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Red.

Semana 11

Rafael Cunha
Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)

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CRONOGRAMA

04/04 Conclusão e
título: funções e
estratégias

19:15

Conclusão e
06/04 título: funções e
estratégias

09:15

11/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

19:15

13/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

09:15
18/04 Exercícios sobre
conclusão e título

19:15

20/04 Exercícios sobre


conclusão e título

09:15

25/04 Argumentação e
suas estratégias

19:15

27/04 Argumentação e
suas estratégias

09:15
25|27
Argumenta- abr
ção e suas es-
tratégias

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
gicos, uma vez que, usando melhor a razão, o debate
A argumentação fica melhor.

Sabe quando você quer sair à noite e não faz ideia Veja os exemplos:
de como convencer os seus pais? Neste momento,
diversos argumentos vem à mente, mas nem todos É necessário utilizar cores mais leves em hospi-
parecem muito consistentes a ponto de você con- tais, como o azul claro, pois elas relaxam seus
seguir convencê-los. Saber selecioná-los, organizá- pacientes e mantêm o ambiente mais calmo.
-los e aplicá-los da melhor forma - e no melhor mo-
mento- , então, pode ser essencial nesse trabalho de É necessário utilizar cores mais leves em hospi-
convencimento. Afinal, essa é uma festa que precisa tais, como o azul claro, pois as mais quentes são
da sua presença. muito feias.

Note que, em todo processo argumentativo - até Note que as duas frases apresentam a mesma opi-
mesmo nessa sua conversa com os seus pais -, há nião, mas utilizam estratégias diferentes para sus-
algumas etapas que se repetem: tentá-las. Enquanto a primeira usa uma base mais
lógica, racional, a segunda parte da subjetividade.
✓ Existe uma questão, uma ideia inicial;

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✓ Há um objetivo de convencer o outro de que a sua Podemos perceber, então, que a qualidade de uma
opinião é a mais válida; argumentação tem total relação com o conhecimen-
✓ Buscando alcançar isso, você apresenta razões, to prático da lógica. Isso explica o tópico que virá a
porquês que sustentem essa opinião, tentando até, seguir, no qual entenderemos a aplicação dos méto-
muitas vezes, destruir o argumento alheio. dos dedutivo, indutivo e dialético à redação.

Na redação, o pensamento é o mesmo: se, produzin-


do uma dissertação-argumentativa, o seu único ob- Estrutura
jetivo deve ser o de convencer o leitor, é fundamen-
tal que você saiba escolher as melhores estratégias Antes de tudo, cabe diferenciar dois termos que,
e argumentos para alcançá-lo. muitas vezes, criam certa confusão no aluno: argu-
mentação e argumento.

O uso da lógica e da razão De forma bem objetiva, a argumentação constitui
um processo, enquanto o argumento é uma estru-
No processo de convencimento, a ideia de levar al- tura que faz parte dele. Em outras palavras, a argu-
guém a acreditar na validade da informação passada mentação é um conjunto de argumentos articula-
é essencial. Existe, então, o trabalho de convencer, e dos, encadeados.
não persuadir, como nas propagandas publicitárias.
Para criar, então, uma boa argumentação, é impor-
Na publicidade, a ideia de levar alguém a comprar tante estudar a estrutura do argumento. Normal-
alguma coisa não constitui, de fato, uma argumen- mente, apresentamos essa estruturação por meio
tação. Por isso é comum a utilização de personagens da seguinte “equação”:
infantis, por exemplo, na venda de brinquedos. Tudo
isso “apela” para os sentidos, para a dimensão irra-
cional das pessoas. ARGUMENTO = IDEIA + FUNDAMENTAÇÃO

Na argumentação, essa subjetividade não é o foco
de atenção do produtor do texto. Ao contrário, ele Nessa estrutura, a ideia corresponde ao que vai ser
deve buscar alcançar o máximo da consciência do defendido, enquanto o embasamento é o conjunto
leitor, apelando à razão. Por isso, a base de todo pro- de estratégias para defendê-la, com premissas e/ou
cesso argumentativo está no uso dos raciocínios ló- evidências que a sustentem.
Veja o parágrafo e entenda melhor essa ideia: Entretanto, perguntar não é o bastante. Precisamos
que a resposta construída se encaminhe para o lado
Em primeiro lugar, convém analisar o valor desses bi- certo. Nesse caso, a ideia deve ser sempre conven-
chos para a sociedade, não só agora, mas em toda cer o leitor da opinião que está sendo apresentada.
a história. Já no Egito antigo, os animais eram tão
admirados que representavam deuses, como Anúbis,
deus da morte, que possuía cabeça de cachorro. Os Método Dedutivo
gatos, principais caçadores de ratos que destruíam
as colheitas da região, eram sagrados para aquele É comum ouvirmos falar da dedução como sendo o
povo. Hoje, com o desenvolvimento de novas técnicas raciocínio em que se parte do geral para chegar o
terapêuticas, animais de estimação são importantes particular. Isso você já sabe bem. O que queremos,
ferramentas na cura de distúrbios psicológicos e até aqui, é mostrar como aplicar esse método ao texto,
deficiências físicas. Fica claro que o famoso posto de de forma que seja interessante utilizá-lo na funda-
“melhor amigo do homem” nunca fez tanto sentido. mentação de ideias.

