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na Amazônia
Radiografia Textual / Imagética
MANGUEL, Alberto. Joan Mitchell: a imagem como ausência. In Lendo imagens: uma
história do amor e ódio, (pp. 35-55. Tradução Rubens Figueiredo, Rosaura Eichemberg
e Cláudia Strauch. São Paulo. Cia. Das Letras, 2001.
O autor:
Alberto Manguel (1948 - ), argentino e
naturalizado cidadão canadense. É escritor,
tradutor, ensaísta e editor. É autor de vários
livros de não-ficção e análise literária, a
maioria deles em inglês. Por mais de 20
anos, Alberto editou antologias literárias
de vários temas e gêneros, indo desde
obras eróticas a história de fantasia e
mistério. De julho de 2016 a agosto de
2018 foi diretor da Biblioteca Nacional da
Argentina.
Objeto de Estudo: as imagens reproduzidas nas telas de Joan Mitchell e
Jackson Pollock.
• Sobre a obra “Dois Pianos”: “... creio que consigo reconhecer duas
vagas formas de piano nos trechos de cor lilás da esquerda para a
direita – mas esse reconhecimento não é muito convincente. A única
coisa certa é o brilho do amarelo, que se torna ainda mais quente em
virtude da sua associação com o lilás quase cor de rosa, e a impressão
de movimento ou mancha, criada pela proximidade e direção das
pinceladas (MANGUEL, 2001, p. 40).
Joan Mitchell
Dois pianos’, 1980, óleo sobre tela, díptico, 110 x 142.
• Joan Mitchell (1925-1992). Ela
ocupou uma estatura célebre na
geração que sucedeu Pollack e
Rothko
(http://www.foundationcenter.org/gr
antmaker/joanmitchellfdn/about.htm
l).
• Paul Jackson Pollock (1912 —
1956), conhecido
profissionalmente como Jackson
Pollock, foi um pintor norte-
americano e referência no
movimento do expressionismo
abstrato.
- ... Esse método de ler a uma pintura, que usurpa para nós as
prerrogativas tanto de um escritor quanto de um leitor – um método
similar à identificação supersticiosa de sinais no jogo de cartas ou de
augúrios no casco queimado de uma tartaruga -, é o único pelo qual nós,
os espectadores, podemos almejar penetrar na imagem posta à nossa
frente ... talvez, seguindo esse método, nos iludamos, imaginando que a
nossa leitura abrange e até se assemelha à obra de arte em sua essência,
quando tudo que ela faz é permitir uma débil reconstrução de nossas
impressões por meio de nossa própria experiência e conhecimento
deturpados, enquanto relatamos para nós mesmos narrativas que
transmitem não a Narrativa, nunca a Narrativa, mas sim alusões,
insinuações e suposições novas (MANGUEL, 2021, p. 55).