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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO BARREIRO

MESTRADO CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DO EDIFICADO


CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO II

ANÁLISE A UM CAPÍTULO DE UMA MONOGRAFIA DE


DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTUDOS DO PATRIMÓNIO, DE
MARIA DA CONCEIÇÃO DA COSTA ALMEIDA TOSCANO INTITULADA
“A FÁBRICA DE MOAGEM DO CARAMUJO – PATRIMÓNIO
INDUSTRIAL DA COVA DA PIEDADE”

Discentes: Gilson Francisco – 202201015


Adalberto Adão – 202201014
Docente: Prof. Ana Bártolo

Maio de 2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
1. METODOLOGIA ............................................................................................................... 6
2. ENQUADRAMENTO........................................................................................................ 6
2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO ........................................................................... 6
2.2. LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 7
2.3. CLASSIFICAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................. 7
2.4. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA ................................................................................... 7
3. ANÁLISE DO CAPÍTULO II – O TEMPO PASSADO – SÉCULOS XIX E XX ........... 8
3.1. ABORDAGEM HISTÓRICO ECONÓMICA ............................................................... 8
4. FÁBRICA DO CARAMUJO – PATRIMÓNIO INDUSTRIAL ....................................... 9
4.1. O ADVENTO DO BETÃO ARMADO – PRINCÍPIOS DO SISTEMA
HENNEBIQUE .......................................................................................................................... 9
4.2. SISTEMA ESTRUTURAL .......................................................................................... 10
5. FÁBRICA DO CARAMUJO – IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS ......................... 11
5.1. FATORES DE DEGRADAÇÃO ................................................................................. 11
5.2. INSPECÇÃO VISUAL: QUADRO PATOLÓGICO ................................................... 12
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 14
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 15
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Localização ................................................................................................................. 7
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Patologias e suas descrições..................................................................................... 12
INTRODUÇÃO
O presente trabalho insere-se no âmbito da unidade curricular de Conservação e Reabilitação ll,
de uma forma analítica, esse trabalho surge de modos a se fazer uma abordagem de uma monografia
sobre a estrutura de betão armado existente na fábrica de moagem do caramujo, sistema este
desenvolvido por François Hennebique, engenheiro e construtor autodidacta que patenteou seu
sistema pioneiro de construção em concreto armado em 1892.
Nos intervalos do século XX foram executados muitos edifícios com o sistema de construção do
engenheiro Hennebique na qual são consideradas estruturas monumentais.
Como objectivos do trabalho nós temos o seguinte:
 Caracterizar o edifício da fábrica de Caramujo.
 Identificar e descrever o sistema Hennebique.
 Abordar sobre as anomalias da fábrica do Caramujo.

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1. METODOLOGIA
Análise de documentos escritos e fotografias disponibilizadas pela professora da disciplina CR II.

2. ENQUADRAMENTO

2.1.CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO
O edifício foi construído em 1872, posteriormente ampliado em 1889 onde surgiram 4 pavimento
nesta mesma ampliação7, a fábrica chegou de sofrer um incêndio no dia 10 de Junho de 1987 devido
a uma explosão do pó da farinha no cano de transporte para o depósito numa das fábricas que destruiu
praticamente a fábrica por completo. Este incêndio forçou o proprietário a construir um novo edifício
cuja construção foi finalizada em 1898. Foi usado betão armado nessa mesma obra como material
estrutural, desenvolvido pelo francês François Hennbique.
Sem muitas alterações, a nova construção foi executada mantendo o traçado inicial do edifício, os
andares foram todos pensados de acordo com a utilização de cada espaço, ou seja, de acordo as fases
de produção de cereais. Os trabalhos começavam no piso de cima e terminavam no piso de baixo, pois
facilitava empacotar o produto e transportar. A fábrica também apresenta no seu interior um pé direito
duplo e grandes vãos no sentido vertical. Adopção da cobertura em terraço que, para além das
evidentes possibilidades, funcionaria também como neutralizador das dilatações provocadas ao
material pelas diferenças de temperatura, devido a esse reservatório com capacidade até 20 m³ de
água. O betão foi escolhido por ser resistente e relativamente económico e leve, e utilizando o betão
armado com ferro proporcionou a construção de vãos maiores, permitindo o aumento da carga
admissível.

