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INFORMATIVOS SIMPLIFICADOS DO PROFESSOR MAURÍCIO MOITINHO.

COMENTÁRIOS AO INFO 668 DO STJ.

É OBRIGATÓRIA A COMPROVAÇÃO DO ENVIO DA NOTIFICAÇÃO DA


AUTUAÇÃO E DA IMPOSIÇÃO DA PENALIDADE DE TRÂNSITO, MAS NÃO SE
EXIGE QUE SEJAM ACOMPANHADAS DE AVISO DE RECEBIMENTO.

O Art. 280, VI e §3º do Código de Trânsito Brasileiro estabelece o seguinte quanto à


autuação das infrações de trânsito:

“ Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do


qual constará:

I - tipificação da infração;

II - local, data e hora do cometimento da infração;

III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros


elementos julgados necessários à sua identificação;”

VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do


cometimento da infração.”

“Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à


autoridade no próprio auto de infração, informando os dados a respeito do veículo,
além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo
seguinte.”

Já o Art. 281 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece o procedimento para fins de


apuração da responsabilidade administrativa pelo cometimento de infrações de trânsito
e aplicação de eventuais penalidades:

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“A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e


dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a
penalidade cabível.

Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado


insubsistente:

II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação.”

A notificação de autuação tem por finalidade dar ao possível responsável o


conhecimento das imputações que lhe são feitas, para que ele possa exercitar a ampla
defesa, conforme Art. 5º, LV da CF/88:

“Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”

Porém, não se exige que a mencionada notificação seja acompanhada de carta com
aviso de recebimento, pois há uma presunção de veracidade, legitimidade e legalidade
no ato administrativo de autuação. Nestes termos, o STJ assim decidiu no PUIL
372/SP:

“Se o CTB reputa válidas as notificações por remessa postal, sem explicitar a forma de
sua realização, tampouco o CONTRAN o faz. Não há como atribuir à Administração
Pública uma obrigação não prevista em lei ou, sequer, em ato normativo, sob pena de
ofensa aos princípios da legalidade, da separação dos poderes e da proporcionalidade,
considerando o alto custo da carta com AR e, por conseguinte, a oneração dos cofres
públicos.”

É POSSÍVEL A ANULAÇÃO DO ATO DE ANISTIA PELA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA, EVIDENCIADA A VIOLAÇÃO DIRETA DO ART. 8º DO ADCT, MESMO
QUANDO DECORRIDO O PRAZO DECADENCIAL CONTIDO NA LEI N.
9.784/1999.

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O Art. 8º do ADCT estabelece o seguinte:

“É concedida ANISTIA AOS QUE, no período de 18 de setembro de 1946 até a data da


promulgação da Constituição, FORAM ATINGIDOS, EM DECORRÊNCIA DE MOTIVAÇÃO
EXCLUSIVAMENTE POLÍTICA, POR ATOS DE EXCEÇÃO, INSTITUCIONAIS OU
COMPLEMENTARES, aos que foram abrangidos pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15
de dezembro de 1961, e aos atingidos pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de
1969, ASSEGURADAS AS PROMOÇÕES, NA INATIVIDADE, AO CARGO, EMPREGO,
POSTO OU GRADUAÇÃO A QUE TERIAM DIREITO SE ESTIVESSEM EM SERVIÇO
ATIVO, OBEDECIDOS OS PRAZOS DE PERMANÊNCIA EM ATIVIDADE PREVISTOS NAS
LEIS E REGULAMENTOS VIGENTES, RESPEITADAS AS CARACTERÍSTICAS E
PECULIARIDADES DAS CARREIRAS DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS E MILITARES E
OBSERVADOS OS RESPECTIVOS REGIMES JURÍDICOS.”

Perceba que a anistia está vinculada àquelas pessoas que foram excluídas de carreiras
em razão exclusivamente de perseguição política, e não para toda e qualquer exclusão
nos períodos de instabilidade institucional no país, pois algumas pessoas foram
excluídas de determinadas carreiras por questões disciplinares em 1946 durante o
período de 1964 até a promulgação da Constituição de 1988, e buscaram o retorno aos
cargos através desta anistia.

