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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORA
CENTRO EDUCACIONAL SEM FRONTEIRAS

R454

Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Fabíola


Larissa Tavares – Vol. 3, n. 1 (mar. 2020) -. São Caetano do Sul:
Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2020

1834 p.: il. color

Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
V3-N1-2020>
ISSN:2595-9611 (on-line)
Data da publicação: 31/03/2020

1.Educação. 2. Pedagogia. I Tavares, Fabíola Larissa, ed. II. Título


CDU: 37
CDD: 370
Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587

www.revistamaiseducacao.com
E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 313|314 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL


Alex Rodolfo Carneiro
O ENSINAR E O APRENDER NA EDUCAÇÃO: A AVALIAÇÃO COMO
Fabíola Larissa Tavares
INGREDIENTE NA QUALIDADE DO PROCESSO Fatima Ramalho Lefone
"A avaliação não é uma tortura medieval." (Philippe Perrenoud).
Hercules Guimarães Honorato
O caminhar na construção de um sujeito autônomo, crítico, histórico e
Lindalva José de Freitas
social tem na prática educativa uma possibilidade de promover seu crescimento. Mariana Siqueira Silva
No trânsito pela escola e pelo contrato didático, passa obrigatoriamente pelo Rodrigo da Silva Gomes
processo de ensino e aprendizagem e perpassa pela avaliação, a qual, segundo o Patrícia Regina de Moraes Barillari
professor Cipriano Luckesi em seu livro A Avaliação da Aprendizagem: Componente
do Ato Pedagógico, apresenta-se como uma ação efetiva de se investigar a EDITORA-CHEFE
qualidade do seu objeto de estudo, com o escopo na obtenção dos resultados
almejados e definidos, e não de quaisquer resultados que sejam possíveis. O Fabíola Larissa Tavares
contrato didático é um termo cunhado por Philippe Perrenoud, o qual significa, em
síntese, uma parceria implícita ou explícita na construção do conhecimento escolar, REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
decorrentes de ações efetivas em sala de aula ou fora do ambiente escolar. O que DE TEXTOS
se procura e se deseja na avaliação, portanto, é acompanhar os processos de
Fatima Ramalho Lefone
aprendizagem escolar do aluno, lembrando que avaliar não é apenas medir. Para se
Rodrigo da Silva Gomes
evitar a lógica excludente dominante em nossa sociedade, é importante que a
avaliação tenha como principal objetivo a qualidade do processo de ensinar e
aprender. Essa perspectiva exige que a questão metodológica da avaliação seja PROGRAMAÇÃO VISUAL E
tratada com outros olhares, pluralidade e flexibilidade, de modo a contemplar a DIAGRAMAÇÃO
individualidade do modo de aprender dos alunos. A avaliação formativa ou Cíntia Aparecida da Silva Gomes
emancipatória se constitui em mudança na relação professor-aluno, pois tem como
proposta a renovação de conceitos. A avaliação, quando centrada no aluno,
transforma o professor em criador de situações de aprendizagem, mediador neste PROJETO GRÁFICO
processo, e torna-se verdadeiramente útil pedagogicamente, pois auxilia o aluno a Mônica Magalnik
aprender, a se desenvolver, colabora para a regulação das aprendizagens e do
desenvolvimento do projeto educativo. No entanto, nós docentes, ainda estamos COPYRIGTH
vinculados ao modelo de exames, de provas e de notas no cotidiano da avaliação.
A nossa prática pode estar ancorada numa perspectiva da aprendizagem antiga, da
classificação, da seletividade, do autoritarismo e não aberta ao diálogo. A prática da REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
avaliação da aprendizagem precisa se adequar a um novo paradigma educacional, Editora Centro Educacional Sem
utilizando-se também de recursos tecnológicos. Ensinar é muito mais que uma mera Fronteiras (março, 2020) - SP
transferência de conhecimentos de uma pessoa mais velha para uma mais nova, é
muito mais, é incitar o aprendente, é motivá-lo a sentir-se parte da relação dialógica Publicação Mensal e
criada, favorecendo a reflexão, a autoavaliação e o crescimento do aluno como multidisciplinar vinculada a
pessoa socialmente incluída. Essa perspectiva exige uma mudança na atitude dos Editora Centro Educacional Sem
educadores, com a finalidade de promover possibilidades para que o fio condutor Fronteiras.
do processo de ensino tenha continuação na qualidade da aprendizagem, por meio
de um feedback da avaliação, que com certeza, não constitui-se em tortura
medieval! Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva dos
Professor Doutor Hercules Guimarães Honorato autores e não expressam,
Chefe da Divisão de Assuntos Psicossociais da Escola Superior de Guerra (ESG), Rio necessariamente, a opinião do
de Janeiro, Brasil; Doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de Guerra Conselho Editorial
Naval; Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia pela Escola Superior de
Guerra; Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá, Especialista em
Gestão Internacional e MBA Logística pelo Instituto COPPEAD de Administração da É permitida a reprodução total ou
Universidade Federal do Rio de Janeiro; Docência do Ensino Superior; Bacharel em
Ciências Navais com Habilitação em Administração pela Escola Naval. parcial dos artigos desta revista,
Autor do livro: Relato de uma Experiência Acadêmica: O “Eu” professor- desde que citada a fonte.
pesquisador.

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º


andar sala 313|314 - Centro
São Caetano do Sul – SP CEP:
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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

