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NR 13 – OPERADOR DE CALDEIRA
SET – SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:_______________
Data: ____/___/______
Sumário
Pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. Para qualquer tipo de pressão se
utiliza a seguinte fórmula:
Uma mesma força poderá produzir pressões diferentes, dependendo da área sobre a qual
atuar. Assim, se a área for muito pequena, poderemos obter grandes pressões, mesmo com
pequenas forças. Para verificar a pressão interna da caldeira o operador usa o manômetro.
1.1 – UNIDADES DE PRESSÃO
A manifestação da energia térmica de um corpo pode ser percebida pelos órgãos sensoriais
de nossa pele, o que provoca em nós a sensação de frio ou quente. Essa manifestação é
popularmente conhecida como Temperatura e em Física, recebe a denominação de estado
térmico do corpo. Quanto maior é o grau de agitação das partículas de um corpo, maior é a
sua temperatura, ou seja, mais elevado é o seu estado térmico.
A energia pode transferir-se de um corpo para outro, mas sempre o faz do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura. Para que isso ocorra, é preciso que exista entre
os corpos uma diferença de temperatura: a energia transferida é chamada calor. Assim, a
temperatura de um corpo, sua energia térmica e a agitação de suas partículas alternam-se
quando esse corpo recebe ou cede calor. A transferência de calor somente termina quando
os dois corpos em contanto atingem a mesma temperatura, ou seja, um estado denominado
equilíbrio térmico.
1.3 – TRANSMISSÃO DE CALOR
2 – CALDEIRAS CONDIÇÕES GERAIS
- PRÉ PARTIDA
- Manter abastecido o tanque de água de alimentação;
- Checar todas as válvulas e instrumentos da caldeira;
- Verificar funcionamento normal da bomba de alimentação de água;
- Verificar funcionamento dos indicadores e controladores de nível, através da drenagem da
garrafa e do visor de nível;
- Ajustar o nível de água da caldeira;
- Abrir drenos ou respiros do tubulão superior, para eliminar o ar;
- Checar condições operacionais dos ventiladores e sistema de tiragem da caldeira;
- Checar condições de alimentação elétrica dos painéis de comando e sinalização (NUNCA
iniciar se houver problemas);
- Confirmar que a quantidade de combustível disponível é suficiente, e se está próximo à
caldeira;
- Verificar funcionamento satisfatório do mecanismo de alimentação de combustível;
- Verificar se o último operador deixou alguma recomendação quanto à caldeira no livro de
troca turno.
- PARTIDA
- OPERAÇÃO NORMAL
Para a caldeira, isso é de grande importância para se obter uma boa troca térmica, para isso
pode ou deve ser necessário fazer a desmineralização da agua para atingir uma melhor
condutividade que não exija purga continua ou descarga de fundo muito frequente.
Para ter uma agua de baixa condutividade poderá haver uma desmineralização que, além de
tirar a dureza da agua, bicarbonato de cálcio CA(HCO3)2 e magnésio Mg(HCO3)2, partícula
positiva (cátions), retira também as negativas (ânions)
Dessa forma, os índices de incrustação na caldeira tornam-se baixos, o que reverte em menor
numero de paradas para limpeza, maior durabilidade dos eletrodos e maior confiabilidade de
operação.
3.3 – DOSADORES
Os dosadores são utilizados para receber e inserir, nas caldeiras, os produtos destinados ao
tratamento interno químico da agua. São instalados perto da sucção da bomba de
alimentação de modo que a própria agua, ao entrar na caldeira, transporte esses produtos
por diferença de pressão. Pode ser utilizada também, antes da bomba de alimentação,
bombas dosadoras uma ou mais saídas para a linha de alimentação.
A dureza é provocada pela presença de sais de cálcio e magnésio. Não apresenta importância
sanitária, mas o uso de uma água com excesso deste íons leva a nível industrial a problemas
de incrustações, corrosão e a perda de eficiência na transmissão de calor em caldeiras e em
sistemas de refrigeração.
Na indústria de alimentos a formação de filmes e depósitos minerais na superfície de
equipamentos, prejudica o processo de higienização.
De acordo com os teores de sais de cálcio e magnésio, expressos em mg / L de CaCO3, a água
pode ser classificada em :
Água mole Até 50 mg / L
Água moderadamente dura De 50 a 150 mg / L
Água dura De 150 a 300 mg / L
Água muito dura Acima de 300 mg / L
Fonte: Adaptado de RICHTER e NETO, 1991
A dureza é dividida em: temporária e permanente. A dureza temporária é também conhecida
por “dureza de bicarbonatos”. Sendo que os bicarbonatos de cálcio e magnésio, pela ação de
substancias alcalinas se transformam em carbonatos, que são insolúveis. Já a dureza
permanente deve-se a presença de sulfatos ou cloretos de cálcio ou magnésio, que reagem
com as substancias alcalinas, formando também os carbonatos.
- RETROCESSO DE CHAMA
- Causas:
- Abertura muito rápida da boca de alimentação da fornalha;
- Alimentação incorreta de combustível sólido/pulverizado;
- Deficiência na tiragem da chaminé (exaustor pode estar desligado ou damper
fechado).
- Como evitar:
- Nunca abrir bruscamente a boca da fornalha;
- Manter o damper aberto e o exaustor ligado
Como evitar:
- Jamais alterar a regulagem da válvula de segurança (abertura deve respeitar PMTA + 6%);
- Com a caldeira em operação, testar semanalmente a válvula de segurança;
- Para baixar a pressão, abrir manualmente a válvula de segurança, e se a pressão continuar
subindo, cortar completamente a alimentação de combustível, desligar o exaustor, desligar
os ventiladores de entrada de ar, fechar os dampers de saída e efetuar descargas de fundo,
e se ainda assim a pressão estiver alta, injete água pelo sistema de alimentação, atentando
para não elevar excessivamente o nível de água.
