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Faculdade de Direito
Curso: Psicologia clinica
Regime: Semi-presencial
Turma: B
Estudantes:
1. Rogito Amaral João
2. Ruth Manuel Livone
3. Salima Assiro Jorge Sumane
4. Sany Manecas Jone
5. Sara Johane
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UNIVERSIDADE MUSSA BIN BIQUE
Faculdade de Direito
Curso: Psicologia clinica
Regime: Semi-presencial
Turma: B
Estudantes:
Rogito Amaral João
Ruth Manuel Livone
Salima Assiro Jorge Sumane
Sany Manecas Jone
Sara Johane
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Índice:
Introdução ……………………………………………………………………………....…..4
Objectivos Gerais ……………………………………………………………………….….5
Objectivos Específicos ………………………………………………………...………...….5
Metodologia …………………………………………………………………………………5
A imagem de Fluxograma …………………………………………………………….……7
Sala de Emergência …………………………………………………..………………….…8
Sala de Observação ……………………………………………………...………………….8
Bloco Cirúrgico ……………………………………………………………...………………8
Unidade de Internação ….……………………………………………….…………….……9
Unidade de Tratamento Intensivo …………………………………………………………9
Outras Actividades ………………………………………………………………..……..….9
Conclusão ……………………………………………………………………...………..…..10
Referências ……………………………………………………………………...………..…11
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INTRODUÇÃO.
No que diz respeito a fluxo de atendimento a consulta psicológica, foram muitas conquistas no
campo do cuidado à saúde mental. Entretanto, no que concerne à acessibilidade das pessoas
usuárias ao atendimento, há obstáculos e desafios a superar decorrentes de fragilidades e
barreiras apara sua resolutividade, sobretudo no que diz respeito ao funcionamento da própria
instituição.
O serviço de saúde mental sempre foi motivo de questionamentos devido à maneira como os
pacientes eram tratados, suscitando sempre a questão da reforma psiquiátrica como uma
estratégia de melhoria na atenção à saúde mental. Com a ampliação e humanização do serviço,
com culminante abandono do modelo de internação manicomial, surge a reforma psiquiátrica no
fim dos anos 70, trazendo grandes avanços para o cuidado em saúde mental.
A ética da reforma psiquiátrica fundamenta-se na defesa dos direitos civis dos pacientes, que
antes não eram vistos com tais direitos. Visa um olhar sobre o comportamento, as atitudes e o
modo de ser desses indivíduos, levando o profissional, a família e a comunidade a
compreenderem seus valores. Implica em um novo lugar social para a loucura, permitindo o
diálogo, tirando-os do eterno silêncio e recalque aos quais foram submetidos.
Um exemplo de ferramenta que pode ser utilizada é o fluxograma. Estratégia útil para a
otimização do atendimento, sua implantação possibilita uma visão nítida sobre os fluxos em
curso no momento da produção do cuidado à saúde, permitindo a detenção de seus problemas.
Assim, sugeriu-se, no presente estudo, a revisão do fluxograma de Atendimento em consulta
Psicológica, devido ao facto desse seguimento, antes de ser fundamentado em conhecimento
empírico, ter sido adquirido por meio de determinações que não contemplavam o itinerário que o
paciente deveria adotar dentro do serviço, o que causava transtorno no atendimento para o
paciente e para o serviço. É nessa ordem de ideias que iremos debruçar o processo de fluxo no
atendimento de consulta psicológica numa unidade sanitária.
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Objectivos Gerais.
Descrever a implementação e sua importância de um fluxograma para os atendimentos de
rotina em uma Consulta Psicológica.
Objectivos Específicos.
Abordar o processo de fluxo no atendimento de consulta psicológica numa perspectiva de
desenhar o fluxograma ideal que acaba por realizar o acolhimento às pessoas usuárias,
assim como também ajudar a organização da instituição em tornar as atividades mais
fácil.
Descrever a importância de mapeamento na organização do processo de trabalho da
unidade no que tange ao estabelecimento de uma rotina que vise prover acolhimento.
Metodologia.
