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Trabalho - Seminário de Filosofia Contemporânea I

Discente: Fagner Augusto Nunes de Melo

“A Fundamentação da Metafísica dos costumes: suas implicações e complicações”

O que é a doutrina deontológica?

O fato de se pensar o homem como um indivíduo que está sujeito às leis impostas por
outros, de outro modo, heterônimas, faz com que a sua vontade seja constrangida por fatores
que o imperam no modo de agir, resultando num afastamento da possibilidade de se pensar
num fundamento maior e inquestionável para a ação, já que dizia respeito às situações
daqueles casos específicos de interesses e que, por esse motivo, não servem como
mandamentos morais. Primeiramente, essa concepção moral chamada Deontológica considera
relevante e central a questão da autonomia da razão como ponto de partida para se pensar
numa moralidade universal que não seja motivada por fins externos a elas mesmas. Uma das
suas e a mais celebre mente da corrente e que abriu as portas para tal doutrina foi o filósofo
moderno alemão Immanuel Kant, que marca a história da Filosofia como o criador do
“Racionalismo Crítico”, que buscou compreender os limites da racionalidade humana;
sintetizador de todo um debate entre o racionalismo de Descartes e o empirismo de David
Hume e que também possui contribuições nas áreas de lógica, matemática, física e geografia,
que defendeu, na temática da ética, uma autonomia tanto da parte racional que diz respeito
ao conhecimento científico do mundo, que ele denominou como "Razão teórica", quanto
aquela que se ocupa das ações e da moralidade, estabelecida por ele como "Razão prática" e
que foi desenvolvida primeiramente na sua obra “Fundamentação da metafísica dos
costumes”.

A Fundamentação da metafísica dos costumes:

Antes de tudo, é preciso que haja uma transição do conhecimento racional comum para o
filosófico: Kant defende que não há nada que possa ser chamado bom em sumo grau, ou seja,
sem relações consequenciais a não ser uma vontade motivada apenas pelo dever, sendo o que
ele chamará de "Boa vontade", mesmo que as qualidades humanas sejam desejáveis, pois elas
ainda dependerão do uso que o caráter do indivíduo e o estado de felicidade, que é um
contentamento com a própria condição gerada pela causalidade dos fatos, as designa; de
outro modo, todas as nuances que agem sobre o feito do sujeito devem ser corrigidas por essa
Boa vontade e mesmo que existam ações que pareçam direcionar a essa vontade, como é o
caso do autocontrole e da moderação, elas ainda sim, podem ser perigosas mediante às
intenções. Contudo, elas não possuem, como o autor definiu, um valor incondicional
intrínseco, que é, como já mencionado anteriormente, o que caracteriza esse conceito; a prova
do seu valor reside na possibilidade de uma hipotética disposição da natureza humana para o
mau e que nem nesse cenário há alteração de seu estado.

Concluindo, é preciso, para haver essa transição para o conhecimento racional filosófico, seu
esclarecimento, já que detemos ele no nosso entendimento. Para tal fim, Kant utiliza a noção
de dever, que é a necessidade de respeito ao estatuto interno, para distinguir se o agir, mesmo
que pareça ser conforme a ela, não significa diretamente que possua um valor moral
intrínseco, visto que mesmo assim o agente pode ter sido levado por uma inclinação imediata
como um interesse próprio, mesmo que ele seja sutil, como, por exemplo, a caridade, que é
estimável, mas que pode ser levada por um sentimento interno de satisfação por parte de
quem a pratica. Abstraindo toda fecundidade esperada do resultado da obediência à
incumbência, o que se tem é apenas a conformidade universal das ações, que servirá como
princípio da vontade e que está expressa sob o lema "Devo agir de tal modo que a minha
máxima seja uma lei universal.".

Resumindo, apenas as ações conforme verdadeiramente ao preceito podem ter valor nelas
mesmas, que reside senão na máxima, que é o respeito pela regra interna que a determina e
não no resultado que ela produz.

