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POÇOS DE CALDAS – MG
DEZEMBRO 2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3
2. DESCRIÇÃO DOS DADOS ...................................................................................... 4
3. DESCRITIVO DO PROCESSO ................................................................................. 5
3.1. MOAGEM, FILTRAÇÃO E DILUIÇÃO ....................................................... 4
3.2. FERMENTAÇÃO ........................................................................................ 5
3.3. DESTILAÇÃO ............................................................................................. 6
3.4. RESFRIAMENTO ....................................................................................... 6
3.5. ENVELHECIMENTO .................................................................................. 6
4. EQUIPAMENTOS ..................................................................................................... 7
4.1. TANQUE DE FERMENTAÇÃO (E-1) ......................................................... 7
4.2. COLUNA DE DESTILAÇÃO (E-2) ............................................................. 7
4.3. TROCADOR DE CALOR (E-4) .................................................................. 7
4.4.ADEGA (E-5) ................................................................................................7
4.5.TONEL (E-6) ................................................................................................7
5. BOMBAS (B-1, B-2) ..................................................................................................8
6.VÁLVULAS .................................................................................................................8
6.1.VÁLVULA GLOBO ......................................................................................8
6.2.VÁLVULA DE RETENÇÃO .........................................................................8
6.3. PURGADORES (P-1 e P-2) ........................................................................8
7.TUBOS, ACESSÓRIOS E CONEXÕES .....................................................................8
8.MEMORIAL DE CÁLCULO ...................................................................................... 9
8.1. BALANÇOS ................................................................................................9
8.1.1.Balanços de massa ......................................................................9
8.1.2.Balanços de energia ..................................................................10
8.2. DIMESIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS..............................................12
8.3. CÁLCULOS DE DIÂMETRO E VELOCIDADE ECONÔMICOS ...............13
8.4. CÁLCULO DAS PERDAS DE CARGA DISTRIBUÍDAS E LOCALIZADAS NAS
TUBULAÇÕES DO PROCESSO ........................................................................14
8.5. CÁLCULOS DE ALTURA MANOMÉTRICA E POTÊNCIA DAS
BOMBAS .............................................................................................................................
.........20
9. FLUXOGRAMA DE PROCESSO ............................................................................21
10. LAYOUT E COMPRIMENTO DAS TUBULAÇÕES ..............................................22
11. REFERÊNCIAS ......................................................................................................23
LISTA DE SÍMBOLOS
A
ep Área efetiva da placa do trocador de calor
Área da secção transversal de um canal no trocador de
As calor
c
p,f Calor específico do fluido frio
c
p,q Calor específico do fluido quente
D
eco Diâmetro econômico
D
h Diâmetro hidráulico
e
c Espessura do canal
f Fator de atrito
′
fAP Fator de alargamento
g Gravidade
hL Perda de carga
L
P Altura da placa do trocador de calor
m Massa
ṁ Vazão mássica
ṁ
q Vazão mássica do fluido quente no trocador de calor
nc Número de canais no trocador de calor
np Número de passe no trocador de calor
n
placas Número de placas no trocador de calor
q̇ Taxa de transferência de calor
t Tempo
U Coeficiente global de troca térmica
2
V Volume
Velocidade média no canal do trocador de
v calor
v
eco Velocidade econômica
W Potência da bomba
w
g Largura da placa do trocador de calor
SÍMBOLOS GREGOS
T Média logarítmica das diferenças de
ml temperat
μ Viscosidade dinâmica
ρ Densidade
1. INTRODUÇÃO
Bomba Entre 7 e 15
Tanque de maturação 0
Filtro 0
Cerveja
Viscosidade Dinâmica
0,001
μ (0ºC) 7 P a.s
0,001
μ (6ºC) 4 P a.s
0,001
μ (15ºC) 1 P a.s
Densidade
g
ρ (10ºC) 1,018 c
m
³
Calor específico
K
J
Cp 4,228 kg.K
Como o valor da viscosidade dinâmica não foi encontrado para a cachaça, adotou-se os
valores de viscosidade dinâmica da água para diferentes temperaturas, sendo a de 0ºC referente
a quando o fluido sai do trocador de calor, a de 6ºC quando o fluido está dentro do trocador
(sendo 7ºC aproximadamente a temperatura média entre 0ºC e 13ºC) e a de 13ºC a viscosidade
quando o fluido sai do fermentador.
Tabela 3:Dados da mistura água/etilenoglicol-50%
Mistura água/etilenoglicol-50%
3,26 k
J
Cp (4ºC) 8
kg.K
0,37 W
κ (4ºC) 48
mK
3. DESCRIÇÃO DO PRCESSO
A cana colhida é transportada para o processo de moagem para a extração do
caldo. Esse caldo deve ser filtrado e decantado, com o objetivo de separar impurezas,
como terra e areia. Após esse processo, vem a etapa de diluição, na qual se prepara o
caldo de cana para atingir o teor de sacarose entre 14 e 16º Brix (AGEITEC).
Após a diluição do caldo, segue-se para uma das etapas mais famosas do
processo, a fermentação, utilizando a levedura Saccharomyces cerevisae. O vinho
produzido é retirado por gravidade do tanque de fermentação e levado para a destilação.
Na destilação, o produto de maior interesse comercial é a fração chamada coração,
não sendo aproveitados o álcool inicial (cabeça) e final (calda) do processo. Após a
destilação, a cachaça segue para o engarrafamento ou para os tonéis de madeira para
envelhecimento.
3.1.1 Moagem
A compra de cana será feita na própria região e a mesma será transportada por
um caminhão semi-pesado, cuja capacidade será de aproximadamente 4 toneladas de
matéria-prima, diariamente. Para que não haja riscos de perda na qualidade na cana
devido à deterioração do açúcar, o tempo entre a colheita e moagem não poderá
ultrapassar 24 horas.
