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Texto analisado: A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL: PONTOS E

PASSOS

Paradigmas:

De meados da década de 70 até o momento atual, a Educação Especial brasileira foi


marcada por paradigmas, isto é, normas orientadoras que estabeleciam o conjunto de
crenças, valores e experiências válidos para determinada especificidade (nesse caso a
Educação Especial). Foram 3 os principais paradigmas: 1. Paradigma baseado no Modelo
Médico (década de 1970); 2. Paradigma da integração (década de 1980); 3. Paradigma da
inclusão (década de 1990); Vale destacar que, essas correntes não são lineares,
temporalmente falando, ou seja, o nascimento de uma não implica na morte da corrente
anterior, em outras palavras houve a coexistência desses paradigmas, visto que são
processos longos e que foram lentamente se modificando a fim de acompanhar a evolução
dos aspectos da educação especial brasileira. Na década de 1970, surgiu o Modelo Médico
ou Clínico no qual apoiava este paradigma. Nesse período, qualquer deficiência era tratada
como doença e deveria ser examinada por instituições especializadas da área da saúde,
tais como: médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos e etc.
Além disso, havia nenhum acesso de deficientes ao sistema de ensino, estavam apartados,
e a situação era ainda mais difícil para aqueles que possuíam doenças sensoriais ou
cognitivas mais severas, dado que interpretavam que seria muito difícil ou impossível que
essas pessoas pudessem aprender, logo, não havia expectativas quanto à e evolução
acadêmica e cultural dessas pessoas. Contudo, após um tempo os médicos perceberam
que o acesso à educação era essencial para essas pessoas, e este foi o primeiro passo
para a chamada institucionalização da educação especial. Foi nesse momento que o
modelo clínico foi perdendo espaço para que surgisse e se fortalecesse o modelo
educacional, que em teoria defendia que a aprendizagem seria possível para todos,
inclusive para alunos com necessidades especiais, e que a escola deveria ajustar-se para o
pleno desenvolvimento dos alunos. O paradigma da Integração, na década de 1980,
apoiado nesse modelo educacional, emerge sob o princípio da normalização. Esta crença
defende que pessoas com deficiência podiam frequentar lugares e atividades de cunho
social, educacional e de lazer comuns às pessoas ditas normais. Este paradigma é bastante
positivo em tese, no entanto há falhas graves em sua prática. Basicamente, os deficientes
frequentavam as aulas, porém eram segregados nas classes, constituindo um grupo à parte
e isolado dos demais estudantes, ou seja, eram absorvidos e acolhidos pelo sistema, mas
não estavam incluídos. Na prática, os alunos deveriam se adaptar ao sistema de ensino,
contrariamente ao que se costumava propor. Assim, ao se perceber este problema, entra
em jogo o paradigma da inclusão, no qual caracteriza-se por valorizar um projeto-político
pedagógico (PPP), currículo, avaliação e atividades especializadas voltadas para a
diversidade, e que haja uma execução e sincronia de professor e alunos, a fim de que a
heterogeneidade enaltecida. Nesse período, duas importantes conferências internacionais
impulsionam esse movimento: ● Conferência Mundial de Educação para Todos em Jomtien
(Tailândia), em 1990; ● Conferência Mundial de Educação Especial em Salamanca
(Espanha), em 1994;
Metodologia e Considerações Finais
O artigo foi construído com base em uma pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa
bibliográfica traz livros, artigos e dissertações enquanto a documental traz tabelas, jornais,
revistas, documentos oficiais filmes, relatórios entre outros.
A metodologia nos faz pensar sobre a necessidade de uma pesquisa de campo, uma ida
das escolas para aferir a atualidade, visto que o artigo se trata de uma evolução, sentimos a
necessidade de uma conclusão mais aprofundada com base em dados e pesquisas de
campo sobre o atual momento na escola.
Dito isso, temos uma consideração final abrangente, entretanto tratando de pontos
importantes como uma de educação de qualidade para todos, um crescimento intelectual,
social e cultural, uma mudança não só no projeto político pedagógico mas também na
avaliação, no currículo, na metodologia e na formação dos professores com cursos de
capacitação, para que proporcionem uma aprendizagem no ambiente igualitário para todos
os seus alunos.
Ademais, é importante destacar que nas considerações finais é explícito que nem todas as
transformações indicam o progresso, algumas indicam o retrocesso e é indispensável que
as políticas públicas promovam debates e discussões sobre planejamentos que envolvam
alunos e professores, um diálogo intenso e o acesso, o sucesso e a permanência para
todos em uma educação de qualidade.

Conclusão

Até o ano de 2003 as escolas regulares e especiais eram tratadas de maneiras diferentes.
Atualmente com as novas diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE), escolas
regulares devem receber alunos com necessidades especiais. E Para que isso ocorra, as
instituições de ensino precisam passar por adaptações curriculares e estruturais.
Há um déficit de profissionais especializados em educação inclusiva em nosso país.
Encontrar novas pessoas capacitadas para auxiliar na função é um dos grandes desafios da
educação inclusiva no Brasil.
Para que a inclusão aconteça é necessário que um profissional especializado esteja
acompanhando os estudantes diariamente. Esse profissional será a ponte entre professor,
colegas e aluno especial.

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