Porém, o STF ao julgar o Tema de Repercussão Geral 839 no RE 817338 entendeu


que:

“No exercício do seu poder de autotutela, poderá a Administração Pública rever os atos
de concessão de anistia a cabos da Aeronáutica com fundamento na Portaria n.
1.104/1964, quando comprovada a ausência de ato com motivação exclusivamente
política, assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido
processo legal e a não devolução das verbas já recebidas”.

O Art. 54 da Lei 9.784/1999 prevê o seguinte:

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“O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ.”

Então, quando verificado que o anistiado não estava enquadrado na situação que deu
origem à anistia (perseguição política), poderá ser anulada a concessão da anistia,
desde que em procedimento que assegure a ampla defesa e o contraditório.

É o que foi decidido no MS 19070.

COMPETE À JUSTIÇA COMUM JULGAR AS DEMANDAS RELATIVAS A PLANO


DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO EMPRESARIAL, EXCETO QUANDO O BENEFÍCIO
FOR INSTITUÍDO EM CONTRATO DE TRABALHO, CONVENÇÃO OU ACORDO
COLETIVO, HIPÓTESE EM QUE A COMPETÊNCIA SERÁ DA JUSTIÇA DO
TRABALHO, AINDA QUE FIGURE COMO PARTE TRABALHADOR APOSENTADO
OU DEPENDENTE DO TRABALHADOR.

Muitas empresas ofertam planos de saúde como benefícios aos seus empregados, que
podem ainda incluir seus familiares como dependentes, são os chamados planos
coletivos empresariais, conforme Art. 16 da Lei 9.656/1998, a Lei dos Planos de Saúde:

“Dos contratos, regulamentos ou condições gerais dos produtos... desta Lei devem
constar dispositivos que indiquem com clareza:

VII - o regime, ou tipo de contratação:

a) individual ou familiar;

b) coletivo empresarial;

c) coletivo por adesão;”

O serviço de plano de saúde tem duas características muito importantes disciplinadas


pelo Art. 1º, I e II da Lei 9.656/1998 relacionados à sua caracterização, e quem irá
prestá-los:
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“Submetem-se às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito privado que


operam planos de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação
específica que rege a sua atividade, adotando-se, para fins de aplicação das normas
aqui estabelecidas, as seguintes definições:

I - Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação continuada de serviços ou


cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo
indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à
saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde,
livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou
referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga
integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou
pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor;

II - Operadora de Plano de Assistência à Saúde: pessoa jurídica constituída sob a


modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, OU ENTIDADE DE
AUTOGESTÃO, que opere produto, serviço ou contrato de que trata o inciso I deste
artigo;”

Da redação do inciso II você já percebe a existência de dois tipos de operadoras de


planos de saúde: as com finalidade lucrativa, e a entidade criada com a finalidade
exclusiva de prestar serviços aos seus membros, e que não recebe membros de fora.
Esta é a entidade de autogestão, e a ausência de finalidade lucrativa fez com que o
STJ entendesse que a entidade de autogestão não tem a característica de ser uma
fornecedora de serviços, não incidindo o Código de Defesa do Consumidor, conforme
Súmula 608:

“Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo


os administrados por entidades de autogestão”.

Quando o contrato de autogestão empresarial é estabelecido em contrato de trabalho,


convenção ou acordo coletivo de trabalho, qualquer demanda relacionada ao plano de
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saúde e a entidade de autogestão será julgada pela Justiça do Trabalho, e não pela
Justiça comum. É que o Art. 114 da CF/88 estabelece o seguinte:

“Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I AS AÇÕES ORIUNDAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO, abrangidos os entes de direito


público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;

IX OUTRAS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO, na forma


da lei.”

Em todas as outras demandas entre contrato coletivo de plano de saúde mantido com
entidade de auto gestão, a competência será da Justiça Comum.

É o que foi decidido no REsp 1799343/SP, Incidente de Assunção de Competência 05.