A extração será realizada a partir da pressão mecânica nos rolos da moenda, e,
em alguns casos quando o colaborador julgar necessário, para maximizar a extração, o
bagaço poderá ser colocado mais de uma vez no equipamento (SOUZA, 2013).
Ainda com a intenção de proporcionar um produto de maior qualidade, será
realizada a lavagem da cana e a limpeza dos equipamentos antes da moagem,
reduzindo assim, os riscos de contaminação que aumentam sua acidez (OLIVEIRA,
2010).
3.1.4 Fermentação
Para o começo do processo de fermentação será necessário adicionar uma
população inicial de leveduras, denominada pé-de-cuba ou simplesmente fermento.
Essa massa inicial deve conter algumas características como alta velocidade de
fermentação, resistência ao álcool produzido e a altas temperaturas.
Dentre os fermentos existentes no mercado, o empregado será o natural, que é
constituído por microrganismos que acompanham a própria cana. Este inóculo será
obtido pela fermentação espontânea de várias espécies de leveduras existentes no
próprio caldo (SOUZA, 2013).
Essas leveduras trabalham na faixa de 20°C a 35°C (BECKER, 2009) e são
responsáveis pela metabolização de todo açúcar existe no caldo. Por isso, esta etapa
poderá ser realizada a temperatura ambiente. A fase fermentativa terá uma duração
média de 24 horas (BORGES, 2011).
3.1.5 Destilação
A destilação ocorre, geralmente, em alambiques de cobre e é feita a partir de
suas frações. A primeira fração, denominada cabeça, será retirada até atingir
concentração de álcool 60% (v/v). Poderá ser retirada uma pequena fração a mais para
assegurar que não sobre nenhuma substância indesejável, como metanol, acetaldeído e
acetato de etila. Posteriormente, obtém-se o coração, que é a cachaça propriamente
dita, seu ponto final de recolhimento ocorrerá ao se atingir teor alcoólico entre 38% e
40%. Em seguida será retirada a cauda até se atingir 14% (v/v) (SOUZA, 2013). E o
restante do caldo no destilador, conhecido como vinhoto, não deverá conter frações de
álcool e será encaminhado para uso em lavouras e/ou alimentação de gado (BECKER,
2009).
O recolhimento de cada fração é feito além dos seus respectivos teores de álcool,
bem como com o tempo de destilação correspondente para cada parte. Para garantir as
propriedades de cada fração, testes de teor alcoólico deverão ser feitos juntamente com
o processo, certificando que o tempo de destilação pré-determinado esteja correto.
A destilação deverá ser feita em baixas vazões para permitir um melhor controle
de pressão e assegurar que uma cachaça de qualidade seja obtida.
A cabeça e a cauda não são utilizadas na produção de cachaça por possuírem
substâncias indesejáveis. Por isso, serão destinadas para a produção de combustível
por empresas especializadas.
3.2.1 Cana-de-açúcar
3.2.2 Levedura
3.2.3 Água
3.3 Produtos
3.3.2 Coração
3.3.3 Cauda
3.4 Resíduos
3.4.1 Bagaço
3.4.2 Vinhoto
4. DIAGRAMA DE BLOCOS
Figura 1 - Diagrama de blocos do processo.
Fonte: Do autor, 2019.
4. FLUXOGRAMA DE PROCESSO
Figura 2: Fluxograma
5. MEMORIAL DE CÁLCULO
Estão descritos abaixo nos subitens a seguir os cálculos utilizados nos balanços
de massa e energia e também aqueles utilizados para os dimensionamentos dos
principais equipamentos utilizados durante o processo.
Para realizar os cálculos por este método, usa uma velocidade sugerida
segundo a literatura para um dado regime de escoamento, que se encontra dentro de
uma estreita faixa de valores. As Tabelas 4 e 5 mostram a faixa de valores segundo o
regime de escoamento adotado.
Tabela 4: Valores de velocidade econômica para tubos com diâmetro igual ou inferior a 4
polegadas para Regime Laminar
Escoamento Laminar
Tabela 5: Valores de velocidade econômica para tubos com diâmetro igual ou inferior a 4
polegadas para Regime Turbulento
Escoamento Turbulento
(kg/
m³) 0,12 1,2 12 800 1200
v(m/
s) 12,5 - 15,5 5,5 - 7,7 3,2 - 4,0 1,6 - 2,0 0,79 - 1,0
(12)
sendo,
ṁ = vazão
mássica; ρ =
densidade;
v eco = velocidade econômica.
Equação Reynolds:
(13)
sendo,
Re = Número de Reynolds;
ṁ = vazão mássica;
veco = velocidade econômica;
μ = viscosidade.
Equacionamento:
Os cálculos para o balanço de energia são mostrados abaixo, sendo mt a
massa total do caldo, m a vazão de massa do destilador, ∆ T o intervalo de
temperatura na destilação, h entalpia de vaporização da água ou etanol, t
tempo e x as frações mássicas de etanol ou água destilados.
Inicialmente, é preciso aquecer o volume total de caldo a uma
temperatura de 80°C, e para tal, foi calculado a quantidade de energia
necessária, por meio da Equação 1:
Q=mt . c p . ∆ T (1)
Q=mt . c pcaldo . ∆ T =¿
6
Q=1277,7 . 3100 ( 80−25 )=Q=217,5.10 J →Calor total necessário para aquecimentodo caldoaté 80 ° C .
6.4 DIMENSIONAMENTO
6.4.2 Filtro
6.4.5 Válvulas
D= √ ❑
Portanto, é adequado utilizar o tubo de ¾” e a válvula com o mesmo
diâmetro.
1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS