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Carlitos António Mafunga

Relatório da Prática Pedagógica Didáctica de Física I (PPDFI)

Licenciatura em Ensino de Física

Universidade Púnguè

Tete

2021
Carlitos António Mafunga

Relatório da Prática Pedagógica Didáctica de Física I (PPDFI)

O Relatório a ser apresentado no Departamento


das Ciências Naturais e Matemática, no Curso de
Física, na cadeira curricular de PPDFI, como
requisito de avaliação parcial.

Docente: dr. Fernando Santana

Universidade Púnguè

Tete

2021
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1.Introdução

O presente relatório foi desenvolvido no âmbito da actividaes da Didática de Física I em


Licenciatura de Ensino de Física na Universidade Pungue. O relatório tem como objectivo
geral oferecer aos formandos subsídios teórico-práticos sobre as metodologias de ensino da
disciplina de Física no nível escolar e trazer para a reflexão vários aspectos que caracterizam
o processo de ensino-aprendizagem da Física hoje em dia. O relatório apresenta uma visão
geral dos fundamentos básicos da Didáctica específica do curso de Ensino de Física. Portanto,
O Ensino e Aprendizagem da Física: características e práticas vigentes‖, Discutimos
igualmente aspectos que têm a ver com a motivação dos alunos para a aprendizagem, pois
esta constitui um requisito essencial para o interesse e sucesso dos alunos da disciplina,
discute alguns métodos de trabalho das ciências no processo de aquisição de conhecimentos,
enfatizar o papel da experiência e do trabalho experimental no processo de ensino e
aprendizagem da Física. debruça-se sobre as características de uma aula de Física designadas
aqui como ―funções didácticas‖. Por sua vez o relatorio trata do processo de formação de
conceitos e leis na sala de aulas, discutir a questão das concepções alternativas dos alunos,
factor determinante da aprendizagem, as actividades de aprendizagem do aluno, do tipo de
tarefas a serem desenvolvidas em aula e discute a importância da resolução de problemas em
Física, enfatizar o papel dos meios de ensino no processo de ensino-aprendizagem. e
finalizamo o uso dos conhecimentos adquiridos nas unidades Didáctica de Física I Presencial
anteriores, na planificação de uma aula de Física, partindo da planificação de uma unidade
temática. Para além do conteúdo teórico o Relatório oferece um número suficiente de tarefas
com a ajuda das quais o formando ou o futuro Professor pode exercitar as matérias em causa.
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2.História da Cadeira
A Didáctica da Física inicia nos finais da década 60, quando se detectam os primeiros sinais
da crise no ensino da disciplina, particularmente nos países mais desenvolvidos. As
actividades de investigação predominantes na Didáctica da Física resumem-se aos seguintes
aspectos: Estudo da evolução conceptual que passa pela reflexão sobre as ideias dos alunos e
o seu desenvolvimento, fazendo com que se aproximem cada vez mais da matriz conceptual
da Física, tanto no que se refere à qualidade dos conceitos físicos como no concernente à
forma de os utilizar;

-Concepção, teste e aplicação de modelos de intervenção pedagógica, visando o


desenvolvimento de competências cognitivas e metacognitivas;

- Estudo sobre o trabalho experimental, sua importância para a aprendizagem das Ciências
físicas, as formas de as aplicar, organizar em aula e a sua mediação didáctica no contexto da
relação entre as dimensões teórica e experimental da Física;

- Estudos sobre a resolução de problemas e sobre os modelos didácticos para a sua própria
mediação;

- Estudos sobre o pensamento e as práticas dos professores e dos processos por eles mediados
na transposição dos diferentes saberes.

2.1.Descrição da Unipungue

DESCRIÇÃO FÍSICA DA UNIPUNGUE


Referente a este ponto importa abordar sobre a localização geográfica da universidade e
constituição da mesma.Primeiramente esta universidade púnguè, antes da política de
descentralização, era chamada de Universidade Pedagógica, que teve o seu funcionalmente no
ano de 2010, e foi inaugurada no ano de 2013, pelo Ex. presidente da república Armando
Emílio Guebuza. Etmologicamente: o nomeda Universidade, assim como da maioria das
instituições de ensino superior públicas do País, faz referência a um rio,neste caso ao rio
Pungue.

A UniPúnguè descende principalmente do antigo polo da Universidade Pedagógica (UP) em


Manica. Em 2019 os polos de Manica e Tete são afetados com a reforma do ensino superior
promovida pelo governo de Moçambique. A reforma propunha a descentralização da UP, de
maneira que pudesse constituir novos centros universitários autônomos. De tal proposta
surgiu a UniPúnguè, efetivada pelo decreto-lei n° 4/2019, de 15 de fevereiro de 2019,
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aprovado pelo Conselho de Ministros A Extensão de Tete foi criada através da Resolução nº 3
/ CoUP / 2019, de 28 de Maio. Nos termos do estatuído no artigo 27. ° dos Estatutos da
UniPúnguè a Extensão é uma Unidade Orgânica pertencente a Universidade e dirigida por um
diretor, gozam de autonomia pedagógica, científica, administrativa, cultural, disciplinar,
patrimonial e financeira contribuindo para a realização dos objetivos estratégicos da
Universidade Púnguė, competindo-lhes realizar como atribuições da Universidade Púnguè a
nível local através do leccionamento de cursos, desenvolvimento de atividades de pesquisa,
extensão e prestação de serviços à comunidade.

Localização:

A unipungue localiza – se nos Campus Universitário de Cambinde - EN106, Matundo, Cidade


de Tete.

3.Docentes
A unipungue constituida por vários curso, e varios docentes, mas eu irei encachar
principalmente no curso de licenciatura em ensino de fisica.

O curso de fisica e um curso que provem do departamento de ciencias naturais e matematica e


e constituido por seguintes docente:

Inácia Augusto Macapa como directora do curso; Ivan Latinha Naite como director da turma;
Fernando Santana como docente de DFI e PPDFI; Fernando Tembo como docente de E.M, e
Renato Francisco Pinto como docente de F.M e Oceanografia e a exercer funções de chefe do
Registo Académico .

3.1.Importância da Cadeira
-Aprofundar e alargar o conhecimento e capacidades sub aspectos científicos e didático –
metodologicos já adquiridos nas disciplinas da Física , Pedagogia, Psicologia e Didáctica
geral;

-Capacitar estudantes futuro professor na planificação , preparação e na realização autónoma


do processo de ensino aprendizagem, de uma forma cientifica, interessante e ligada a vida
diaria da sociedade ;

-Capacitar o estudade avaliar criticamente os resultados do ensino de Física ;


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-Capacitar o estudantes a lidar com as pré –concepções dos alunos e a considerar estes
sujeitos do seu próprio processo de ensino aprendizagem na base do princípio
construtivismo;

-Capacitar o futuro professor na elaboração e discussao de variantes metodologicas da


realização de ensino e ser capaz de tomar decisões teoricamente fundada;

-Planificar, projectar, realizar e avaliar de forma independente as experiências escolares


fundamentais para as investigações qualitativas e quantitativas dos fenômeno s e leis físicas ,
incluindo a programação dos alunos na experiências;

-Desenvolver a sua iniciativa criadora na procura de soluções simples e locais as


dificukldades no processo de ensino, como por exemplo: aplicação de meio de uso diário
para realização de experiências simples.

4.Relatório das Aulas de DFI


A Didática de Física é Ciência de aprender e ensinar a física. ( Segundo KLAFKI, SCHULZ
e H. MEIER).

4.1.Áreas de Trabalho ou aspectos de Didáctica de Física


1-Aspectos Científicos da Disciplinas

2-Aspectos Filosóficos,

3-Aspectos Técnicos

4-Aspectos Social,

5-Aspectos da Vida quotidiana,

6-Aspectos da Prática Escolar,

7-Aspectos da Interdisciplinaridade,

8-Aspectos Curriculares Construtivistas.

