Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COIMBRA
IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
1910
Ao
AUCTOR
Dissertação para o concurso ao
magisterio na Faculdade de
Direito da Universidade de
Coimbra.
INTRODUCÇÃO
*
* *
(i) SR. CINCINNATO DA COSTA, obr. cit., pag. 17; e artigo Vinhos,
no Portugal Agrícola, de fevereiro de 1909, pag. 39 e seg.
XIII
PARTE I
THEORIA DA CONCORRENCIA DESLEAL
CAPITULO I
CAPITULO II
A concorrencia desleal: essenoia e fórmas
CAPITULO III
CAPITULO IV
CAPITULO V
Legislações estrangeiras
17. Os mais recuados vestígios histOricos da propriedade
industrial: As investigações de MAILLARD DE MA-
BAFY, BRAUN e KOHLER. —18. A propriedade in-
dustrial na Edade-Média: o regimen terrorista dos
edictos. — 19. A Revolução FrancÊsa e as suas
consequencias economicas e sociaes. — A physio-
cracia: laissez-faire e... era a plena liberdade de
fraude. — A moderna elaboração legislativa em
França.—20. Allemanba.—21. Austria-Hungria.
— 22. Inglaterra. — 23. Italia. — 24. Belgica. —
Estados-Unidos.—26. Hespanha. — Outros países.
CAPITULO VI
Legislação portuguêsa
CAPITULO VII
Propriedade industrial internacionalista
Pag.
tados de commercio. — 33. O Regimen das Uniões:
os congressos de Vienna (1873) de Paris (1878,
1880 e 1883). — A convenção de 30 de março de
1883: importancia e fins.—34. A conferencia de
Roma de 1886. — 35. A conferencia de Madrid de
1890. Suas resoluções: a) convenio concernente
á repressão das indicações de falsa proveniencia;
b) idem registo internacional de marcas; c) proto-
collo respeitante á dotação da repartição interna
cional da união protectora da propriedade indus
trial. — 30. As conferencias de Bruxellas de 1897
e 1900. Actos addicionaes: resolução concernente
á concorrencia desleal................................................ 139—160
PARTE III
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CAPITULO VIII
Objecto da concorrencia desleal
37. Enumeração legal dos casos de concorrencia desleal. 163-166
§ 1 º Semelhança de
aspecto.
38. Classificação dos casos de concorrencia desleal: as
marcas...................................................................... 167-168
SECÇÃO I
Das marcas de fabrica e de commercio em geral
39. Conceito e objectivo das marcas.—40. Seus caracte-
res fundamentaes. — 41. Collocação das marcas.—
42. Especies de marcas.—43. Propriedade da
marca: systemas declarativo c altributivo.—44. Ca
tegorias do marcas...................................................... 169-197
XIX
SECÇÃO II
Denominações e nomes
Pag.
45. Denominações: conceito e especies. — 46. Nomes.—
47. Homonymia ...................................................... 198-211
SECÇÃO III
Emblemas, envolucros, recipientes, etc.
48. Emblemas, envolucros, recipientes, etc........................... 212-220
SECÇÃO IV
Fórmas do producto
49. Fórmas do produeto ..................................................... 221-223
§2º
Indicações de falsa proveniencia
50. Natureza e fundamento da indicação do logar de
proveniencia. — 51. Alcance de tal designação. —
52. Restricções ao direito de indicação do logar de
proveniencia. —53. Nomes ou denominações gene
ricas. —54. As indicações do logar de proveniencia
e os produetos vinícolas.—55. Poder-se-ha usar,
indifferentemente e com identica protecção legal,
das indicações dos legares de producção ou fabrico
dos produetos vinícolas?............................................. 224-251
§3.°
Usurpação de formulas, modelos e segredos de fabrica
56. Segredos de fabrica. - 57. Formulas e modelos.... 252-258
CAPITULO IX
Procedimento judicial e penalidades
nomie, pag. 22 e seg., (apud SB. DR. MARNOCO E SOUSA, ob. ctí.,
pag. 174 e seg.).
6
(1) Sr. DR. MARNOCO E SOUSA, ob. cit., pag. 177 e seg., e 186 e
seg.; GHINO VALENTI, Principii di Scienza Economica, pag. 224 e
seg.; Loria, La Sintesi Economica, 1909, pag. 1 a 3.
7
(1) SUPINO, ob. ct., pag. 165 e seg.; SR. DR. MARNOCO E
SOUSA, ob. cit., pag. 195 e seg.; GIDE, ob. cit., pag. 147 e seg.
