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Resumo
Nas últimas décadas o perfil de morbimortalidade da população brasileira foi
substancialmente alterado, sendo um traço marcante das modificações o declínio no peso
relativo das doenças infecciosas e parasitárias. No presente trabalho procura-se resgatar
tendências de evolução das principais doenças transmissíveis no País, buscando
compreender, em cada momento, o papel desempenhado pelas ações de controle e o papel
que se pode atribuir a outros fatores. Os dados reunidos neste trabalho, quando analisados
em grupos específicos de doenças, permitem vislumbrar três situações paradigmáticas: 1)
situações favoráveis que indicam que o controle está a caminho no qual destacam-se o
declínio substancial das gastroenterites; a redução notável das doenças imunopreveníveis,
em particular da poliomielite, doença considerada eliminada do país a partir de 1994; o
declínio das enteroparasitoses; as perspectivas para a interrupção da transmissão natural
da Doença de Chagas e a redução das formas graves da esquistossomose; 2) situações
que sugerem que a doença subsistirá por longo tempo em nosso meio, representadas pelas
grandes endemias urbanas - a tuberculose e a hanseníase e outras endemias como a
malária e as leishmanioses; e 3) situações que apontam para doenças com grande potencial
de expansão no país como a dengue e a cólera.
Palavras-Chave
Doenças Infecciosas e Parasitárias; Doenças Transmissíveis; Tendência das Doenças
Infecciosas no Brasil.
Summary
In the last decades the pattern of morbidity and mortality in the Brazilian population has undergone
important changes. One of the main changes corresponds to the decrease in the relative weight of
infectious and parasitic diseases. Trends in the evolution of the main transmissible diseases in the
country are reviewed in this work and the role of controle measures and other factors is considered.
Three different situations are apparent when data are analyzed in specific grups of diseases: 1)
favorabel situations in which control measures were followed by a marked decrease in the following
diseases and conditions: gastroenteritis, vaccine preventable diseases (in particular poliomyelitis,
considered eliminated since 1994), enteroparasitosis, severe forms of schistosomiasis and the
interruption of the natural transmition of Chagas `disease; 2) situations where diseases may
persist for a long time as in the case of urban endemic diseases, such as tuberculosis and Hansens´
disease and other endemic diseases, such as malaria and leishmaniasis; and 3) situations that
point to diseases with a great expansion potential, such as dengue and cholera.
Key Words
Infectious and Parasitic Diseases; Transmissible Diseases; Infectious Diseases Trends in
Brazil.
* Trabalho originalmente publicado no livro: “Velhos e novos males da saúde no Brasil - a evolução do país
e de suas doenças”; organizado por Carlos Augusto Monteiro. Editora HUCITEC/NUPENS/USP. Republicado
com autorização da editora HUCITEC. Está prevista uma segunda edição revista e ampliada da obra original.
Endereço para correspondência: Av. Dr. Arnaldo, 715, Cerqueira César - São Paulo/SP. CEP: 01246-904
E-mail: eawaldma@usp.br
ÓBITOS/100.000
ÓBITOS/ 100.000hab.
hab.
70
60
50
40
30
20
Brasil
Nordeste
10
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
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Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
ÓBITOS/100.000
O hab.
BITO S/ 100.000 hab.
50
Brasil
Nordeste
40
Sudeste
30
20
10
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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IESUS Trajetória das Doenças Infecciosas: da Eliminação da Poliomielite à Reintrodução da Cólera
infecta a população felina.5 Sabe-se que a Por fim, deve-se lembrar que, com
infecção por ele determinada está alguma freqüência, as próprias
relacionada a manifestações neurológicas, autoridades sanitárias declaram algumas
algumas delas similares à síndrome doenças como erradicadas quando não o
poliomielítica. foram, passando para a população uma
Alterações de ambientes naturais visão incorreta da situação.
