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joel 1

REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORA
CENTRO EDUCACIONAL SEM FRONTEIRAS

R454

Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Prof.ª


Mestre Fatima Ramalho Lefone - Vol. 5, n. 4 (Junho 2022) -. São
Caetano do Sul: Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2022

1293p.: il. color

Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
v5-n4-2022>
ISSN:2595-9611 (on-line)
DOI: https://doi.org/10.51778/2595-9611.v5i4
Data da publicação: 30/06/2022

1.Educação. 2. Pedagogia. I Ramalho Lefone, Fatima, ed. II. Título


CDU: 37
CDD: 370

Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587

www.revistamaiseducacao.com
E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 313|314 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL


Rodrigo da Silva Gomes
Caro leitor, nossa revista, por meio dos artigos a seguir, Patrícia Regina de Moraes Barillari
possibilita variadas percepções diante das inúmeras perguntas sobre o Lindalva Freitas
presente e o futuro da educação no Brasil, em seu aspecto pedagógico. Lucinéia Contiero
Os diálogos expostos em forma de pesquisas levantam Jayson Magno da Silva
questões que permeiam todo o tecido educacional na tentativa de Luiz Gonzaga Lapa Júnior
suscitar apontamentos sobre alguns aspectos dos processos de ensino- Mário Cézar Amorim de Oliveira
aprendizagem presentes nas relações entre escolas e sociedade, Estado Marcos Serafim dos Santos
e escolas e os atores diretamente envolvidos no contexto educacional Humberto Lourenção
escolar: gestores, coordenadores, educadores e educandos. Marcus Vinicius de Melo Oliveira
O contexto educacional escolar – historicamente medido, Alex Rodolfo Carneiro
comensurado e imputado como sendo a morada da razão – imbuído de Hercules Guimarães Honorato
sensações, por meio de uma possível pedagogia da alteridade, pode William Bezerra Figueiredo
tornar-se local de equilíbrio entre ambos – razão e sentimento – pela Teresa da Glória Paulo
percepção de que o sentimento seja fundamentalmente considerado e Elias Rocha Gonçalves
alçado como um pilar central nos processos de ensino-aprendizagem. Gabriel Gomes de Oliveira
A nosso ver, a escola, inserida dentro de um contexto Jónata Ferreira de Moura
socioeconômico específico, precisa, também, possibilitar a
compreensão para que seus educandos possam se adaptar em face do EDITORA-CHEFE
“mundo do trabalho” visto que, sem isso, estaria desvinculada, de Fatima Ramalho Lefone
maneira esquizofrênica, da vida laboral. Entretanto, para uma
amplitude das experiências entre as relações que estão para além do REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
capital, esse modelo de escola pode apresentar-se, também, por meio DE TEXTOS
Fatima Ramalho Lefone
do sentimento – representada como ferramenta para a percepção da
Rodrigo da Silva Gomes
alteridade do Outro – como uma espécie de morada da
responsabilidade e da ética.
PROGRAMAÇÃO VISUAL E
A materialização de um texto poético, por exemplo, é DIAGRAMAÇÃO
possibilitada pelo processo de admiração do cotidiano, podendo, Fabíola Larissa Tavares
assim, afastar “o mundo do trabalho” de uma totalidade das vivências.
Aqui, não há a expectativa de que os educandos tornem-se poetas e/ou PROJETO GRÁFICO
filósofos, entretanto, no contexto educacional escolar, exista, talvez, Mônica Magalnik
elementos rotineiros que se estabeleçam como entraves, ou
obstáculos, para que, tanto educadores quanto educandos fiquem COPYRIGTH
encobertos por relações que podem não trazer percepções ou mesmo REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
aberturas para que possibilite a admiração do que é habitual, do que é Editora Centro Educacional Sem
cotidiano e do que é comum, centrando seu sentido em avaliações, Fronteiras (Junho, 2022) - SP
metas e aspectos ligados diretamente com os afazeres para a
(re)produção do “mundo do trabalho”. Publicação Mensal e
Dessa maneira, por meio do reconhecimento mútuo entre multidisciplinar vinculada a
educadores e educandos, ao admirarem-se com suas relações Editora Centro Educacional Sem
cotidianas nos processos de ensino-aprendizagem e com o apoio Fronteiras.
irrestrito do sentimento, existe a possibilidade da construção de uma Os artigos assinados são de
metodologia que privilegie a alteridade do Outro durante nossas responsabilidade exclusiva dos
permanentes aprendizagens. autores e não expressam,
necessariamente, a opinião do
Conselho Editorial
Prof. Me. Rodrigo Gomes
É permitida a reprodução total ou
Mestre em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo. parcial dos artigos desta revista,
Especialista em Filosofia Contemporânea e História, Graduado em desde que citada a fonte.
Sociologia e Política. Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º
Autor dos livros: Sertão Humano, Os sabores do mundo. Vontade andar sala 313|314 - Centro
São Caetano do Sul – SP CEP:
poética
09510-111