4.1.2.Ligação entre a Didáctica da Física e outras áreas do saber


A Didáctica da Física, como área do saber, estabeleceu desde os primeiros momentos ligações
estreitas com a própria Física e com a Psicologia da Aprendizagem. Actualmente, ela está
relacionada com outras áreas do saber como é o caso da História da Física, das Neurociências,
da Sociologia, da Epistemologia e da Pedagogia. A par disso, estabelece uma relação com a
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prática lectiva em várias dimensões. O seguinte esquema, adaptado de Lopes, 2004, clarifica
as ligações que a Didáctica de Física tem com outras ciências.

A História da Física contribui para a compreensão da evolução conceptual dos indivíduos. A


Epistemologia contribui para esclarecer a natureza dos conceitos físicos e a sua génese. A
Sociologia contribui para esclarecer as influências do contexto social nos ambientes de
aprendizagem da Física, da sua relevância social, etc. Enquanto isso as Neurociências entram
com conhecimentos básicos sobre determinados aspectos da aprendizagem e as suas
condicionantes.

4.1.3. Métodos científicos na aquisição de conhecimentos nas ciências naturais


A aquisição de conhecimentos em Física bem como nas Ciências Naturais em geral obedece
a certos procedimentos que pode-se designar por métodos científicos de aquisição de
conhecimentos.

Os métodos científicos constituem as formas específicas de trabalho das ciências, que tanto
podem ser aplicadas às ciências como ao seu ensino.

Por isso, pretende-se discutir os seguintes métodos de aquisição do conhecimento: o método


de generalização indutiva, o método de conclusão dedutiva, o método experimental, o método
de analogia, o método de modelo e o método analítico-sintético.

4.1.4Método de generalização indutiva


Falar de método de generalização indutiva é o mesmo que dizer método indutivo, que provém
do termo indução.
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A indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,


suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas.

O objectivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o
das premissas nas quais se basearam.

4.1.5.Características do Método Indutivo:


 De premissas que encerram informações acerca de casos ou acontecimentos
observados, passa-se para uma conclusão que contém informações sobre casos ou
acontecimentos ainda não observados;
 Passa-se pelo raciocínio a partir dos indícios percebidos, a uma realidade
desconhecida, por eles revelada;
 O caminho de passagem vai do especial ao mais geral, dos indivíduos às espécies, das
espécies ao género, dos factos às leis ou das leis especiais às leis gerais;
 A extensão dos antecedentes é menor do que a da conclusão, que é generalizada pelo
universalizante ―todo‖, ao passo que os antecedentes enumeram-se apenas ―alguns‖
casos verificados;
 Quando descoberta alguma relação constante entre duas propriedades ou dois
fenómenos, passa-se dessa descoberta à afirmação de uma relação essencial e, em
consequência, universal e necessária, entre essas propriedades e/ou fenómenos.

5.1.Etapas do Método Indutivo:


Consideremos três elementos ou etapas fundamentais para o método de indução:

a) Observação dos fenómenos: - nesta etapa, observamos os factos ou fenómenos e


analisamo-los, com a finalidade de descobrir as causas da sua manifestação;
b) Descoberta da relação entre eles: - na segunda etapa, procuramos, por intermédio da
comparação, aproximar os factos ou fenómenos observados, com a finalidade de
descobrir alguma relação constante existente entre eles;
c) Generalização da relação: - nesta última etapa, generalizamos a relação encontrada
na precedente, entre os fenómenos e factos semelhantes, muitos dos quais ainda não
observados (ou até não observáveis).

Definição do método de generalização indutiva: É um método científico de conhecimento


que tem como objectivo descobrir algo de comum, a partir de várias afirmações individuais
ganhas empiricamente ou teoricamente (decorre do particular para o geral).
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O método de generalização indutiva apresenta as seguintes características:

 A segurança da generalização cresce com o número de afirmações individuais e com a


qualidade destas afirmações;
 A generalização é falsa, caso haja um exemplo contraditório;
 Uma afirmação ganha através da generalização deve ser testada noutras situações.

5.1.2.Método de Conclusão Dedutiva


O Método de Conclusão Dedutiva é um método científico de conhecimento que tem o
objectivo de ganhar novas afirmações com a ajuda de conclusões lógicas e convincentes, a
partir de afirmações seguras (verdadeiras) ou mais ou menos seguras (tomadas como
verdadeiras).

As particularidades que caracterizam este método são:

 O grau de generalidade das afirmações iniciais assim como das novas afirmações
obtidas, não é relevante para uma dedução conclusiva;
 As afirmações ganhas através da conclusão dedutiva necessitam de uma comprovação
experimental caso estas provenham de afirmações apenas tomadas como verdadeiras;
 Na aula de Física a conclusão dedutiva pode ser realizada como uma dedução
matemática, dedução verbal (qualitativa) ou dedução gráfica.

5.1.2.Método Experimental
Definição: É o método científico de conhecimento que tem como objectivo avaliar ou
verificar a veracidade de hipóteses com a ajuda da experiência (Brechel, Gau, Gobel, Kutter e
Seltman 1989).

Uma hipótese é uma suposição fundada feita na tentativa de explicar um dado fenómeno que
ainda não encontra explicação nas leis e condições até ao momento conhecidas. Ela funciona
como resposta e explicação provisória a uma dada questão. Apesar de se tratar de uma
previsão fundada a sua validade carece de testagem experimental.

As hipóteses são afirmações que se caracterizam pelo seguinte:

 Não devem contradizer nenhuma verdade já aceite ou explicada;


 Simplicidade;
 Consistência interna e externa;
 Especificidade (identificar o que deve ser observado);
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 Verificabilidade (ter referência empírica);


 Plausibilidade e clareza;
 Relação com uma teoria;
 Capacidade preditiva e/ou explicativa;

As hipóteses são formuladas na base de observações e experiências pessoais, conhecimentos


já acumulados em aprendizagens anteriores, comparações analógicas com outros
conhecimentos já adquiridos, a cultura geral na qual a ciência se desenvolve Intuição, etc.

O papel da experiência é exactamente verificar a veracidade das hipóteses formuladas na


tentativa de explicar um fenómeno ou uma relação ainda não conhecida.

O método experimental é um método científico comum à maioria das ciências e segue os


seguintes passos:

 Colocação do problema de forma teórica ou experimental por parte do professor;


 Os alunos procuram responder hipoteticamente a partir dos conhecimentos prévios e
raciocínio lógico o problema em causa (formulação de hipóteses);
 A partir das hipóteses formuladas são deduzidas conclusões testáveis
experimentalmente;
 Planificação e realização da experiência com vista a verificação das conclusões
deduzidas;
 Confrontação dos resultados experimentais com as hipóteses formuladas;
 Caso as hipóteses sejam confirmadas experimentalmente segue-se a formulação da
teoria. Em caso de não confirmação das hipóteses faz-se a revisão minuciosa da
experiência ou reformulação das hipóteses.

6.Método de Analogia
Definição: É um método científico de conhecimento que têm como objectivo a aquisição de
conhecimentos através do uso de analogias e de conclusões analógicas (comparação de dois
ou mais objectos, processos, fenómenos ou leis) (Brechel, Gau, Gobel, Kutter e Seltman
1989).

Analogia é a concordância entre dois ou mais objectos, os quais de um modo geral são
diferentes, no que respeita à determinadas características, como por exemplo na estrutura, no
funcionamento, no comportamento, etc.
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Conclusão analógica é um procedimento no qual, a partir da semelhança ou da concordância


entre dois ou vários factos, quanto a determinadas características, relações, estruturas ou
funcionamento já conhecidos, se podem deduzir conclusões sobre semelhança ou
concordância noutras características, relações, estruturas ou funcionamento, ainda não
conhecidos.

6.1. Particularidade do método e analogia:


Os conhecimentos ganhos através de conclusões analógicas carecem de comprovação na
prática, na experiência e na vida diária.

Exemplo 1:

As partículas do gás exercem forças sobre as paredes do recipiente e nas superfícies do


corpo mergulhado nele.

Conclusão analógica: O mesmo devia ser nos líquidos.