também podem favorecer o contato do Foi o que aconteceu com o tracoma
homem com vírus que circulam no Estado de São Paulo. Após a
naturalmente entre animais silvestres. desmobilização dos serviços de controle
Como conseqüência desse contato, dessa doença, por cerca de duas décadas,
podem ocorrer epidemias, muitas vezes verifica-se hoje sua ampla disseminação
graves, geralmente causadas por no território paulista, ainda que
arbovírus e que, posteriormente, podem apresentando quadro de menor
tornar-se endêmicas na população gravidade.11
humana. Enquadra-se nessa situação a O último exemplo mostra a
epidemia de encefalite pelo vírus Rocio, importância de se conhecer os
no vale do Ribeira, Estado de São Paulo, significados precisos, em saúde pública,
no final dos anos 70. 6,7 dos termos erradicação, eliminação e
A erradicação de controle.
doença Outra nova doença, que tem
transmissível assumido características de problema de De modo sucinto, pode-se dizer que
implica a extinção, saúde pública no Brasil, é a febre purpúrica a erradicação de doença transmissível
por métodos brasileira (FPB). O H. ægyptius, bactéria implica a extinção, por métodos artificiais,
artificiais, do responsável pela doença, é conhecido do agente etiológico em questão, ou de
agente etiológico desde o final do século passado; até a seu vetor, sendo por conseqüência
em questão, ou de
década de 80, pelo que se sabe, era impossível sua reintrodução e totalmente
seu vetor, sendo
por conseqüência responsável, exclusivamente, por doenças desnecessária a manutenção de quaisquer
impossível sua de pequena gravidade, como a conjuntivite medidas de prevenção. Cumpre salientar
reintrodução e aguda purulenta, comum em regiões de que esse objetivo raramente é factível,
totalmente clima tropical. A alteração do sendo a erradicação da varíola uma
desnecessária a comportamento da bactéria, determinando exceção e não a regra em Saúde Pública.12
manutenção de o aparecimento da nova doença, deve-se,
quaisquer medidas Uma alternativa próxima à
possivelmente, a uma modificação de sua erradicação, mais viável, é a eliminação
de prevenção.
estrutura genética que resultou em de uma doença, que se obtém pela
aumento de virulência, tornando-a capaz cessação da sua transmissão em extensa
de invadir o organismo humano.8 área geográfica, persistindo, no entanto,
Outro problema que chama a atenção o risco de sua reintrodução, seja por falha
são os riscos derivados do na utilização dos instrumentos de
desenvolvimento da biotecnologia. controle, seja pela modificação de seu
Constituem exemplos desses riscos o comportamento. 13 Por outro lado, no
desenvolvimento dos chamados controle aceita-se a convivência com
inseticidas biológicos e de algumas determinadas doenças, desde que em
vacinas de quarta geração, produtos níveis considerados toleráveis.
elaborados com vírus modificados por
meio de técnicas moleculares e de Tanto na eliminação como no
engenharia genética. Ainda que a controle de doenças, é indispensável a
comercialização desses produtos seja, ao manutenção, regular e contínua, não só
menos em países desenvolvidos, das medidas de intervenção pertinentes,
cuidadosamente controlada, não se pode mas também de instrumentos que
afastar a possibilidade, mesmo que permitam acompanhar o comportamento
remota, de um acidente com grandes das doenças e o desempenho dos serviços
repercussões. 9,10 de saúde.13
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IESUS Trajetória das Doenças Infecciosas: da Eliminação da Poliomielite à Reintrodução da Cólera
CASOS
CASO S DE
DEPÓLIO/100.000 hab.
PO LIO / 100.000 hab.
1,6
Brasil
1,4
Nordeste
1,2 Sudeste
0,8
0,6
0,4
0,2
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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Brasil não foi tranqüila. Em 1986, em concentração de casos nos dois primeiros
conseqüência, sobretudo, das baixas anos de vida possivelmente não se
coberturas vacinais atingidas no Nordeste alteraram no país. 21 Essa hipótese é
e da menor imunogenicidade do reforçada pela distribuição etária dos
poliovírus 3 vacinal, houve extensa casos da doença na epidemia verificada
epidemia em estados daquela região em 1986 no Nordeste. 18
(Figura 3). A situação atual da poliomielite nas
Essa situação foi solucionada por Américas constitui exemplo típico do que
meio da ampliação das atividades de se conceitua, neste texto, como
imunização em massa, que passaram a ser eliminação de uma doença transmissível.