A segunda seção, que trata da transição da filosofia moral popular, em outras palavras, do
modo como se pensa a moralidade para a metafísica dos costumes, expõe, primeiramente,
que apenas os seres racionais são os que podem conduzir-se de acordo com a representação
de códigos, em outros termos, através de princípios, que são delegados pela faculdade
existente em nós que busca transformar esses princípios racionais em ações, designada por ele
como vontade; em suma, a vontade é determinada pela intelecto, e já que a racionalidade
detém esse poder, significa que ela é o motor da produção do agir. Sendo desse modo, o que é
objetivamente necessário para a sapiência, a noção de princípios válidos para todos os seres
racionais, da mesma forma o tem de ser para o aspecto subjetivo do indivíduo desprovido de
seus estímulos. Logo, deriva-se uma relação de mandamento, denominada por Kant de
imperativos, que seguem somente uma única imposição: o respeito à legislação interior e que
se dividem em hipotéticos: que observa quais tipos de ações são melhores para se chegar em
uma finalidade, isto significa, dependem do desígnio para se descobrir a melhor condição; e
categóricos, que não consideram outras perspectivas a não ser a ação em si mesma, isto é,
levando em consideração o princípio do qual ela deriva e a necessidade objetiva. Um
imperativo categórico pode conter em si ou na sua ideia a condição necessária para a
realização de alguma decisão, não sendo preciso nenhuma outra prescrição no momento em
que o próprio conceito se mostra como uma necessidade de ato sem fins ulteriores e que tem
em vista uma máxima, que é o princípio pelo qual o sujeito age em conformidade com o
estatuto prático, norma essa que é o princípio objetivo e racional, que deve valer para todos
entes pensantes.

Contudo, já que os regulamentos práticos sempre apontam determinadas ações como


preferíveis e, por conseguinte, a boa vontade leva ao dever, que é a legitimação desses
costume internos, os imperativos categóricos se tornam propósitos das ações.
Diferentemente dos hipotéticos, categóricos não se podem validar através de pressuposições
empíricas, dado que no mundo sensível sempre há a possibilidade de relação com alguma
finalidade, mesmo que não faça parte da atuação do sujeito de forma consciente,
impossibilitando o discernimento das ações em si mesmas; um caso em que isso pode ser
abordado é o fato de que um comerciante não derivar os preços tendo em vista seus níveis de
afetuosidade para com determinados clientes não é um pretexto suficiente para se alegar que
essa conduta tenha origem no encargo de ser honesto(ação por dever), visto que ele pode ter
agido desse modo tendo em vista apenas sua reputação e que, nesse sentido, se torna um
propósito egoísta.

Ademais, há diferenciações com relação ao dever e que são ambos modos de más execuções
do imperativo categórico mediante à máxima, sendo divididos em: "deveres perfeitos e
imperfeitos": o primeiro caso, os que não deixam liberdade de escolha, e o segundo, os que,
em alguma medida, a admitem; subdivididos em "para com os outros" e "para consigo
mesmo": como é o caso dos deveres perfeitos e para com os outros, assim dado pelo autor,
que não se pode, diante da certeza do não cumprimento de uma promessa mesmo assim
aceitá-la por necessidade e benefício momentâneo, já que se esse modo de portar-se fosse
levado como uma máxima universal se tornaria contraditório pelo fato de que todos os
juramentos seriam banalizados, o que resulta numa quebra total da confiança; na hipótese de
uma exemplificação dos deveres perfeitos e para consigo mesmo, a circunstância de alguém
que deseja se suicidar em benefício de si mesmo para não sofrer já de início denota uma
impossibilidade, uma vez que a expansão desse feito não traria a continuidade da espécie, em
outros termos, não pode ser válida em escalas maiores. O segundo, imperfeito e para consigo
mesmo, se dá por meio da preferência de acomodar-se aos prazeres por parte de um homem
que se vê com um grande talento, ao invés do desenvolvimento dessas capacidades e que, ao
questionar-se, encontra a possibilidade da proceder conforme a máxima; no entanto, segundo
Kant, como um ser racional sua natureza deseja a difusão de suas faculdades, o que
desemboca numa outra contradição, dessa vez no âmbito da vontade.