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2.2.LOCALIZAÇÃO
O edifício localiza-se em Almada, Rua Manuel José Gomes, Cova da Piedade. Ladeado por
uma ETAR da Mutela e um estacionamento de bicicletas.

Figura 1: Localização

Fonte 1: Acervo do autor.

2.3. CLASSIFICAÇÃO PATRIMONIAL


Definição de património industrial elaborada pelo TICCIH, em 1978: “Paisagem, sítio, edifício
/ bens móveis – instalações, máquinas, utensílios que testemunhem a actividade das sociedades
economicamente desenvolvidas ou em vias de desenvolvimento, compreendendo as fontes de energia
e as matérias-primas, os lugares de trabalho, os meios de transporte e utensílios técnicos, o conjunto
dos produtos que resultaram da actividade industrial, o conjunto dos documentos escritos, gráficos,
fotográficos, os textos administrativos, jurídicos, técnicos e outros.”

2.4. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA


Pela vista superior ou olhando pela cobertura, é possível observar que trata-se uma ocupação
trapezoidal dentro de uma área de 831 m², com fachadas expressivas e esbeltas representando presença
de grandeza na ocupação do espaço com uma altura máxima dos volumes jogados ao vento de 30,50
metros, a norte o edifício é coberto por uma fachada de 29 metros de altura e a sul 25,50. Esta
disposição mantém o espaço pré-existente, correspondente ao corpo principal da fábrica de 1889,
adicionado com o edifício contíguo de quatro pavimentos, construído em 1872.
A nível de plantas, a fábrica é formada por 6 pisos incluindo um terraço o primeiro e segundo
era ocupado por um salão de máquinas, o salão era feito de paredes guarnecidas com painéis de
estuque e uma cobertura decorativa com pinturas. O terraço coberto por uma toalha de água, tinha
dupla função, contrair os efeitos nefastos da secagem do cimento e ajuda a eventuais incêndios.

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3. ANÁLISE DO CAPÍTULO II – O TEMPO PASSADO – SÉCULOS XIX E XX
Devido a um incidente no edifício causado pela explosão, surge a primeira obra de betão
armado em Portugal, a Fábrica de Caramujo contribuiu no factor histórico do desenvolvimento do
mercado da construção, optando por um método construtivo não contextualizado na época em
Portugal, mas que respondeu de forma positiva as suas espectativas. Hennebique, sistema
relativamente novo para a época, potencializando o nome de Portugal e começando assim uma nova
era da indústria e da construção Portuguesa.
O sector moageiro teve de enfrentar diversas transformações económicas e políticas durante o
século XX, que acabou por tornar o sector instável e mais incerto, que acabou por reflectir em uma
decadência industrial já no final da década de 80, em que já era possível ver sinais de abandono no
parque industrial do Caramujo.
Infelizmente a fábrica foi encerrada em 1993 e desde esta data a estrutura vem se degradando
com o passar do tempo, por se tratar de um edifício antigo e por não ter manutenções preventivas
durante o período do seu encerramento até os dias de hoje.