aplicadas três vezes ao ano na Região A propósito, vale lembrar que, no
Nordeste, e por modificações na início de 1993, como repercussão de uma
composição da vacina utilizada no país, epidemia de poliomielite na Europa, que
com aumento da concentração do atingiu grupo religioso que recusa a
poliovírus 3.18 vacinação, foi identificada, no Canadá, o
Assim feito, o Brasil retomou sua ressurgimento da circulação do poliovírus
caminhada em direção à eliminação do “selvagem”. Tal fato vem demonstrar
poliovírus “selvagem”; desde 1989 não que, apesar do sucesso do programa,
são detectados casos clínicos ainda há o risco da reintrodução da
determinados pelo poliovírus “selvagem” poliomielite nas Américas. 22
ou mesmo a presença desse vírus em Os excelentes resultados obtidos no
portadores assintomáticos ou ainda no continente americano pelo programa de
meio ambiente. Estágio semelhante do erradicação do poliovírus “selvagem”
programa foi alcançado, a partir de 1991, foram atingidos mediante estratégia muito
em todo o continente americano. semelhante à desenvolvida pela campanha
A eliminação do poliovírus de erradicação da varíola. Naquela
“selvagem” não afasta a possibilidade de oportunidade, houve o uso combinado da
ocorrência, ainda que rara, de casos vacinação em massa, vigilância
paralíticos, semelhantes à poliomielite, epidemiológica e vacinação seletiva. Essa
associados à vacina de vírus vivos estratégia pressupõe a participação de um
atenuados, ou a infecções causadas por grupo reduzido de técnicos responsáveis
outros enterovírus. A ocorrência de pelo planejamento e acompanhamento do
paralisias por outros enterovírus, que não programa, cabendo à rede básica de
o poliovírus, pode apresentar-se na saúde atividade mais intensa somente nas
comunidade tanto na forma de casos épocas de vacinação em massa.
esporádicos como de epidemias. Um O pequeno envolvimento dos
exemplo são as epidemias de serviços básicos de saúde nesse programa
“poliomielite-like” que ocorreram no Leste explica, ao menos em parte, as baixas
Europeu, no final dos anos 70, causadas coberturas de rotina alcançadas pela
pelo enterovírus-71 (EV-71). 19,20
vacinação antipólio, sobretudo na Região
Deve-se notar que a virtual Nordeste (Figura 4).
eliminação do poliovírus “selvagem” foi
Considerando que o programa de
obtida no Brasil por meio de campanhas
erradicação do poliovírus “selvagem” é
sucessivas de vacinação em massa, com
coberturas próximas a 90% da população ainda incipiente em muitos países da
de menores de cinco anos. Essa estratégia África e da Ásia, haverá que se manter,
permitiu uma ampliação significativa da por muitos anos, no Brasil, as campanhas
proporção de indivíduos imunes, de vacinação em massa e a rigorosa
especialmente entre as crianças maiores vigilância sobre o problema.
de seis meses. No entanto as condições As demais doenças imuno-
determinantes da infecção precoce pelo preveníveis não tiveram no país a ênfase
poliovírus que se expressavam pela conferida à poliomielite. Ainda assim,
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COB.VAC.PÓLIO
CO (%)
B.VAC.PO LIO (%)
100
80
60
40
Brasil
20
Nordeste
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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CO B.VAC.SARAMPO(%).
COB.VAC.SARAMPO (%)
100
80
60
40
Brasil
20
Nordeste
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
AN O
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
CASOS
CAS DESSARAMPO/100.000
OS DE ARAMPO/ 100.000 hab.
140
Brasil
120 Nordeste
Sudeste
100
80
60
40
20
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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IESUS Trajetória das Doenças Infecciosas: da Eliminação da Poliomielite à Reintrodução da Cólera
COEF./100.000
CO hab.
EF. / 100.000 hab.