Em nossos dias a concorrencia atravessa uma interessantissima
phase negativa, denominada pelos economistas o suicidio da
concorrencia, visto que tal elemento do dynamismo economico se
11
O instituto da propriedade e
a propriedade industrial
e seg., e 181 e seg., obra onde se contém uma bem deduzida critica
ás tremendas allegações do grande revolucionario; CHARLES GIDE ET
CHARLES RIST, Histoire des doctrines économiques, 1909, pag. 332 e
seg.; M. LAIR, »Proudhon»: père de 1'anarchie, nos Annales des
Sciences Politiques, de 15 de setembro de 1909.
32
(1) SR. DR. GUILHERME MOREIRA, ob. cit., pag. 336-339; GRAS-
SERIE,De la classification scientifique du droit, pag. 12; DERNBURG,
Pandekten, pag. 48; ROGUIN, La Règle du Droit, n.° 119 e seg.;
OLIER, De la distinction des droits réels et des droits personnels, na
Recue critique, 1896, pag. 470 e seg.
(2) Referimo-nos capitalmente á propriedade industrial, attento
que ella, ao menos em algumas de suas modalidades, constituirá
posterior objectivo da nossa analyse.
Sobre a rubrica de propriedade industrial se podem incluir, em
latitudinaria comprehensão, todos os problemas relativos á proprie-
dade emanada de qualquer fonte de acquisição de origem industrial
ou de industria: a propriedade industrial, diz MIRAGLIA por uma
forma vaga e assaz imprecisa, tem sua origem na manufactura,
denominada, em especial sentido, industria (Filosofia del Diritto,
pag. 293}. Nesta ordem de ideias a propriedade industrial abran-
gerá questões do mais lato alcance, como sejam as que dizem res-
47
refuser une protection énergique? Plas que toute nutre elle y a droit.
La violer c'est porter atteinte non seulement à la propriété, mais à
la personnalité de 1'auteur. C'est lai prendre ce qui soavent est
1'oeuvre do sa vie entière, sa propre histoire, avec tout son cortège
de souvenirs, de déboires et d'espérances. L'auteur est tout entier
dans son oeuvre et c'est pour cela que violer 1'une, c'est violer
1'autre. lntérêt moral, intérét matériel, voilà ce que représente pour
son auteur 1'oeuvre de 1'esprit. Osera-t-on dire que l'on en puisse
faire abstraction dans une législation qui protége l'homme dans ses
biens, comine dans sa personne? Est-ce bien le moment de venir
parler de 1'intérét national? Et d'ailleurs celui-ci a-t-il avantage à
ce qu'une impunité scandaleuse couvre et encourage ces actes de
déprédation commis à 1'encontre des inventeurs et des auteurs? N'y
a-t-il pas au contraire un interêt primordial à ce que la loyauté
règne partout? Le commerce comme les arts, ('industrie comme le
niveau intellectuel du pays, ne se ressentent-ils pas de la bonne foi
qui y règne ? Que deviendront-ils si 1'inventeur voit sa découverte
mise au pillage, si 1'auteur voit son oeuvre vilipendée et déslionorée
par des reproductions grossières qui, outre ses intéréts matériels,
lèsent ce qui lui est plus cher encore, sa réputation et sa gloire?
N'aboutira-t-on pas à decourager les uns et les autres, pour le plus
grand dommage de 1'intérét public?
Cesont là, nous semble-t-il, des raisons suffisantes à justifier pour
la contrefaçon la répression pénale, parce qu'elle est la plus éner-
gique do toutes les sanctions. Cf. ALLART, Traité théorique et pra-
tique de la contrefaçon, 1908, pag. 6 e 7.
51
(1) «Tout droit individuel, diz Huc, est limité par le droit égal et
semblable appartenant á autrui». «Non ci sono, observa SORGE-
VADALA, diritti illimitati, perché se la natura umana si porta a
questa concezione indefinita, il potere sociale, che ha il compito di
frenare e di rigolare 1'istinto individuale, deve assicurare la limi-
tazione e la regolamentazione dei diritti privati». «Non si puó con-
cépire, escreve HABTMANN, la proprietá come diritto per ('individuo
assolutamente isolato ed astraendo da qualsiasi societá umana:
quindi il potere individuale deve trovare i suoi limiti negli interessi
prevalenti di cotesta comunitá, e non esiste proprietá assoluta, libera
da ogni riguarto sociale. La proprietá è il piu ampio e intenso dei
diritti reali, ma non é un potere illimitato: essa comporta non solo,
ma esige limiti licitamente tracciati nell' interesse sociale.» (Cf.
