

reconhecimento biométrico dispensarão o uso das chaves como as conhecemos, permitindo ao


usuário abrir o veículo, dar partida e ligar acessórios sem a necessidade de uma chave. Essa

tecnologia já está disponível e nos próximos anos deverá estar presente na maioria dos veículos.

1.2 PROTEÇÃO COM ALARME

Com a popularização do automóvel e considerando o alto valor agregado com a introdução de

novas tecnologias, surgiu a preocupação dos proprietários com o furto de seus veículos. Na tentativa
de dificultar e desencorajar o furto, começaram a ser desenvolvidos e instalados nos veículos

sistemas de proteção e alarmes.

Os alarmes geralmente funcionam emitindo um sinal sonoro com grande volume (som de sirene
ou advertência verbal, Figura 6), acompanhado ou não do acionamento de luzes, alertando o

proprietário ou pessoas que se encontram próximas ao veículo que o mesmo pode estar sendo

furtado.

Figura 6 – Sinal sonoro como alarme

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: Gorlov-KV/Shutterstock.

Atribui-se a invenção de uma versão inicial de alarme para impedir o furto do automóvel a um

prisioneiro desconhecido de Denver, nos Estados Unidos, no ano de 1913. Essa versão de alarme era

armada manualmente e acionada quando alguém tentava dar partida no motor. Posteriormente, um
alarme inspirado em uma versão inicial de um starter remoto (partida remota) foi publicado em 1916.

Ao longo dos anos, os alarmes automotivos foram utilizando novos recursos. Entre as décadas
de 1970 e 1980, os alarmes adotaram os sons altos e estridentes (sirenes, buzinas) quando o sistema

era disparado. O som irritante tinha como objetivo chamar a atenção para a tentativa de furto do

veículo. Eventualmente, disparos indevidos ocorriam por erros na instalação ou ajuste incorreto da
sensibilidade de sensores, o que acabaria por desencadear algumas reações: elaboração de legislação

para regulamentar o sinal sonoro e também as pessoas acabavam ignorando os sinais sonoros,

desacreditando se o veículo estava realmente sendo furtado. Ladrões de veículos também

aprenderam sobre os alarmes e como desativá-los rapidamente. Isso exige dos fabricantes
aperfeiçoamentos constantes nos sistemas de proteção veicular.

1.3 SISTEMAS DE BLOQUEIO

Com o objetivo de desencorajar e dificultar ainda mais a ação de marginais na tentativa de furto

e roubo dos veículos, foram desenvolvidos ao longo do tempo dispositivos e sistemas de bloqueio.

No início, os dispositivos eram bastante simples e bloqueavam o acionamento de funções de

comando do veículo, impedindo o seu funcionamento ou deslocamento. Com o avanço da

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

tecnologia, foram se tornando mais sofisticados, graças também aos sistemas eletrônicos presentes

nos veículos, que permitem que o veículo seja rastreado e bloqueado remotamente.

Elencamos a seguir algumas dessas soluções utilizadas para bloqueio do veículo:

Trava de câmbio: dispositivo barato e prático que impedia a mudança das marchas. A proteção
era eficiente para o veículo estacionado, pois a trava necessitava da chave mestra para abertura.
Trava de volante e pedal de embreagem: o conceito era semelhante ao da trava do câmbio. A
desvantagem é que poderiam ser removidas em caso de abordagem do condutor por
marginais.

Trava do freio: faz o travamento de rodas por meio do sistema de freio e desliga a ignição.
Botão de corte de ignição ou de combustível: no primeiro caso, um interruptor oculto desligava

a linha de ignição do motor, impedindo seu funcionamento. Já no segundo, a alimentação de

combustível era interrompida alguns minutos depois do funcionamento. Infelizmente, os


marginais acabavam adquirindo habilidades para localizar os interruptores, que eram instalados

em pontos que se tornaram comuns. Em caso de abordagem, ladrões ameaçavam o condutor

para informar da presença desses bloqueios.