100
10
0,1
0
Incidencia
M ortalidade
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88
AN O
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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COB.VAC.TRÍPLICE
COB.VAC.TRIPLICE (%)(%)
100
80
60
40
Brasil
20
Nordeste
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
CASOS
CAS DE
OS DE TETÉTANO ACIDENTAL/100.000
TANO ACIDE hab.
NTAL/ 100.000 hab.
2,5
1,5
Brasil
0,5
Nordeste
Sudeste
0
82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Figura 9 - Evolução da incidência do tétano acidental. Brasil, Regiões Nordeste e Sudeste, 1982-1991.
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CASO
CASOSS DE
DETÉTANO
TETANONEONATAL/1.000
NEO NATAL/ 1.000 nasc.vivos
nasc.vivos
1
0,1
Brasil
Sudeste
Nordeste
0
82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
OÓBITOS
BITO S PPOR
O R TETANO ACIDENTAL/ 100.000
TÉTANO ACIDENTAL/100.000 hab. hab.
1
0,9 Brasil
Nordeste
0,8
Sudeste
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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CO EF./ 1.000
COEF./1.000 nasc.vivos
nasc. vivos
1
Brasil
Nordeste
Sudeste
0,1
0
81 82 83 84 85 86 87 88
Tabela 1 - Distribuição proporcional (%) dos óbitos por tétano (acidental e neonatal), por faixa etária.
Brasil e Regiões Nordeste e Sudeste, 1979 e 1989.
Regiões
Faixa Etária Brasil
(anos) Nordeste Sudeste
1979 1989 1979 1989 1979 1989
0-4 8,7 1,7 10,1 1,2 8,7 2,8
5 - 14 26,9 12,8 18,4 8,5 25,0 11,7
15 - 29 16,3 16,7 12,7 11,0 16,4 13,5
30 - 49 27,4 25,9 25,1 19,5 23,0 22,8
50 e + 20,7 42,9 33,7 59,8 27,0 49,2
Fonte: Ministério da Saúde. Estatísticas de Mortalidade.
mundo, o que leva, aproximadamente, a ano, que passou de 36,6% para 75,5%.
350 mil óbitos. O grupo etário submetido No período houve também uma queda
a maior risco de mortalidade é constituído expressiva na mortalidade, algo em
pelos menores de um ano, sendo, nesse torno de 70%. 30
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Vale assinalar, porém, uma série de que tal objetivo dependerá do controle
restrições à qualidade das informações da doença na população adulta, o que
disponíveis para o continente americano; implica a utilização de vacinas produzidas
entre elas a falta de padronização na com tecnologias mais avançadas e,
definição de caso e o reduzido número portanto, mais caras.
de países que fornecem dados de Em síntese, pode-se afirmar que
morbimortalidade com regularidade. as medidas de controle das doenças
No Brasil, os dados disponíveis imunopreveníveis no Brasil, durante a
apresentam tendências semelhantes às do década de 80, obtiveram resultados muito
resto do continente americano. O favoráveis. Tendências de diminuição
aumento de cobertura da vacina tríplice acentuada das taxas de morbimortalidade
em menores de um ano coincide com a por essas doenças são verificadas em
queda da incidência da coqueluche todo o país, sem que, entretanto, as
(Figura 13). A mortalidade pela doença desigualdades historicamente existentes
igualmente demonstra tendência entre regiões tenham sido
declinante no período (Figura 14). significativamente alteradas.
Os coeficientes de incidência O Estado de São Paulo foi a unidade
relativos à morbidade por difteria nos anos da Federação onde o programa de
80 apresentam nítido decréscimo (Figura controle das doenças imunopreveníveis
15), observando-se também a relação manteve maior regularidade e onde foram
inversa com a cobertura por vacina tríplice colhidos os melhores resultados. A
em menores de um ano e a relação direta prioridade conferida à questão pelo
com a queda da mortalidade (Figura 16). estado propiciou o fortalecimento do seu
Tanto no caso da difteria, quanto sistema de vigilância epidemiológica,
no da coqueluche, o conhecimento tendo também salutar efeito sobre o
epidemiológico é ainda insuficiente, fato desenvolvimento de tecnologias médico-
que tem impedido a elaboração de estraté- sanitárias como, por exemplo, as
gias seguras que levem à eliminação da destinadas à operacionalização de
doença. De qualquer maneira, acredita-se vacinações em massa e de bloqueio.