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

SUMÁRIO 112 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA


EDUCAÇÃO INFANTIL
Gilson Rodrigues Nascimento
10 A ABORDAGEM DA TEORIA DAS
OPERAÇÕES PREDICATIVAS E 124 A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS
ENUNCIATIVAS DE ANTOINE CULIOLI LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Talita Alves Silva Tatiana da Silva Eugênio
18 A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE 135 A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS
ALFABETIZAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA
Daiane Aparecida Pereira LEITURA NA PRIMEIRA ETAPA DO
ENSINO FUNDAMENTAL
28 A ALFABETIZAÇÃO A PARTIR DE Carlos Renã da Silva Moura
PALAVRAS SIGNIFICATIVAS Iara Batista da Silva
Adriana Conceição Correia Regiana Caldas Freitas
42 A BASE NACIONAL COMUM 146 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO
CURRICULAR E AS PRÁTICAS PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Aline Lemes de Moraes Katia Josefa Martins Torres Couras
Eliane Martins Medeiros
Ligiane Oliveira dos Santos Souza 156 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O
ALUNO COM DISLEXIA NA EDUCAÇÃO
51 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM INFANTIL
PERSPECTIVA Tarsila Rodrigues da Silva
Mariza Souza Costa
172 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS
68 A ESCOLA ENQUANTO ESPAÇO DE BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
FALAS: ESTREITANDO A RELAÇÃO INFANTIL
FAMÍLIA E ESCOLA Clice Jarussi Correa de Castro
Edite Gomes de Lima Marra
187 A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ENSINO
76 A FILOSOFIA E A SUA IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL II
NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS Maira Maria Bispo de Oliveira
CRÍTICOS 198 A LEI DE N° 10.639/03 E SUA
Elias Eduardo da Silva APLICAÇÃO NO ENSINO REGULAR
Juliana Onuma Ávila
84 A FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
O PENSAR REFLEXIVO DA CRIANÇA 206 A LITERATURA NAS PRÁTICAS
Ana Paula Santos de Morais ESCOLARES
Ariovaldo Francisco da Silva Andreia de Araújo Vieira
96 A FUNÇÃO DA DUPLA GESTORA: 214 A MÚSICA COMO JOGO: LUDICIDADE E
(GESTÃO E COORDENAÇÃO) - UM APRENDIZADO ARTÍSTICO NA
OLHAR DO (PEDAGOGO GESTOR) FACE EDUCAÇÃO INFANTIL
AO (TRABALHO COLETIVO) DO Larissa de Fátima Fonseca Oliveira
(PEDAGOGO COORDENADOR)
Denise dos Santos Barros Manhaes
Hildeci de Souza Dantas

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

227 A MUSICALIDADE NO ENSINO 348 AMBIENTE ALFABETIZADOR COMO


INFANTIL: UMA PROPOSTA À FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA
FORMAÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA ALFABETIZAÇÃO
Maria Elisa Portilho Rodrigues de Andréia Pereira
Carvalho
361 APLICATIVOS MÓVEIS COM POTENCIAL
239 A NEUROCIÊNCIA E SUA PARA O ENSINO DE QUÍMICA
CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO Vanessa Rakel de Moraes Dias
ENSINO APRENDIZAGEM Rosângela Madalena Ferreira
Alvina Vicente
376 AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS
250 A PERSPECTIVA E A EXPERIÊNCIA DE ESTRANGEIRAS A SITUAÇÃO DO
UMA GESTÃO PÚBLICA EFICIENTE NOS MIGRANTE EM UM AMBIENTE
CENTROS EDUCACIONAIS UNIFICADOS INTERCULTURAL
DA CIDADE SÃO PAULO NO OLHAR DA Daniela Souza Brito
UNIVERSIDADE UNICEU
Willian Messias dos Santos 390 ARTE - EDUCAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
260 A PRÁTICA PEDAGÓGICA NUMA Valquiria Aparecida Pereira
PERSPECTIVA INCLUSIVA: DESAFIOS E
POSSIBILIDADES 403 AS DIVERSAS LINGUAGENS NAS
Udemia Luiz Silva de Carvalho ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Viviane Aparecida Mangegali de
274 A RELEVÂNCIA DOS JOGOS E SEUS Carvalho
SIGNIFICADOS PSICOPEDAGÓGICOS
NO ATENDIMENTO DE JOVENS, 414 AS METODOLOGIAS ATIVAS COMO
ADOLESCENTES E ADULTOS MÉTODO INOVADOR DE PRÁTICAS
Lucineide Santos PEDAGÓGICAS
Rosemeire Francisca Neves Pereira
280 A RESPONSABILIDADE DOS PAIS NA
EDUCAÇÃO DE PRINCÍPIOS E VALORES 425 AS MULHERES VASSOUREIRAS DO
DE SEUS FILHOS: A ESCOLA ESTÁ POVOADO DA CACHOEIRINHA EM
ASSUMINDO ESSE PAPEL? JEQUIÉ-BA: IDENTIDADE E TRADIÇÃO
Daniela Reina Manduca Bruna Vitoria Nascimento Nogueira
Paulo Roberto Nogueira Silva
290 ABUSO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES 438 AULA PÓS PANDEMIA NA EDUCAÇÃO
Cleonice Leite de Souza Ferra INFANTIL
Mariani Scalari Basque
303 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NAS
SÉRIES INICIAIS 449 BILINGUISMO PARA OUVINTES NA
Gilson Rodrigues Nascimento PROMOÇÃO ESCOLAR PARA INCLUSÃO
DE DISCENTES COM SURDEZ POR MEIO
316 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DA LIBRAS
OFERECENDO UM ESPAÇO DE LEITURA Erisvelton Sávio Silva de Melo
E ESCRITA Emilly Carolina Héstia Sobral de Melo
Neyla Leticia Lúcio da Silva
463 BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA
EDUCAÇÃO INDÍGENA
Sarita Maria Chinelato