Chaves codificadas: nesse sistema, a chave possui um emissor de sinal eletrônico reconhecido

por uma antena para liberar o funcionamento do veículo. Como marginais encontraram
maneiras de hackear o código, os sistemas passaram a utilizar códigos randômicos para

dificultar essa ação.

Como falamos no início, a tecnologia disponível atualmente permite que o veículo seja rastreado

e bloqueado remotamente. Inicialmente, se fazia esse bloqueio por sinais de rádio, após o condutor

comunicar o furto ou roubo do veículo a uma central da operadora do sistema. A operadora então

emitia os sinais para o bloqueio do veículo, cortando alimentação de combustível e ignição.

Os sistemas passaram a utilizar então o rastreamento do veículo via rádio, permitindo a sua

localização. Este logo evoluiu para o rastreamento e bloqueio via satélite utilizando o Sistema de

Posicionamento Global (GPS), que permite localizar com boa exatidão a localização do veículo.

TEMA 2 – TRAVAS ELÉTRICAS: COMO FUNCIONAM

2.1 FUNCIONAMENTO

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

A trava elétrica dos automóveis é constituída basicamente por um sistema eletromecânico, que

acoplado ao mecanismo da fechadura das portas, promove o seu travamento e destravamento. O


sistema conta com pequenos motores elétricos (Figura 7), instalados próximo às fechaduras, que
serão acionados pela própria chave ou através de um comando remoto.

Figura 7 – Motores de travas elétricas

Créditos: BK foto/Shutterstock.

2.2 ACIONAMENTO

Nos sistemas acionados diretamente pela chave, dependendo da configuração, o travamento e

destravamento podem ser comandados apenas pela porta do motorista (neste caso, chamado de
monosserventia), ou também pela porta do passageiro (chamado de dupla serventia). No sistema com

monosserventia, o motor elétrico da porta do motorista (Figura 8) será responsável pelo acionamento

dos motores das demais portas. Ele então recebe a alimentação elétrica e distribui aos demais, sendo

chamado atuador mestre.

Figura 8 – Motor elétrico da porta do motorista

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Crédito: Jefferson Schnaider.

  Os demais são os atuadores escravos (Figura 9). No sistema com dupla serventia, teremos

atuadores mestres nas portas do motorista e do passageiro, sendo os demais escravos.

Figura 9 – Atuador escravo

Créditos: BK foto/Shutterstock.

Em sistemas comandados de forma remota, os controles podem estar na própria chave do

veículo (Figura 10) ou em controle remoto, acoplados ou não com o acionamento de alarmes.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Quando são acionados os botões de comando, um pequeno transmissor envia um sinal de ondas de

rádio captado pela central eletrônica no veículo que o decodifica e envia os pulsos elétricos para os
atuadores travarem ou destravarem as portas.

Figura 10 – Acionamento das travas elétricas com a chave do automóvel

Créditos: Orlov Alexsandr/Shutterstock.

2.3 FUNÇÕES

Em se tratando de funções disponíveis nos sistemas de travamento elétrico, temos desde o mais

básico, que é o travamento centralizado das portas, até o controle mais elaborado do travamento em
situações específicas. Detalhes que podem trazer ainda mais comodidade e segurança para os

ocupantes dos veículos, como:

Para quem transporta crianças com frequência, é útil que o travamento ocorra de forma

automática a partir de determinada velocidade.

Travamento de todas as portas feito automaticamente assim que seja dada a partida no veículo.

Atuadores para travamento e abertura de porta-malas e tanque de combustível.

TEMA 3 – INSTALAÇÃO DE TRAVAS ELÉTRICAS

3.1 OPÇÕES

A opção por travas elétricas no momento da aquisição pode ser feita para praticamente todos os

modelos de automóveis disponíveis no mercado. Para aqueles que saíram de fábrica sem o acessório,

a instalação pode ser feita utilizando diversas opções disponíveis.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

O proprietário do veículo pode optar por um sistema específico para o modelo, semelhante ao

original, ou por sistemas chamados travas universais, possíveis de serem instalados em praticamente
todos os modelos de automóveis.

Os sistemas específicos (semelhante aos originais) possuem componentes dedicados, facilitando


a instalação, uma vez que foram produzidos para determinado modelo de automóvel. A Figura 11
mostra um atuador dedicado de trava elétrica.

Figura 11 – Atuador dedicado de trava elétrica

Créditos: ZhdanHenn/Shutterstock.

A imagem a seguir (Figura 12) mostra um exemplo de fechadura com atuador da trava

incorporado, específico de um modelo de veículo.

Figura 12 – Fechadura com atuador da trava incorporado

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: Den Rozhnovsky/Shutterstock.

Quando for feita a opção pelos modelos universais, é importante verificar a compatibilidade com

o veículo que receberá a instalação, por meio das informações fornecidas pelo fabricante do sistema.
A Figura 13 mostra um kit universal de travas para instalação em veículo de quatro portas.

Figura 13 – Kit universal de travas para instalação em veículos de quatro portas

Crédito: Jefferson Schnaider.

3.2 CUIDADOS NA INSTALAÇÃO

Para garantir o bom funcionamento do sistema, é muito importante seguir algumas

recomendações para a instalação dos componentes. É preciso, também, lembrar que as travas

elétricas são acionadas com bastante frequência durante o uso diário; podemos estimar que isso

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

ocorra por milhares de vezes durante a vida do veículo. Manutenções e lubrificação de componentes

podem ser necessários durante esse período. Exemplo na imagem a seguir (Figura 14).

Figura 14 – Manutenção e lubrificação dos componentes

Créditos: Dima Aletskyi/Shutterstock.

 Para que inconvenientes não ocorram durante esse período, deve-se observar com atenção as

instruções do manual de instalação e as dicas a seguir:

Antes de qualquer intervenção em componentes elétricos, desconectar o polo negativo da

bateria.

Utilizar sempre ferramentas adequadas, principalmente para remoção e instalação de forrações

e acabamentos.
Proteger a central de controle e fixá-la adequadamente, preferencialmente sob o painel de

instrumentos.

Fixar adequadamente chicotes elétricos com presilhas plásticas, atentando para não ficarem

tensionados ou frouxos demais.

Se for necessário fazer emenda de fios, utilizar preferencialmente terminais climpados e


isolados por termo retráteis.

Jamais cortar chicotes originais do veículo para tomada de alimentação positiva ou

aterramentos (utilizar alimentação positiva da central de distribuição e pontos de aterramento

já existentes no veículo).

Passar chicote elétrico por layout adequado, evitando interferências.

Utilizar equipamento adequado para medições elétricas (multímetro).


https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Evitar cortes desnecessários em forrações, revestimentos, painel e acabamentos internos.

Posicionar e fixar adequadamente os atuadores das travas no interior das portas, para garantir
livre acionamento das hastes e possíveis regulagens (Figura 15).
Verificar sempre o encaixe correto dos conectores elétricos.

Figura 15 – Posicionamento dos atuadores das travas

Créditos: sima/Shutterstock.

TEMA 4 – ALARMES AUTOMOTIVOS

4.1 TIPOS DE ALARME

A instalação de um alarme no veículo passou a ser de grande importância atualmente, por

questões de segurança, por receio de vandalismo ou mesmo para ter um custo menor na contratação

do seguro do veículo. Dentre os vários modelos disponíveis no mercado, podemos classificá-los em

dois tipos básicos, dependendo da proteção oferecida: tipo perimétrico e tipo volumétrico.

4.1.1 ALARME TIPO PERIMÉTRICO

Este é um tipo de alarme bastante comum. Em sua instalação mais simples, monitora apenas a

abertura indevida das portas, ativando o sinal sonoro quando isso acontece. Em versões de instalação

mais completa, pode monitorar outros pontos de acesso ao interior do veículo, como vidros (laterais

ou traseiros) basculantes. Na instalação desse tipo de alarme, é importante também monitorar a

tampa de porta malas e o capô do motor, o que nem sempre ocorre. Vale lembrar que muitos

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

modelos de automóveis têm o estepe no porta-malas e alguns também no compartimento do motor.