Para Kant, a existência do imperativo categórico só pode ser assentado através de algo que
tenha um valor absoluto porque só deste modo será possível sua universalização, que é o caso
dos entes humanos, que não existem, segundo ele, para serem guiados pelas inclinações,
porquanto elas denotam desejos e valores contingentes ou momentâneos. Logo, devemos
desamarrar-se delas. E já que todo ente racional utiliza, para fundamentar a sua existência, o
princípio de que nossa natureza racional existe por si, ela pode ser considerada ao mesmo
tempo um princípio objetivo, ao qual se emanam todas as diretrizes práticas, e subjetivo já que
todo ser que possui o logos como pensamento serve-se dela como um pretexto existencial.
Todavia, ainda não importam a quem nossas ações sejam direcionadas, pois, se a nós mesmos
ou a outros, todo ser humano têm um valor incondicional e, sendo assim, há uma espécie do
que o autor nomeia de "Reino dos fins" como o resultado da junção dos indivíduos, retirados
todos os conteúdos de seus fins privados, uma união estruturada por essa universalidade que
tem um ponto de partida para julgar todas ações, que possuem a mesma finalidade e que
repartem a compromisso no mesmo grau, uma vez que todos são responsáveis por si mesmos,
aonde a necessidade da moralidade se dá por meio das relações entre eles, amparadas no brio
irrestrito de cada um.
Se devemos querer que nossas máximas sejam válidas como orientações universais da
natureza, devemos, portanto, não admitir exceções a nós mesmos em sua prática, seja por
causa de inclinações ou de ocasiões únicas posto que elas não podem ser universalmente
objetivas e, ao mesmo tempo não possuírem esta forma identicamente na esfera subjetiva. A
conclusão é que todo dever pleno só pode ser expresso através dos imperativos categóricos e
não hipotéticos, dessa maneira todos os fins relativos a algo só podem ser, na medida em que
se constituem como materiais, ou por outra, que possuem relação com sua finalidade,
valorados a partir de seus desejos e que, por esse motivo, não podem servir de princípios
válidos para todas as decisões ou leis práticas.

Objeções à Ética Kantiana:

O fato de tomar as regras morais como absolutas e sem exceções, o que denota um certo
nível de rigorosidade, faz com que deveres como o de não mentir tenham de ser levados ao pé
da letra, mesmo quando em certas situações seja preferível o contrário (e desse modo é
provável que a maioria das pessoas o faria para salvar a vida de determinado ente, mesmo que
esse não tenha vínculo afetivo com os agentes) o que, em suma, pode demonstrar que os
mandamentos da moralidade não podem ser consideradas como plenos. Não importando o
modo como se produz a situação, seja ela causal (quando nos encontramos de modo
contingente naquela conjuntura) ou a ação no geral (quando somos os causadores daquele
cenário); quando o ato diz respeito à (duas) decisões que são moralmente incorretas pela ética
deontológica, como o exemplo dos navegantes holandeses que ocultaram judeus em seus
navios durante a Segunda Guerra Mundial, em que, ao serem questionados sobre o itinerário e
os tripulantes, teriam apenas duas possibilidades: concordar com a captura e morte daqueles
inocentes ou mentir, o que leva a uma inconsistência da teoria deontológica de Kant, já que
ela, ao mesmo tempo que prevê a necessidade de respeito à regra, que nesse caso condiz com
o de não mentir, do mesmo modo não pode deixar de considerar os seres humanos como
tendo um fim em si mesmo e que devem ser tratados com respeito, como considera o
imperativo categórico.

Ainda no âmbito dos conflitos de deveres, o filósofo e sociólogo contemporâneo Jürgen


Habermas indica outra posição, que procura dar uma alternativa às falhas da teoria ética de
Kant. Seu argumento é de que a intenção de portar-se por dever não resulta necessariamente
em consequências morais benéficas ao ato, que vai no sentido oposto de um dos aspectos
fulcrais dessa doutrina que é a "prioridade do justo sobre o bem", que pode desembocar numa
justificação de atrocidades em nome da intenção de se estar agindo corretamente.

Uma outra análise do filósofo parte do ponto de que a utilização da universalidade como
princípio em preferência às determinações morais cotidianas, "devo eu querer que toda ação…
", traz consigo uma falta de referências que possuem resultado prático no sentido mais
corriqueiro da palavra, o que resulta numa inércia do indivíduo a despeito da construção de
seu modo de vida. Esse tipo de discordância tem uma relação com a feita por Hegel pelo fato
de que o mesmo, que é anterior ao Habermas, identicamente pôs em análise o conceito de
liberdade Kantiana, como será abordado posteriormente. Em outros termos, há uma
necessidade de que essa universalização não contenha somente um caráter ético, bem como
dê lugar às considerações dos projetos de vida que cada indivíduo possui. O que propõe
Habermas é, a grosso modo, um consenso discursivo coletivo, de modo que não rejeite a
imprevisibilidade dos fatos sensíveis, que é outro ponto aonde a deontologia atua: uma
separação e ascese do "homo noumenon" (uma realidade das coisas-em-si-mesmas ou
formais) em relação ao "homo phenomenon" (uma irredutível particularidade individual);
nesse raciocínio de unificação levando em conta a vida individual fenomênica, é preciso fazer
com que a máxima diga respeito também o modo como o próprio indivíduo conduz sua vida,
que pode se dar de modo prático quando há uma legitimação normativa de um critério que
prescreve tal união das características e que se funda no acordo das partes fenomênicas
envolvidas.