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

476 CIDADANIA E ESCRAVIDÃO: O 611 ENSINO APRENDIZAGEM, A INCLUSÃO


COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS E A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO
NO BRASIL Silvana Nunes da Silva Nascimento
Doriane de Oliveira Silva
621 ENSINO HÍBRIDO UM NOVO DESAFIO
500 CONTEXTUALIZANDO A AVALIAÇÃO DA ATUALIDADE
MEDIADORA Kátia Grasielle do Nascimento Santiago
Cláudia Francisca de Souza Vieira
632 ENSINO SUPERIOR: PERSPECTIVAS DE
509 CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA DA INSERÇÃO DE ALUNOS DE ENSINO
MULHER NA SOCIEDADE OCIDENTAL MÉDIO NAS UNIVERSIDADES, SUAS
Maria Geane da Silva Bertolo PROBLEMÁTICAS CURRICULARES E
FORMATIVAS
522 CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA Nayara Raimundo da Silva
PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL Noeli Prestes Padilha Rivas
Maria Aparecida Silva Salim Samuel Dal Piccol Gualtier
Luna Matias
535 CONTRIBUIÇÕES DAS ARTES VISUAIS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL 645 ESTIMULANDO O DESENVOLVIMENTO
Rita de Cássia Meira Palma EM BEBÊS E CRIANÇAS POR MEIO DE
JOGOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS
549 CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR NA Cleria Lima Novais
EDUCAÇÃO INFANTIL
Patrícia de Oliveira Jorge 653 FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM
565 DAJONIMARA: JOGO DE TABULEIRO PACIENTES HIPERTENSOS: UMA
COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO REVISÃO SISTEMÁTICA
ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS NA Mariana de Andrade dos Santos
ESCOLA DEPUTADO PINHEIRO
MACHADO NO MUNICÍPIO DE 664 HENRI WALLON E SUAS
COCAL/PI CONTRIBUIÇÕES PARA A
Daniele da Costa Veras COMPREENSÃO DO
Marcos Pinho Nascimento DESENVOLVIMENTO HUMANO
Maria Alessandra de Oliveira Irani Camilo de Souza Silva
Marynara da Silva Sampaio Helieny Pereira da Silva
Rayssa Justina de Brito
Raíla Vieira dos Santos 676 HISTÓRIA E SABERES EM ARTE
Thiciana Silva Sousa Cole EDUCAÇÃO
Patrícia Cristina Berloffa
576 DESCARTE DE MEDICAMENTOS: UMA
EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO 684 HISTÓRICO DA FAMÍLIA NO BRASIL
AMBIENTAL NUMA ESCOLA DE ENSINO Eliege Sanches de Souza
MÉDIO DA REGIÃO DO AGRESTE
SETENTRIONAL DE PERNAMBUCO 693 IMPLICAÇÕES DA LEI EXPONENCIAL
Gabriel Vasconcelos Farias SOBRE A IMPORTÂNCIA DO
Cleomacio Miguel da Silva ISOLAMENTO SOCIAL CONTRA O
COVID-19
598 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Cleomacio Miguel da Silva
Gilson Rodrigues Nascimento Gentil Fideles Cavalcanti Filho

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

706 INCLUSÃO DO PORTADOR DE 843 O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM


DEFICIÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR ORAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Jéssica Gomes Campos Fandim Vera Lucia Pinheiro
Marilene de Souza
718 INDISCIPLINA Rosângela Aparecida Veronezi
Cláudia Aparecida de Oliveira Werneck Tamara Cristina Heleodoro Pompeo da
Regina Silva
Ligiane Oliveira dos Santos Souza
726 JOGOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:
MAIS DO QUE UM PLANO B PARA OS 858 O ENSINO DAS ARTES VISUAIS NA
DIAS DE CHUVA EDUCAÇÃO INFANTIL
Tatiana Ferreira Valle de Carvalho Marcia Teresa Scolar

736 LUDICIDADE: A DANÇA COMO 871 O ESPORTE COMO FERRAMENTA PARA


RECURSO LÚDICO NA EDUCAÇÃO A INCLUSÃO
INFANTIL Beatriz Mendes Scolamieri
Jaqueline Silva Nascimento
879 O FUTEBOL COMO RECURSO DE
752 LÚDICO E A APRENDIZAGEM, UMA INCENTIVO PARA O APRENDIZADO DE
RELAÇÃO DE RESPEITO EDUCAÇÃO FÍSICA
Denia Rodrigues Lopo Carlos Renã da Silva Moura
Iara Batista da Silva
761 LUDOPEDAGOGIA COMO PRÁTICA Regiana Caldas Freitas
EDUCATIVA ENSINANDO ALUNOS NA
INCLUSÃO 893 O MÉTODO ABA: ANÁLISE
Ana Rita dos Santos COMPORTAMENTAL APLICADA E O
AUTISMO
782 MÍDIAS E TECNOLOGIAS NA DUCAÇÃO Andrea Pavan Bidin Martins
INFANTIL E SUA CONTRIBUIÇÕES E
DESAFIOS 903 O PAPEL DO PROFESSOR NA
Aline Lemes de Moraes ALFABETIZAÇÃO
Eliane Martins Medeiros Ive Domitila Bersogli
Ligiane Oliveira dos Santos Souza
915 PEA PROJETO ESPECIAL EM AÇÃO
794 MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: AS PRÁTICAS COMO SUPORTE DA INCLUSÃO DO
COTIDIANAS DA APRENDIZAGEM EM ALUNO COM DEFICIÊNCIA
NOVAS TECNOLOGIAS INTELECTUAL NA ETAPA DE
Kely Cristina de Lima Reis ALFABETIZAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
Solange Plaça
804 O COORDENADOR PEDAGÓGICO E A
GESTÃO ESCOLAR: POSSIBILIDADES, 923 PERSPECTIVAS PARA UM CONSTRUTO
(SABER FAZER), IMPLICAÇÕES, (SABER TEÓRICO COM FOCO NA
COMO FAZER) E AVANÇOS (SABER SER) MEMORIZAÇÃO MUSICAL ATONAL
Marylin Cardoso Henrique Felipe Aparecido de Mello
Hildeci de Souza Dantas