124 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NO AUXÍLIO DA

SUMÁRIO APRENDIZAGEM
Risolene Maria da Silva Araujo

11 (AUTO)FORMAÇÃO DOCENTE MILITAR 135 A CONTRAREFORMA E AS ORIGENS DA PEDAGOGIA


Lucinéia Contiero MODERNA
Humberto José Lourenção Daniel Mendes Gomes

23 A ALFABETIZAÇÃO COMO UM ATO DE AMOR: 142 A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA


DISCUTINDO A INTRODUÇÃO DO LETRAMENTO E DA INSTITUCIONAL NO ENSINO SUPERIOR: SUBSÍDIOS
ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
Regiane Bueno da Silva Carvalho
Maria Lúcia Francisco Damasio
35 A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA A PARTIR DA
LUDICIDADE DOS JOGOS 155 A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO
Méleri de Fátima Arraz Moysés INCLUSIVA
Thaís Meira Albuquerque
47 A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 163 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS
PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Luciana Fumes
Nerli Ferreira da Silva
55 A APRENDIZAGEM EFETIVA POR INTERMÉDIO DE
PROJETO INTERDISCIPLINAR 174 A CONTRIBUIÇÃO E A RELEVÂNCIA DA BRINCADEIRA
PARA A APRENDIZAGEM
Daniela Marques Vichessi
Patrícia Maria dos Santos
60 A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO
ESPAÇO DA BRINQUEDOTECA 184 A DANÇA COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE
ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO CEGO
Gabriely Gonçalves Silva
Juraci Gomes Alves
72 A ARTE DE ROMERO BRITO COMO ELEMENTO
DESENCADEADOR DO DESENVOLVIMENTO DE 198 A DANÇA COMO MEIO DE DESENVOLVIMENTO PARA
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO NA EDUCAÇÃO CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
INFANTIL Fabiola Adriana Rodrigues de Oliveira Castilho
Marcia Lucélia Martins de Medeiros
210 A EDUCAÇAO INCLUSIVA E SUAS IMPLICAÇÕES NO
81 A ARTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTEXTO ESCOLAR
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Rose Soraya Duarte Siqueira
Talita Pinfildi Gomes Carlos
218 A ESCOLA INCLUSIVA E O ATENDIMENTO
91 A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ESTUDANTES
ESCOLA COM SURDEZ
Cícero Jorge dos Santos Marinalva Aparecida Vieira Mariano da Costa

104 A CONSTRUÇÃO DA HABILIDADE LEITORA E 228 A FORMAÇÃO DIDÁTICA DE PROFESSORES PARA A


ESCRITORA PRÁTICA NA DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
Maria Aparecida Silva de Souza Daniela Sobral de Medeiros Bondioli

118 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E A 244 A GÊNESE DO MÉTODO LÚDICO


PSICOMOTRICIDADE Ivone Amaral de Lima Silva
Tatiana Paula de Souza Pereira
256 A HISTÓRIA DA ARTE
Élida de Sousa Machado

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268 A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: 400 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O


CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DOS DESENVOLVIMENTO COGNITIVO HUMANO
EDUCANDOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Rosimeri Maria Ricarte Paes
Iara dos Santos Ramos
413 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO
284 A IMPORTÂNCIA DA FIGURA PATERNA PARA O INFANTIL
DESENVOLVIMENTO INFANTIL Roger Luiz Franco
Aline Aparecida da Silva Souza 425 A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
292 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Darci Gonçalves dos Santos Paixão
Roberto Domingos Minello
438 A INCLUSÃO DO DEFICIENTE VISUAL NAS ESCOLAS
300 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DE REGULARES DE CAXIAS-MA
PEQUENOS LEITORES NOS ANOS INICIAIS Francisca das Chagas Pereira da Silva Santos
Rita de Cassia de Oliveira
450 A INCLUSÃO POR MEIO DE BRINCADEIRAS E
309 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO BRINQUEDOS
INFANTIL Debora Cristina Silva Pinheiro
Ana Claudia da Silva Liberato
458 A INFLUÊNCIA DA EMOÇÃO NO APRENDIZADO: O
316 IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO CÉREBRO PRECISA SE EMOCIONAR PARA APRENDER
INFANTIL Maísa Amaral Dietrich
Marilda Pereira da Silva De León Alvez
471 A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE
324 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE E DO BRINCAR NO APRENDIZAGEM
DESENOLVIMENTO INFANTIL Erika Tatiana Garcia de Oliveira Toledo
Marta de Araújo Carvalho
480 A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO FACILITADOR
334 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
ALFABETIZAÇÃO Patrícia Aparecida da Silva Santos
Renata Ribeiro de Queiroz
486 A MÚSICA COMO RECURSO METODOLÓGICO NO
342 A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO 1º ANO DO ENSINO
EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
Daniela Gabriel Santiago dos Santos Naira Denise Lopes
Priscila Pinheiro de Barros
357 A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE ESCOLA E
FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
492 A MÚSICA E MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA
Simone Aparecida Brugugnoli EDUCAÇÃO INFANTIL
Daniela Rebelo Silva
363 A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTICIDADE PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
501 A MÚSICA E O HOMEM: CONTRIBUIÇÕES NO
Cacilda Borges Pires de Castro DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COGNITIVO NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
381 A IMPORTÂNCIA DA SALA DE RECURSOS Jane Santos Pereira Molina
MULTIFUNCIONAL PARA A INCLUSÃO DE EDUCANDOS
COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA -SURDEZ
510 A MÚSICA E SUA RELEVÂCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Miriam da Silva Frederico Santos
Eliana Fatima Rodrigues Nogueira Cimmino

392 A IMPORTÂNCIA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO


PROPOSTA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NO CICLO DA 520 A NEUROCIÊNCIA E SUA IMPORTÂNCIA NA
ALFABETIZAÇÃO FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Zilma Sales de Souza Jacqueline Capel

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529 A PARTICIPAÇÂO DA NEUROPEDAGOGIA NA ESCOLA 672 ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LINGUAGEM DA


Suzany Pepicelli DANÇA
Eliana Oliveira de Souza
539 A REGRA É CLARA: O LÚDICO NÃO É SÓ BRINCADEIRA
Marialva Giannini de Mello 680 AS EMOÇÕES NOS ADOLESCENTES
Gisele Saviani
546 A RELEVÂNCIA DAS ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL 694 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA COMO INSTRUMENTO
Ana Elizabeth Torres Filgueira CONSTRUTIVO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Sandra Regina dos Santos Barbosa
556 A TEORIA DA PSICOPEDAGOGIA COMO APOIO AO
ALUNO COM DEFASAGEM DE APRENDIZAGEM
Mislene Gonçalves do Nascimento 704 AVALIAÇÃO: ANÁLISE HISTÓRICA
Rosângela Barbieri Mendes
567 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL 716 BRINCAR É COISA SÉRIA
Célia Regina de Almeida Rosimeire Matias de Oliveira

579 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: REFLEXÕES SOBRE O 725 COMPONENTES DA EXPRESSÃO: A MÚSICA


ENSINO E APRENDIZAGEM DO USO DA LÍNGUA ASSOCIADA A OUTRAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS
Genilda Santos de Araújo Luiza de Caires Atallah