SORGE-VADALA, ob. cit., pag. 56-57 reportapdo-se a Huc, Court de
Code Civil, n.°9.; e HARTMANN, Jahrbücher für Dogmatike», XVII,
pag. 124 e seg.).
(2) «La concurrence, sans doute, escreve EECKHOUT, est le droit
de tous. La liberté industrielle ouvre un même champ au
déploiement de toutes les activités, et nul ne peut revendiquer un
domaine exclusif sur ce terrain, oú toutes les forces individuelles
57
«Les droits définis sont ceux qui ont revêtu des li-
mites précises, une physionomie particulière, qui ont
conquis leur autonomie. Tels le droit de propriété, le
droit d'esler en justice, le droit de grève. On les appelle
encore droils détermines, droits posilifs: nous les quali-
fierions volontiers de droils nommés.
« On leur oppose les droits qui, privés d'individua-
lité, n'étant pas parvenus à 1'autonomie, se résument
en une même prérogative, la plus large et la plus
sacrée qui se conçoive: la liberté. Liberté que le droit
de circuler à sa guise; liberlé que le droit de penser
et d'agir. Toutes ces prérogatives sont encore impré-
cises; elles consliluent ce qu'on pourrait appeler des
droits innomés.
«Or, il est uni versellement admis que la liberlé est
susceptible d'abus. Nul esprit sensé ne soutiendra que
la liberté de chacun des membros d'une collectivité
puisse ètre illimilée: fatalement, elle doit être com-
primée par la liberté d'autrui. Notamment, elle ne sau-
rait être utilisée méchamment, dans un but nocif: tout
usage malicieux qui en est fait engage la responsabi-
lilé civile, et parfois pénale du coupable. La jurispru-
dence a bien souvent mis en oeuvre cette idée. Voilà
par exemple un patron qui fait défense à ces ouvriers
de fréquenter tel établissement; en édiclant celle pro-
hibition, il n'use pas d'un droit précis mais il manifeste
sa liberlé: le proprietaire de 1'élablissement visé va-t-il
67
MOVIMENTO HISTORICO-LEGISLATIVO
CAPITULO V
Legislações extrangeiras
(1) BRAUN, ob. cit., pag. 23 e seg. — Este auctor cita entre
outros um livro de commercio de DANTZIG, de 1420, que contém
relação do curso de marcas de numerosos commerciantes de
Hollanda (Amsterdam), Inglaterra e Italia (Genova); e extracta
passagens do livro Systhema jurisprudentiae opificiariae, do jurista
allemão GOTTLIEB. STRUBIUS, que nos dam as mais completas e
curiosas informações sobre aquella recuada phase do regimen das
marcas de fabrica, particularmente pelo que respeita aos precedentes
histericos do direito industrial allemão.
89
(1) POUILLET, ob. cit., pag. 5 e seg.; LACOUR, ob. eit., pag. 10 e
seg.; LUCIEN BRUN, Les marques de fabrique et de commerce, pag. XV
e seg.; DUFOURMANTELLE, Code Manuel de Droit Industriel, Livro
V, Marques de fabrique et de commerce, pag. 59 e seg.
91
(1) Cf. POUILLET, obr. cit., pag. 1039; PATAKY, obr. cit., pag.
329 e seg.; Prop. ind., de 1885, pag. 31, 40, 42, 51 e 59,1890,
pag. 90, 1894, pag. 50, 1896, pag. 141, 1897, pag. 128, 1898,
pag. 51 e 1899, pag. 136.
103
Legislação portuguêsa
(1) «No exercício dos seus direitos, escreve o SR. DR. GUILHERME
116
industrial internacionalista
de 1883); 1890, pag. 45, 55, 63, 77, 87, 97, 109, 121 e 123,
1892, pag. 67, 87 e 106, 1891, pag. 57 (conferencia de Madrid);
1897, pag. 189,1898, pag. 2 e 6, 1899, pag. 46 (conferencias do
Bruxellas).
PARTE III
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
11
CAPITULO VIII
(1) POUILLET, obr. cit., pag. 11 e 12; BRUN, obr. cit., pag. 1 e 2;
DUFOURMANTELLE, obr. cit., pag. 57-59; THALLER, Traité élé-
mentaire de droit commercial, pag. 72; MARAFT, Grand Diction-
172
(1) POUILLET, obr. cit., pag. 14 e seg.; BRUN, obr. cit., pag. 3 e
4; DUFOURMANTELLE, obr. cit., pag. 63; THALLER, obr. cit., pag. 74.
