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EXTENSÃO DE CABO DELGADO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESARIAIS

CURSO: Contabilidade e Auditoria


DISCIPLINA: Contabilidade Financeira III
DOCENTE: dr. Neto Alberto Matununa
AULA Nº: 8; data 15/06/2023

1. CONTABILIDADE POR SEGMENTOS

Pretendendo de forma muito sintática dar um contributo para a adoção de um sistema de registo
da informação financeira por Segmentos, poderá adotar-se o seguinte modelo:
 Definir o Plano de Contas da Entidade, (se for um grupo económico deverá ser comum
a todas as empresas e entidades que compõem) e que responda às necessidades de
informação da gestão. Poderá ser adotado com vista a responder à obrigatoriedade de
relato decorrentes da adoção das Normas Internacionais de relato Financeiro, ou do
SNC – Sistema de Normalização Contabilístico;

 Por sua vez, para cada um dos segmentos (dimensões) de análise será definida uma
estrutura de informação pré-determinada a ser traduzida num ´´plano de contas´´ por
segmento. No caso de grupos económicos deverá ser comum a todas as empresas e
outras entidades que utilizarão esse plano de contas para registo da informação
financeira;

 Todos os rendimentos e gastos externos serão obrigatoriamente registados em todas as


categorias de segmentos, no respectivo centro analítico (ex: mercado M1). Sempre que,
relativamente a determinado rendimento ou gasto, não seja identificável um centro
analítico na respectiva categoria, será utilizado um centro com denominação de
´´Comuns ao segmento…´´, nomeadamente, ´´comuns aos projectos´´; ´´Comuns aos
mercados``, etc. posteriormente o custo poderá ser atribuídos numa base mais objectiva
como, por exemplo, com base na afectação dos tempos devidamente valorizados a
custos predefinidos;

Este procedimento garantirá total coerência entre a informação registada na


contabilidade financeira e cada uma das categorias de segmentos da contabilidade de

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gestão – os resultados são iguais, independentemente da dimensão pela qual são
apurados e analisados;

 De igual modo, alguns activos e passivos (o que anteriormente se designaram por


activos fixos e por necessidades em fundos de maneios) serão também registados nas
várias categorias de segmentos;

 Serão registados nos segmentos, através do sistema de contabilidade de gestão todas as


quantias de rendimentos e gastos, bem como os de balanço que sejam identificáveis,
designadamente:
 Créditos a clientes;
 Créditos de fornecedores;
 Stocks de materiais;
 Trabalhos em cursos;
 Activos tangíveis e intangíveis;
 Outros valores activos ou passivos que decorram de ajustamentos (por
exemplo, Revisão de preços e sub ou sobre facturação de fornecedores).

 Deverá ser também definido um plano de contas interno (por exemplo uma classe 9)
para registo das operações internas. As operações internas serão registadas ou não em
cada um dos segmentos, dependendo da necessidade de informação decorrente de uma
operação num determinado centro de valor (centro analítico). A título de exemplo:
 Afectação dos tempos e gastos com o pessoal;
 Afectação dos tempos e gastos dos equipamentos;
 Afectação dos gastos com instalações;
 Afectação de gastos com outros produtos e serviços inter segmentos.
Esta valorização dos recursos permitirá apurar de forma mais consistente e apropriada os
resultados por cada um dos segmentos das entidades.

De forma esquemática:

CONTABILIDADE POR SEGMENTOS

Classe 1
Operações Classe 2
Externas …

S1 S2 S3
Classe 7
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Classe 8
Operações
Internas

Assim definido, ficará disponível a informação contabilística da entidade por várias ``vistas´´ ou
perspectivas de análise, o que não só aumentará significativamente a sua relevância como
instrumento de gestão, como ainda facilitará o relato da informação por segmentos quer
obrigatória quer opcional.

Bibliografia
BORGES, António, RODRIGUES, Azevedo et. All – Elementos de Contabilidade Geral, Áreas
Editoras, 27ª Edição, 2021.

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