3.1. ABORDAGEM HISTÓRICO ECONÓMICA


Nos anos 60 do século XX os moinhos contribuíam bastante para a economia de Portugal e na
altura havia muitos moinhos em funcionamento, na qual a maior percentagem funcionava movidos a
água e menor pelo vento.
A foz do Tejo foi de importância nacional relativamente a produção moageira primeiro por
criar ligação com lisboa e também porque a mesma facilitava a logística e o escoamento do material
produzido por via do transporte fluvial. Os moinhos de água apresentavam vantagens na produção dos
grãos o que facilitava o transporte dos mesmos, os grão nesse tipo de moinho são escoados por
transporte fluvial em que a capacidade de carga é verticalmente maior aos de transporte terrestre.
Esta concentração económica no estuário do tejo, acabou por ser importante para o
desenvolvimento da região, onde posteriormente, iriam se inserir as unidades industriais, onde era
necessário e conveniente ter as fábricas o mais próximo aos centros urbanos.
Anos depois, em 1852 notou-se uma evolução no sector que ligeiramente andava atrasado e de
uma forma progressista, surgiram os políticos com ideias inovadoras de industrialismo, nessa fase foi
notável a liberdade de comércio e também a modernização do ramo industrial em Portugal.
Segundo Lopes (2004), durante o Século XX, o nível de vida médio dos portugueses subiu a
ritmos nunca antes vistos na história nacional. Estima-se, embora grosseiramente, que em 200, o PIB
per capita médio dos residentes em Portugal era pelo menos 10 vezes superior ao de 100 anos antes.
Os desenvolvimentos da economia que permitiram essa subida concentraram-se sobretudo na segunda
metade do século.
Num contexto menos alargado, a Fábrica de Caramujo já era de elevada importância na região,
a indústria acabou por impulsionar o desenvolvimento económico local, tendo como diferencial e
principal factor de alavancar ainda mais o nome da fábrica a nível nacional, já em 1889, a fábrica do

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caramujo detinha um maquinário de moagem, com um maquinário de moagem a vapor e com o
denominado sistema austro-húngaro, retractando um marco na moagem moderna nacional.

4. FÁBRICA DO CARAMUJO – PATRIMÓNIO INDUSTRIAL

4.1.O ADVENTO DO BETÃO ARMADO – PRINCÍPIOS DO SISTEMA HENNEBIQUE


Hennebique desenvolveu em 1879 seu primeiro sistema de betão armado e o betão, que na
altura era utilizado como protecção contra o fogo para vigas de ferro forjadas no projecto de casas na
Bélgica. Em 1896, o francês François Hennebique patenteou seu sistema de construção de betão
armado, o mesmo deu início com lajes de betão armado, lajes de betão com barras de aço no fundo e
aos poucos foi avançando para um sistema de construção utilizando totalmente vigas estruturais com
betão reforçadas com estribos e barras longitudinais projectadas para suportar forças de tração. Com
isso o François Hennebique se tornou um grande impulsionador mundial do betão armado, tendo seu
nome fortemente ligado a este sistema construtivo. O primeiro ano oficial o de 1892 com apenas seis
obras realizadas. No ano seguinte executar-se-iam mais cinco obras aumentando o número total para
onze, em 1894 o total era de sessenta e duas e o crescimento seria a partir daqui gradual até ao ano de
1905. A partir desta altura o número de obras anuais desce bastante mas a encomenda aumenta em
dimensão, havendo menos encomendas para pequenas obras de engenharia e apoio à agricultura e um
aumento considerável para edifícios industriais, públicos e de habitação. A partir de 1909 a encomenda
aumenta em número. Em 1915, com a guerra que assola a Europa, Hennebique perde o controlo dos
seus concessionários mas mantém os seus agentes onde se concentram os seus Bureaux d’Etudes. O
último registo fotográfico existente no FH é do ano de 1935, sendo que a partir dos anos vinte o
número de obras executadas no sistema Hennebique começa a descer de ano para ano.
A revista, ou jornal, apresentava de um modo geral as obras construídas pelo sistema
Hennebique de forma a salientar os novos campos da construção e tipologias das diferentes estruturas
e /ou edifícios em que o sistema de betão armado conquistava, suas variantes e inovações, uma lista
dos trabalhos do mês, artigos de opinião dos concessionários e agentes, notícias sobre reuniões e
encontros dos concessionários e agentes, explicitação de cálculo de algumas estruturas, fotografias e
desenhos de obras, etc. Os processos verbais de comunicação à obra (procès-verbaux) eram registados
e explicitados nestas publicações, oficializando o método de verbal para escrito, ao mesmo tempo que
o registava sob o sistema de Hennebique. Esta publicação mensal representava o órgão oficial do
sistema Hennebique, concentrando em si toda a publicidade e divulgação que a casa mãe, na Rue
Danton, nº 1, no VI arrondisment em Paris (sede Hennebique a partir de 1900), garantia a todos os
seus representados
Fez-se uma exposição universal de Paris de 1900, que resultou de um intenso desenvolvimento
técnico e comercial do betão, com reflexos nas firmas como a de Hennebique. Da observação nos
arquivos Hennebique, conclui-se que neste período houve uma transformação na forma como os
desenhos de construção são apresentados, vindo a ser progressivamente mais simplificados e
orientados para uma produção que se desejava maior e mais rápida. A pormenorização e o domínio
do sistema construtivo per si – armaduras, cofragens, etc. Passa a segundo plano, reflectindo um
conhecimento entretanto generalizado dos seus princípios. Sucedem-se estudos e melhoramentos ao
sistema desenvolvidos por múltiplos engenheiros, que, para Hennebique não passam de grosseiras
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imitações. Desenvolve-se uma verdadeira indústria relacionada com o betão, nomeadamente a da pré-
fabricação de vigas e lajes, possibilitando a sua aplicação sem cofragens. A firma Hennebique vê-se
confrontada com um ambiente fortemente concorrencial.
Os pilares do sistema Hennebique eram quase sempre quadrados e proporcionais as cargas
actuantes no pilar, sendo assim, eram frequentes estruturas com variação de secção de um mesmo pilar
ao logo dos pavimentos superiores. Até o ano de 1910, o sistema Hennebique contava com armaduras
de amarração em forma de chapas de aço com quatro buracos em cada extremidade para receber as
armaduras longitudinais do pilar, em que as espessuras dessas chapas variavam de 2 a 2,5mm e largura
de 40 a 45mm e seu espaçamento longitudinal ao longo do pilar era usualmente entre 25 a 40cm, entre
tanto, esta solução foi abandonada por possuir dificuldades no momento da execução do pilar e da
betonagem.
De forma a concentrar menos as cargas no encontro pilar-viga, o topo do pilar era aumentado
em forma de “V”, de forma a melhorar a redistribuição dos esforços para o pilar. O angulo de
inclinação do topo destes pilares era geralmente 45º acima da linha horizontal, porém, em alguns
outros casos, também foram utilizados ângulos entre 24º e 45º. As armaduras de aço denominadas
como “fish-tail ending” ou barras com final rabo de peixe, eram utilizadas no alargamento da secção
do pilar, sendo estas, utilizadas neste sistema até final da década de 30 do século XX.