Comprovação: Jactos de água devido a pressão quando se fura um tubo de água.

Exemplos de uso de Analogias em Física.

 Analogia entre gases e líquidos


 Analogia entre m.r.u. e m.c.u.
 Analogia entre movimentos de rotação e de translação
 Analogia entre espelhos e lentes ópticas
 Analogia entre correntes de líquidos e corrente eléctrica.

6.1.1.Método do modelo
Definição: É um método científico (de conhecimento) que tem como objectivo a construção
de modelos os quais são usados:

- Como meio de aquisição de novos conhecimentos;

- Para a transmissão de conhecimentos sobre um determinado objecto ou

- Como substituto do funcionamento de um sistema dinâmico.

O modelo é um objecto ideal ou material, que na base da analogia na estrutura, no


funcionamento e no comportamento em relação ao respectivo original, é usado pelo homem
como objecto-substituto para a resolução de determinadas tarefas, as quais através de
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operações directas no original não seriam solúveis ou pelo menos nas condições dadas só
seriam resolvidos com muito esforço.

A analogia e a conclusão analógica constituem a base do método do modelo.

6.1.2. Funções de modelos


1) Modelos são meios para a aquisição de novos conhecimentos. Eles são a base de
muitas teorias.

Exemplo: Com a utilização do modelo ponto material faz-se o estudo das leis dos
movimentos dos corpos.

2) Modelos são meios para a visualização do conhecimento, tendo em vista facilitar a


compreensão do original.

Exemplo: O modelo do motor a diesel é usado para visualizar o funcionamento de um motor


original de combustão.

3) Modelos são meios para avaliação do funcionamento de construções técnicas.

Exemplo: O funcionamento das asas de um avião é testado com ajuda de pequenos modelos
em canais de fortes correntes de ar.

6.1.3.Método analítico - sintético


Definição: É um procedimento didáctico-metodológico que tem como objectivo o tratamento
de novos conhecimentos através da análise e síntese, no qual o processo de reconhecimento
por parte dos alunos parte do particular para o geral (Brechel, Gau, Gobel, Kutter e Seltman,
1989).

A análise e síntese constituem neste processo uma unidade dialéctica. Apesar de encontrar nas
línguas e ciências sociais a sua maior aplicação, o método de análise-síntese pode ser aplicado
em Física particularmente no estudo de objectos físicos e/ou técnicos mais ou menos
complexos.

6.1.4.Fases e exemplo do procedimento no método analítico sintético.


O seguinte quadro mostra as fases e o exemplo de aplicação do método analítico-sintético.

Fases Exemplo
(1) Observar ou examinar o objecto no seu Os alunos observam e descrevem uma
todo (corpo, processo, estado, etc.) máquina fotográfica.
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(2) Fazer a separação do objecto nos seus A máquina fotográfica é repartida nos
elementos (partes, características, seus elementos. Cada elemento é
relações, etc.) observado e identificado. Poderão ser
usados outros materiais ilustrativos (fotos,
modelos, entre outros).
(3) Separação dos elementos essenciais Como essencial vai-se salientar que uma
dos não/ ou menos essenciais. lente convergente ou sistema de lentes
produz uma imagem real, a qual é gravada
num filme sensível à luz. Sobre o filme
não deve incidir nenhuma luz estranha,
por isso o invólucro é importante mas não
é condição para a formação da imagem.

7.O Trabalho Experimental no Ensino de Física


O Trabalho Experimental (TE) é um aspecto chave da Educação Científica desde há mais de
100 anos, quem o afirma é Wellington, (2000), citado por Lopes 2004. Actividade
experimental na sala de aulas nas nossas escolas hoje A experiência mostra que de uma forma
geral o TE é muito pouco usado nas aulas de Física. Porém, nos casos em que ela exista, a
actividade experimental mais frequente é a demonstração experimental feita pelo professor.
Nessa sua utilização o TE tem servido apenas como ilustração ou confirmação de conceitos,
leis e fenómenos apresentados e como se não bastasse, é controlado pelo professor desde a
sua preparação, realização e até a interpretação dos resultados, sem qualquer intervenção por
parte do aluno. Como consequência, o trabalho experimental ilustrativo é frequentemente
dispensável.

7.1.Os factores principais que determinam o pouco peso da actividade experimental na


sala de aulas são:
-Factores ligados a própria actividade experimental. O medo de realizar experiências (falta de
competências experimentais);

- Factores de gestão da actividade experimental. Por exemplo, o receio de por vezes os


resultados esperados não coincidirem com os obtidos na experimentação pode inibir a
realização de TEs. -Factores ligados a avaliação da aprendizagem. O tipo de avaliação
centrado no domínio teórico/ matemático dos conteúdos condiciona fortemente o TE.
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- Factores ligados ao equipamento. A falta de material laboratorial e de laboratórios


condiciona a realização do TE nas escolas.

7.1.2.A Experiência no processo de aquisição de conhecimentos


Definição: A experiência é um procedimento no qual se podem ganhar novos conhecimentos
através de uma acção consciente e sistemática sobre os processos da realidade objectiva e
através de uma análise teórica das condições em que esses processos tomam lugar, assim
como dos resultados dessa acção. (Brechel, Gau, Gobel, Kutter e Seltman 1989).

A experiência constitui o método básico de reconhecimento e é o método das transformações


da realidade objectiva. A essência da experiência consiste no facto de esta ser um analisador
objectivo da realidade. O seguinte esquema ilustra a relação entre a experiência, a realidade
objectiva e o homem.

7.1.3.Características de uma simples observação:


- Observações directas na natureza são possíveis apenas quando os fenómenos estiverem
tomando lugar, o que significa que são dependentes do acontecimento. Por exemplo, para
observar as cores do arco-íres, seria necessário esperar até que este aparecesse no céu;

- Os objectos, fenómenos e processos são observados sem provocar neles qualquer alteração;

- Numa simples observação o sujeito não age manualmente sobre o objecto de observação.

Características da experiência:

- O sistema de experimentação e as suas condições são conscientemente definidos e


escolhidos. O sistema deve ser tal que corresponda ao problema a ser estudado. São:
componentes do sistema:

- o objecto da pesquisa, os materiais de experimentação e os procedimentos de


experimentação; - O sujeito age manualmente e conscientemente sobre o fenómeno em
investigação;

- O objecto de investigação deve ficar isolado de influências externas;

- Permite investigar fenómenos que na natureza não são facilmente observáveis ou que pelo
menos não ocorrem de uma forma regular;

- As condições de experimentação podem ser alteradas (acelerar ou retardar o processo


conforme o que for conveniente ou introduzir variações ao longo da experimentação);
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- Os fenómenos podem ser repetidamente reproduzidos em qualquer tempo e em qualquer


lugar, desde que se mantenham as condições exigidas.

7.1.4funções da experiência na aula de física


A experiência pode assumir na aula de Física as seguintes funções de acordo com o contexto:

1) No âmbito das teorias de conhecimento:

- Fonte directa do conhecimento (Parte integrante da via empírica de aquisição do


conhecimento).

- Critério da verdade (Segurança do conhecimento através da verificação de hipóteses).

- Ligação teoria e prática (Aplicação na prática de conhecimentos já adquiridos).

2) No âmbito didáctico-metodológico:

- Meio de motivação, - Meio de activação,

- Meio de visualização,

- Meio para a simplificação didáctica de fenómenos naturais complexos,

- Meio de descoberta/reconhecimento.

3) No âmbito do desenvolvimento da personalidade:

- Meio para aquisição do saber,

- Meio para o desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades,

- Meio para o desenvolvimento de formas de trabalho colectivo,

- Meio para o desenvolvimento de interesses e amor pela ciência,

- Meio para despertar curiosidades pelo saber e confiança nos conhecimentos adquiridos.

8.Tratamento de Conceitos e Leis Físicas.


As ciências físicas como objecto de conhecimento integram, para além de fenómenos os
conceitos e as relações (leis) entre eles e que regulam o funcionamento da natureza.