834 O CUBISMO AUXILIANDO NO


ENTENDIMENTO DA GEOMETRIA PARA
OS ALUNOS DISLÉXICOS
Alexandre de Lucca

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935 PROCESSO PEDAGÓGICO REMOTO 1010 REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIAS


DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: SEXUAIS EM LIVROS NEGROS DE
O CEMI-GAMA GARANTINDO DIREITOS ESCOLAS PÚBLICAS NA REGIÃO DE
E PRODUZINDO CONHECIMENTOS JALES/SP - 2018/2019
Carlos Lafaiete Formiga Menezes Adriano Marques Fernandes
Francisca Mendes de Carvalho Tânia Regina Zimmermann
Getúlio Dias Malveira
Guilherme Henrique Neves Alves de 1019 RESISTÊNCIAS PARA IMPLANTAÇÃO DE
Souza POLÍTICAS CICLOVIÁRIAS:
Maria Zilma Conceição Araújo LEVANTAMENTO E ANÁLISE PARA A
Sebastião Ivaldo Carneiro Portela CIDADE DE CUIABÁ, MATO GROSSO
Maria Luiza Queiroz Brandão
950 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: A
CONSTITUIÇÃO EDUCACIONAL DA 1036 REVIVENDO LYGIA PAPE NA SALA DE
UNIDADE ESCOLAR AULA
Vera Santos de Oliveira Mayara Fiorito Faraco

958 PSICOMOTRICIDADE E UM CURRÍCULO 1047 ROTINA É CHATO, MAS NECESSÁRIO:


MULTICULTURALISTA COMPREENDENDO O PAPEL DA LINHA
Sandra Regina Luiz Fóss DO TEMPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Marianna de Oliveira Figueiredo
974 QUANDO A BRINCADEIRA PERDE A
GRAÇA E VIRA BULLYING? 1055 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL PARA
Elizabete Lima de Matos Pedrosa ESTUDO DE RADIOBIOLOGIA NO
ENSINO MÉDIO
981 RECICLAGEM EDUCACIONAL: Marcos Felipe Silva Lino
CONECTANDO O ALUNO DO ENSINO Cleomacio Miguel da Silva
FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE Larissa Barbosa Albino da Silva
POR MEIO DA ARTE VISUAL Daniele da Rocha Ferreira
Weslley Alegretti
1086 TÉCNICA DE GRUPO DE ESTUDO
991 REFORÇO ESCOLAR: CONTRIBUIÇÃO REMOTO EM MEDICINA VETERINÁRIA
ENSINO APRENDIZAGEM Priscila Suelen Moura do Nascimento
Thiago Castro da Silva Renata Vigil de Azambuja
Michele Molon
1000 RELATO DE EXPERIÊNCIA EM Isabella Michels Carvalho
EDUCAÇÃO E SAÙDE: ELABORAÇÃO DE Lucas Mallet Canali
VÍDEOS E LIVES EM EXTENSÃO Marilia Avila Valandro
UNIVERSITÁRIA NA TEMÁTICA Rochelle Gorczak
HIV/AIDS
Paulo Ricardo Costa de Melo 1093 TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DO
Tiago de Melo Silva PEDAGOGO: DESAFIOS, PRÁTICAS E
Aghata Vitoria Machado DILEMAS
Greyce Marinho dos Santos Maria José Tavares de Lima
Maria Isabel Lemos Sereno Francisco Eriberto de Lima
Nathália Mendes da Costa Guimarães
Ana Paula Medeiros Menna Barreto 1117 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL
Rosangela Berne Inglada

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1129 POSSIBILIDADES DAS ARTES, DOS 1241 A INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO


BRINQUEDOS E DAS BRINCADEIRAS NA Juliana Najados Hoffmann Fabri
EDUCAÇÃO INFANTIL
Simone Pedroza Sampaio Barbosa 1251 A ROTINA NO DESENVOLVIMENTO DAS
CRIANÇAS
1138 A GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA E A Simone Simões
LÓGICA NEOLIBERAL NO CENTRO DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA 1264 A IMPORTÂNCIA DE ENSINAR UMA
Lara Cristina Evaristo Rodrigues SEGUNDA LÍNGUA PARA CRIANÇAS
Lorena Sousa Carvalho DESDE A TENRA IDADE
Michele de Oliveira Gonçalves Araújo Sandy Pereira Ramos do Nascimento
Rogéria Moreira Rezende Isobe
Valéria Moreira Rezende 1273 O TRABALHO DOS DOCENTES NAS
ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
1152 IMPLICAÇÕES DA FALTA DE LIMITES NA Jaqueline Capel
PRIMEIRA INFÂNCIA E SUA RELAÇÃO
COM O DESENVOLVIMENTO ESCOLAR 1283 AS ARTES COMO CONSTRUTORAS NO
Daniella Simões de Sousa DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Rúbia Baptista
1160 A CONTRIBUIÇÃO DA CONTAÇÃO DE
HISTÓRIAS PARA O
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA
CRIANÇA
Flávia Correa Solidade Freire