Note que, já no início do parágrafo, há uma opinião No caso do vestibular, assim como no Direito, por
central, algo que será defendido nas linhas seguin- exemplo, a associação de premissas pode ser inte-
tes: a ideia de que os animais têm valor para a socie- ressante na argumentação. Nesse sentido, a utiliza-
dade. O restante do parágrafo, então, apresentando ção de ideias consideradas verdades vai ajudar no
dados históricos e informações da atualidade, fun- embasamento do texto.
damenta a opinião apresentada no primeiro período.

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Como já dissemos, essas ideias se baseiam em con-
Qualquer argumento precisa apresentar essa estru- ceitos, leis, definições, verdades presentes na opi-
tura, ou se tornará apenas uma opinião. invista, en- nião que se pretenda sustentar. Em outro momento,
tão, nessa construção, ok? veremos com mais detalhes essa construção.

Fundamentação Fundamentos baseados em


fatos
Como já vimos anteriormente, aprofundar os argu-
mentos envolve, além de mostrar uma ideia, usar Na busca por fundamentar ideias, utilizar referên-
estratégias como os métodos de raciocínio lógico, cias à realidade pode ser bem mais interessante. Em
de organização do pensamento, a fim de construir temas mais ligados ao nosso dia a dia, como “a ali-
defesas consistentes. Tais ferramentas envolvem o mentação irregular e a obesidade”, por exemplo, uti-
uso de premissas e evidências, partes importantes lizar as estratégias mais factuais pode validar melhor
da construção de raciocínio. os argumentos. Nesse sentido, a utilização de dados
estatísticos e exemplos pode ser uma boa estraté-
gia.
Fundamentos baseados em
ideias Não basta, porém, apenas citá-los. Uma análise des-
ses fundamentos pode conduzi-los a favor do seu ar-
Uma forma de sustentar um argumento é o uso da gumento.
fundamentação “ideal”. Nesse caso, a ideia do pro-
dutor do texto é embasada por outras ideias, as pre-
missas. Método indutivo

A essência dessa fundamentação é simples: ter um Mais uma vez, o uso de um método de raciocínio faz
conteúdo profundo, completo, que coloque a pre- muito sentido. Neste caso, em que utilizamos fatos
missa sempre em um grau anterior à opinião defen- para fundamentar uma ideia, o melhor uso é o do
dida, como em uma escada, em que o degrau infe- método indutivo, ou seja, que parte de ideias par-
rior sustenta o superior. Por isso, a pergunta típica ticulares para chegar a uma afirmação geral. Isso
de quem escolhe esse método de aprofundamento torna muito natural a construção dos argumentos,
é: Por quê? dando a impressão de que são a própria verdade.
Mais à frente, veremos, também, um pouco mais so- que a indução e a dedução não conseguiam fazer.
bre essa organização lógica. Surgiu, então, a dialética, um método que parte de
ideias que parecem se chocar e resolve tal impasse,
alcançando uma síntese.
A dialética e a contra-argu-
mentação Em um caminho parecido, surge a contra-argumen-
tação, que busca, por meio de ferramentas de de-
Um terceiro método, muito importante em provas fesa consistentes, apresentar argumentos do senso
como a da UERJ, pode ser o mais interessante na comum - ou até mesmo posicionamentos previsí-
hora de fundamentar ideias: o dialético. veis, de acordo com determinado tema - e confron-
tá-los, criando opiniões mais originais, criativas,
A dialética vem, basicamente, de uma evolução dos autorais. Em critérios de correção como o de Coe-
métodos indutivo e dedutivo. Em certo momento, rência textual, competência 3 no ENEM, estratégias
foi necessário formular uma maneira de organizar como essa são muito valiosas.
ideias que, a princípio, pareciam contraditórias, o

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Considerando seus conhecimentos e discussões recentes sobre os mais diversos

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problemas da sociedade, imagine e desenvolva uma tese e possíveis argumentos
para os seguintes temas:

a) A prática de bullying na escola brasileira


b) O valor da leitura para a formação do ser humano

2.
Em um processo argumentativo, não basta apresentar uma ideia. É preciso, tam-
bém, comprová-la, buscar defender esse ponto de vista por meio de várias fer-
ramentas que, em um trabalho de fundamentação, dão base a esse argumento.
Sendo assim, imagine possíveis comprovações para os seguintes argumentos:

a) A mídia, hoje, estimula a criação de padrões na sociedade.


b) O comportamento racista da sociedade brasileira não é de hoje.