177
(1) BRUN, obr. cit., pag. 4 e seg.; POUILLET, obr. cit., pag. 407 e
seg. Estes auctores contém uma lista das marcas obrigatorias em
França, entre os quaes se incluem a obrigação do seu emprego por
parte dos joalheiros e lavrantes de prata, e da mesma fórma a
obrigação dos editores de pòrem o seu nome e endereço em todas as
obras por elles impressas.
A lei belga dispõe similhantemente, resalvando as marcas espe-
cíaes impostas por motivos de garantia publica, como sejam princi-
palmente as leis aduaneiras e as relativas ao commercio de armas de
fogo (art. 17.°). Identicos preceitos contém as leis hespanhola (art.
29.°) e russa (art. 2.°).
179
(1) POUILLET, obr. cit., pag. 408 e seg.; BRUN, obr. cit., pag. 5;
DUFOURMANTELLE, obr. cit., pag. 63; Pic, Législation industrielle, pag.
491 e seg.; HUARD, artigo inserto na Propriété industrielle, n.° 133;
MARAFY, Grand Didionnaire, artigo sobre Marques obli-gatoires,
pag. 410 e seg.
(2) Quaes são esses objectos e taes regulamentos? A carta de lei
de 27 de julho de 1882, que subordinou á Casa da Moeda o serviço
de garantia e fiscalisação do fabrico e commercio de barras e obras
180
(1) POUILLET, obr. cit., pag. 21 e seg.; BRUN, obr. cit., pag. 7 e
seg.; DUFOURMANTELLE, obr. cit., pag. 64.
185
(1) POUILLET, obr. cit., pag. 16-18; BHUN, obr. cit., pag. 6 e 7;
DUFOURMANTELLE, obr. cit., pag. 64; PATAKY, obr. cit.
186
(1) POUILLET, obr. ctt., pag. 12; RENDU é citado por este auctor.
187
Denominações e nomes
•I
SECÇÃO III Emblemas,
— Fórmas do producto.
proveniencia (1)
(1) Lê-se nos motivos que precedem uma decisão da Cour Su-
prême de 24 de dezembro de 1855: «Il peut arriver, dans certains
cas, que par un long usage et par suite du consentement, soit
exprès, soit tacite, do l'intéressé, le nom du fabricant devieune
comme la seule désignation usuelle et reçue de tel ou tel procédé de
fabrication tombé dans le domaine public; en ce cas, il est permis à
244
(1) Cf. LACOUR, obr. cit,, pag. 28 e seg., e 55; DARRAS, obr. cit.,
n.° 277 e seg.; BLANC, Traitié de la contrefaçon em tom genres,
pag. 709 e seg.; MOREAU, De la répression des fausses indications re-
latives aux lieux de fabrication et de production, pag. 63 e seg.;
VALLÉ, obr. cit., pag. 49 e seg., 51 e seg. e 6 e seg.; IZELIN,
Rapport au Congrès de Vienne sur les indications de provenance,
apud Annales de l'ass. Int. pour la protection de la propriété indus-
trielle, 1897, pag. 267 e seg.; POUILLET, obr. cit., pag. 67 e seg.,
455 e seg. e 475 e seg.; PELLETIER e VIDAL NAQUET, obr. cit., pag.
343 e seg.
§ 3.°
56.—Segredos de fabrica.
57.—Formulas e modelos.
•
254
(1) Cf. PAUL LOUIS, L'ouvrier devant l'État, pag. 7 e seg.; PAUL
Pic, La législation ouvrière, nas Questions pratiques, de 1900, 11,
e Traité élémentaire de législalion industrielle, 1903, pag. 409 e
seg. e 496 e seg.; ALDO CONTENTO, La legislazione operaia, pag. 20 e
seg.; LORIA, Corso completo di Economia Politica, 1910, pag. 352 e
seg.; etc.
17
258
(1) Cf. POUILLET, obr. cit., pag. 730 e seg. e 898 e seg.; ALLART,
obr. cit., pag. 155 e seg.
CAPITULO IX
58. — Competencia.
59. — Processo.
60. — Penalidades.
(1) Cf. SR. DR. DIAS DA SILVA, ob. cit., pag. 499 e seg.; SR. DR.
BARBOSA DE MAGALHÃES, ob. cit., vol. II, pag. 169 e seg.
265