Conceitos físicos

- Conteúdo e Extensão. Definição: Conceito é a reflexão mental de uma classe de indivíduos/


objectos/ factos na base das suas características invariáveis (natureza do conceito,
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propriedades, fenómenos que entram na sua especificação, as ferramentas para o seu cálculo,
etc.) (Breche, Gau, Gobel, Kutter e Seltman 1989).

Um conceito constitui uma imagem dos atributos essenciais e comuns duma classe de
objectos da relação em causa. Um conceito é caracterizado pelo seu conteúdo e sua extensão.

a) O conteúdo de um conceito é a imagem mental das características comuns que pertencem a


todos os elementos da classe.

Exemplo: Condutor metálico/ liga metálica, condutor de corrente eléctrica, etc.

b) Extensão é a totalidade (ou conjunto) de todos elementos que são abrangidos por essas
características.

Exemplo: Vários condutores metálicos diferentes e suas ligas-metálicas.

Classes de conceitos físicos

Os conceitos físicos podem ser qualitativos ou quantitativos (grandezas físicas).

a) Conceitos qualitativos são aqueles que não fazem parte das grandezas físicas. São
determinados através de formulações verbais na base de características qualitativas ou por
atribuição de um nome. Exemplo: Oscilação é um fenómeno, no qual grandezas físicas variam
periodicamente com o tempo.

b) Conceitos quantitativos (grandezas físicas) são determinados através de formulações


verbais (grandezas fundamentais) ou através de uma igualdade de definição (grandezas
derivadas), na base das características qualitativas e quantitativas.

1) Exemplo: A temperatura dá-nos o grau de aquecimento ou de arrefecimento de um corpo.

2) Exemplo: A velocidade dá-nos a rapidez com que um corpo se move; v= s/t

8.1.Relação entre conceitos científicos e conceitos comuns


Já se apercebeu da existência de conceitos que ao mesmo tempo são científicos como do
senso comum. Muitas vezes este facto tem constituído um dos principais entraves para o
entendimento dos conceitos científicos por parte do aluno.

- Conceitos existentes como comuns e como científicos com o mesmo conteúdo e reflectidos
através de uma mesma palavra.

Exemplos: Comprimento, Tempo, Sombra, Espelho, Íman, Motor eléctrico, Lupa, etc.
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-Conceitos existentes como comuns e como científicos com conteúdos diferentes e reflectidos
através de uma mesma palavra.

Exemplo: Partícula, Força, Trabalho, Pressão, Calor, Campo, Nadar, etc. Conceitos existentes
apenas como científicos e reflectidos através de palavras estranhas à linguagem comum.

Exemplo: Indução electromagnética, Raios laser, Coesão, Capilaridade, Difusão, Refracção,


Processo adiabático, etc.

9.Níveis de tratamento de grandezas físicas


Nível qualitativo: As características analisadas são apenas descritas verbalmente.

Exemplo: A velocidade dá-nos a rapidez com que um corpo se move. Nível semi-
quantitativo: As características analisadas são comparadas perante diferentes objectos.
Quando necessário poderão ser feitas medições.

Exemplo: Quanto maior for o caminho percorrido no mesmo tempo maior é a velocidade com
que o corpo se move.

Nível quantitativo: As características analisadas são determinadas na base de uma medição


directa ou através de uma igualdade de medição para a qual são medidas as grandezas que
dela fazem parte (torna-se necessário um instrumento de medição e unidades).

Exemplo: A velocidade é determinada directamente através de um velocímetro ou


indirectamente através da medição do espaço percorrido e do tempo gasto a percorrêlo e
posterior determinação do quociente. v = s t = 10m/s.

9.1.Passos no tratamento de conceitos na aula de Física.


1. Observamos e comparamos na natureza e na técnica;

2. Simplificamos/ idealizamos os fenómenos e os processos do ponto de vista da Física e


destacamos as características;

3. Determinamos/ definimos o novo conceito;

4. Investigamos mais exactamente os fenómenos e os processos com ajuda da Matemática


(para as grandezas físicas); Grandezas fundamentais: Medição directa. Grandezas derivadas:
procuramos a igualdade da definição.
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5-Elucidamo-nos sobre o conteúdo da igualdade, assim como sobre o significado da grandeza


física em exemplos simples;

6. Usamos o conceito para descrever, explicar e prognosticar mais fenómenos assim como
para reconhecer novas leis.

9.1.Tratamento de leis físicas


Leis físicas Definição: Uma lei física é uma relação objectiva, verdadeira, existente, de
validade geral, necessária e essencial, entre as características dos objectos, fenómenos e
estados, descritas através de grandezas físicas, a qual satisfaz determinadas condições e
sempre que estas existirem, se caracteriza por ser estável e se poder verificar repetidas vezes.
(Breche, Gau, Gobel, Kutter e Seltman 1989). Por poucas palavras uma lei física é uma
importante relação física, a qual pode-se verificar repetidas vezes nas mesmas condições.
Estas condições chamam-se condições de validade da lei. Exemplos: A lei da reflexão da luz,
a lei de Ohm, a regra de ―ouro‖ da Mecânica.

As leis físicas descrevem factos que tomam lugar na natureza e que são reconhecidos pelo
homem. Estas podem ser descobertas pelo homem através de uma observação directa na
natureza, ou através da experiência ou ainda deduzidas por conclusão lógica, a partir de leis já
conhecidas.

Explicação do conteúdo da definição geral do conceito “lei física”:

-Relação de validade geral significa que para todos os processos de reflexão é válida a lei da
reflexão em qualquer ponto da Terra e em qualquer momento.

- Relação necessária e essencial significa que para todos os processos de reflexão é


característica típica, que αi =αr.

-Relação estável e repetitível: Como a relação é válida para todos os processos de reflexão,
então ela pode sempre ser novamente comprovada. Relação objectiva, verdadeira e existente:
A relação (lei) existe independentemente do homem; ele pode reconhecer e usá-la, mas não a
pode alterar.

10.Níveis de tratamento das leis físicas.


O tratamento das leis físicas obedece a três níveis, o nível qualitativo, semi-quantitativo e
quantitativo, como acontece com o tratamento de grandezas físicas. O seguinte quadro resume
as características de cada nível e exemplifica a formulação da lei e das respectivas condições
de validade.
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Quadro 1: Níveis de tratamento das leis Físicas

10.1.Actividades de aprendizagem na aula da física


A aprendizagem é uma acção dinâmica que se estabelece entre o conhecimento já adquirido e
o novo conhecimento a ser aprendido. Esse dinamismo do acto de aprende reflecte-se não só
no facto de que quando um sujeito aprende, adquire e produz conhecimento mais ou menos
inovador, mas também, no facto de que, nesse processo, o sujeito deve ser inteiramente
activo.

Estrutura essencial das actividades do aluno na aula de Física Definição: A actividade do


aluno é toda a actividade concreta, acções e operações que o aluno deve realizar na sala de
aulas ou sob influência da aula para proporcionar uma assimilação adequada das matérias,
qualidade e um desenvolvimento integral e optimal da sua personalidade. (Breche, Gau,
Gobel, Kutter e Seltman 1989).

As actividade do aluno podem consistir em:

-Operações mentais:

Ex. Analisar, sintetizar, abstrair, concretizar, ordenar, comparar, generalizar, etc.


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-Acções de carácter comunicativo:

Ex. Ler, ouvir, falar, etc.

-Actividades científicas de conhecimento:

Ex. Observar, descrever e explicar fenómenos e processos, justificar afirmações, concluir,


deduzir afirmações e igualdades, prever fenómenos e processos, comprovar afirmações, medir
grandezas físicas, avaliar fenómenos e afirmações, interpretar igualdades, diagramas,
formulações verbais e leis, resolver tarefas e problemas, planificar, realizar e avaliar
experiências.

11.Explicação de algumas actividades de aprendizagem essenciais para a aula de Física


A) Observação

Definição: A actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo perceber os


objectos, processos ou estados conscientemente escolhidos através de uma percepção
objectivamente orientada em relação à sua existência ou às suas transformações. (Breche,
Gau, Gobel, Kutter e Seltman 1989).