A FALHA PROCEDIMENTAL CONSUBSTANCIADA NA PUBLICAÇÃO


ANTECIPADA DE RESULTADO DE JULGAMENTO QUE HAVIA SIDO ADIADO
NÃO GERA SUSPEIÇÃO DO RELATOR.

O Art. 145 do Novo CPC estabelece as hipóteses de suspeição do juízo:

“Há suspeição do juiz:

I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois
de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa
ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;

III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.”

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Perceba que a suspeição está relacionada à violação ao dever de parcialidade do Juiz,


diretamente relacionado com os Arts. 5º e 7º do Novo CPC que dizem:

“Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo


com a boa-fé.

É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e


faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de
sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.”

A antecipação do seu voto, antes do término do julgamento ou da inclusão em pauta,


sobretudo em processos virtuais, não demonstra a quebra do dever de imparcialidade
nem de tratamento isonômico, logo não há que se falar em nulidade. É o que foi
decidido no AgInt na ExSusp 198/PE.

A MAJORANTE DE GRAVE DANO À COLETIVIDADE, TRATANDO-SE DE


TRIBUTOS ESTADUAIS OU MUNICIPAIS, É OBJETIVAMENTE AFERÍVEL PELA
ADMISSÃO NA FAZENDA LOCAL DE CRÉDITO PRIORITÁRIO OU DESTACADO
(COMO GRANDE DEVEDOR).

O Art. 12, I da Lei 8.137/90 traz uma causa de aumento de pena para os crimes contra
a ordem tributária que constitui uma norma penal em branco:

“São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas
previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°:

I - ocasionar grave dano à coletividade;”

Em diversas condenações a defesa recorre contra esta causa de aumento de pena, por
conta do que prevê o Art. 59 do CP:

“O JUIZ, ATENDENDO À CULPABILIDADE, AOS ANTECEDENTES, À CONDUTA SOCIAL,


À PERSONALIDADE DO AGENTE, AOS MOTIVOS, ÀS CIRCUNSTÂNCIAS E

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CONSEQÜÊNCIAS DO CRIME, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,


conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime...”.

A defesa alega a existência de “bis in idem”, pois as consequências do crime já foram


valoradas, e “grave dano” é um conceito jurídico indeterminado, cuja falta de
parâmetros implica em violação ao princípio da ampla defesa.

O STJ entende tratar-se de norma penal em branco, cuja regulamentação está no ente
que tem a capacidade de efetuar a cobrança do tributo. No âmbito da União, os Arts.
2º, I e II e 14 da Portaria 320 da Procuradoria da Fazenda Nacional, que estabeleceu o
PROGRAN – Projeto Grandes Devedores no âmbito da Fazenda Nacional, estabelece o
seguinte:

“São considerados grandes devedores, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda


Nacional, aqueles devedores inscritos em dívida ativa da União, cujos débitos, de
natureza tributária ou não tributária, tenham:

I -unitária ou agrupadamente, em função de um mesmo devedor, valor igual ou


superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);

II - presentes circunstâncias indicativas de crime contra a ordem tributária.”

As Procuradorias Regionais da Fazenda Nacional e a Coordenação-Geral da


Representação Judicial da Fazenda Nacional designarão Procuradores encarregados de
proceder ao acompanhamento especializado de processos judiciais referentes a
grandes devedores que tenham valor da causa ou em discussão igual ou superior a R$
1.000.000,00 (um milhão de reais), conferindo-lhe tratamento prioritário.

Ou seja, no âmbito se a Fazenda Pública reaparelhou sua advocacia pública para


priorizar quem deve acima de determinado valor, é porque estes débitos causam
grandes prejuízos.

Por isso, o STJ entende que nos casos de débitos acima de R$ 1.000.000,00 em
tributos estaduais e municipais (incluídos os juros, multas e correções) já podem ser
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considerados como de grande dano à coletividade para fins de incidência do Art. 12 da


Lei 8.137/90. É o que foi decidido no REsp 1.849.120/SC.