3.
Uma das ferramentas mais importantes de comprovação de uma opinião é a
apresentação de argumentos de autoridade. Seja por citações, seja por expli-
cação de determinado conceito, mostrar os pontos importantes do trabalho, da
pesquisa de algum pensador é sempre interessante. Considerando isso, sugira
aqui, nesta questão, citações, conceitos e teorias que, de alguma maneira, de-
fendam a ideia de que a sociedade, hoje, está mergulhada em uma determinada
visão de beleza
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
No processo de argumentação, é comum que o aluno ache que seu texto esta
expositivo. Para evitar esse problema, é necessário que algumas informações
não deixem de aparecer no desenvolvimento. Enumere essas informações e pos-
síveis exemplos dela.

2.
Sugira, para as teses a seguir, argumentos possíveis em um texto dissertativo
argumentativo.

a) Não há limites da liberdade de expressão hoje.


b) O sistema público de saúde, no Brasil, está falido.

3.
Analisando o texto abaixo, identifique a tese, as ideias e comprovações utilizadas
na defesa do posicionamento do autor:

José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e


entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e
freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não

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é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas his-
tórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento
e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando,
desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que – um dia –
a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos
vêm sugerindo.

Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de


bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que
necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso
modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso, são
as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de
20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para
formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater
essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas.
Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.

Nada disso, porém, seria tão prejudicial se contra desastres. Para isso, instituições
internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União
Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a uti-
lização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis
a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a pa-
lavra-chave que, de fato, devemos seguir. tivéssemos consciência e o mínimo de
preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza
não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força
de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação.
Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natu-
ral e agir ativamente para reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário
que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do
meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de
uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a
acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção.
contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam,
juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em polí-
ticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além
de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis
por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir.

4.
Sugira, para os temas a seguir, uma tese e ideias de argumentos que possam
comprová-la.

a) O valor dos animais de estimação no mundo contemporâneo.


b) Alimentação irregular e obesidade no Brasil.

5.
Identifique, na redação abaixo, as estratégias de fundamentação usadas e sugira
novas maneiras de comprovar os tópicos.

Um direito, não um favor

O acesso à educação é um direito básico e de extrema relevância para a forma-


ção do indivíduo – sem qualquer distinção – enquanto cidadão. Entretanto, apesar

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de assegurado em lei, a dificuldade encontrada por uma parcela da sociedade,
dando ênfase às crianças e jovens com deficiências, acaba por limitar a concre-
tização dessa garantia. Nesse sentido, a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão
(LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, configura um
grande avanço. Devemos, contudo, analisar de forma crítica sua aplicação práti-
ca, bem como seu diálogo com o atual sistema de ensino.

Em primeiro lugar, é preciso falar daquilo que é apontado pelos responsáveis como
um dos maiores obstáculos encontrados: a falta de acessibilidade. Isso engloba
desde a escassez estrutural até a ausência de profissionais capacitados e prepa-
rados para lidar com as necessidades dessas crianças. Essa situação, aliada à co-
brança indevida de taxas extras, feita por muitos estabelecimentos, causa revolta
e impotência nos responsáveis, como foi mostrado em reportagem exibida no co-
meço de 2016 pelo Fantástico. Por esse motivo, a LBI tem tamanha importância:
busca sanar os problemas de livre acesso, visando à sua igualdade e permanência
previstas na Constituição.

Além disso, não podemos deixar de questionar o modelo atual de ensino adotado
não só no Brasil, mas em grande parte do mundo. A exclusão, nesse contexto, não
se restringe às crianças com necessidades especiais, mas tende a rejeitar também
as superdotadas e portadoras de transtornos como o déficit de atenção. O mode-
lo rígido de avaliações limita a análise do aprendizado a resultado em provas e
termina por, como disse a coordenadora de Educação Especial de Florianópolis,
Rosangela Machado, causar sofrimento para a criança, não valorizando seu real
potencial. Por esse motivo, por muito tempo defendeu-se a ideia de que crianças
com deficiência e transtornos deveriam frequentar escolas diferentes das ditas
“crianças normais” ou tomar medicamentos para se adaptar ao padrão, reiteran-
do a sua exclusão.