593 ALFABETIZAR LETRANDO 731 CONCEITO DE INFÂNCIA POR MEIO DA OBRA DE RUTH
Cristiane Maria de Souza Menezes ROCHA
Andréa Cristina Dos Santos Viviani
604 ALGUMAS QUESTÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O ENSINO
DA PRONÚNCIA, ORIENTADAS À DIFICULDADE DE 743 CONTEXTUALIZANDO A AFETIVIDADE SIGNIFICATIVA
PERCEBER E PRODUZIR AS VOGAIS / i: / E / I / NO ESPAÇO ESCOLAR
Luiz Cláudio Ribeiro Occhi José Armando Soares dos Santos

617 ALUNOS COM DISLEXIA: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO 762 CONTEXTUALIZANDO A DISLEXIA
INFANTIL Silvana Possato Olivo
Ana Lucia Coutinho da Costa Lima
773 CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
629 ANÁLISE DO ARTIGO DA Dra. GAMITO DE ACORDO Marcia de Oliveira Gonçalves Capitani
COM A UNIDADE CURRICULAR DE BIO-SISTEMAS
Alex Sandro Pires de Lima
786 CONTEXTUALIZANDO E COMPREENDENDO A
Profª. Dra. Sônia Borges Seixas DEFICIÊNCIA
Juliana Koga Vieira
647 APLICAÇÃO DA MUSICALIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL COMO ELEMENTO FORMATIVO
796 CONTEXTUALIZANDO O BULLYING
Kely Cristina Lima Reis
Paula Regina Messias Afonso

658 APRENDIZADO POR MEIO DO BRINCAR: O LÚDICO


COMO INSTRUMENTO DE BASE 808 CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE NAS INTERVENÇÕES
PSICOPEDAGÓGICAS
Patrícia de Oliveira Jorge
Letícia Oliveira Macedo

667 ARTE E EDUCAÇÃO


825 CONTRIBUIÇÕES DE EMÍLIA FERREIRO NA
Marilda José Coelho ALFABETIZAÇÃO INFANTIL
Regina Mara Curtolo Belem

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839 DESAFIOS DO PROFESSOR NO PROCESSO ENSINO 992 EDUCAR PELA BRINCADEIRA NO CONTEXTO DA
APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM SÍNDROME DE PSICOMOTRICIDADE
BOURNEVILLE (ESCLEROSE TUBEROSA) Thaís Pagan Simões Pugliesi
Cleyton Silva Ferreira
Maria de Fátima de Sousa
999 ENSINAR MATEMÁTICA POR MEIO DE RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
850 DESAFIOS NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA
Elvis Vieira da Silva
SURDOS
Marcos Serafim dos Santos
1011 ENSINO RELIGIOSO: CONTEXTO HISTÓRICO
868 DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA José Saraiva da Silva
COM SÍNDROME DE DOWN
Michelle Soares Nascimento 1021 ESCOLA: AMBIENTE LEGÍTIMO DE APRENDIZADO,
CONSTITUIÇÃO DA PESSOA E DE POSSIBILIDADES
878 DIÁLOGOS E REFLEXÕES A RESPEITO DA INDISCIPLINA PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
NA ESCOLA Marcia Regina Corrêa
Rogério Tadeu Gonçalves Marinelli Rosemeire Gomes dos Santos Jangrossi
883 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONSTRUÇÃO DE HORTA NA
ESCOLA 1033 ESPAÇO ≠ AMBIENTE
Sonia Rejes de Simoni Denise Emmett da Silva Leite

890 EDUCAÇÃO E AUTOESTIMA 1039 ESTRATÉGIAS E MANEJOS EDUCACIONAIS EM


Elisabete Córdova Lima Pennachi CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO
AUTISMO
904 EDUCAÇÃO E LUDICIDADE Tamara Cristina Pellini
Fátima Aparecida Malos Espirito
1050 EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS SOB A
PERSPECTIVA DO FILME “ESCOLA DA VIDA”
914 EDUCAÇÃO E MODERNIDADE: AS REFORMAS
EDUCACIONAIS DO MARQUÊS DE POMBAL Vitor Sergio de Almeida
Daniel Mendes Gomes Ryhã Henrique Caetano e Souza

922 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA 1063 FRACASSO ESCOLAR


Luziane Bomfim da Silva Débora Aline Trajano Santos

940 EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO: UM OLHAR 1069 GAMIFICAÇÃO: ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA CONTRA O
SOBRE O MUNICÍPIO DE AMPARO SÃO PAULO ABANDONO E/OU EVASÃO ESCOLAR E POR UMA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA VIA GAMES
Sara Luz Silveira Costa
Eliane Alves de Souza

953 EDUCAÇÃO INFANTIL: ESPAÇO DE BRINCADEIRAS


1081 GESTÃO DEMOCRÁTICA: OS RELACIONAMENTOS
Zenóbia Silva Pereira Paiva PROFISSIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA UMA
Cacilda Borges Pires de Castro ESCOLA DEMOCRÁTICA
Tatiane Leite da Silva Comini
967 EDUCAÇAO INFANTIL: POSSIBILIDAES E DESAFIOS DE
PROJETOS INTEGRADOS 1091 GESTÃO E LEGITIMAÇÃO DO CURRÍCULO NOS
Adriana Souza da Cruz Santos PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Sirley Girardi Barbosa
980 EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS HISTÓRICOS
1111 GESTÃO, FORMAÇÃO PEDAGÓGICA, DOCENTES NO
Carla de Oliveira Rosa
CURRÍCULO DA CIDADE DE SÃO PAULO
Claudineide Batista dos Santos

