O documento discute os efeitos da desnutrição no sistema nervoso, incluindo: 1) A desnutrição pode afetar o desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso, levando a alterações na mielinização e formação da bainha de mielina; 2) Uma má nutrição fetal pode prejudicar a síntese da bainha de mielina, importante para o peso cerebral e atividade nervosa; 3) A desnutrição na infância pode causar déficit cognitivos e de aprendizagem permanentes se ocorrer nos primeiros meses ou anos de vida
O documento discute os efeitos da desnutrição no sistema nervoso, incluindo: 1) A desnutrição pode afetar o desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso, levando a alterações na mielinização e formação da bainha de mielina; 2) Uma má nutrição fetal pode prejudicar a síntese da bainha de mielina, importante para o peso cerebral e atividade nervosa; 3) A desnutrição na infância pode causar déficit cognitivos e de aprendizagem permanentes se ocorrer nos primeiros meses ou anos de vida
O documento discute os efeitos da desnutrição no sistema nervoso, incluindo: 1) A desnutrição pode afetar o desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso, levando a alterações na mielinização e formação da bainha de mielina; 2) Uma má nutrição fetal pode prejudicar a síntese da bainha de mielina, importante para o peso cerebral e atividade nervosa; 3) A desnutrição na infância pode causar déficit cognitivos e de aprendizagem permanentes se ocorrer nos primeiros meses ou anos de vida
A desnutrição ocorre quando o organismo não recebe os nutrientes
necessários para a manutenção metabólica. A desnutrição pode ocorrer quando há baixa ingestão de nutrientes, ou quando há ingestão de alimentos pobres em um (ou mais) dos nutrientes essenciais.
A desnutrição é um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a
ingestão de nutrientes essenciais, seja devido a uma hipernutrição ou uma hiponutrição. No presente estudo, o termo desnutrição é utilizado em seu sentido mais comum, como sinônimo de hiponutrição, subnutrição, ou má-nutrição. A desnutrição pode ocorrer quando há baixa ingestão de nutrientes, ou seja, ingestão de nutrientes em quantidade insuficiente; ou quando há ingestão de alimentos que não contemplam todos os nutrientes essenciais necessários para a manutenção dos sistemas corporais, ou seja, ingestão de alimentos pobres em um (ou mais) dos nutrientes essenciais. Dessa forma é importante salientar que a desnutrição pode caracterizar-se tanto pela quantidade de nutrientes ingeridos quanto pela qualidade destes. (Morgane et al, Mokler & Galler, 2002)
2.4.2 A causa da desnutrição
Essa deficiência pode ocorrer devido a fatores externos, como a ingestão
alimentar insuficiente, ou por fatores internos, como absorção deficiente do intestino. “Essa deficiência pode ocorrer devido a fatores externos, como ingestão alimentar insuficiente, ou por fatores internos, como absorção deficiente do intestino (má absorção nutricional), podendo ser perpetuada de geração a geração.” (Allen et al,1993)
2.4.3 Os efeitos da desnutrição na vida fetal do sistema nervoso
Durante o segundo trimestre da gravidez, ocorre uma aceleração no
desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC) do feto. Esse período é considerado de extrema relevância e requer cuidados especiais, especialmente no que se refere à nutrição. VALENTE (2002, p. 30):
A desnutrição, em suas manifestações mais graves, pode ter impacto
irreversível sobre o tamanho, a estrutura orgânica, a diferenciação das funções, o desenvolvimento, a maturação fisiológica e funcional do SNC. Entre estas, podemos citar alterações na multiplicação das células gliais, no processo de mielinização, na maturação de enzimas, no aumento das conexões sinápticas, na diferenciação das terminações nervosas, na quantidade de DNA, RNA e proteínas existentes.
2.4.4 Bainha de mielina
As células gliais são responsáveis por produzir uma camada rica em colesterol, chamada "bainha de mielina", que envolve o axônio do neurônio. Essa bainha é fundamental para a velocidade da condução nervosa e está diretamente relacionada com a maturação dos neurônios. A mielinização é o processo de revestir as fibras do encéfalo, o sistema piramidal e extrapiramidal e os nervos periféricos com mielina. Como explica CHAVES (1975, p. 21): “a mielinização começa no encéfalo no 4º mês de vida fetal e nos feixes das raízes dorsais e ventrais da medula, posteriormente. O tecto espinhal e o córtex espinhal adquirem mielina logo após o nascimento. A mielinização do sistema piramidal começa em torno do nascimento, mas não se completa até a criança atingir os dois anos de idade”.
2. A má nutrição fetal para o sistema nervoso
A síntese da bainha de mielina, que é importante para o peso do encéfalo e a
atividade do sistema nervoso, depende da presença de colesterol, lipídeos e proteínas. Se houver má nutrição fetal, pode ocorrer um distúrbio na mielinização e formação da bainha de mielina. Essa fase do desenvolvimento do Sistema Nervoso Central é muito ativa nas etapas iniciais da vida, durante o período embrionário e logo após o nascimento, e continua com menos intensidade em outras fases.
Portanto, é crucial que as gestantes tenham uma alimentação balanceada, rica
em proteínas, minerais e especialmente em carboidratos, que devem ser consumidos em níveis de 400 a 500 g por dia na dieta feminina, já que eles são a principal fonte de energia para o embrião. A restrição calórico-proteica durante a formação do feto pode levar a um número menor de células ao nascimento. Segundo GEORGE (1978, p.33):
Nutricionistas provaram que os que não recebem calorias e proteínas
suficientes nas últimas semanas intra-uterinas e os primeiros meses após o nascimento, ficará mentalmente prejudicado de forma permanente, porque as células cerebrais que estavam programadas para multiplicarem-se neste período, não o puderam fazer por falta de alimento. Mesmo que a criança seja bem alimentada mais tarde, essa deficiência é irreversível.
2. As consequências da desnutrição no desenvolvimento do SNC
A aprendizagem, inteligência, memória, são processos formados no Sistema Nervoso Central (SNC), os quais permitem uma melhor adaptação do indivíduo ao seu meio, como resposta a uma ação ambiental. A criança ou adulto desnutrido, mesmo que não apresentem lesões estruturais ou funcionais no SNC, mostram um quadro de apatia, diminuição da atividade física e psicomotora, como também alterações de afeto e de humor. Por consequência disto, afastam-se do mundo e das pessoas que os cercam, tornando-se incapazes de uma interação ativa com o meio social.
Estudos de crianças com desnutrição clínica avançada demonstraram que
durante a reabilitação nutricional os níveis de execução mental, aumentaram na maioria dos casos. Tal aumento varia com a idade em que o processo de desnutrição teve início na criança. Aqueles que sofreram do mal antes dos seis meses de idade não alcançaram a recuperação do desenvolvimento mental normal. Somente o atingiram, após um programa de estimulação. MOLONEY (1992, p.19) explica que:
Apesar de as crianças se recuperarem muito facilmente, e parecerem
capazes de se restabelecer prontamente de qualquer influência nociva, os estudos sugerem que seus hábitos alimentares podem afetar muito a concentração e a aprendizagem, seu nível de energia e autocontrole, sua resistência às doenças comuns, e sua habilidade atlética, assim como sua resistência geral e ao crescimento. Por exemplo, as crianças que tentam enfrentar o período da manhã sem o café da manhã tendem a ter problemas de concentração e aprendizagem e são mais distraídas na sala de aula, principalmente nas horas que precedem o almoço.