4.2.SISTEMA ESTRUTURAL
A continuidade estrutural que os elementos da construção garantiam, entre pilares, vigas e
lajes, permitindo ainda diferentes cofragens para elementos que finalmente seriam compactos e
homogéneos, dotava a estrutura de um carácter monólito, de materialidade indiferenciada, que
permitiria ser a base da arquitectura “de estilo.” Esta finalidade estrutural das construções de
Hennebique concebe, na teoria e após 1906, na prática, uma afirmação do campo da engenharia civil
na dita arquitectura civil, correspondendo aos engenheiros a estrutura invisível do edifício e aos
arquitectos as suas partes visíveis. Embora Hennebique recorresse a uma linguagem mais racionalista
da arquitectura para valorizar uma possível relação entre estrutura e forma (52), estas últimas acabam
por ganhar alguma autonomia. De facto o sistema de Hennebique consistia basicamente na ossatura
dos edifícios, quando de edifícios se tratavam, ou de estruturas completas, quando estas eram obras
de engenharia pura, como o caso de túneis, pontes, diques, depósitos ou, nalguns casos fábricas.
O sistema estrutural da fábrica, por se tratar de um sistema Hennebique, seguia os princípios
deste sistema descritos, em que, era baseado em pilares, vigas principais, vigas secundárias e lajes
maciças.