- RUPTURA DE TUBOS
Como proceder:
- Cortar a alimentação do combustível;
- Jogar areia sobre o fogo (NUNCA ÁGUA), para apagar o fogo;
- Manter damper aberto e exaustor ligado, pelo tempo que for possível, de modo a expulsar
o vapor pela chaminé;
- Se a pressão estiver alta ou tiver tendência de elevação, acionar manualmente as válvulas
de segurança;
- Manter o nível de água pelo tempo que for possível, para evitar choque térmico;
- Se não for possível manter o nível de água, cortar a alimentação de água imediatamente,
desligando a bomba e fechando as válvulas após a bomba;
- Ocorrida a despressurização da caldeira, parar os ventiladores e efetuar o processo de
resfriamento natural.
Como proceder:
- Apagar o fogo e fechar a válvula principal de saída de vapor;
- Para caldeiras a combustível sólido, manter nível de água dentro da faixa desejada, através
do uso do injetor manual;
- Avaliar calma e criteriosamente a situação, para checar se será possível a normalização da
situação, e manter a caldeira pressurizada se possível;
- Se perceber que a situação não se normalizará, iniciar procedimento de parada para efetuar
manutenção corretiva.
- LEMBRE-SE
- MANTENHA O CONTROLE SOBRE A CALDEIRA, NÃO DEIXE QUE ELA
CONTROLE VOCÊ
Toda vez que for dar início a operação das caldeiras o operador deve
cumprir uma rotina conforme estabelecido a seguir.
1.1– O operador devidamente treinado deve usar EPI’s.
1.2– Verificar se os seguintes dispositivos estão suficientemente
abastecidos;
1.2.1 – De água
1.2.2 – Pátio e pé do transportador com Biomassa.
1.3Assegurar-se de que as seguintes válvulas estão fechadas:
1.3.1 – De saída de vapor, até atingir a pressão de trabalho;
1.3.2 – De descarga da caldeira – Manual e Automática;
1.3.3 – De descarga da coluna de Nível;
1.3.4 – De dreno do indicador de Nível;
1.3.5 – Do vapor para o injetor;
1.3.6 – Geral de entrada de água, até atingir a pressão 2,1
kgf/cm² (30 psig) após o que deverá permanecer aberta.
1.4Assegurar-se de que as seguintes válvulas estão abertas;
1.4.1 – Do visor de nível;
1.5– Não deixar também de:
1.5.1 – Verificar a lubrificação de todos os equipamentos;
1.5.2 – Verificar o nível de água da caldeira;
1.5.3 – Examinar e limpar os filtros da rede de água;
1.5.4 – Verificar o funcionamento e qualidade do ar comprimido
para as válvulas de descarga automática e damper.
1.5.5 – Com a chave geral desligada, verificar os reles térmicos,
disjuntores, programador de combustão e todo o interior do
painel de comando;
1.5.6 – Confirmar o funcionamento do Damper.
Após completar todas as verificações, e não encontrar
anormalidade, ter procedido as devidas correções, abasteça a
fornalha com quantidade suficiente de biomassa operar para
proceder o acendimento e observar o intertravamento do sistema
de alimentação da biomassa (moega, roscas e ventiladores).
1.6– Lembra-se, ainda, de que:
1.6.1 – Partindo a caldeira com água fria em nível normal,
observou-se que, parando algum tempo, o nível de água
apresentou-se muito alto, possivelmente cobrindo todo o
visor, devido a dilatação volumétrica da água. Nestas
condições, proceda a descarga de fundo até estabelecer o
nível;
1.6.2 – Ao atingir a pressão normal de trabalho, a válvula de saída
de vapor, deve ser aberta muito lentamente, prevenindo-se
do golpe de aríete e choque térmico.
SUMÁRIO:
13.1 Introdução
13.2 Abrangência
13.3 Disposições Gerais
13.4 Caldeiras
13.5 Vasos de Pressão
13.6 Tubulações
13.7 Glossário
Anexo I - Capacitação de Pessoal.
Anexo II - Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos.
13.1 Introdução
13.2 Abrangência
b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão
máxima de operação em kPa, em módulo, e V o seu volume interno em m³;
f) operação de caldeira por trabalhador que não atenda aos requisitos estabelecidos
no Anexo I desta NR, ou que não esteja sob supervisão, acompanhamento ou
assistência específica de operador qualificado.
13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se Profissional Habilitado - PH aquele que
tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento da operação e da anutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
13.3.3.1 Quando não for conhecido o código de projeto, deve ser respeitada a
concepção original do vaso de pressão, caldeira ou tubulação, empregando-se os
procedimentos de controle prescritos pelos códigos aplicáveis a esses
equipamentos.
a) morte de trabalhador(es);
b) acidentes que implicaram em necessidade de internação hospitalar de
trabalhador(es);
c) eventos de grande proporção.
13.3.6.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a
ocorrência e deve conter:
13.4 Caldeiras
13.4.1 Caldeiras a vapor - disposições gerais
13.4.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular
vapor sob pressão superior
à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme códigos
pertinentes, excetuando-se refervedores e similares.
13.4.1.4 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes
informações:
a) nome do fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático de fabricação;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.4.1.10 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o Registro
de Segurança deve
conter tal informação e receber encerramento formal.
13.4.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle
de operador de caldeira.