Infelizmente, o estepe é também visado para furtos. O disparo do alarme acontece quando os
sensores (interruptores, Figura 16) detectam a abertura de um dos pontos monitorados, informando
a central de controle, que dispara o sinal sonoro e também sinal luminoso de alerta, quando

disponível.

Figura 16 – Interruptor

Créditos: Aleks198/Shutterstock.

 Estes sensores são geralmente instalados junto nas colunas das portas próximo das fechaduras
ou das dobradiças (colunas A ou B para portas dianteiras e B ou C para traseiras, em veículos com

quatro portas). Para os vidros, é utilizado microinterruptor em algum ponto próximo à guarnição de
vedação. Nas primeiras versões desse tipo de alarme, seu acionamento era feito por um interruptor

instalado em um local não visível, de conhecimento apenas do usuário do veículo. Essa solução não

se mostrou eficiente por muito tempo, pois ladrões de automóveis passaram a conhecer os locais

comumente utilizados pelos instaladores para colocar este interruptor. O acionamento por comando

remoto passou a ser utilizado (Figura 17), tornando o sistema mais seguro.

Figura 17 – Acionamento remoto

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: montira areepongthum/Shutterstock.

4.1.2 ALARME TIPO VOLUMÉTRICO

Esse tipo de alarme monitora o acesso indevido ao interior do veículo através de sensores

ultrassônicos. O sistema funciona emitindo ondas sonoras no interior do habitáculo dos passageiros

e as recebendo de volta. Com o veículo fechado, sem perturbações, a onda sonora que retorna para
o sensor mantém um padrão bem definido e reconhecido pelo módulo eletrônico que controla o

alarme. Se as ondas sonoras sofrerem alguma alteração, o módulo eletrônico reconhece essa

perturbação e identifica que houve alguma violação do veículo, disparando o alarme. O sistema conta
com dois sensores, podendo estar posicionados na área central dianteira do teto do veículo ou um

em cada coluna dianteira (coluna A). Na Figura 18, podemos observar o sensor ultrassônico instalado

na parte superior da coluna A do lado esquerdo.

Figura 18 – Sensor ultrassônico

Créditos: Marco Rubino/Shutterstock.


https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

4.2 SENSORES DE MOVIMENTO

Muitos veículos atualmente estão equipados com sistemas de controle de estabilidade e


aceleração, com sensores que monitoram os movimentos como a inclinação e variações da

velocidade. Quando integrados ao sistema de alarme, podem provocar o seu disparo mesmo que as
portas e os vidros não tenham sido violados. Isso pode ocorrer quando o veículo é guinchado ou

rebocado (Figura 19), o que tem sido utilizado como uma modalidade de furto atualmente.

Figura 19 – Veículo rebocado

Créditos: Vlad_art/Shutterstock.

4.3 ACIONAMENTO DO ALARME

A forma mais comum de acionamento dos alarmes veiculares utilizada atualmente é através de

um controle remoto que gera ondas de rádio (Figura 20). Essas ondas são interpretadas pela central

eletrônica que controla o alarme, ativando e desativando o sistema quando o controle é acionado.

Para evitar a identificação da frequência emitida pelo controle e possível clonagem do sinal de
comando do alarme, os sistemas atuais utilizam algoritmos específicos para cada equipamento,

capazes de randomizar os sinais emitidos. Dessa maneira, o sinal não será repetido e somente o

alarme ligado ao respectivo controle será capaz de reconhecer a frequência utilizada. Nesses

sistemas, não é possível desligar o alarme apenas girando a chave no cilindro da porta, podendo

existir um interruptor de desativação instalado em algum ponto oculto do veículo.

Figura 20 – Controle gerando ondas de rádio


https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Créditos: Virrage Images/Shutterstock.