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1121 GESTOR COMO LÍDER EDUCACIONAL 1249 LETRAMENTO DIGITAL: REFLETINDO ACERCA DA
Manoel Cicero da Silva Filho FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Maria Violêta Lima Macêdo
Carlos Mometti
Adriana Bigido
1133 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Carla Renata Wilhans Barbosa
1260 A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS: MUDANÇAS
PARA O SÉCULO XXI
1142 HORTA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Eliete Braga da Silva
Raphaela Rui Riveros
1271 MULTILETRAMENTO UM DESAFIO PARA O DOCENTE
1151 IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA NA FORMAÇÃO DO NA ATUALIDADE
PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: UM ESTUDO DE CASO Elmenton dos Santos Fernandes da Silva
SOBRE A PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS
Rodrigo Fernando Campos
Alexandra Regina do Nascimento
Amanda Silva de Lima
1283 MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rosilene Maria da Silva
Rosemeire Gomes Clemente
Alamisne Gomes da Silva
Loiva Liana Santos Borba
1290 NIETZSCHE E A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
1160 INCLUSÃO ESCOLAR COM ENFASE NO ALUNO COM Claudia Aparecida de Oliveira Werneck Regina
DEFICIÊNCIA
Andreia Pereira 1297 O APRENDIZADO MATEMÁTICO ALIADO A
Joelma Oliveira Dias TECNOLOGIA E AULAS INTERATIVAS NO FORMATO DE
EAD
Samantha Savina Albanez
1169 INDISCIPLINA: CONCEPÇÕES E DESAFIOS NA
EDUCAÇÃO
Daniela Dantas Esteves Berte 1303 O BRINCAR E A APRENDIZAGEM
Sandra Roberta de Andrade Silva
1175 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
Barbara Lygia Monteiro dos Santos 1318 O CONTRIBUTO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO
ENSINO DA MATEMÁTICA
Luciene Suzarte Santos
1199 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
Maria José Silva Almeida Trindade
Maria Teresa Panchame

1328 O ENSINO DA ARTE


1209 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Claudia Torres de Moraes
Karina Gomes Alves Cardoso

1338 O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL: DO LATIM AO


1215 EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS E BRINCADEIRAS
FRANCÊS
Joyce Barbosa dos Santos Lima
Edson José Barbosa

1228 JOGOS E BRINCADEIRAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL


1345 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Karina Antunes de Lima
Carlene Aguiar Pereira

1239 LANGUE E PAROLE: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS


1354 O MEIO AMBIENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A
IDEIAS DE SAUSSURE E OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS
CONSCIENTIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO NA FORMAÇÃO
CONTEMPORÂNEOS
DE UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
Valdemir Melo de Souza
Amanda de Oliveira Cardoso

1369 O PAPEL DAS ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Maria Luiza Soares de Campos

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1386 PROFESSOR DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL 1524 PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL PREVENTIVA: UM


ESPECIALIZADO FRENTE ÀS NECESSIDADES OLHAR TRANSFORMADOR PARA A PRÁTICA DOCENTE
EDUCATIVAS José Aparecido de Farias Leite
Ilza Carla Colombo Vieira
1534 PSICOSES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: AUTISMO E
1403 O SUDESTE ASIÁTICO AOS OLHOS DE HOLLYWOOD: ESQUIZOFRENIA
ANÁLISE DOS FILMES O REI E EU (1956) E ANNA E O Regina Célia Gonçalves Mateus
REI (1999)
Ligia Lemos Sousa Nery de Castro
1544 RECURSOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
1413 O TRABALHO DOCENTE: RELAÇÕES PERCEBIDAS
ENTRE O FILME “ENTRE OS MUROS DA ESCOLA” E O Amanda Manzoli Bertucci Bernardini
TEXTO “SOBRE JEQUITIBÁS E EUCALIPTOS”
Catia Cristina de Melo Ferreira
1556 REFLETINDO SOBRE O BRINCAR
Mara Regina Alcasas
1419 USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA APRENDIZAGEM
UNIVERSITÁRIA
Edileuza da Conceição Ferreira 1568 REFLEXÃO SOBRE O RACISMO, ABORDAGEM
NECESSÁRIA PARA UM PROCESSO DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVO E ADEQUADO
1428 O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS COMO RECURSO
NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA Helena Furtado
NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Rosilene de Souza dos Santos
1580 REFLEXÕES SOBRE O DIAGNÓSTICO DA CRIANÇA
AUTISTA
1439 O VIDEOCLIPE COMO LINGUAGEM AUDIOVISUAL Niris Katyane de Lacerda Pessoa
Rogério Fraulo
1593 REGISTRO: FERRAMENTA PARA A PRÁTICA DOCENTE E
1448 OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA APRENDIZAGEM AUXILIAR NA AÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL Wiviane Santos de Camargo
Renato Ilton da Silva Aragão
1603 RELAÇÃO DIRETOR E PROFESSOR POR INTERMÉDIO
1469 OS MUSEUS E A ACESSIBILIDADE DO TRABALHO COLETIVO E DA LEGISLAÇÃO
Adriana Sampaio Ramiro Sabadini Sandy Katherine Weiss de Almeida

1480 PEDAGOGIA DA OPRESSÃO NO ESPAÇO ESCOLAR: 1611 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E PERSPECTIVAS PARA O
RESGATE DE MEMÓRIAS DE EXPERIÊNCIAS COM A ENSINO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS
HOMOFOBIA NA BUSCA DE FORMAS DE RESISTÊNCIA Robson Abel Lopes
Marcos Andrade Alves dos Santos
Mário Cézar Amorim de Oliveira 1634 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DO
ENGENHEIRO
1496 POLÍTICA PAULISTANA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: O Sarah Gomes Silveira Guimarães
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO Ernande da Costa e Silva Filho
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Daniele de Castro Pessoa de Melo
Alzenir Maria Ribeiro de Sousa
Loiva Liana Santos Borba

1506 POVO INDÍGENA GUARANI


1642 SER PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Daniela Rita Nardi
Maria Aparecida da Cruz de Meira Moreira

1515 PSICOMOTRICIDADE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS


PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM 1657 SISTEMA VISUAL BAIXA VISÃO E APRENDIZAGEM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Luciene Barbosa Sampaio
Celeste Nascimento Cruz

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

1672 SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE NO 1751 REFLEXÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA FIGURA


CONTEXTO INFANTIL PATERNA NA VIDA DA CRIANÇA
Inez Gissele Weiller dos Santos Regiane Aparecida Silva