1170 O FAZ DE CONTA, OS JOGOS E AS


BRINCADEIRAS COMO
CONTRIBUIDORES PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Luciana Pereira Panzarini

1184 EDUCAÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES


Luciana Cristina Castro

1194 EDUCAÇÃO INCLUSIVA E UM


ENTENDIMENTO SOBRE ALUNOS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
Sandra Moreira Coelho

1203 A VIOLÊNCIA ESCOLAR E A INFLUÊNCIA


DA FAMÍLIA
Luciano Barcena Bertoni

1213 A INCLUSÃO DOS DEFICIENTES


AUDITIVOS NA EDUCAÇÃO
Denise Lima Queiroz

1223 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL E


EDUCAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE
Andrea de Oliveira Salcedo

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A AFETIVIDADE NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO
Daiane Aparecida Pereira1

RESUMO: O presente artigo tem como tema a afetividade no processo de alfabetização neste
sentido fizemos uma pesquisa bibliográfica no intuito de responder de que maneira a afetividade
influencia no processo de alfabetização. Para fundamentar a pesquisa foram utilizadas
contribuições de autores como Mahoney (2009); Freire (1996); Antunes (2000), entre outros. A
partir do levantamento de informações pesquisadas encontramos a presença da afetividade
neste processo de alfabetização. Nas considerações finais ressaltamos a importância desse
vínculo entre aluno e professor como potencializador do aprendizado.

Palavras-Chave: Afetividade; Aprendizagem; Alfabetização.

1Professora de Ed. Infantil e Fundamental I na Rede Municipal de São Paulo


Graduação: Licenciatura em Pedagogia.

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AFFECTIVITY IN THE LITERACY PROCESS


ABSTRACT: This article has as its theme affectivity in the literacy process, in this sense, we did a
bibliographic research in order to answer how affectivity influences the literacy process. To
support the research, contributions from authors such as Mahoney (2009); Freire (1996); Antunes
(2000), among others. From the survey of researched information, we found the presence of
affectivity in this literacy process. In the final considerations, we emphasize the importance of
this bond between student and teacher as a potentiator of learning.

Keywords: Affectivity; Learning; Literacy.

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO O trabalho está composto por 3 seções que


estão estruturadas da seguinte forma:
O presente trabalho trata da afetividade no Na primeira seção será abordada a teoria
processo de alfabetização. Atualmente psicogenética Walloniana, assim explicaremos
observa-se esta relação, a nosso ver, que a afetividade e a construção do sujeito. Na
quando professor e alunos estabelecem esse seção seguinte será abordada a relação da
vínculo é possível alcançar melhores afetividade e a aprendizagem, como essa
resultados. Para Abigail Alvarenga Mahoney , relação poderá contribuir na aprendizagem do
no próprio processo de desenvolvimento da sujeito. E por fim abordaremos a afetividade no
criança existe uma relação entre ela e o outro processo de alfabetização, ou seja, as
podendo então nessa relação aprender e se contribuições da afetividade no ciclo de
desenvolverem juntos. alfabetização da criança.
A questão de pesquisa que se pretende
responder é a seguinte: De que maneira a
DESVENDANDO A TEORIA
afetividade influencia no processo de
alfabetização? PSICOGENÉTICA DE WALLON
Objetiva-se analisar a presença da Para nós educadores é importante
afetividade no processo de alfabetização, bem compreendermos o processo de
como entender a teoria psicogenética desenvolvimento do aluno. Entender esse
Walloniana e os estágios correspondentes à funcionamento faz-se necessário para a
fase de alfabetização do aluno, destacar o própria construção do conhecimento do
papel da afetividade no processo de professor, facilitando seu trabalho e
aprendizagem, descrever o papel do professor proporcionando melhores estratégias de
afetivo no processo de alfabetização ensino para o aluno.
Assim sendo, este artigo se justifica porque Muitas teorias explicam o funcionamento
pretende apresentar a relação de afetividade desse processo. O presente trabalho
no processo de alfabetização. Sendo o apresentará a teoria da psicogenética de Henri
ambiente escolar um espaço que promove Wallon e suas contribuições no processo de
aprendizagens e descobertas o professor sendo aprendizagem.
referência para os alunos, pode contribuir Em 1879 nascia na França Henri Wallon.
ainda mais nas aprendizagens construindo Formou-se em médico e filosofia e esteve
vínculos afetivos que facilitarão seu trabalho ao sempre próximo da psicologia. Atuou como
longo do período letivo. Essa relação poderá médico na primeira guerra em (1914-1918),
ser favorável para os alunos adquirirem com trabalho esse que lhe proporcionou cuidar dos
mais facilidade independente das feridos e observar o estado psíquico dos
circunstâncias externas e pessoais o ciclo de mesmos.
alfabetização. Quando há o vínculo afetivo na Em 1914, Wallon registrou observações de
relação professor e aluno as condições podem crianças internadas em serviço psiquiátrico,
se tornar mais favoráveis. estudos esse que deu origem a sua tese de