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5. FÁBRICA DO CARAMUJO – IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS

5.1.FATORES DE DEGRADAÇÃO
Segundo Toscano (2012), no início da década de noventa do século passado, embora ainda em
laboração, os sinais de decadência eram evidentes. O assoreamento completo da zona do anterior cais
e doca induzem a progressiva degradação da área do Caramujo, em pleno choque de recessão
industrial a nível local. 94 Na sequência do andamento do processo de classificação, em 1996 era
efectuada visita ao Caramujo para análise do imóvel, sendo elaborada informação, com data de 15 de
Outubro desse ano, com análise da fábrica assim referida: “Da leitura exterior do edifício sobressaem
as relações entre a massa arquitectónica, a sua textura (cimento à vista), organização volumétrica e
formal, bem como o impacto espacial gerado.”157 Hoje em dia os sinais de degradação têm vindo a
acentuar-se (como bem documentamos com o elenco de fotos datadas de 2010), recomendando-se a
mais rápida intervenção, de modo a não continuar a ser desperdiçada a sua mais-valia de património
industrial
Com base ao euro código 0 a fábrica se enquadra em uma categoria 4 que são edifícios e outras
estrutura corrente e o período de duração de vida útil são 50 anos, com a manutenção prevista porém
sem necessidade de grandes reparações. A mesma se encontra em um estado degradado por acções
natural em relação as condições climáticas, a falta de manutenção na fábrica e vandalismo.
Uma das degradações é a Lixiviação é uma das manifestações patológicas mais comum, é
causada basicamente pelo contacto da estrutura com a água, durante o processo de hidratação da pasta
de cimento forma-se o hidróxido de cálcio que em contacto com a água se dissolve e vai parar a
superfície do concreto. “A lixiviação do hidróxido de cálcio coma formação do carbono de cálcio
insolúvel causa o aparecimento de eflorescência que se caracteriza pela cor branca na superfície do
betão com formação de estalactites a condição inicial para que a eflorescência apareça é a existência
da cal livre.”

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5.2.INSPECÇÃO VISUAL: QUADRO PATOLÓGICO
Neste ponto iremos fazer uma descrição das patologias com base as imagens fornecidas pela
professoras, relacionadas as patologias da Fábrica de caramujo. Na tabela a baixo podemos observar
as patologias existentes em diversos pontos do edifício da fábrica:
Tabela 1: Patologias e suas descrições.

Patologia (imagem) Descrição da patologia


De um modo geral, as fachadas
apresentam estado de degradação
provocada pelas intemperes, onde é
possível notar patologias como
corrosão dos elementos metálicos
degradação do betão e sinais evidentes
de vandalismo do edifício.

Infiltração nos elementos de


betão e sinais fortes de lixiviação, nota-
se pelas manchas brancas.

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Lixiviação e carbonatação das
armaduras expostas, degradação dos
elementos de betão.

Delaminação do recobrimento,
corrosão das expostas e lixiviação.

Fonte 2: Imagens fornecidas pela professora na aaula de CRII

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6. CONCLUSÃO
Do exposto no trabalho, podemos dizer que este estudo foi prazeroso porque nos levou a
conhecer um pouco sobre o sistema Hennbique aplicado em Portugal, visto que deu início as
construções de betão armado e também foi um incentivo na evolução do material até os dias de hoje.
O estudo de uma forma micro fala sobre a Fabrica de moagem de caramujo localizada na Cova da
Piedade, próximo ao estatuário do Tejo, que nos séculos atrás contribuiu bastante para a economia de
Portugal, pois, fazia parte de um sector económico muito forte nos intervalos do século XIX e XX
com a produção de cereais, infelizmente e sistema demorou para evoluir em Portugal por falta de mão-
de-obra qualificada comparando com os outros países Europeus.
Actualmente é um património industrial da Cova da Piedade, quanto ao seu estado actual, ela
se encontra com diversas patologias o que nos leva a concluir que a necessidade de uma intervenção
urgente no edifício seria de bom grado.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lopes J. (Publicado em 2004). A economia Portuguesa do século XX. Disponível em
https://www.ics.ulisboa.pt/en/livros/economia-portuguesa-do-seculo-xx
Revista LE BÉTON ARMÉ (Publicado em 1899). Capítulo 3 François Hennebique,
seus agentes e concessionários e a internacionalização do negócio do betão armado.
Toscano, M. d. (Acesso em: 2023). A fábrica de moagem do Caramujo – património
industrial da Cova da Piedade: Percursos de salvaguarda e reutilização. Disponível em:
Unidade curricular de Conservação e reabilitação II

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