4.4 PROTEÇÕES DO ALARME E SENSORES

Dependendo do modelo de alarme, vimos que a proteção oferecida pode ser apenas de

abertura de portas, nos mais simples e de menor custo, até proteção de diversos outros acessos no

veículo e funções adicionais, nos modelos mais complexos. A imagem seguinte (Figura 21) ilustra
exemplos de pontos protegidos e sensores, que são descritos a seguir.

Figura 21 – Os componentes de um alarme de carro

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Portas: protegidas por interruptores, posicionados junto às fechaduras em alguns modelos e em

outros em uma das colunas.


Tampa do porta-malas: protegida por um interruptor na própria tampa, ou em ponto próximo
ao batente da mesma.

Capô do motor: protegido por interruptor normalmente posicionado próximo ao painel corta-

fogo, ou próximo de uma das torres do amortecedor.


Para-brisa e vidros: geralmente protegidos pelos sensores ultrassônicos que detectam
movimentos no habitáculo dos passageiros. Em alguns sistemas, pode ser usado o circuito
elétrico do desembaçador para monitorar o vidro traseiro.

TEMA 5 – INSTALAÇÃO DO ALARME

Quando se adquire um veículo novo, existe a possibilidade de escolha de diversos itens

chamados opcionais para cada modelo. Entre esses opcionais, podemos encontrar o sistema de

alarme. Uma dúvida poderia surgir no momento desta opção: é mais vantajoso comprar o veículo
com o alarme original ou instalar um sistema posteriormente?

Para ajudar nessa decisão, algumas considerações podem ser feitas, comparando as duas
opções:

Um alarme original, como opcional de fábrica, ou mesmo quando instalado no concessionário

da marca, não põe em risco a garantia do veículo, principalmente a parte elétrica. Conforme
argumentos das próprias montadoras, alarmes originais têm seu desenvolvimento segundo

controles de qualidade iguais aos demais sistemas do veículo, evitando interferências em outros

circuitos eletrônicos. Também são desenvolvidos para apresentarem o mínimo consumo de

energia, poupando a bateria do veículo.

Podemos considerar como aspectos favoráveis aos alarmes instalados posteriormente, como

também argumentam fabricantes de sistemas de alarme, a diversidade de funções disponíveis e


também a possibilidade de instalação dos componentes em pontos distintos dos padronizados

pelas montadoras, dificultando a ação de ladrões para desativação do sistema.

5.1 CUIDADOS NA INSTALAÇÃO

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Quando da instalação de um sistema de alarme no veículo, alguns procedimentos devem ser

observados, a fim de se obter um resultado satisfatório, sem comprometer a qualidade e a


segurança. Como existem no mercado diversas opções de alarmes, de vários fabricantes, as formas
de instalação podem apresentar algumas variações.

Vejamos aspectos importantes a observar:

Ter sempre disponível o manual com as informações e esquema elétrico de instalação fornecido
pelo fabricante. Isso com certeza garantirá o correto funcionamento e evitará danos a
componentes.
Se as informações no manual de instalação forem insuficientes ou não estiverem claras, é

recomendável entrar em contato com a assistência técnica do fabricante.


Certificar-se de que todos os componentes estão disponíveis e não apresentam nenhum

problema aparente. Se percebido algum defeito, recomenda-se solicitar informações do


fabricante ou distribuidor.

Realizar a instalação sempre com bastante atenção e cuidado com componentes do alarme e

com a parte elétrica do veículo (Figura 22).

Figura 22 – Cuidados na instalação do alarme

Créditos: Phoderstock/Shutterstock.

Nunca se deve esquecer de desconectar o polo negativo da bateria antes de qualquer

intervenção na parte elétrica do veículo (Figura 23).

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

Figura 23 – Segurança em relação à bateria

Créditos: rafastockbr/Shutterstock.

Utilizar sempre os instrumentos adequados (multímetro, Figura 24) para a realização de testes
elétricos no veículo. Na integração do alarme com outras funções (trava elétrica, vidros

elétricos, imobilizadores), recomenda-se ter disponíveis os esquemas elétricos de ligação desses

sistemas.