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

doutorado e posteriormente em livro. Esse Wallon (1994), classifica os estágios da


estudo foi comparado com as observações dos seguinte maneira:
soldados feridos em guerra e as relações • Impulsivo Emocional (0 a 1 ano)
neurológicas e os efeitos no psiquismo. • Sensório Sensório-motor e Projetivo (1 a
A partir das análises e comparações entre os 3 anos)
indivíduos normais e patológicos, Wallon extraí • Personalismo (3 a 6 anos)
o os reguladores deste processo e atribuiu seus • Categorial (6 a 11 anos)
vários estágios e cria sua teoria. • Puberdade e Adolescência (11 anos em
A psicogenética Walloniana vem nos diante)
apresentar como a afetividade age no Esses estágios para Wallon (1994), são
individuo seja de forma favorável ou considerados importantes no processo de
desfavorável em relação ao meio interno e desenvolvimento do indivíduo e cada estágio é
externo. Ela nos traz um novo olhar para a demarcado por idades e ao passar por cada um
prática docente entendendo melhor essa deles a criança vai evoluindo em sua forma de
questão afetiva e entrelaçando com o motor e pensar, interagir e sentir.
cognitivo. O estágio impulsivo emocional é
Sua teoria envolve fatores orgânicos e caracterizado pela dependência ao outro e por
sociais e seus estágios foram divididos por meio das suas emoções ela se expressa
idade das crianças de sua época e levando em causando no adulto que a cerca uma ação a fim
consideração sua cultura. de satisfazer-lhe suas necessidades.
Para Mahoney(2009): Para Mahoney (2009, p. 20), “a criança inicia
A teoria nos aponta, então, conjuntos sua vida imersa no mundo social que a rodeia
funcionais que atuam como uma unidade recebendo dele o significado e as respostas as
organizadora do processo de desenvolvimento. suas necessidades”.
O afetivo, o motor e o cognitivo se relacionam Já no estágio sensório-motor e projetivo a
entre si profundamente, a cada momento, e criança já consegue explorar o que lhe rodeia,
dão como resultado a pessoa individual, única. o seu ato mental projeta em seus movimentos.
O que define a pessoa é essa individualidade, Mahoney (2009),nos aponta que:
conseqüência das relações internas, próprias Ao manipular um objeto ou encantar-se com
de cada sujeito, com as situações objetivas que os movimentos do corpo recentemente
ele encontra ao longo de seu desenvolvimento descoberto, a criança tenta reproduzir os
(MAHONEY, 2009 p. 17). mesmos gestos que foram provocados pelas
Assim, entende-se que estão entrelaçados as sensações, na tentativa de obter o mesmo
relações afetivas, motoras e cognitivas no efeito (MAHONEY, 2009 p. 32).
desenvolvimento da criança e que cada ser é Chamamos de personalismo o estágio que
único e desenvolve suas potencialidades a vai dos 3 aos 6 anos, onde a criança começa a
partir das situações vivenciadas no decorrer se diferenciar do outro, construir a sua
deste processo. identidade.

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

Mahoney (2009, p. 39), nos afirma dizendo essas necessidades infantis, a fim de fortalecer
que “a consciência corporal é condição a função afetiva que será preponderante na
fundamental para a tomada de consciência de etapa seguinte de desenvolvimento.
si, para o processo de diferenciação eu-outro”. Pensando na ação do professor diante
No estágio categorial a criança continua dessas necessidades dos alunos em cada fase
desenvolvendo-se na parte motora quanto na de desenvolvimento considera-se importante
afetiva porém o que se destaca nesse estágio é esse fortalecimento afetivo. Essa relação pode
o seu desenvolvimento intelectual, sua atenção ser de muitas aprendizagens para ambos.
e concentração se potencializam. A criança
consegue classificar os objetos, separá-los, A AFETIVIDADE E A
abstrai os conceitos concretos.
De acordo com os estudos de Mahoney APRENDIZAGEM
(2009): Pensando na relação entre o ensino e a
A criança aprende a se conhecer como aprendizagem no ambiente escolar pode
pessoa pertencente a diferentes destacar o papel do professor nessa relação
grupos, exercendo papéis e atividades não sendo apenas transmissor do
variados. Toma conhecimento de suas conhecimento, mas estabelecendo um vínculo
possibilidades, adquirindo um conhecimento afetivo com seus alunos proporcionando assim
mais completo e concreto de si mesma um novo caminho para uma aprendizagem
(MAHONEY, 2009 p. 52) mais significativa tendo em vista que quando
No estágio da puberdade e adolescência fica há essa relação outro olhar pedagógico é
evidente a transformação que a criança passa lançado nas práticas de aprendizagem.
da vida infantil a esta fase, acontecem as A aprendizagem se dá a todo o momento
mudanças no corpo e fica evidente a expressão desde quando nascemos Antunes (2000 p. 35),
do que sente pelo corpo. A capacidade de ressalta que para ocorrer o aprendizado é
pensar e imaginar mentalmente se ampliam, os necessário a maturação, pois é ela que dá
conflitos internos e externos também condições para que essa aprendizagem
predominam nesse estágio. aconteça. Daí a importância de entendermos
De acordo com Mahoney (2009, p. 59), cada estágio descrito por Wallon e saber o que
destaca nesse estágio que é uma etapa a criança tem condições de aprender naquela
movimentada que separa a criança do adulto etapa de desenvolvimento e fazer as
que ela tende a ser. estimulações adequadas para esta fase.
A partir destas classificações dos estágios de Em relação a afetividade ela também se faz
Wallon quanto ao desenvolvimento infantil presente na vida do individuo desde o seu
podemos reforçar a importância de nós nascimento perpetuando em cada etapa do seu
educadores entenderem cada período para um desenvolvimento de diferentes formas e
melhor trabalho. manifestações conforme nos mostra Pereira
Conforme Mahoney (2009, p.58), é 2010,
importante que o adulto leve em consideração