1677 TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 1760 LEITURA: UMA CONQUISTA DIFERENCIADA DO QUE A
Thatiana de Camargo Riqueto Rodrigues Brasil ESCOLA PROPÕE
Valéria Casemiro Torres
1689 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS 1770 NOVAS CONCEPÇÕES ARTÍSTICAS SÉCULO XIX
Amanda Felix de Carvalho IMPRESSIONISMO E FOTOGRAFIA
Audrey Rose Amadeu Santana Silva
1702 UM OLHAR SOBRE A IMPORTÂNCIA DA RELAÇAO
ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO 1779 O DIREITO DE BRINCAR DAS CRIANÇAS
APRENDIZAGEM Andréia Fernandes Lapo
Maria Izidoria Pereira Silva
1787 O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO
1713 UM OLHAR SOBRE O PROCESSO DE ENSINO HORÁRIO DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
APRENDIZAGEM NA ESCOLA INDÍGENA TORO HACHÔ Alcione Aparecida Souza Lima
ALDEIA PEDRA BRANCA EM GOIATINS-TO
Vanessa Rodrigues Dias
Joana D’arc Gomes Cardoso Vanderley
Maria Cecília Florêncio da Silva
1803 CONVERGÊNCIAS ESTÉTICAS DA ARTE AFRICANA
Hilda Pereselevicius Antonietto
1722 UMA PERCEPÇÃO CIENTÍFICA SOBRE GESTÃO
DEMOCRÁTICA NA GESTÃO ESCOLAR
José Fernando da Silva Alves 1814 O OLHAR NA PERSPECTIVA DA ARTE
Graziela de Queiroz Arruda Cleide das Graças Felix
Diógenes José Gusmão Coutinho
1819 CRIANÇA: UM SER EM DESENVOLVIMENTO
1733 UTILIZAÇÃO DE JOGOS MATEMÁTICOS COMO Kelly Cristina Bernardo
METODOLOGIA DE ENSINO EM AULAS DO ENSINO
MÉDIO 1828 O CURRÍCULO PROERD E SUA APLICAÇÃO NAS
Silvana Aparecida CamolesI ESCOLAS DE SÃO PAULO
Joyce Croxiatti de Oliveira
1744 A OBESIDADE INFANTIL E AS CONTRIBUIÇÕES
DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA
REDUÇÃO DA OBESIDADE
Claudilene Silva Xavier

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

LEITURA:
UMA CONQUISTA DIFERENCIADA DO QUE A
ESCOLA PROPÕE
Valéria Casemiro Torres1
RESUMO: Esta abordagem discute algumas vivências reais do desenvolvimento da leitura no
processo ensino-aprendizagem. Questiona-se o quão é importante uma aprendizagem
solidificada e experimental, que resgate e valorize as diferentes vivências. As crianças
desenvolvem ao longo da Educação Infantil o conceito de leitura e escrita, o qual ganhará novos
formatos durante o restante de sua vida acadêmica ao que refere-se especializações e variações.
O ato da leitura inicia-se com a interpretação dos símbolos visuais para que estes possam ter
sentido para si, ou seja, a pessoa irá decodificar a língua escrita. Dois fatores contribuem para a
realização da leitura: informação visual – tudo o que está perante os nossos olhos – e informação
não-visual – são os conhecimentos prévios, a compreensão da linguagem relevante e certa
habilidade relacionada à leitura. Quanto maiores forem as informações não-visuais, maiores
serão as possibilidades da leitura se realizar. Em relação à compreensão durante a leitura,
podemos dizer que quando apresentamos um texto para uma criança, este nunca fica sem
significado (mesmo que a criança ainda não saiba ler ), pois vem acompanhado por um contexto
gráfico ou material ( imagens, embalagens, etc.) ou de um contexto verbal ( informação dada
por um adulto acerca do significado ), ou seja, no primeiro caso a criança antecipa a leitura por
meio da imagem, e no segundo, ela une as informações que o adulto lhe deu, ás letras do texto.
Ler constitui uma forma de pensar, de solucionar problemas, de discuti-los e para tanto, é

1Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na Rede Municipal de São Paulo.


Graduação:Licenciatura em Pedagogia: Especialização em Educação Especial com
Ênfase em Deficiência Auditiva.

1760
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

necessário uma análise e uma discriminação, um julgamento, uma avaliação e uma síntese. Para
realizar estas tarefas o leitor utiliza-se de suas experiências anteriores. Ele é capaz de decodificar
e interpretar o texto graças às suas vivências e a sua imaginação; realiza inferências no texto e só
o faz porque confia em si mesmo, aumentando, portanto, sua eficiência na leitura.

Palavras-Chave: Leitura; Letramento; Educação Infantil; Construtivismo.

1761
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO ● Ler e poder compreender diferentes


tipos de textos contribui para a autonomia das
Chega mais perto e contempla as palavras. pessoas, uma vez que estamos inseridos em
Cada uma tem mil faces secretas sob a face uma sociedade letrada;
neutra e te pergunta, sem interesse pela ● Para ler de forma autônoma é necessário
resposta, pobre ou terrível que lhe deres: a utilização de determinadas estratégias,
trouxeste a chave? (ANDRADE, s.a.s.p). porém para que estas sejam ativadas é crucial a
A elaboração deste trabalho surgiu a partir intervenção do professor dirigida para este fim.
de questionamentos sobre a responsabilidade Busca-se reunir subsídios para a
da escola e do educador em formar leitores compreensão do papel do professor e da escola
críticos e autônomos, tendo como referência a frente ao desafio de formar leitores ativos.
proposta construtivista e para tanto baseia-se
em aportes teóricos com caráter de revisão de
O PROCESSO DA LEITURA E O
literatura.
A falta de prazer pela leitura aliada à forma TRATAMENTO QUE A LEITURA
como vem sendo trabalhada na escola, nos faz RECEBE NA ESCOLA
refletir sobre a prática docente e a concepção Para que o leitor inicie o processo da leitura,
da instituição escolar a respeito do que é a é necessário que ele tenha um conhecimento
leitura. prévio da sua língua. Quando as letras estão
Propõe-se uma reflexão em torno de formando uma palavra, fica muito mais fácil de
algumas premissas que serão discutidas ao identificá-las do que se estivessem isoladas,
longo do trabalho: pois fazem sentido para si.
● Concepção do que é ler a partir da A habilidade para a leitura não é ensinada,
perspectiva de uma leitura compreensiva, que mas sim desenvolvida naturalmente por meio
esteja inserida em um contexto significativo e da leitura. É lendo que se aprende a ler. As
funcional.; crianças, desde cedo, utilizam-se das
● Leitura enquanto forma de propiciar ao informações não-visuais para solucionar
indivíduo a compreensão e a consciência crítica problemas (como por exemplo: reconhecer os
de sua realidade; seus familiares). Se não temos a consciência do
● O trabalho com a leitura deve estar uso desta habilidade, é porque a dominamos
inserido em contextos motivadores, pois desta muito bem. “Aprender a adquirir e usar
forma ele apresenta objetivos a serem conhecimento que irá reduzir a quantidade de
atingidos; informação que o cérebro deve processar é
● O letramento enquanto estado e natural e inevitável” (SMITH, 1999:31)
condição de quem interage com o código Quando não há informação não-visual que
escrito; possa facilitar a leitura, o leitor não consegue
● O leitor é um sujeito ativo, que processa identificá-la. Esta condição é definida como
e examina o texto a partir de seus visão túnel. Porém, este não é um defeito físico
conhecimentos prévios; dos olhos, nem tão pouco uma consequência de

