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Éliton Pereira
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)
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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
EDITORA
CENTRO EDUCACIONAL SEM FRONTEIRAS
R454
Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
v6-n1-2023>
ISSN:2595-9611 (on-line)
DOI: https://doi.org/10.51778/2595-9611.v6i1
Data da publicação: 31/03/2023
www.revistamaiseducacao.com
E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com
Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 313|314 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417
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75 DIREITO À EDUCAÇÃO:
SUMÁRIO DESIGUALDADES SOCIAIS E
INSEGURANÇA ALIMENTAR NO
12 A ARTE E A DANÇA NA EDUCAÇÃO BRASIL
INFANTIL Marcelo Costa Ribeiro
Pier Carla Carolina Alves Rodrigo Rios Faria de Oliveira
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1111 PSICOMOTRICIDADE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Abelnilde Santana da Silva
1122 A IMPORTÂNCIA DA
ETNOMATEMÁTICA NO ENSINO E
APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
Márcia de Oliveira Gonçalves Capitani
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ABSTRACT: This research addresses the perceptive, musical and pedagogical aspects of
the harmonic ear in the context of popular piano improvisation, encompassing theoretical
and practical knowledge experienced by popular musicians. The research aimed to look for
authors who refer to the harmonic ear in the context of popular music, including interviews
with musicians who reported their experiences of training and musical practice. The main
reference authors were: Antônio Adolfo, Almir Chediak, Ian Guest and Nelson Faria. Some
concepts are pointed out, such as: perceptive, musical and pedagogical aspects of the
harmonic ear; the popular piano and the place of harmonic perception in the practice of
improvisation in popular music. Through the studied authors and based on five interviews
with improvising musicians, the results demonstrated the importance of the harmonic ear
and that a theoretical study makes this process even more relevant, and the interviewees
also highlighted the importance of the harmonic ear for the musician popular.
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INTRODUÇÃO
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Usando uma cifragem analítica traz uma possibilidade de treino do ouvido harmônico
sem contar que também o treino de função dos acordes do campo harmônico é uma grande
ferramenta. Adolfo (1989), traz essa abordagem como uma forma de classificação dos
acordes, conforme é mostrado na figura 2, apresentada a seguir.
Exemplo do campo harmônico maior e menor com uma cifragem analítica sugerida
por Adolfo 1989, a figura 3 mostra, em tétrades, a representação dos acordes do campo
harmônico de Ré maior, seguido pela cifra analítica.
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Porém, para Faria (1991, p. 19), embora ofereça-se todo o material didático teórico
e com exemplos vividos por sua prática musical, ainda assim afirma “(...) que a música não
é feita de clichês; a música transcende a estas coisas (...)” o que pode-se concordar com
o autor, pois não é muito raro encontrar excelentes músicos que tiveram a sua carreira toda
baseada na prática musical sem ter uma formação com bases teóricas da música, e
conseguiram fazer com que o ouvido se tornasse o seu grande professor.
Em seu método, Guest (1996), sugere um treino de escrita musical, por meio de
exercícios, ampliam o conhecimento do estudante, como por exemplo, análise harmônica,
rearmonização e uma prática de repertório que ajudam na fixação musical. Adolfo (1986),
concordando com Guest (1996), também segue a mesma didática musical. Já Faria (1991),
em seu método, aborda elementos de improvisação onde o estudante precisa ter o domínio
das funções harmônicas e com um suporte de um CD (Compact Disc) que contém
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playbacks, o estudante tem a possibilidade de treinar como se estivesse tocando com uma
banda.
A trajetória musical de muitos músicos populares se desenvolve na base da
experiência, em trocas de informações com outros músicos mais experientes, o que não
anula o processo adquirido pelo estudo teórico. Porém, podemos destacar que essas trocas
de informações podem deixar o músico alienado a um modelo que não o faça vivenciar
experiências nas quais um estudo com métodos adequados poderia proporcionar, o que
daria possibilidades harmônicas e improvisadoras na criação musical de diferentes formas.
Para Rawlins e Bahha (2015, p.141):
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progressão tonal, seja ela maior ou menor. A figura 4 aponta estruturas melódicas
ascendentes e descendestes como meios para a prática de improvisação, graus conjuntos
seguidos por intervalos de terças, quartas, quintas, sextas, sétimas e oitavas.
Faria (1991).
Para Rawlins e Bahha (2005), improvisação significa compor em tempo real, ou seja,
uma música criada naquele momento da performance e que o músico assume um duplo
papel, de intérprete e compositor. O autor ainda fala que quando citamos a palavra
improvisação, apesar de ser associado ao jazz, não é algo específico do jazz pois, ela pode
ser inserida em qualquer outro gênero musical, desde que lhe permita espaço.