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A afetividade se faz presente em todas as Diante disto Mahoney (2004), nos afirma
etapas do que,
desenvolvimento infantil e o indivíduo A interação social que facilita essas
estabelece diversas maneiras de lidar com cada aprendizagens é aquela que respeita o
nova exigência. Para uma criança pequena, o momento em que a criança se encontra nesse
colo e o afago são significativos e fazem bem processo, dos pontos de vista motor, afetivo e
para uma determinada ocasião, para uma cognitivo, e assim cria as condições para que
criança maior, as palavras de carinho, ela vá superando esse momento e passando
incentivo, conforto e encorajamento já trazem para um novo estágio. Essa interação deve ser
marcas diferenciadas, para um adolescente ou guiada pelo tipo de adulto que se quer formar
jovem, o respeito, o entendimento, o diálogo e pelo tipo de aprendizagem mais adequado
favorecerão uma relação saudável e de para essa constituição (MAHONEY, 2004 p. 23).
constante aprendizado (PEREIRA, 2010 p. 33).
Desta forma o professor enxergando a Toda nova aprendizagem virá carregada de
criança como um ser único em sentimentos como medo, motivação
desenvolvimento possibilitará conduzir de ansiedade, etc e o professor em sala de aula
maneira diferente suas ações favorecendo seu deve atentar-se a estas manifestações de
aprendizado a partir das relações afetivas emoções para então lidar da melhor maneira e
aproximando o sujeito ao objeto de atender as necessidades do aluno naquele
conhecimento. período. Saber acolher seus sentimentos é
Para Mahoney (2004 p.19), as atividades importante até mesmo para que o aluno se
naturais e espontâneas da criança são seus sinta seguro. Passar essa segurança, valorizar
primeiros recursos de interação e seus sentimentos podem favorecer esse
aprendizagem com o mundo. aprendizado potencializando a relação de
Assim entende-se que suas primeiras ações, afetividade entre professor-aluno e
movimentos e descobertas são seus primeiros aprendizagem.
aprendizados e a partir da interação com o Ser professor e ensinar aos alunos vai muito
meio novas aprendizagens vão sendo além de passar lições e explicar o conteúdo é
adquiridas. E no início de sua vida escolar essa uma missão de se colocar no lugar do outro,
aprendizagem se potencializa e o papel do perceber suas emoções, dar significado para
professor se torna indispensável como tais atividades e buscar caminhos para sua
mediador desse processo. aprendizagem.
Sabendo que cada estágio tem suas Para Antunes (2000), “independente da
características e em cada um deles a criança linha de desenvolvimento institucional é
estará preparada para novas descobertas, cabe preciso que se trabalhe a alfabetização
ao professor entender esses estágios fazendo emocional para encontrar um espaço social
as intervenções necessárias naquele momento para discutir amor, ódio, frustração,
para aquela fase e observar como está sua autoestima que são essenciais a vida”.
aprendizagem.

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Vimos que tanto Mahoney (2004), quanto afetividade nessa relação professor e aluno se
Antunes (2000), defendem a ideia de o fazem presentes.
professor entender as emoções expressadas Freire (1996), nos afirma que:
por seus alunos e saber conduzir as situações A professora democrática, coerente,
da melhor maneira proporcionando um competente, que testemunha seu gosto de
ambiente de aprendizado significativo. vida, sua esperança no mundo melhor, que
O olhar diferenciado do professor em atesta sua capacidade de luta, seu respeito às
relação a cada aluno entendendo que cada um diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem
deles é um ser único e em desenvolvimento é para a modificação da realidade, a maneira
um ato muito produtivo, entender suas ações e consistente com que vive sua presença no
emoções em cada etapa do seu mundo, de que sua experiência na escola é
desenvolvimento, compreender esse processo apenas um momento, mas um momento
de ensino-aprendizagem nessa perspectiva da importante que precisa de ser autenticamente
afetividade ampliam as possibilidades de vivido (FREIRE, 1996 p.112).
atuação em relação ao aprendizado e um novo Assim fica claro a importância da relação
jeito de ensinar e aprender fará presentes. afetiva do professor neste processo
alfabetizador, evidenciando o respeito e o
A AFETIVIDADE NO PROCESSO aprendizado mútuo de ambos, o acolhimento
dos sentimentos da criança transmitindo-lhes
DE ALFABETIZAÇÃO segurança e autonomia para construir a
Vivemos atualmente um momento aquisição da leitura e escrita.
educacional onde vários modelos pedagógicos Podemos relacionar o pensamento de Freire
são oferecidos no processo de alfabetização com os de Curto, Morillo e Teixidó (2000),
pelas instituições de ensino, porém ainda quando falamos que a alfabetização vai além
existem alunos que passam por dificuldades de métodos e que este processo é permeado
para se alfabetizarem por não se encaixarem em sentimentos destacando a importância
em nenhuma dessas propostas pois tais afetiva nesta relação, desta forma eles nos
práticas pedagógicas não correspondem as afirmam que,
necessidades daquela criança e o processo de Por sorte a motivação, o entusiasmo, a
alfabetização se torna algo sem significado diversão e o prazer são contagiosos tanto
onde sentimentos negativos podem ser quanto o tédio. Um professor que sente prazer
despertados em relação a este processo. Cabe em sua tarefa, que se entusiasma ao ensinar,
ao professor neste momento perceber tal que se emociona com a linguagem escrita e que
situação e despertar o interesse e a curiosidade a usa com prazer comunica facilmente
da criança pela leitura e escrita, fazer aquele motivação a seus alunos. O contrário também.
momento ser significativo, compreender que a A atitude do professor frente à aprendizagem,
alfabetização vai além de métodos e que pode frente à escrita e a leitura são fundamentais
ocorrer de forma natural e tranquila quando a (CURTO, 2000, p. 86).