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qualquer deficiência do sistema visual. Trata-se informação proporcionada pelo texto e na


de uma condição na qual se encontram os nossa própria bagagem, e em um processo que
leitores iniciantes. Ler algo sem sentido causa permita encontrar evidência ou rejeitar as
visão túnel, que por sua vez, elimina todas as previsões e inferências antes mencionadas (
possibilidades de compreensão do que está SOLÉ,1998,p.23 )
sendo lido. Não é necessário que seja ensinado qual é o
O leitor, muitas vezes, apresenta a visão som que a letra representa, pois na própria
túnel porque está inseguro e tem medo de prática da leitura o leitor compreende qual é
cometer erros durante a leitura. Se ele se esta correspondência. Não é a fonologia que faz
preocupa com a identificação das letras, ao a leitura acontecer, mas sim, o inverso.
invés de ler as palavras, dificilmente conseguirá Não se pode dizer que a fonologia é a melhor
dar sentido ao que está lendo, o que tornará a maneira de se ensinar uma pessoa a ler, pois
leitura impossível. nem todas as letras possuem um único som a
A escolha do material inadequado e sem ser emitido durante a leitura. Por exemplo, a
significado para quem lê, causa a visão túnel. letra “R” (rato e cara); a letra “E” (elefante e
Sem o significado, a leitura não se torna boneca). É de extrema importância que o leitor
possível. considere a palavra como um todo antes de
Muitas vezes o leitor memoriza o que leu, tentar pronunciá-la.
porém, a memorização não é sinônimo da Para que a fonologia funcione, é preciso que
compreensão. Memorizar algo sem significado o leitor tenha pelo menos a ideia do que a
impede que o leitor dê sentido à leitura. palavra signifique, analisando-a no contexto em
Quando se memoriza algo que não possua que está inserida. Como é que ele poderá
significado, com o tempo, acaba se entender o que está lendo, se ele não sabe ou
esquecendo, pois só guardamos em nossa entende o seu significado? A fonologia, nada
memória o que realmente significa algo para mais é do que a leitura por meio dos sons das
nós. Se realmente compreendemos o que letras, mas fica muito difícil de ler sendo que as
lemos, jamais esquecemos. letras podem ter vários sons (se estas forem
Diante da leitura, o leitor constrói o lidas isoladamente).
significado do texto que lê, que é fruto de uma Os leitores são capazes de ler as palavras de
construção entre seus conhecimentos prévios, forma a compreender o texto sem que
o texto e os seus objetivos, muito além da decodifiquem o som, pois nós somos capazes
simples decodificação das letras em sons. Solé de reconhecer as palavras da mesma forma que
define o ato de ler da seguinte maneira: reconhecemos tudo o que está no nosso
(...) Para ler necessitamos, mundo visual. Ninguém precisou nos ensinar a
simultaneamente, manejar com destreza as distinguir um carro de uma árvore, pois por
habilidades de decodificação e aportar ao texto meio da nossa vivência, aprendemos o
nossos objetivos, idéias e experiências prévias; significado e o que cada um representa para
precisamos nos envolver em um processo de nós. Da mesma forma, que distinguimos um
previsão e inferência contínua, que se apoia na objeto do outro, distinguimos as palavras. Não

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é o som que elas produzem que facilitam a palavra que não reconhece, provavelmente irá
compreensão, mas sim a maneira como são pulá-la buscando entender qual é o contexto.
escritas. Para que possamos reconhecer as Uma segunda alternativa é buscar o seu
palavras, precisamos nos utilizar dos significado e em último caso, irá pronunciá-la
conhecimentos prévios. em voz alta. Com uma criança que está
Quando ensinamos uma criança a ler, é iniciando a leitura, ocorre o mesmo. Se ela
necessário que a palavra esteja inserida em um optar em primeiro lugar (ou como única
contexto de forma significativa para a mesma. escolha) pela leitura em voz alta ( ou seja, pela
Por exemplo, se apresentamos uma placa de fonologia) , é porque ela está fazendo da leitura
trânsito com a palavra “PARE”, é muito uma decodificação, e não um ato de
diferente do que se apresentássemos a palavra compreensão.
isolada. Ao lê-la, a criança entende o que está Se apresentamos uma palavra fora de um
lendo, pois a palavra apresentou um significado contexto (por exemplo, por meio de lista de
para ela e não somente tentou representar as palavras), poderá dificultar a sua compreensão
letras em sons: “ P+A=PA; R+E= RE” e no final pois a aprendizagem se dá mais facilmente por
“PARE”. intermédio da leitura significativa.
Uma vez que a criança domina e Boa parte do nosso vocabulário nos foi
compreende que existe uma relação entre a concedida por meio da leitura de palavras
aparência e o significado das palavras, ela é escritas em contextos significativos.
capaz de reconhecer outras e inseri-las dentro Muitas vezes não poderíamos entender o
do mesmo contexto. significado das palavras sem que estas
Utilizar-se da fonologia para ensinar os estivessem inseridas em um contexto. A palavra
leitores iniciantes o prazer da leitura é “manga”, como saber se é a fruta ou a parte da
realmente muito difícil, pois a leitura das camisa se estiver isolada? Um exemplo prático
palavras muitas vezes não corresponde a sua disso foi vivenciado por uma das integrantes do
ortografia (como no caso da palavra “mesa” : o grupo. A professora perguntou às crianças se
“S” tem som de “Z”; “explicação”: o “X” tem conheciam uma mangueira e ela disse que sim,
som de “S”). completando que no jardim de sua casa tinha
Muito se fala sobre uma possível revisão uma, e que sua mãe a utilizava para lavar o
ortográfica, de forma a escrever as palavras tal quintal (referindo-se, assim, a mangueira
como se fala, mas desta forma, pessoas que d’água e não a árvore frutífera, conforme a
falam um dialeto próprio mas que escrevem de professora havia perguntado).Com isso,
forma que todos possam se entender ( como é podemos comprovar que há necessidade da
o caso dos chineses ), não poderiam mais se palavra estar dentro de um contexto para que
comunicar. Pensar em uma mudança como assim não seja dificultada a compreensão.
esta, é sustentar que o objetivo principal da A escola vem tornando-se um lugar duvidoso
leitura é a decodificação das letras em som e no que diz respeito ao ensino da leitura, pois
não a compreensão do que se está lendo. Um vem tratando a mesma como algo que é
leitor fluente, quando se depara com uma imposto, não levando-se em conta a maneira