Simonetti (2009) afirma que “a conversa que o psicólogo proporciona ao paciente não é uma
conversa comum” (p. 24), o psicólogo permite que o paciente fale sobre suas angústias, podendo
simbolizá-las e dissolvê-las. A maioria dos outros profissionais, a família e os amigos do
paciente, muitas vezes não o permitem viver seus sentimentos. Buscam encobrir a angústia,
destruí-la ou negá-la. Na medida em que o paciente fala com o psicólogo, pode reconhecer a
possibilidade de participação ativa no tratamento da enfermidade física/psíquica, juntamente com
a equipe, em um movimento de cura pessoal.
Diante da necessidade do paciente em ser ouvido e da ética médica em atuar sobre o sintoma,
surge o espaço para a psicologia da saúde. Nesse sentido, é perceptível que as diferentes
circunstâncias, nas quais o sintoma orgânico aponta para o adoecimento psíquico, provocam
angústia no corpo médico da instituição, que, tocado em seu saber, abre espaço para a
intervenção do psicólogo.
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Dentre os sectores pertinentes à atuação do psicólogo da saúde, há fluxo as enfermarias, a
internação e o pronto-socorro. Especificamente, o pronto-socorro (PS) é o local destinado ao
tratamento das emergências médicas, tendo em vista que essas emergências são situações
clínicas onde os pacientes se encontram em risco, o que requer um tratamento imediato
(Simonetti, 2009). Portanto, um dos objetivos do PS é a normalização das funções vitais, bem
como amenizar a dor dos pacientes. Já a cura completa da doença e/ou o tratamento de aspectos
psicológicos são considerados relevantes, porém, devem estar em segundo plano (Simonetti,
2009).
Dentro dos diversos avanços ocorridos com a reforma psiquiátrica, pode-se citar os Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), que visam dar suporte, tratamento e enfrentamento às doenças de
cunho psiquiátrico e psicológico, fazendo com que os indivíduos com transtorno mental
compreendam seu atual estado, bem como com que possam ser inseridos dentro do contexto
familiar a que pertencem e na comunidade em que vivem. Infelizmente, por diversos fatores,
nem sempre esses propósitos são alcançados, dentre eles está a inexistência de uma dinâmica
eficiente na organização do trabalho e do atendimento prestado nos serviços de consultas
psicológicas, que pode influenciar negativamente o fluxo dos serviços. Desse modo, propostas de
aplicação de estratégias e ferramentas de gestão para a organização do serviço são relevantes,
não só para o campo da Saúde Mental, mas para a Saúde Coletiva, pois pode proporcionar
melhoria na qualidade do cuidado prestado.
Após a implantação, constatou-se a sua importância para a melhoria na organização do processo
de trabalho da unidade no que tange ao estabelecimento de uma rotina que vise prover
acolhimento, oferecendo opções de atividades que possam ser realizadas durante a espera pelo
atendimento.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o uso de um fluxograma eficaz nas unidades de saúde se faz
útil pelo fato de o mesmo ter a capacidade de proporcionar um olhar mais amplo dos processos
de trabalho, possibilitando a identificação das áreas onde há os maiores obstáculos para o bom
funcionamento da unidade, a fim de buscar soluções e melhores abordagens.
A estrutura física contribuir para o desenvolvimento das atividades, as pessoas usuárias que são
úteis na minimização do estresse e da ansiedade. Na espera pelo atendimento, pôde-se perceber
como as pessoas usuárias ficam tranquilas e participam com compartilhamento das experiências
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singulares de cada um. Isso é possível devido ao valor terapêutico para quem está participando,
pois há uma maior interação entre usuários.
Assim, a reforma psiquiátrica tem sido relevante, uma vez que se baseia no conceito de
desinstitucionalização. Sugere uma práxis, na qual os serviços devem configurar-se como uma
rede de assistência, com foco na restauração da cidadania dos usuários atendendo suas
demandas.
CONSULTA?