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Desta forma podemos observar o quanto às Desta forma podemos afirmar que a
emoções e a alfabetização estão ligadas, pois aprendizagem de fato vai além do ato de
no momento em que o professor faz essa transmitir o conhecimento porque envolve
mediação e permite que seus sentimentos sentimentos e emoções que aluno e professor
positivos quanto a sua prática docente fique constroem numa relação mútua de confiança e
evidente, a aprendizagem ocorre e de forma respeito.
efetiva. Esta ideia se afirma quando Almeida
(2004 p. 126), diz que “ao professor compete
canalizar a afetividade para produzir
conhecimento, reconhecer o clima afetivo e
aproveitá-lo para provocar o interesse do
aluno”.
Já Freire (1996, p. 23), afirma que, “quem
forma se forma e re-forma ao formar e quem é
formado forma-se e forma ao ser formado”.
Ambos autores mostram a relação mútua entre
aprendizado, conhecimentos e afetividade pois
no momento em que o professor faz as
intervenções e mediações necessárias ele não
só transmite o conhecimento mas adquire
novas aprendizagens e em toda troca de
conhecimento a relação afetiva se faz presente.
A partir do momento em que nós
professores passamos a compreender e
enxergar a afetividade presente em nossas
ações e práticas pedagógicas conseguimos
ressignificar os saberes, valorizar e respeitar o
outro e a relação professor e aluno pode ser
fortalecida contribuindo para uma construção
de novos saberes. Ao sentir esse vínculo afetivo
vindo do professor, o aluno adquire uma
autoconfiança para arriscar-se na leitura e
escrita porque a afetividade proporciona este
desenvolvimento, Mahoney (2004, p. 19), nos
confirma esta afirmação ao dizer que “essa
atração é movida por uma das necessidades
mais profundas do ser humano: estar com o
outro para se humanizar. Aprender é
transformar-se na relação com o outro.”

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escolha da temática para elaboração do nosso trabalho de conclusão de curso como já
mencionado na introdução está relacionado à nossa crença de que quando existe um vínculo
afetivo na relação professor aluno este se torna norteador e facilitador no processo de
alfabetização.
Assim, em função dos estudos realizados para este trabalho, com vistas a responder o
problema de pesquisa, nos permitem concluir que a relação da prática pedagógica do professor
quando ligada ao aspecto afetivo pode favorecer o aprendizado e desenvolvimento do aluno.
Vimos que o cognitivo está atrelado com o afetivo permitindo assim uma interação
positiva ao que se refere ao aprendizado do aluno.
O processo de alfabetização deve ser mediado pelo professor de uma forma que seja
significativo e faça sentido para a criança. Compreender os estágios em que a criança se encontra
e então perceber a necessidades dela naquele momento de acordo com sua maturação cerebral
para avançar é muito importante já que uma prática docente baseada nessa perspectiva faz toda
a diferença no seu processo de aprendizagem.
A relação afetiva pode favorecer o desenvolvimento da criança, pois no momento em que
ela se sente segura para enfrentar os conflitos e desafios que a alfabetização pode lhe trazer, o
aprendizado acontece.
Para finalizar, a construção do conhecimento a partir da relação afetiva deve estar
presente na prática pedagógica, o professor ao reconhecer seu aluno como um ser em
desenvolvimento respeitando seus estágios, identificando suas dificuldades, consegue então
despertar neste período de alfabetização recursos para que o mesmo se sinta valorizado,
confiante e autônomo capaz de desenvolver sua escrita e leitura por meio dessa mediação.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; MAHONEY, Abigail Alvarenga (org.) A constituição da
pessoa na proposta de Henry Wallon. São Paulo: Loyola, 2004

ANTUNES, Celso A construção do afeto. Como estimular as múltiplas inteligências de seus


filhos. São Paulo: Augustus, 2000

CURTO, Lluís Maruny; MORILLO, Maribel Ministral; TEIXIDÓ, Manuel Miralles Escrever e ler.
Vol.1 Como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto
Alegre: Artmed, 2000

FREIRE, Paulo Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 1996

DANTAS, Heloisa e; OLIVEIRA, Marta Kohl de; LA TAILLE, Yves de Piaget, Vygotsky, Wallon.
Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992

PEREIRA, Z. F. Afetividade e aprendizagem escolar na perspectiva de professoras


alfabetizadoras. 2010. 223f. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia da educação) –
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP

VIEIRA, A. L. S. F. A constituição da pessoa de professoras consideradas marcantes por


seus alunos, na perspectiva da psicogenética Walloniana. 2016. 140f. Tese (Doutorado em
Educação: Psicologia da educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP.

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