É válido destacar, contudo, que a lei aprovada com o fim de garantir a inclusão
nesses ambientes possui pontos passíveis de críticas. As adaptações e contrata-
ções de profissionais para atender a essa demanda geram custos paras as escolas.
Manter um psicólogo especializado, um terapeuta ocupacional ou um fonoaudi-
ólogo sem ter alunos nessas condições é uma despesa sem retorno, contudo, o
estabelecimento precisaria estar pronto para receber esse aluno tão bem quanto
qualquer outro, quando solicitado. Essa questão se mostra mais difícil quando fa-
lamos de escolas menores, não das grandes redes de ensino.

Portanto, para que a LBI não seja apenas mais uma lei que não sai do papel, tor-
na-se necessário levar em consideração a sua aplicação e obstáculos. Fica claro
que é fundamental repensar, por meio da mobilização dos mais diversos setores
da sociedade, em especial das famílias em parceria com o Estado, a forma de
educar para incluir. Outra ação por parte deste deve ser a criação de associações,
o fornecimento de incentivos e subsídios para as instituições privadas e a garantia
de estabelecimentos bem equipados e preparados na rede pública. Por fim, é pre-
ciso, por parte das escolas, investir na contratação de profissionais qualificados
– parcerias com empresas especializadas sanariam a questão da manutenção
ociosa – e na capacitação daqueles que já integram seus quadros, além da adap-
tação do espaço físico. Assim, caminharemos para uma sociedade mais justa, na
qual direitos não são tratados como favores.

GABARITO

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01.
cam mudanças nisso.

Exercício de aula Nietzsche dizia que a vontade do homem é insaciá-


1. a) Tese: A prática de bullying, hoje, persiste vel. Consequentemente, nunca estamos satisfeitos,
no ambiente escolar. o que pode se relacionar à beleza, visto que quere-
Argumento 1: A escola, que deveria trabalhar esse mos sempre melhorar nosso corpo, visual, etc.
problema, não se posiciona diante dos muitos casos
dentro de seus territórios. Argumento 2: A família, “Narciso acha feio o que não é espelho”. Caetano
que poderia acompanhar e ajudar nos problemas de Veloso
seus filhos, é omissa e, muitas vezes, alimenta com-

02.
portamentos intolerantes.

b) Tese: A leitura contribui para a formação Exercício de casa


de personalidade do indivíduo. Porém, não tem feito 1. Para que um texto não deixe de ser argu-
parte do dia a dia da sociedade atual. mentativo, é necessário que, além da ideia, do argu-
Argumento 1: A escola, que deveria estimular o hábi- mento em si, o parágrafo comprove essa informa-
to de ler, não tem trabalhado essa questão com seus ção, por meio de exemplos, causas, consequências,
alunos. Argumento 2: O mercado e seus altos preços alusões históricas, argumentos de autoridade, etc.
desestimula o hábito da leitura. 2. a) Argumento 1: As redes sociais e o anoni-
2. a) Novelas, reality shows, concursos de mato estimulam, hoje, o desrespeito aos limites da
miss são exemplos de como a mídia ainda impõe pa- manifestação de ideias. Argumento 2: O individualis-
drões na sociedade. mo atual estimula, também, a intolerância e o discur-
b) Já no tempo da escravidão, como ilustra so de ódio.
Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, o negro
é tudo como menor, menos importante até, muitas b) Argumento 1: Há problemas de infraes-
vezes, um não-humano pela sociedade brasileira trutura, resultado de uma falta de investimento go-
3. Hegel dizia que o conceito de belo está di- vernamental. Argumento 2: Há certa acomodação
retamente relacionado à história. Consequentemen- por parte do povo, que não cobra por uma saúde de
te, os momentos históricos definem bem a forma de qualidade.
ver o outro como mais bonito ou mais feio - e provo-
3. Tese: A fim de satisfazer essas necessida- 4. Apesar de necessário, o respeito aos ani-
des inventadas, viemos explorando, desenfreada e mais de estimação parece ter perdido espaço, hoje.
irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar Argumento 1: O valor dos animais de estimação. Ar-
que – um dia – a humanidade pode ser engolida por gumento 2: A perda do respeito aos animais, hoje.
essas ações, como recentes acontecimentos vêm 5. Estratégias: Explicação, exemplificação,
sugerindo. apresentação de uma reportagem, de uma lei, argu-
mento de autoridade, premissas. Poderiam ser usa-
Argumento 1: é preciso compreender de dos, também, dados estatísticos.
que maneira ocorre a exploração de bens naturais.
Argumento 2: Nada disso seria tão prejudicial se ti-
véssemos consciência e o mínimo de preocupação
com a prevenção de desastres.

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