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como a criança relaciona-se com a leitura fora um controle estrito da aprendizagem de cada
dela. componente; e um conjunto de regras que dão
Com esta atitude a escola não consegue ao professor certos direitos e deveres que só
ampliar as diversas formas de interpretação ele pode exercer - enquanto o aluno exerce
que a leitura possibilita, transformando-a em outras complementares. Esses são os fatores
algo maçante, que não vai além da que, articulados, tornam impossível ler na
decodificação de letras, sílabas e palavras, não escola.
estabelecendo qualquer relação com o meio. A forma como o ensino da leitura é imposto,
O “ensino” da leitura na escola, não vem reforça a maneira autoritária da escola, tendo
conseguindo dar à mesma o seu verdadeiro como preocupação o total controle do processo
sentido, que é o uso social, apresentando-se de aprendizagem e não a formação do aluno
como uma fonte de informação e interpretação leitor. Esta atitude faz com que o verdadeiro ato
da realidade. A leitura está sendo transformada de ler desapareça, tornando a leitura, para o
em um objeto de ensino, que não consegue aluno, algo que não apresenta qualquer
transmitir ao aluno a importância da leitura significado, não levando há nada ou à lugar
para a compreensão do mundo e de si mesmo. nenhum.
O trabalho com a leitura na escola, está Lerner (1996, p. 3), afirma:
resumindo-se apenas, à alguns textos de o tratamento que a escola (e somente ela) dá
gênero escolar, seguindo-se de exercícios que à leitura é perigoso porque corre o risco de
não levam o aluno a refletir sobre nada mais, do assustar as crianças, ou seja, de distanciá-las da
que aquilo que ali está escrito. leitura ao invés de aproximá-las; ao colocar em
A escola vem seguindo o modelo imposto, juízo o contexto da leitura na escola, não é justo
com o objetivo de obter-se o sucesso escolar, sentar os professores no banco dos réus,
que vem por meio de questionários e porque eles também são vítimas de um sistema
avaliações, seguidos de uma nota, a qual de ensino; contudo, não há de se perder todas
controla de forma rigorosa, todo o processo de as esperanças: em certas condições a
aprendizagem que é tido na escola, como algo instituição escolar pode converter-se em um
que inicia-se do mais simples para o mais ambiente propício à leitura; essas condições
complexo. devem ser criadas antes mesmo das crianças
Segundo Lerner (1996: 5), aprenderem a ler no sentido convencional do
uma teoria de aprendizagem que não se termo - e uma delas é que o professor assuma
ocupa do sentido que a leitura possa ter para as o papel de intérprete e que os alunos possam
crianças e concebe a aquisição de ler através dele.”
conhecimento como um processo acumulativo Portanto, a escola, juntamente com o
e graduado, como uma decomposição do professor, deve refletir sobre a prática do
conteúdo em elementos supostamente mais ensino da leitura, tornando esta algo que leve à
simples; uma distribuição do tempo escolar que formação de leitores ativos, que façam da
pré-determina os períodos destinados à leitura uma prática de sua cidadania, como um
aprendizagem de cada um destes elementos; ato de reflexão e transformação. A escola não

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pode contentar-se com uma leitura mecânica e novas propostas, de maneira eficaz,
desestimulante. Ela pode e precisa conseguindo com isto transformações
comprometer-se com esta, tornando-a significativas na educação, que deverão seguir-
abrangente, crítica e inventiva. se de uma prática constante de reflexão sobre
O professor vem sendo, muitas vezes, o ensino da leitura, envolvendo nesta prática a
responsável pelo “fracasso” desta formação. instituição escolar e o grupo de educadores,
Mas será justo responsabilizar somente o que dela fazem parte, buscando por meio da
educador? Que tipo de formação este professor leitura, não como um ato passivo, a formação
recebeu ou recebe para desenvolver um de um leitor competente dentro e fora da
trabalho significativo com a leitura? Podemos escola, sendo um cidadão atuante e
afirmar que a maioria dos educadores são transformador nas práticas sociais.
leitores ativos e conscientes da importância da O registro escrito é a principal fonte de
mesma na formação do cidadão? transmissão de cultura, conhecimento e
A maioria dos educadores também são também de comunicação social, e sendo a
vítimas de um sistema de ensino, que não deu escola uma instituição à serviço da sociedade,
conta de transformá-los em leitores críticos, com a função de promover a capacitação e
mas sim os permitiu permanecer em condição integração social, não pode falhar em deixar
de alienação. que os alunos leiam de forma acrítica. Freire
Segundo Machado (2001, p 21): (1997, 20), afirma que “a leitura do mundo
Na faculdade, eles [os professores] precede sempre a leitura da palavra,” a leitura
aprendem muito sobre pedagogia e psicologia, do texto se insere na leitura do mundo, por isso
mas pouco sobre arte. Têm pouco contato com ao lermos não podemos de deixar de ler e
as obras. Acabam entrando no Magistério sem interpretar o mundo.
instrumentos para distinguir arte de não arte, Segundo Freire (1997,p.28),o educador,
textos bons de ruins. como quem sabe, precisa reconhecer, primeiro,
Para o professor ser capaz de trabalhar a nos educandos em processo de saber mais, os
leitura em suas diversas e diferentes formas, sujeitos, com ele, deste processo e não
levando ao pleno desenvolvimento do aluno, pacientes acomodados; segundo, reconhecer
enquanto leitor, é necessário que entenda o que o conhecimento não é um dado aí, algo
processo de construção e além disso o mobilizado, concluído, terminado, a ser
significado e a importância da leitura na vida de transferido por quem o adquiriu a quem ainda
todos nós. não o possui.
Dentre todas as questões aqui levantadas, é Porém, o professor é manipulado pelo
de suma importância, que para se transformar sistema que o coloca diante de regras e normas
a educação no Brasil, não basta apenas fazendo-o manter a “ordem”, no que diz
apresentar novas didáticas, métodos, filosofias, respeito ao processo de ensino-aprendizagem,
entre outros, mas também pensar na formação conseguindo desta forma manter o controle,
e capacitação de nossos educadores, para que tanto da leitura, como da definição do papel do
os mesmos sintam-se seguros em abraçar as professor e do aluno de maneira vertical.

