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História da Química – Prof. Deivid M Marques.

Nome: Adysson Talles Pires da Silva


Matricula: 12111QMI206

Responda:
1. Baseado nas aulas sobre a Radioatividade e seus desdobramentos às teorias atômicas,
descreva como esses conhecimentos podem contribuir para o ensino destes conceitos
em sala de aula?
É fundamental para o estudante que está no ensino médio compreender o contexto
histórico, social e político das diversas descobertas científicas feitas ao longo dos séculos,
pois esse foi o que influenciou diretamente os estudiosos na busca por respostas. Olhando
para o processo de construção do modelo atômico atual, percebe-se que as diferentes
definições do átomo surgiram em decorrência de outros estudos científicos relacionados
aos componentes presentes nesse.
Estudando a História da Radioatividade, vemos que tudo está interligado,
começando pela descoberta dos raios x, feita por William Roentgen no ano de 1985, que
ocorreu acidentalmente quando trabalhava em seu laboratório, na Alemanha. Já no ano
seguinte, Henri Becquerel ficou fascinado com a descoberta de Roentgen e conduziu um
experimento que investigava uma possível fluorescência provocada por um composto de
urânio chamado sulfato de potássio e uranilo. Durante a experiência, que consistia
basicamente em expor o composto de urânio ao sol e colocá-lo sobre um filme fotográfico
protegido por um envelope de papel negro, Becquerel pode observar que o filme ficaria
manchado com ou sem a presença de luz solar, ou seja, o composto de urânio parecia
emitir espontaneamente uma radiação capaz de impressionar filmes fotográficos.
Posteriormente, essa radiação, conhecida até então como raios de Becquerel, foi chamada
de radioatividade pela polonesa Marie Curie, em conjunto com seu companheiro Pierre
Currie. Ambos foram pioneiros no estudo de radioatividade, trabalhando com compostos
contendo elementos radioativos e isolando esses, possibilitando que descobrissem outros
elementos ainda mais radioativos que o urânio, como o rádio e o polônio. Marie definiu a
radioatividade como um fenômeno atômico, ou seja, uma característica específica dos
átomos de alguns elementos químicos.
Apresentando todos esses conceitos, podemos compreender como Rutherford foi
capaz de concluir que havia diferentes tipos de radiação, definindo-as como alfa e beta,
sendo a radiação alfa composta por partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons,
possuindo carga positiva e pouco poder de penetração, enquanto as partículas beta nada
mais são que elétrons ejetados do núcleo atômico, que possuem energia cinética maior,
tendo maior poder de penetração e carga negativa. A emissão dessas partículas está
associada ao processo de estabilização de um núcleo com excesso de energia.
Posteriormente, Paul Villard observou a existência de outro tipo de radiação, chamada de
radiação gama, ao estudar o elemento rádio, descoberto pelo casal Curie. No entanto, foi
Rutherford que estabeleceu que a radiação gama é uma onda eletromagnética mais
energética, porém de mesma natureza que os raios x.
A partir da descoberta da existência de partículas emitidas por átomos com
instabilidade nuclear, Rutherford organizou um experimento. Que consistia em
bombardear uma folha de ouro com partículas alfa provenientes do elemento polônio,
protegido por um bloco de chumbo. Durante o experimento, foi observado que a maioria
das partículas atravessava a folha de ouro, enquanto poucas sofriam pequenos desvios e
algumas seletas se dispersavam para trás. Sendo assim, as partículas que sofreram desvio
passaram próximo ao núcleo de carga positiva, que as repeliu, enquanto as que se
dispersaram para trás se chocaram com esse, e as que atravessaram não passaram nem
perto. Sendo o número de partículas que se dispersaram muito pequeno em relação às que
atravessaram, Rutherford concluiu que o átomo é constituído por um núcleo pequeno e
positivamente carregado e, em maioria, por espaços vazios onde orbitam os elétrons de
carga negativa.
Compreendendo todo o contexto das descobertas que foram surgindo e influindo
outras em diversos âmbitos, é possível guiar o aluno ao entendimento dos conceitos mais
complexos por meio de outros, mais simples, que contribuíram de maneira estrondosa para
a formação do vasto conhecimento científico que possuímos na atualidade.

2. Ao final da disciplina, o que mudou em seus conhecimentos em relação à História da


Química e as possibilidades de utilização da História da Ciência no ensino de
Química?
Foi incrível ter a oportunidade de conhecer um pouco mais da História da Química
e compreender quais os fatores que guiaram diversos cientistas às mais surpreendentes
descobertas. A meu ver, foi importante analisar os conceitos que conhecemos hoje e como
esses surgiram, considerando o contexto histórico, social e político da época, pois esses
influenciaram diretamente no processo de desenvolvimento da Ciência como um todo, não
só da Química.
Ao longo da disciplina, fui capaz de compreender o processo de transformação da
alquimia na Química como conhecemos atualmente. É importante ressaltar que o estudo
realizado ao longo do semestre permitiu que eu me conectasse com os sentimentos de cada
cientista estudado, pois a história evidencia a humanidade neles, visto que todos se
submeteram a incontáveis erros, mas se comprometeram a resolvê-los, refletindo sobre
eles e buscando novas alternativas para desvendar os mistérios por trás da perfeição da
Química.
O estudo da História da Ciência é de fundamental importância na formação de
indivíduos com senso crítico apurado e avidez pelo conhecimento. No caso da Química
em específico, essa se apresenta, muitas vezes, como uma disciplina abstrata e de difícil
compreensão, apresentando conceitos e fórmulas complexas. Faz-se necessário entender o
contexto histórico em que surgiram e as razões que ocasionaram a descoberta deles,
possibilitando que o discente construa sua própria visão a respeito dos conceitos
estudados, facilitando o entendimento e instigando-o a buscar novos conhecimentos.

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