CASO
CASOSSDE
DECOQUELUCHE/100.000
CO Q UELUCHE/ 100.000
hab. hab.
50
Brasil
Nordeste
40
Sudeste
30
20
10
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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ÓBITOS POR
O BITO S COQUELUCHE/100.000
PO R hab. hab.
CO Q UELUCHE/ 100.000
12
Brasil
10 Nordeste
Sudeste
8
0
81 82 83 84 85 86 87 88
CASOS
CAS DEDIFTE
OSDE DIFTERIA/100.000 hab.
RIA/ 100.000 hab.
10
Brasil
Nordeste
Sudeste
0,1
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
O BITO SPOR
ÓBITOS PO RDIFTERIA/100.000
DIFTERIA/ 100. 000
hab.hab.
1
0,1
Brasil
Nordeste
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
AN O Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Figura 16 - Evolução da mortalidade por difteria. Brasil, Regiões Nordeste e Sudeste, 1980-1989.
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conforme as condições dos serviços de primeiros cinco anos de vida (Figura 19).
saúde. Esse fato provavelmente expressa o
Os coeficientes de morbidade por impacto do aumento da cobertura da
tuberculose relativos ao período vacinação com BCG intradérmico em
1980-1990 apresentam decréscimo a partir menores de um ano. A eficácia da vacina
de 1985 (Figura 17). No entanto, essa BCG tem gerado controvérsias, mas
tendência deve ser analisada com cuidado vários autores aceitam-na, no que tange
em face ao processo de reorganização por à prevenção da meningite tuberculosa em
que passam os serviços de saúde no país. crianças.36
Com referência aos dados de Um ponto que deve merecer atenção,
mortalidade, observa-se queda dos pois expressa tendência que futuramente
coeficientes na primeira metade da poderá atingir todo o país, é o aumento da
década de 80 seguida de estabilidade mortalidade por tuberculose na população
(Figura 18). As taxas mais elevadas jovem da Região Sudeste (Figura 20). Tal
observadas na Região Sudeste, devem- aumento, observado nos últimos anos da
se, provavelmente, à melhor qualidade da década de 80, quase que certamente resulta
notificação da doença nessa região. do crescimento da epidemia de aids.37 Dados
Chama a atenção, no entanto, a mais recentes da Fundação SEADE relativos
queda importante e contínua da à população de 15 a 49 anos da cidade de São
mortalidade por tuberculose nos Paulo indicam que a mortalidade por
CASOS
CA SO SDE
DETUBERCULOSE/100.000 hab. hab.
TU BERC U LO SE/100.000
80
60
40
20
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
AN O
Series 1 Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Figura 17 - Evolução da incidência da tuberculose. Brasil, 1980-1990.
ÓBITOS
O BITO SPOR TUBERCULOSE/100.000
PO R TUBERCULO SE/ 100. hab.
000 hab.
7
2
Brasil
Nordeste
1
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
AN O Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Figura 18 - Evolução da mortalidade por tuberculose. Brasil, Regiões Nordeste e Sudeste, 1980-1989.
Informe Epidemiológico
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Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
O BITO S
ÓBITOS PO TUBERCULOSE/100.000
POR R TUBERCULO SE/100. 000 hab.
hab.
3
2,5
1,5
0,5
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
AN O Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
ÓBITOS
O TO SPOR
BI TUBERCULOSE/100.000
PO R TUBERCULO SE/100. hab.
000 hab.
7
0
81 82 83 84 85 86 87 88 89
AN O Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Figura 20 - Evolução da mortalidade por tuberculose na população de 20 a 49 anos de idade. Região Sudeste, 1981-1989.
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Informe Epidemiológico
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CASOSSDE
CASO DEHANSENÍASE/100.000 hab. hab.
HAN SEN IASE/ 100.000
70
Norte
N ordeste
60 Sudeste
Sul
50 Centro-Oeste
40
30
20
10
0
80 82 84 86 88 90
AN O Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
CASOS DE
DEHANS
HANSENÍASE/100.000 hab.