Usuário Recepção
Sim
Ativida
des em
grupo
Terapeuta
ocupaciona
psiquiatra psicólogo
Enfermaria
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O desenho do fluxograma no sector de Consulta Psicológica, ajuda bastante para minimizar às
fragilidades no serviço, a sobrecarga de atendimentos decorrente do quantitativo de profissionais
insuficientes. Entretanto, esta ferramenta está inserida na proposta de melhoria da qualidade e
proporciona crescimento para todos os envolvidos na promoção do cuidado humano e de
qualidade.
Dessa forma, implantar um fluxograma traz aos serviços de Atendimento a Consultas
Psicológicas, organização, diminuição do nível de ansiedade pela espera do atendimento,
eficiência no tratamento, melhor convívio profissional-usuário e, principalmente, provê bem-
estar físico e mental para as pessoas ali presentes. Com as melhorias que o fluxograma pode
trazer ao serviço, é necessário que haja mais estudos nessa temática para comprovar sua eficácia,
visando adicioná-lo na rotina organizacional.
Contudo é necessário descrever o fluxo das intervenções do psicólogo nas consultas psicológicas
em diversas vertentes:
1. SALA DE EMERGÊNCIA: O paciente é trazido, pela ambulância, à sala de emergência onde
é recebido pela equipe médica e de enfermagem, sendo avaliado e realizado os procedimentos
pertinentes ao quadro clínico do paciente. Nos casos em a equipe técnica atesta a necessidade de
intervenção psicológica, o psicólogo é acionado, com o objetivo de avaliar e minimizar o
sofrimento psíquico daquele momento de crise, baixar a ansiedade, intervir a possibilidade de
encaminhar para consulta psiquiátrica ou acompanhamento ambulatorial na rede municipal,
seguindo o mesmo fluxo de atendimento da Sala de Observação. Desta sala, o paciente poderá
ser encaminhado à Sala de Observação, ao Bloco Cirúrgico e/ou para a Unidade de Terapia
Intensiva.
2. SALA DE OBSERVAÇÃO: Nesta sala, o paciente não corre risco iminente de vida, é
assistido pela equipe médica e de enfermagem, em função de sua demanda clínica. A atuação do
psicólogo é necessária quando o paciente apresenta estado emocional comprometido, por
exemplo, quando está muito ansioso, deprimido, agitado, pacientes dependentes químicos, com
tentativa de suicídio, não querendo aderir ao tratamento indicado e/ou ao receber um diagnóstico
inesperado. Deste setor, o paciente poderá receber alta, ser encaminhado para o Bloco Cirúrgico
ou para a Unidade de Internação.
3. BLOCO CIRÚRGICO: No Bloco Cirúrgico o psicólogo, geralmente, é acionado para atender
a família, no momento de crise gerado pela cirurgia que, na maioria das vezes, é inesperada, com
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o objetivo de minimizar o sofrimento emocional, promover à família a diminuição do estresse,
apoiar no período de crise e melhor o vínculo paciente/família e família/equipe, pois quando o
paciente é internado a família toda adoece e o desequilíbrio familiar acontece.
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CONCLUSÃO.
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REFERÊNCIAS.
1. Alves HMC, Dourado LBR, Côrtes VNQ. A influência dos vínculos organizacionais na
consolidação dos Centros de Atenção Psicossociais. Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18(10):2965-75.
2. Oliveira WF. Éticas em conflito: reforma psiquiátrica e lógica manicomial. Cad Bras Saúde
Mental. 2009;1(2):49-61.
3. Queiroz MS, Delamuta LA. Saúde mental e trabalho interdisciplinar: a experiência do
“Cândido Ferreira” em Campinas. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(8):3603-12.
4. Pinto CAG, Coelho IB. Co-gestão do processo de trabalho e composição da agenda em uma
equipe de atenção básica. In: Campos GWS, Guerrero AVP, organizadores. Manual de praticas
de atenção básica: saúde ampliada e compartilhada. São Paulo: Hucitec; 2008. p. 323-45.
5. Miranda L, Oliveira TFK, Santos CBT. Estudo de uma rede de atenção psicossocial:
paradoxos e efeitos da precariedade.
6. Pereira, R. P. A. (2007) Acolhimento. Acessado em 23 de maio, de 2023, em:
<http://www.smmfc.org.br/acolhimento.htm>.
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