A DEFINIÇÃO DE VIUVEZ DO ART. 2º, V, DA LEI N. 8.059/1990 CONTEMPLA


A VIÚVA DE MILITAR QUE PASSA A CONVIVER EM UNIÃO ESTÁVEL, APÓS O
ÓBITO DO BENEFICIÁRIO, MESMO SEM CONTRAIR NOVAS NÚPCIAS,
PORQUANTO JÁ CONSTITUÍDA INSTITUIÇÃO FAMILIAR EQUIPARÁVEL AO
CASAMENTO.

A Lei 8.059/1990 regulamenta o direito ao benefício previdenciário da pensão por


morte de ex-combatente, conforme seu Art. 1º:

“Esta lei regula a pensão especial devida a quem tenha participado de operações
bélicas durante a Segunda Guerra Mundial nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de
setembro de 1967, E AOS RESPECTIVOS DEPENDENTES”.

A mesma lei elenca como dependentes do militar das forças armadas falecido na 2ª
Guerra Mundial os seguintes:

" Para os efeitos desta lei, considera-se:

I - pensão especial o benefício pecuniário pago mensalmente ao ex-combatente ou,


em caso de falecimento, a seus dependentes;

II - pensionista especial o ex-combatente ou dependentes, que percebam pensão


especial;

III - pensão-tronco a pensão especial integral;

IV - cota-parte cada parcela resultante da participação da pensão-tronco entre


dependentes;

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V - viúva a mulher com quem o ex-combatente estava casado quando falecera, e que
não voltou a casar-se;

VI - ex-esposa a pessoa de quem o ex-combatente tenha-se divorciado, desquitado ou


separado por sentença transitada em julgado;

VII - companheira que tenha filho comum com o ex-combatente ou com ele viva no
mínimo há cinco anos, em união estável;

VIII - concessão originária a relativa ao ex-combatente;

IX - reversão a concessão da pensão especial aos dependentes do ex-combatente, por


ocasião de seu óbito.”

Porém, perceba que o Art. 2º, V da Lei 8059/90 exclui o benefício previdenciário da
pensão por morte à viúva de ex-combatente que volte a se casar, mas silencia em
relação àquela que contraia nova união estável.

O STJ, ao julgar REsp 1.386.713/SC, entendeu que o reconhecimento da união estável


enquanto entidade familiar pelo Art. 226, §3º da CF/88, com diversas similitudes de
tratamento aos direitos sucessórios entre a esposa e a companheira, não poderia
deixá-las com tratamento diferente entre a que optou por novas núpcias, e a que
contraiu nova família sem formalizá-la através do casamento. Eis o que diz o Art. 226,
§3º da CF/88:

“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a


mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.”

NOS CASOS DE PRETERIÇÃO DE CANDIDATO NA NOMEAÇÃO EM CONCURSO


PÚBLICO, O TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL
RECAI NA DATA EM QUE FOI NOMEADO OUTRO SERVIDOR NO LUGAR DO
APROVADO NO CERTAME.

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O Art. 37, III e IV da CF/88 estabelece o seguinte:

“O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;

Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;”

Já o Art. 1º do Decreto 20.910/1932 estabelece o seguinte:

“As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, BEM ASSIM TODO E
QUALQUER DIREITO OU AÇÃO CONTRA A FAZENDA FEDERAL, ESTADUAL OU
MUNICIPAL, SEJA QUAL FOR A SUA NATUREZA, PRESCREVEM EM CINCO ANOS
CONTADOS DA DATA DO ATO OU FATO DO QUAL SE ORIGINAREM.”

O STJ já entendeu em sede de recurso repetitivo que o mencionado dispositivo


continua vigente, conforme REsp 1251993/PR, DJE 19/12/2012. A divergência que
existia no que diz respeito à preterição de vaga em concurso público era relacionada
ao termo inicial da contagem do prazo decadencial: se após a nomeação de outra
pessoa no lugar do candidato, ou se após o término da validade do concurso, tendo o
STJ entendido que o prazo começa a contar da preterição, ou seja a partir de quando
outra pessoa é nomeada para o lugar do candidato, conforme AgInt no REsp
1.643.048/GO.