Exemplo: Observe a mudança na aparência que experimenta uma varra quando mergulhada
na água.

- Passos na observação:

1. Escolher o objecto de observação;

2. Determinar o objectivo de observação;

3. Determinar os meios de observação;

4. Realizar a observação;

5. Registar os resultados da observação.

B) Descrever

Definição: Actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo apresentar numa
ordem sistemática, fenómenos e factos físicos observados em relação às suas características
externas perceptíveis, com a ajuda de meios mentais e linguísticos. (Breche, Gau, Gobel,
Kutter e Seltman 1989). A descrição dá-nos informações sobre a composição de um objecto
21

ou sobre como um dado processo decorre, mas sem nos dizer por que é que ele decorre assim
e não doutra maneira.

A descrição pode ocorrer em diferentes casos como por exemplo:

- Descrever a montagem de uma experiência;

- Descrever o resultado de uma experiência;

- Descrever um acontecimento;

- Descrever a constituição de um dispositivo técnico.

- Passos na descrição:

1. Escolher as características externas visíveis do objecto ou fenómeno;

2. Definir a ordem/ sequência em que decorrem fenómenos parciais;

3. Formular as afirmações descritivas sobre o facto ou fenómeno, obedecendo à ordem em 2.


Exemplo: Descrev, o que se pode observar quando uma vara é parcialmente mergulhada na
água, ficando outra parte no ar!

Descrição: A vara mergulhada na água parece quebrada na superfície de separação entre o ar e


a água. Quando se retira ou se introduz mais a varra na água o ponto da varra onde esta parece
quebrada, desloca-se ao longo da varra. Fora da água a varra apresenta novamente a sua forma
original.

C)Explicar

Definição: Actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo deduzir os


resultados de uma observação a partir das leis e suas condições de validade, de modelos ou de
afirmações gerais, tendo em conta as condições em que o fenómeno toma lugar. (Breche, Gau,
Gobel, Kutter e Seltman 1989).

Na explicação é fixado claramente, por que é que um dado fenómeno ocorre necessariamente
desta e não doutra maneira e faz-se referência à sua essência. As afirmações usadas para a
explicação podem ser seguras (leis) ou mais ou menos seguras. Quando estas não são seguras
então deve-se formular uma hipótese explicativa baseada em fundamentos científicos.

- Passos na explicação

1. Formular afirmações próprias sobre o fenómeno e indicar as condições de validade;


22

2. Procurar as leis válidas explicativas do fenómeno já conhecidas;

3. Deduzir uma conclusão lógica e convincente baseada nas leis e suas condições de validade.
Exemplo: Explique a aparência de uma vera apresentar-se quebrada quando introduzida
parcialmente na água.

Explicação: A luz, ao passar da água para o ar, é refractada desviandose da normal (lei da
refracção). Observando-se a vara obliquamente a partir do ar (condição), então a vara parece
quebrada devido à acção da lei da refracção e porque os objectos são vistos (aparentemente)
na direcção em que a luz incide nos nossos olhos. O que se vê dentro da água (na condição
anterior), é uma imagem virtual da vara e não a própria vara.

D) Justificar

Definição: Actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo apresentar razões
em forma de observações, experiências, reconhecimentos, leis, modelos, assim como normas,
interesses, necessidades etc. em relação às afirmações teóricas ou comportamentos humanos
que podem ser verdadeiros (credíveis) ou falsos (não credíveis). (Breche, Gau, Gobel, Kutter
e Seltman 1989).

A justificação possui um carácter objectivo na conclusão sobre a validade e a verdade das


afirmações, com a ajuda da observação, das leis e dos modelos.

A justificação possui um carácter subjectivo na conclusão sobre a credibilidade de opiniões,


comportamentos, com ajuda de normas, interesses, etc.

- Passos na justificação

1. Reconhecer as características principais do fenómeno;

2. Escolher os argumentos com um certo fundamento;

3. Estruturar os argumentos apropriados de acordo com leis.

Exemplo: Justifique a colocação e o uso de cintos de segurança nos autocarros.

12.Diferenças entre explicar e justificar


- A explicação debruça-se sempre sobre factos objectivamente existentes (fenómenos,
processos, estados, etc.) enquanto a justificação refere-se sempre à afirmações.

- A explicação possui sempre um carácter objectivo enquanto a justificação pode ser tanto
objectiva como subjectiva.
23

E) Prever

Definição: Aceitação cientificamente fundamentada sobre factos reais e possíveis do passado,


do presente ou do futuro até então não objectivamente conhecidos, a qual se toma como
conclusão lógica a partir de afirmações seguras ou tomadas como seguras. (Breche, Gau,
Gobel, Kutter e Seltman 1989).

Ex. Prevê a partir da lei da refracção na passagem do ar para a água e da reciprocidade do


trajecto da luz, o comportamento da luz ao passar da água para o ar.

F) Comprovar

Definição: Actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo comprovar


(avaliar) a validade das afirmações, na qual a partir das afirmações a comprovar, são
deduzidas conclusões, que podem ser comprovadas na prática, através da observação directa
ou indirecta da experiência ou da vivência do dia-a-dia e que da sua validade se pode concluir
sobre a validade das afirmações por comprovar. (Breche, Gau, Gobel, Kutter e Seltman 1989).

Ex. Comprove a afirmação que ―o índice de refracção da luz depende da sua cor‖.
Comprovação/ Conclusão: Se a afirmação for correcta, então isso tem que ter influência na
formação de imagens nas lentes.

Avaliação experimental: Numa experiência, ilumina-se um slide preto e branco inicialmente


com luz azul e depois com luz vermelha. A imagem da figura no slide é obtida numa tela.
Uma imagem nítida nos dois casos só se consegue obter em distâncias diferentes entre a tela e
a lente. Isto significa que o índice de refracção depende da cor da luz.

G) Interpretar

Definição: Actividade científica de aprendizagem que tem como objectivo ordenar a


importância das igualdades, das representações gráficas (diagramas) ou de afirmações verbais
(leis formuladas verbalmente), em relação à natureza. (Breche, Gau, Gobel, Kutter e Seltman
1989).

- Passos na interpretação

Diagramas:

1. determinar as grandezas físicas que estão nos eixos;


24

2. definir as condições sob as quais a relação é válida. Equações: 1. determinar as grandezas


físicas que estão na equação;

3. definir as condições sob as quais a equação é válida.

Diagramas/ equações:

1. indicar a relação que existe entre as grandezas físicas;

2. identificar exemplos.

Ex. Interprete a igualdade W= F.s Interpretação: A igualdade representa a definição do


trabalho mecânico. Ela é válida quando F é constante e actua na direcção do movimento.

Os símbolos significam: W... trabalho mecânico, F... força aplicada e s... deslocamento
sofrido.

O trabalho mecânico é tanto maior quanto maior for a força e o deslocamento. A igualdade
pode ser aplicada para o cálculo do trabalho de levantamento de um corpo. Estas actividades e
todas as outras não exemplificadas, jogam um papel muito importante no processo de ensino e
aprendizagem, pois para além de permitirem maior participação activa dos sujeitos da
aprendizagem, sua interacção com o objecto de estudo, constituem acções concretas no
processo de formação e aquisição do novo conhecimento científico.

13.Concepções Alternativas e as Dificuldades de Aprendizagem em Física


O significado do conceito “concepções alternativas

A literatura deixa-nos conhecer variadas formas de definir as concepções alternativas, assim


diferentes termos como ―pré-concepções‖, ―concepções prévias‖, ―concepções erradas‖,
―concepções intuitivas‖, são usados pelos diversos autores para se referirem a mesma coisa.
Algumas das definições de concepções alternativas, são as que se apresentam em seguida.