Uma quarta crítica, feita por autores como Hegel à teoria Kantiana da moralidade é que ela
apenas tem a pretensão de ser uma forma, um molde que se encontra separado do conteúdo
prescritivo, o que não auxilia de modo suficiente a tomada das ações, mesmo levando em
consideração a segunda formulação do imperativo categórico, que está referida à dignidade da
pessoa humana. Similarmente o é a respeito da liberdade, que para o iluminista significava
“autonomia de cumprir o dever”, e que, para o empreendedor do juízo ambos aspectos são
considerados somente como abstrações, já que não possuem efetivação na história, que é
expressa pela maneira como as pessoas desejam e pensam no cotidiano, porquanto indivíduo
e sociedade são ambas faces da mesma moeda, já que é através do etos social (os costumes
normativos da vida de uma comunidade) que o sujeito se entende e é por esse conhecimento
que o social se reforça. De outro modo, a escolha confirma a liberdade da vontade, que se
traduz pela possibilidade de determinação do desejo, já que toda vontade situada num mundo
que é, é uma vontade que se conjuga pelo interesse de algo que a torne factual. Contudo, a
incorporação do interesse garante a expressão do que apetece a cada um; não obstante, tanto
a liberdade quanto a forma do estatuto visto apenas sob o prisma da universalidade não
conseguem ser mais que modelos, e a lei efetivada universaliza os interesses comuns de modo
que não sejam propensas arbitrariedades.

Concluindo, A forma é dependente do conteúdo ou dos interesses comuns e assim do modo


oposto porque uma afirma a outra, dado que não basta a compreensão de que se deve agir,
mas também como, que se encontra nas bases sociais que cada pessoa internaliza e é
justamente o contrário disso que opera Kant, ao separar não somente o sujeito das afecções,
inclusive a forma da concretude.

Além dos autores citados, uma outra resposta a este sistema vem do influente filósofo alemão
Arthur Schopenhauer, que desenvolveu a chamada ética da compaixão. Um modelo que, assim
como o Kantiano tem uma finalidade descritiva e não prescritiva, e que, em simultâneo,
compartilha a concretude das outras propostas apresentadas até aqui, buscando a
compreensão de como ocorre o fenômeno da moralidade e a execução das ações relacionadas
a ele a partir do ponto de vista fático.

Schopenhauer, primeiramente, possuía uma definição de razão como algo essencialmente


conceitual e que tem a finalidade de representações gerais que são fixas em palavras, que por
esse motivo difere o agir racional do ato moral e se opõe ao lugar da racionalidade dentro das
questões morais nos moldes kantianos, que estabeleceu para ela atividades que vão além do
cenário teórico, como a capacidade de concepção de princípios para a ação tomando como
ponto de partida ela mesma, tornando-se também prática. De outro modo, todo
conhecimento empírico e moral teriam a mesma base a priori. Ao refletir o imperativo
categórico, Schopenhauer aponta duas falhas ou falta de rigor etimológico com relação ao
significado de lei nas elaborações do filósofo de Königsberg: a primeira reside no fato de que
não se pode pensar em preceitos independentes de regulamentações humanas, de doutrinas
religiosas ou instituições sociais; a segunda, nos significados de regras que concernem às leis
civis, que dependem do arbítrio humano, e tropológicas, ou seja, da natureza e que, portanto,
há um embaraço quando se tomam diretrizes morais por naturais e toda aquela que
contempla a humanidade tem de ser teológica ou jurídica.

Assim como o nome da teoria, a razão como ponto central dá lugar à compaixão porque, para
o autor, pensar a moralidade é refletir a totalidade factível da perspectiva correta e não como
uma obrigação, é pensar sobre o bem e o mau em uma diferença de atitudes que cada pessoa
pode ter em sua relação com as outras e com o mundo.

Bibliografia:

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