Figura 24 – Multímetro

Créditos: david john abrams/Shutterstock.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

O posicionamento da sirene do alarme (Figura 25) deve ser em local que não haja infiltrações

(sujeira, água), para evitar danos e falha de funcionamento e também de difícil acesso para
ladrões.

Figura 25 – Local de instalação da sirene do alarme

Créditos: n_defender/Shutterstock.

O módulo eletrônico de controle do alarme deve ser bem protegido e fixado em local que

dificulte o acesso ao mesmo, para dificultar seu desligamento em caso de tentativa de furto do
veículo.

Após a conclusão da instalação é importante testar o funcionamento de todo o sistema com

suas funcionalidades. Caso alguma função não atue corretamente, refazer as programações

e/ou rever a instalação. Se o problema persistir, recomenda-se solicitar auxílio do suporte


técnico do fabricante.

5.2 ASPECTOS LEGAIS

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é o documento que dispõe de diretrizes para o

funcionamento do trânsito no Brasil e também determina normas de conduta para condutores de


veículos e pedestres nas vias públicas. Esse documento também faz referência a alarmes automotivos.

Em seu art. 229, o CTB estipula que se configura infração de natureza média, com penalidade

prevista de multa e apreensão do veículo, utilizar indevidamente o aparelho de alarme que produz

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

som ou ruído de modo a perturbar o sossego público.

Além do citado anteriormente, o artigo ainda impõe que sejam obedecidas as normas fixadas

pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O Contran, em sua Resolução n. 37, fixa normas de utilização de alarmes sonoros e outros
acessórios de segurança contra roubo ou furto de veículos automotores. Seu art. 1º afirma ser
necessário reconhecer como “acessórios” os sistemas de segurança para veículos automotores, pelo
uso de bloqueio elétrico ou mecânico, ou através de dispositivo sonoro, os quais objetivem dificultar
o seu roubo ou furto.

No entanto, o parágrafo único do artigo alerta que esses acessórios não poderão comprometer
o desempenho operacional nem a segurança do veículo.

O art. 2º da Resolução n. 37 estabelece duas ponderações em relação ao dispositivo sonoro do


sistema, afirmando que ele não poderá:

Produzir sons contínuos ou intermitentes semelhantes aos utilizados pelos veículos de socorro
e salvamento (como, por exemplo, polícia, bombeiros e ambulância).

Emitir sons contínuos ou intermitentes de advertência por um período superior a um minuto.

Todos os sistemas de alarme automotivo instalados em veículos deverão respeitar as exigências

dessa Resolução.

Em caso de descumprimento, a penalização será com multa de natureza média e, além disso,

como medida administrativa, ocorrerá a apreensão e remoção do veículo até sua regularização.

FINALIZANDO

Nesta aula, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco a história do travamento e dos


alarmes nos automóveis e sua evolução. Vimos também como funcionam os sistemas para proteger

o veículo contra furtos, seus componentes, como são instalados e alguns cuidados nos

procedimentos de instalação.

REFERÊNCIAS

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/25
22/05/2023, 09:30 UNINTER

A EVOLUÇÃO dos Equipamentos para Proteção de Veículos. Meu Autotrac, 19 dez 2014.

Disponível em: <https://www.meuautotrac.com.br/blog/a-evolucao-dos-equipamentos-para-


protecao-de-veiculos/>. Acesso em: 22 nov. 2021.

COSTA, PAULO G. A Bíblia do Carro. Editora Independente, 2001.

FONSECA, G. Alarme Automotivo: Conheça Melhor Esse Importante Sistema de Segurança


Veicular. Doutor Multas, 1 mar. 2021. Disponível em: <https://doutormultas.com.br/alarmes-
automotivos/>. Acesso em: 22 nov. 2021.

GUIMARÃES, A. de A. Eletrônica Embarcada Automotiva. 1. ed. Érica.

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/25

Você também pode gostar