“Concepções alternativas são concepções construídas pelos indivíduos que, sendo que não
consistindo em erros fortuitos, não coincidem com as aceites pela comunidade científica, mas
fazem sentido e são úteis para aqueles que as possuem, visto a sua adequação a realização e
resolução das tarefas de cidadão comum‖;

“Concepções alternativas são as ideias sobre o mundo (fenómenos, processos, objectos,


conceitos e leis da natureza) que o indivíduo adquire antes da aprendizagem na escola, através
da comunicação, da vivência do dia-a-dia, ou da leitura de livros populares‖; ―Concepções
alternativas são ideias coerentes, resistentes a mudanças que interferem na aprendizagem‖.
25

As concepções alternativas têm como origem o intercâmbio que as crianças experimentam


no dia-a-dia com o mundo que lhes rodeia, através da observação directa, da comunicação
com outras pessoas, da língua, da tentativa de explicação empírica do mundo por parte dos
mais adultos por vezes não escolarizados, da leitura de livros populares, etc.

14.Características gerais das Concepções Alternativas


Estudos já efectuados sobre as concepções alternativas dos alunos revelam segundo Lopes
(2004) que estas:

- São construções pessoais resultantes de interacções com o meio que evidenciam


características sobre a forma como os homens constroem o conhecimento;

- São estruturadas progressivamente, as concepções ganham um estatuto geral e complexo e


correspondem, em certo sentido, a sistemas representativos;

- São esquemas internos, sensatos e úteis para as pessoas que os utilizam;

- São resistentes à mudança, persistem ao ensino formal.

-São estáveis ao longo do tempo. Os métodos tradicionais de ensino não alteram esta
concepções;

-São, no entanto, esquemas pouco consistentes.

Os alunos não se apercebem que as suas ideias podem ser contraditórias.

14.1.Exemplos de temáticas da Física em que residem concepções alternativas dos alunos.

Existem muitos estudos sobre conceitos da Física.

Os tópicos mais importantes são os que passamos em seguida a apresentar.

O conhecimento das concepções alternativas permitem orientar o professor a centrar os seus


esforços para aqueles aspectos dos conceitos em que é necessário trabalhar. A título de
exemplo apresentamos algumas dessas temáticas :

1. Constituição da matéria - conceito de matéria e substância; - conceito de partícula e de


modelo de partícula.

2. Fenómenos ópticos - carácter da luz e sua propagação; - processo de visão dos corpos;

- formação de sombras; - difusão e reflexão da luz ;


26

- formação de imagens nos espelhos, nas lentes e na câmara escura ; - formação das cores.

14.2.Concepções Alternativas e o ensino da Física


Está claro que o ensino formal estruturado e rigoroso não é suficiente para que os alunos
aprendam de facto os conceitos físicos e os utilizem correctamente. É necessário que o ensino
de Física mobilize todo o tipo de saberes de que os alunos são portadores para que a
aprendizagem de Física seja mais efectiva na sala de aulas. Lopes (2004), fazendo menção a
Weil-Barais (1995), afirma que existem essencialmente três maneiras de tomar em
consideração as concepções dos alunos: a erradicação, a confrontação e a evolução.

. A construção/ apropriação dos conceitos científicos é feita de forma a que se tenha presente
a ligação entre os diferentes conceitos, cada vez mais profundamente. O professor deve
conhecer as concepções alternativas dos seus alunos. Deve ser um trabalho sistemático
durante o decurso de todo o ensino. Não tem necessariamente que ser através de testes
formais. Através da colocação de questões ou problemas ou de outras actividades que tenham
a ver com uma situação física, o professor pode detectar a concepções alternativas nas
respostas e na resolução dos problemas pelos alunos.

- Isto só é possível se o professor conseguir conquistar nas suas turmas um clima em que os
alunos sem receio das represálias, más notas e ironia, possam apresentar as suas ideias. As
ideias e formas de pensar dos alunos devem merecer o respeito do professor e dos outros
alunos, isto é, elas devem ser tidas em conta, mas carecem de transformação, evolução e/ou
precisão.

- Por outro lado, é mais relevante identificar e caracterizar a forma de raciocinar dos alunos do
que apenas as concepções para um determinado conceito. É ainda mais importante identificar
e caracterizar as relações que os alunos estabelecem entre os conceitos e monitorar a evolução
destes de forma a que se aproximem das relações científicas. - Quando for a vez de introduzir
um conceito físico, devem-se juntar as diferentes concepções alternativas dos alunos, analisá-
las e confrontá-las umas com as outras. Deve-se investigar qual é o seu potencial de
explicação, a sua extensão, onde residem as suas contradições à lógica e que experiências são
possíveis e adequadas para a sua comprovação; - Através de experiências convincentes sobre
os fenómenos físicos, mostrar a limitação das concepções alternativas dos alunos e abrir
caminho para as concepções físicas. Aprender através da memorização é um caminhado
errado.
27

- O papel das concepções alternativas, seu significado, sua génese e processo de sua
transformação em concepções físicas deve ser realizado de modo exemplar. O objectivo da
aula não deverá ser necessariamente eliminar as concepções alternativas dos alunos ou
substituí-los radicalmente pelas concepções físicas.

- Fazer um controlo contínuo da formação de conceitos e da aprendizagem das regras através


da resolução de novo tipo de tarefas; - Combinar tarefas de reprodução com tarefas com um
certo grau de dificuldade.

15.Resolução de Problemas em Física


As crenças dos professores e alunos sobre a resolução de problemas.

• Crenças relativamente ao significado de exercício/problema:

- Tem de ter uma solução;

- Só pode ser apresentado e resolvido depois da matéria dada;

- O enunciado deve ter todos os dados necessários, a questão bem formulada, as restrições
assumidas, os modelos das situações físicas explicitadas;

- A sua resolução implica mobilizar um conjunto restrito de conhecimentos e/ou manipular


um conjunto de fórmulas para obter um resultado numérico;

• Crenças relativamente à resolução de exercícios/problemas no ensino da Física:

- Não é possível ensinar ou aprender a resolver exercícios/problemas;

- A compreensão dum problema pelos alunos é assegurada, desde que a sua resolução tenha
sido feita, mesmo pelo professor;

- Uma vez resolvido um problema, a sua solução, desde que esteja certa, não precisa de
avaliação, nem de discussão;

15.1.Diferença entre exercício e problema e suas funções educativas.


A palavra ―problema‖ pode referir-se a questões, perguntas, dificuldades, algo sem resolução
ou que causa enorme transtorno. Na prática escolar, o termo problema é muitas vezes
utilizado como sinónimo de exercício. Mas o que distingue um problema de um exercício?
Qual é o papel educacional dos exercícios e dos problemas? Para distinguirmos os dois
conceitos analisemos os seguintes casos: Enunciado de um problema Num jogo de futebol,
um atleta bate uma falta comunicando à bola uma velocidade inicial vo que forma um ângulo
28

de 45° com o plano do chão. A bola, após um tempo de voo de 2,0 s, bate na parte superior da
trave que está a uma altura de 2,0 m do chão. Qual é a altura máxima atingida pela bola.
Enunciado de um exercício Didáctica de Física I Ensino à Distância 149 Uma locomotiva de
1000 kg desenvolve uma força motora de 800 N. Ela tem atrelado um vagão de 100 kg. (Não
considere a massa do cabo de ligação). O conjunto desloca-se em carris rectilíneos e
horizontais.

a) Qual a aceleração do conjunto?

b) Supondo que o cabo de ligação se quebra, que aceleração tem cada parte em separado? Os
dois casos podem ser diferenciados através dos seguintes aspectos:

• O tipo e quantidade de informação fornecida;

• O tipo de situação física e seu contexto;

• Modelização da situação física;

• Grau de orientação de resolução;

• Conhecimento prévio de um algoritmo.

15.2.Resolução de problemas

15.3.Tipos de tarefas de acordo com as actividades mentais e práticas essenciais exigidas


ao aluno na resolução
-Tarefas de cálculo matemático

Ex. Qual é o comprimento de um arame de cobre que à temperatura ambiente (25o C) tem um
comprimento de 72 m, ao se elevar a sua temperatura à 45o C? 2.2. Tarefas de carácter
gráfico.
29

Ex. Próximo de uma lente convergente com a distância focal f= 3 cm está colocado um
objecto de 2 cm de altura. Desenhe a imagem que se forma.