Com o surgimento do Bebop na década de 1940, a improvisação assume de fato
como parte central da estrutura musical e, nesse contexto, a estrutura harmônica assume
grande importância muito mais do que propriamente a melodia. Dessa forma, a exigência
para que os músicos aprendam as sequências dos acordes se tornou primordial para o
desenvolvimento da improvisação. Improvisação harmônica ou rearmonização, é uma
prática muito utilizada na música popular. A princípio, para se começar a ter consciência
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das variações harmônicas de que se deseja criar, é preciso já ter sanado as dúvidas sobre
campo harmônico maior e menor diatônico.
Koellreutter (1986), aborda a segunda lei tonal as definições de acordes relativos, ou
seja, acordes vizinhos de terça menor descendente e anti-relativos, acordes de terça maior
ascendente, onde não há em sua estrutura a nota relativa que referencia. Por exemplo, no
acorde relativo de Dó maior é formado por Lá, Dó e Mí, porém no anti-relativo de Dó maior
Mí, Sol e Sí, onde a nota de referência não faz parte da estrutura harmônica. Esse conceito
de relativo e anti-relativo, são ferramentas que a princípio já podem ser utilizadas nas
possibilidades de variações harmônicas dentro de uma progressão estabelecida. Na figura
5 são apresentadas a tônica, subdominante e dominante, e as possibilidades de variações
harmônicas, com seus relativos e anti-relativos.
Koellreutter (1986).
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Guest (1996).
3 METODOLOGIA
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em Ensino Musical conhecimento sobre escalas, a isso não se consegue grandes êxitos neste
Escolar e se tornou percepção de tirar música de estilo.
professor. ouvido.
Fonte: Elaboração própria
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harmônicas, como um CD (Compact Disc) que contém um playback, onde o estudante tem
a possibilidade de praticar como se estivesse tocando com uma banda. Em acordo também
com Azzara (1993), que afirma que a prática da improvisação contribui para a melhoria da
realização de desempenho musical dos alunos, ou seja, as práticas e vivências musicais
são necessárias para desenvolver competências improvisadoras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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requer muito estudo, treino, assim como qualquer prática musical e não basta somente ter
o conhecimento teórico.
Sobre os aspectos perceptivos foi verificado que o músico popular em alguns casos
considera a percepção musical e ouvido harmônico como um dom que alguns possuem,
como identificado por Lacorte e Galvão (2014). Mas outros estudos mostram que a
percepção pode ser trabalhada e aprimorada para que o músico popular possa se sentir
confortável em sua prática musical, pois para Guest (2006), quando a harmonia já está
internalizada, basta que uma melodia soe para que a sua percepção logo indique a
harmonia que está envolvendo.
Foi identificado que o autodidatismo é um dos vários caminhos percorridos por uma
grande variedade de músicos populares que fazem da sua vivência musical o seu próprio
professor, porém, esta pesquisa mostrou indicadores que também podem auxiliar no
processo de aprendizagem musical, por exemplo, apontando alguns autores que
publicaram materiais relevantes para o músico popular, dentre eles, Chediak (1986), Faria
(1991), Guest (1996a, 1996b, 2010), que abordam muitos conteúdos envolvendo também
a prática musical.
Guest (1996), afirma que tocar músicas de própria autoria traz um desenvolvimento
muito grande para o músico em relação ao músico que só toca músicas dos outros
compositores. Isso traz consigo uma maior possibilidade de desenvolvimento da sua
percepção auditiva; pois, embora haja estudo harmônico de músicas não autorais, este
ainda pode ser mais bem aproveitado trazendo outros elementos musicais e novas
possibilidades harmônicas.
Considera-se que esta pesquisa tenha alcançado seu objetivo ao identificar
fundamentos e depoimentos de especialistas sobre a importância de o músico popular
conhecer as escalas e o campo harmônico como ferramentas primordiais da música
popular, com os quais, posteriormente, desenvolve a prática de improvisação.
Assim, é necessário que os estudos musicais considerem, além dos conhecimentos
teóricos musicais, os aspectos perceptivos do ouvido harmônico e da improvisação no
processo formativo do músico na atualidade.
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REFERÊNCIAS
RAWLINS, Robert; BAHHA, Nor Eddine. Jazzology: the encyclopedia of jazz theory for
all musicians. Hal Leonard Corporation, 2005.
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https://www.academia.edu/12110857/O_Processo_de_Forma%C3%A7%C3%A3o_do_Ou
vido_Musical Data de Acesso: 20/02/2023.
VARVARIGOU, Maria; GREEN, Lucy. Musical ‘learning styles’ and ‘learning strategies’ in
the instrumental lesson: The Ear Playing Project (EPP). Psychology of Music, v. 43, n. 5,
p. 705-722, 2015.
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