NÃO CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE APLICA


MULTA POR ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA PELO NÃO
COMPARECIMENTO À AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO.

O Art. 5º, LXXVIII da CF/88 estabelece o seguinte:

“A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do


processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.”

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Já o Art. 1º do Novo CPC prevê que:

“O PROCESSO CIVIL SERÁ ORDENADO, DISCIPLINADO E INTERPRETADO CONFORME


OS VALORES E AS NORMAS FUNDAMENTAIS ESTABELECIDOS NA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL , observando-se as disposições deste Código.”

Perceba que TODO o processo civil será ordenado e disciplinado pelos princípios da
CF/88, motivo pelo qual, na intenção de dar celeridade, a audiência de conciliação que
no CPC de 1973 era após contestação, réplica e despacho saneador, conforme o Art.
331 do CPC de 1973 passou para antes do início do prazo de contestação, conforme
Arts. 334, §4º,. 7º e 8º do Novo CPC:

“Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de


improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com
pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

§ 4º A audiência não será realizada:

I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição


consensual;

§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico,


nos termos da lei.

§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação


é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de
até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida
em favor da União ou do Estado.II - quando não se admitir a autocomposição.”

Porém, conforme mencionado acima, se a parte não informa o seu desejo de não
participar da audiência de conciliação, ela é marcada, e ela não comparece, deverá
sofrer sanção como ato atentatório à dignidade de jurisdição, pois deixou de

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COOPERAR PARA QUE SE OBTENHA, EM TEMPO RAZOÁVEL, decisão de mérito, nos


termos do Art. 6º do Novo CPC:

“Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em


tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.”

O STJ ao julgar o REsp 1.762.957/MG entendeu que não cabe agravo de instrumento
contra a decisão que fixa a multa do Art. 334, §8º do Novo CPC, pois aquela decisão
não se enquadra na mencionada hipótese:

“Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

II - mérito do processo;”

O PORTE DE ARMA BRANCA É CONDUTA QUE PERMANECE TÍPICA NA LEI


DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS.

O Art. 19 do Decreto 3.688/1941, a Lei de Contravenções Penais estabelece o


seguinte:

“Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da


autoridade:

Pena - prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a
três contos de réis, ou ambas cumulativamente.”

Já o Estatuto do Desarmamento, Lei 10.826/2003, prevê o seguinte:

“Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

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Perceba que ele nada menciona acerca da arma branca, mas apenas em relação à
arma de fogo, pelo que revogou apenas parcialmente o Art. 19 da Lei de
Contravenções Penais, permanecendo típica a conduta de portar arma branca. É o que
foi decidido pelo STJ no RHC 56.128/MG.

NOS CASO EM QUE SE APLICA A LEI N. 13.654/2018, É POSSÍVEL A


VALORAÇÃO DO EMPREGO DE ARMA BRANCA, NO CRIME DE ROUBO, COMO
CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESABONADORA.

O Art. 157, §2º, I do CP previa o seguinte sobre o crime de roubo, até a sua revogação
em 23 de Abril de 2018, data da publicação da Lei 13.654/2018:

“A pena aumenta-se de 1/3:

I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;”

Após esta data, somente haveria aumento de pena se o roubo por uso de arma, se a
utilização fosse de arma de fogo, conforme Art. 157, §2º-A:

“A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):

I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;”

Ou seja, após a Lei 13.654/2018 o roubo com emprego de arma branca (faca, caco de
vidro) não faz mais incidir causa de aumento de pena, porém para os fatos ocorridos
após a vigência da lei, o uso de arma branca pode ser valorado como uma das
circunstâncias do Art. 59, II do CP que diz:

“O JUIZ, ATENDENDO À CULPABILIDADE, aos antecedentes, À CONDUTA SOCIAL, À


PERSONALIDADE DO AGENTE, AOS MOTIVOS, ÀS CIRCUNSTÂNCIAS E
CONSEQÜÊNCIAS DO CRIME, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:

II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;”

É o que foi decidido no HC 556.629/RJ.


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