- Tarefas experimentais

Ex. Determine experimentalmente a resistência (fria) de uma lâmpada incandescente.

-Tarefas de observação.

Ex. Introduza um funil invertido numa banheira com água mantendo o orifício fechado. Abra
o orifício. Descreva a sua observação. Explique o fenómeno observado.

Tarefas qualitativas de reflexão .

Ex. Por que é que um cinto de segurança com uma certa folga num automóvel não oferece
muita segurança?

Tipos de tarefas de acordo com o método de resolução

-Tarefas de resolução algorítmica.

Ex. Um corpo esférico de 32 m de diâmetro e uma massa de 4800 t encontra-se sobre uma
torre de betão à 200 m de altura. Qual é a sua energia potencial em relação ao chão? 3.2.
Tarefas sem resolução algorítmica (Problema).

Ex. Sabe-se que o pescador tradicional à flecha na Austrália nunca aponta o peixe na posição
em que o vê, mas sim um pouco mais para abaixo. Dê uma explicação para este facto com
base nos seus conhecimentos da Física.

- Tipos de tarefas de acordo com o nível de exigências na resolução

Tarefas de respostas abertas

Ex. Explique com exemplos na natureza e na técnica, que através da pressão de um gás se
podem exercer forças.

- Tarefas de escolha múltipla

Ex. Dois corpos pontiformes com massas m1 e m2 encontram-se em interacção. Como se


altera a força gravitacional se a distância r entres eles for dobrada e a massa m2 for reduzida
para metade? a) será 8 vezes maior b) será 1/4 c) será 1/8 d) será metade.

-Tarefas de selecção
30

Ex. Qual dos seguintes materiais são necessários para a montagem de um circuito eléctrico
simples: a) cabos de ligação b) Interruptor c) condensador d) lâmpada incandescente e)
relógio digital f) fonte de tensão g) bico de búsen h) bobina.

16.O Papel dos Meios de Ensino na Aula de Física


O que são meios de ensino?

Definição: Meios de ensino são objectos-materiais e pedagógicos que constituem condição


necessária para o alcance dos objectivos instrucionais e educacionais definidos e realizados
pelo professor, os quais são integrados por ele ou pelo aluno no processo pedagógico,
juntamente com outros meios disponíveis para o mesmo fim (métodos, formas de
organização, linguagem, mímica, gestos e outros). (Breche, Gau, Gobel, Kutter e Seltman
1989).

Os meios de ensino servem para aproximar o professor dos alunos e estes dos objectivos da
aprendizagem.

17.Função didáctico-metodológica dos meios de ensino


Os meios de ensino não só servem para a tratamento de informação (conhecimentos) de
acordo com os níveis impostos pela realidade social, mas também para:

- Motivação e estímulo para a aprendizagem;


31

- Visualização dos fenómenos, factos, objectos e processos;

- Estabelecer ligações entre a teoria e a prática ou entre os conteúdos científicos e aspectos do


dia a dia;

- Impulsionar o processo de aprendizagem:

-. Desenvolvimento das capacidades e habilidades;

- Consolidação dos conhecimentos e capacidades;

. Racionalização do tempo e da actividade do professor;

16.1.Planificação da Unidade Temática e de uma aula de Física


Planificação da Unidade Temática Planificar é fazer um plano. O que é um plano? O plano é
um instrumento para sistematizar a acção concreta que um indivíduo se preconiza a realizar
para atingir determinados objectivos.

Para quê planificar uma aula?

Segundo Fouloquié (1971), planificar é estabelecer um programa que fixa, juntamente com o
objectivo a atingir num futuro determinado, os meios dos quais se espera que permitam
realizálo, verificando-se as condições da prospectiva. Um professor que pensa seriamente e
com responsabilidade nas acções que pretende realizar em aula, planifica com seriedade e
consciência, essas mesmas acções. A planificação consiste na previsão dos conhecimentos e
conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula, na definição dos objectivos mais
importantes, assim como na selecção dos melhores procedimentos e técnicas de ensino, como
também, dos meios materiais que serão usados para um melhor ensino e aprendizagem.

A planificação da unidade temática é em si muito importante pelo seguinte: permite uma


subdivisão preliminar e adequada da matéria; auxilia a determinação de cada aula a ser
realizada; facilita a preparação metodológica e organizacional das aulas; assegura a ligação
com as aulas de outras unidades temáticas e de outras disciplinas.
A planificação de uma unidade deve essencialmente obedecer à relação de unidade entre os
seguintes elementos:
32

A definição dos objectivos é decisiva para a selecção dos conteúdos e estes por sua vez
influenciam a concretização dos objectivos.

17.1.2.Planificação dos conteúdos


Seleccionar os conteúdos a serem tratados para a realização dos objectivos da unidade
temática; Objectivos Conteúdos Métodologia ; Preparar o melhor possível, os conhecimentos
básicos das matérias a abordar e as experiências a realizar (demonstrar), com ajuda do
programa de ensino, do livro escolar e de outra literatura.

17.1.4.Escolha adequada dos métodos, planificação e organização da realização


metodológica
Deve-se sempre ter em referência os objectivos e os conteúdos da unidade temática:
determinar claramente o carácter de cada aula; escolher as actividades essenciais do aluno;
definir as formas de socialização; escolher os meios de ensino necessários e mais adequados.

Materiais importantes para a planificação da unidade temática:

Programa de ensino; Normas de avaliação (caso existentes); Livro escolar do aluno;


Manual do professor; Manual de exercícios de aplicação.

18.Planificação de uma aula de Física

18.1. Passos na planificação de uma aula


Concretização dos objectivos de acordo com o decorrer e os resultados da aula anterior

avaliar se os alunos atingiram os objectivos da aula anterior; decidir se há necessidade de


alteração dos objectivos no plano da unidade temática; subdividir os objectivos em
objectivos cognitivos, psicomotores e afectivos.

Os objectivos gerais da unidade temática encontram-se definidos nos programas de ensino de


cada disciplina e é a partir destes que o professor redefine de forma detalhada, os objectivos
específicos de cada aula a ser leccionada, depois de assegurar que os objectivos da aula
anterior foram alcançados. Geralmente, os objectivos são subdivididos em objectivos do
sector cognitivo, objectivos do sector psicomotor e objectivos do sector afectivo.

19. Metodologia e organização


Definir claramente, de acordo com os objectivos e as condições da turma, as actividades dos
alunos (actividades de aprendizagem) e o nível do seu cumprimento; definir as formas de
socialização e as actividades do professor na aula; escolher uma estrutura da aula que
33

corresponda à sua função, dentro do processo de ensino-aprendizagem e à um processo


lógico; determinar outros métodos e formas de organização auxiliares a aplicar; planificar a
aplicação individual dos meios de ensino (ex. como usar o quadro, o livro do aluno, etc.)
planificar e ensaiar as experiências do aluno e do professor a serem realizadas na aula;
planificar o tempo de cada actividade concreta.

19.1.Características de alguns meios de ensino essenciais


-Livro do aluno O livro do aluno constitui o meio editorial mais importante para o aluno, no
processo de ensino-aprendizagem.

O livro do aluno contém o conteúdo fundamental do curso de Física que corresponde ao


programa da disciplina numa determinada classe. Ele serve de fonte dos conhecimentos e de
meio de consulta para o aluno na consolidação dos seus conhecimentos e capacidades.