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O controle e o processo ensino- problemas relacionados com o preparo


aprendizagem deve ser algo compartilhado, profissional dos professores para o ensino e
tendo também o aluno a autonomia de orientação da leitura. nestes termos, o
interagir controlar suas responsabilidades e planejamento da leitura, quando é pensado
interesses. pelos educadores, segue a linha do casuísmo,
Um outro desafio da instituição escolar é da não-sequenciação, da não-integração -
tornar a leitura significativa, não só para os resulta que no ambiente da escola o valor de
alunos, mas também para o professor, pois estímulo sociocultural “livro” perde em
quando o mesmo atua como leitor na sala de qualidade. Transformando-se em algo aversivo,
aula, consegue transmitir aos seus alunos “chato” ou “que não leva há nada”. Acho até
aspectos fundamentais do comportamento que, em vista das circunstâncias em que se
leitor, da natureza da língua escrita e as encontra o nosso magistério, o próprio
características específicas de cada gênero professor foi obrigado a se enquadrar na
textual, proporcionando ao seu aluno uma categoria de não-leitores” (SILVA, In: PIRES e
completa compreensão da língua, e BEZERRA, s.d. ).
consequentemente formando leitores Em torno desta reflexão sobre o papel da
competentes. instituição escolar no processo de aquisição da
É, pois, principalmente no âmbito da escola leitura, podemos reafirmar sobre a importância
que as expressões “aprender a ler ” e “ ler para da consolidação da leitura dentro da escola
a prender ” ganham o seu significado primeiro, como um instrumento, não só para
apontando, inclusive, os efeitos que devem ser proporcionar acesso à cultura de uma
conseguidos pelo trabalho pedagógico na área sociedade, mas também conduzir à uma leitura
de formação e preparo de leitores. Eu até iria crítica desta sociedade. Para tanto a escola terá
mais longe, afirmando que um dos objetivos de trabalhar para a criação de leitores críticos e
básicos da escola é o de formar o leitor crítico capazes de realizar intervenções em seu meio,
da cultura - cultura esta encarnada em qualquer abrindo desta maneira caminhos para uma
tipo de linguagem, verbal e/ou não verbal (...) efetiva transformação, por meio daquilo que a
Entretanto, devido às circunstâncias leitura oferece, ampliando o ato de ler nas
concretas para a efetivação do ensino, a dimensões históricas, políticas e sociais.
educação escolarizada fracassa em sua O ato de ler vai muito além de uma simples
responsabilidade de formar leitores. Além do atividade escolar, é por meio deste ato que o
próprio desprestígio social do saber, indivíduo interage com o mundo, entendendo e
patenteado mais visivelmente pelos constantes construindo sua história.
cortes de verbas para a educação e pelo
desrespeito ao trabalho dos educadores, a
leitura escolar na maioria das vezes é
encaminhada de forma acrítica e ilegítima. A
começar pela inexistência de bibliotecas e
bibliotecários escolares, ainda enfrentamos

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tratar sobre o papel do professor e da escola na formação de leitores, exigiu-nos constante
reflexão, pois a preocupação com a leitura, em uma abordagem construtivista, é pouco difundida
no meio educacional, sendo que a escrita é o principal objeto de estudo na área da alfabetização.
Constata-se que a escola não vem conseguindo trabalhar a leitura em sua amplitude,
deixando de atingir plenamente o objetivo de formar um leitor competente. A instituição escolar
concebe o ato da leitura como uma atividade que inicia-se e termina em seu âmbito, limitando
seu papel na formação de leitores, tornando-a isolada e consequentemente descontextualizada
da realidade. A escola preocupa-se em alfabetizar e não letrar, pois a leitura é praticada quase
que exclusivamente no período de alfabetização e preocupar-se somente com a alfabetização
como um ato passivo de leitura e escrita, não vem apresentando resultados significativos,
colaborando substancialmente para que o aluno permaneça no papel de leitor passivo.
De acordo com os diversos autores abordados e tendo uma visão mais abrangente do papel
da escola e do professor no processo de aquisição da leitura, é importante definir a consolidação
do hábito de ler como um instrumento que seja capaz de potencializar uma releitura crítica do
meio social e não somente conhecimento de carga cultural, pois o trabalho com a leitura deve ser
realizado continuamente pelo professor de acordo com objetivos a serem atingidos,
compartilhando com o aluno o papel de leitor ativo.
Somente com a formação de leitores críticos, capazes de analisar sua história e a do
contexto no qual se inserem, poderão acontecer transformações significativas não só na
educação, mas sim na sociedade como um todo. A escola juntamente com o professor precisa
assumir uma proposta séria de valorização do papel da leitura enquanto principal meio de
integração do indivíduo na sociedade. É imprescindível que os professores das diferentes áreas
de conhecimento assumam seu papel de formadores de leitores do e para o mundo.
Formar leitores é criar condições para que estes sejam capazes de atribuir sentido aos
textos, por meio de uma reflexão crítica, relacionando-os com suas necessidades, valores e as
práticas sociais.

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KAUFMAN, Ana María e outros. Alfabetização de crianças: construção e intercâmbio -


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