19.1.2.Funções do livro do aluno


- apresenta a matéria de uma classe de uma forma relativamente abrangente, obedecendo à
sistemática, aos níveis e aspectos didáctico-metodológicos do programa de ensino;

- serve para o aluno como meio de trabalho;

- serve para o professor como meio de interpretação do programa de ensino;

- é aplicável em todas as funções didácticas;

19.1.3.Crítica da Cadeira
Em primeiro lugar agradecer e lovar a compreensão do docente desta cadeira pela paciência e
por aceitar caminhar connosco até esta presente data, tendo enconta a paciência de lidando
connosco pela primeira vez nesta cadeira metodologica ou de psicopedagogica. E dizer que, o
plano analitico dado pelo docente observou - se que os conteúdos que consta la são muito e
tempo planificado foi menor para o cumprimento delas, e por sua vez, A cadeira em de grande
ou de extremamente importância devido por ser de metodologia que capacita ao futuro
professor no seu processo de ensino aprendizagem. como estudantes enfrentamos muitos
insuficiência no fornecimento de material da mesma.

20.Opiniões
Durante as actividades desenvolvidasneste relatório, foi se verificar vários aspectos no
ensino, onde ―E muito importante que o docente facilite o material necessario desta
cadeira no caso de modulos.
34

Estou de opinião que nas próxima ocasiões, isto é, antes do inicio destas actividades, o
docente, tem de entrar em contacto co a direcção da Unipungue, para que os mesmos
possam facilitar na recolha de dados para a realização do mesmo.
20.1.Fotos

Bloco que são ministrados aulas de história

Bloco que contem o gabinete do EaD


35

Bloco que conte a biblioteca

Bloco que contem o laboratório de Biologia


36

21.Referências Bibliográficas

Empossados reitores e vices de cinco novas universidades em Moçambique. Jornal Verdade.


29 de março de 2019.

Decreto nº 4/2019. Maputo: Boletim da República – III Série — Número 30. Quarta-feira, 15
de fevereiro de 2019.

Governo extingue UP e cria cinco novas Universidades. O País. 29 de janeiro de 2019.

Governo moçambicano reestrutura Universidade Pedagógica. Diário de Notícias. 29 de


janeiro de 2019.

LOPES, J. B., Aprender e Ensinar Física – Textos Universitários de Ci6encias Sociais e


Humanas, Fundação Caouste Gulbenkian, Braga 2004; o KIRSCHER, E., GIRWIDZ, R.,
HÄUßLER, P., Physikdidaktik Eine Einfürung in Theorie und Praxis, Vieweg,
37

22.Resumo
O presente relatório tem como objectivo: dar informação sobre as actividades desenvolvidas
nos trabalhos do campo e emitir ideia em volta da observação Pedagógica da Unipungue
referente ao Primeiro semestre de dois mil e Vinte , um. No desenvolvimento deste relatório,
e obtenção de recolha de dados, recorreu-se a observação direita, análise, estudo e interacção
com a direcção da Unipungue. Neste relatório baseou-se no método descritivo, onde pude
observar, para traduzir em texto escrito, através da observação direita, indirecta, recolha de
dados, observação de documentos desta instituição e sua análise,. Para isso, o método
descritivo, vai descrever os factos, a analisar e a interagir. Abordei a qualidade e a quantidade
do que pude observar. O estudo permitiu identificar a problemática de um lado, e do outro as
causas das dificuldades encaradas por estudantes no comprimento das actividades e que
melhorando pode minimizar a eficácia e a eficiência do trabalho educacional. O relatório
apresenta uma visão geral dos fundamentos básicos da Didáctica específica do curso de
Ensino de Física, tendo como objectivo geral oferecer aos formandos subsídios teórico-
práticos sobre as metodologias de ensino da disciplina de Física no nível escolar e trazer para
a reflexão vários aspectos que caracterizam o processo de ensino-aprendizagem da Física hoje
em dia. Por sua vez o relatorio trata do processo de formação de conceitos e leis na sala de
aulas, discutir a questão das concepções alternativas dos alunos, factor determinante da
aprendizagem, as actividades de aprendizagem do aluno, do tipo de tarefas a serem
desenvolvidas em aula e discute a importância da resolução de problemas em Física, enfatizar
o papel dos meios de ensino no processo de ensino-aprendizagem.
38

Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 3

2.História da Cadeira ................................................................................................................. 4

2.1.Descrição da Unipungue ....................................................................................................... 4

Descrição física da unipungue .................................................................................................... 4

3.Docentes .................................................................................................................................. 5

3.1.Importância da Cadeira........................................................................................................ 5

4.Relatório das Aulas de DFI .................................................................................................... 6

4.1.Áreas de Trabalho ou aspectos de Didática de Física ......................................................... 6

4.1.2.Ligação entre a Didáctica da Física e outras áreas do saber .............................................. 6

4.1.3. Métodos científicos na aquisição de conhecimentos nas ciências naturais ...................... 7

4.1.4Método de generalização indutiva ...................................................................................... 7

4.1.5.Características do Método Indutivo: ................................................................................. 8

5.1.Etapas do Método Indutivo: ................................................................................................. 8

5.1.2.Método de Conclusão Dedutiva ........................................................................................ 9

5.1.2.Método Experimental ........................................................................................................ 9

6.Método de Analogia .............................................................................................................. 10

6.1. Particularidade do método e analogia:............................................................................... 11

6.1.1.Método do modelo ........................................................................................................... 11

6.1.2. Funções de modelos ....................................................................................................... 12

6.1.3.Método analítico - sintético ............................................................................................. 12

6.1.4.Fases e exemplo do procedimento no método analítico sintético. .................................. 12

7.O Trabalho Experimental no Ensino de Física ...................................................................... 13

7.1.Os factores principais que determinam o pouco peso da actividade experimental na sala de
aulas são: .................................................................................................................................. 13

7.1.2.A Experiência no processo de aquisição de conhecimentos............................................ 14

7.1.3.Características de uma simples observação: .................................................................... 14

7.1.4funções da experiência na aula de física ........................................................................... 15


39

8.Tratamento de Conceitos e Leis Físicas. ............................................................................... 15

8.1.Relação entre conceitos científicos e conceitos comuns .................................................... 16

9.Níveis de tratamento de grandezas físicas ............................................................................. 17

9.1.Passos no tratamento de conceitos na aula de Física. ......................................................... 17

9.1.Tratamento de leis físicas ................................................................................................... 18

10.Níveis de tratamento das leis físicas. ................................................................................... 18

10.1.Actividades de aprendizagem na aula da física ................................................................ 19

11.Explicação de algumas actividades de aprendizagem essenciais para a aula de Física ...... 20

12.Diferenças entre explicar e justificar ................................................................................... 22

13.Concepções Alternativas e as Dificuldades de Aprendizagem em Física ........................... 24

14.Características gerais das Concepções Alternativas ............................................................ 25

14.1.Exemplos de temáticas da Física em que residem concepções alternativas dos alunos. .. 25

14.2.Concepções Alternativas e o ensino da Física .................................................................. 26

15.Resolução de Problemas em Física ..................................................................................... 27

15.1.Diferença entre exercício e problema e suas funções educativas. .................................... 27

15.2.Resolução de problemas ................................................................................................... 28

15.3.Tipos de tarefas de acordo com as actividades mentais e práticas essenciais exigidas ao


aluno na resolução .................................................................................................................... 28

16.O Papel dos Meios de Ensino na Aula de Física ................................................................. 30

17.Função didáctico-metodológica dos meios de ensino ......................................................... 30

16.1.Planificação da Unidade Temática e de uma aula de Física ............................................. 31

17.1.2.Planificação dos conteúdos............................................................................................ 32

17.1.4.Escolha adequada dos métodos, planificação e organização da realização metodológica


.................................................................................................................................................. 32

18.Planificação de uma aula de Física ...................................................................................... 32

18.1. Passos na planificação de uma aula ................................................................................. 32

19. Metodologia e organização ................................................................................................. 32

19.1.Características de alguns meios de ensino essenciais ....................................................... 33


40

19.1.2.Funções do livro do aluno ............................................................................................. 33

19.1.3.Crítica da Cadeira ......................................................................................................... 33

20.Opiniões ............................................................................................................................... 33

20.1.Fotos ................................................................................................................................. 34

21.Referências Bibliográficas ................................................................................................... 36

22.Resumo ................................................................................................................................ 37

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