ENIASE/ 100.000 hab.
25
20
15
10
5
Brasil
Nordeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
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Formas Clínicas
Macrorregião Total de Casos
I Ignorada
V/D T Conhecidos
% % % %
Norte 45,6 29,3 23,8 1,2 57.492
Nordeste 37,0 22,9 15,4 24,6 32.819
Sudeste 48,3 13,0 17,6 20,9 100.097
Sul 61,2 17,8 20,6 0,2 29.325
Centro-Oeste 59,6 19,7 16,6 4,0 31.333
Brasil 49,2 19,4 18,9 12,3 250.066
Informe Epidemiológico
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CASOSSDE
CASO DEMALÁRIA
M ALARIA(x (x
1.000)
1. 000)
600
500
400
300
200
100
0
65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92
AN O
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CASO S DE MALARIA
1000000
100000
10000
1000
Brasil
Sao Paulo
100
65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 92
Figura 24 - Evolução da incidência de casos de malária. Brasil e Estado de São Paulo, 1965-1992.
Informe Epidemiológico
do SUS
28
Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
1983
54%
30% 1992
39%
8% 7%
12%
22% 27%
(n = 1.611) (n = 817)
M ATO G RO SSO RO N DO N IA PARA DEM AIS ESTADO S
Fonte: SUCEN.
Figura 25 - Distribuição (%) dos casos importados de malária identificados no Estado de São Paulo
segundo o local de transmissão, 1983-1992.
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ÓBITOS POR
O BITO S DOENÇA
PO R DE CHAGAS/100.000
DO EN CA DE CHAGAS/ 100.hab.
000 hab.
25
Nordeste
Sul
20
Sudeste
Centro-O este
15
10
0
81 83 85 87 89
AN O
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Informe Epidemiológico
do SUS
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Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
CASO S DE L
CASOS EISHMANIO SE/ 1 00 .0 00hab.
LEISHMANIOSE/100.000 hab.
1 0 00
1 00
10
Brasil
1
Norte
Nordeste
Sudeste
0 ,1
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
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CASOS
CAS DECAL
O S DE CALAZAR/100.000 hab.
AZAR/ 100.000 hab.
10
0,1
0 Brasil
Nordeste
Sudeste
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Informe Epidemiológico
do SUS
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Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
% DEPOSITIVIDADE
% DE PO SITIVIDADE
50
Ascaridiase
Ancilostomose
40
Giardiase
30
20
10
0
67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79
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% DE PO
POSITIVIDADE
SITIVIDADE
40
Ascaridiase
Ancilostomose
30 Giardiase
20
10
0
60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79
Informe Epidemiológico
do SUS
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Eliseu Alves Waldman e cols. IESUS
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
ANO
Series 1
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
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No Sudeste asiático, entre 1970 e Tabela 4 - Morbimortalidade por cólera nos dez municípios
1987, a incidência da doença aumentou mais atingidos pela doença. Brasil, 1993
de 15 para 170 casos por 100.000 Taxas (por 100 mil hab.)
habitantes. Em 1987, as taxas de No de
Município (UF)
incidência do dengue na Tailândia e Vietnã Morbidade Mortalidade
casos
atingiram níveis de 3.700 e 6.400 por
Galinhos (RN) 147 11.593,1 7,9
100.000 habitantes, respectivamente.
São Bento do Norte (RN) 375 4.084,1 21,8
Ainda que parte desse aumento possa ser
Cubati (PB) 194 3.109,1 -
atribuída à melhora da notificação, em
Oliveiros (PB) 87 2.591,2 -
conseqüência do maior conhecimento do
Pedra Grande (RN) 91 2.579,0 -
problema, a tendência da doença é de
Mojeiro (PB) 294 2.197,2 14,9
crescente ascensão. 76
Parazinho (RN) 83 2.063,0 49,7
A importância em Saúde Pública Floresta Azul (BA) 250 1.890,3 15,1
atribuída ao dengue deve-se Santa Rosa (AC) 12 1.762,1 -
particularmente a suas formas graves, Cacimbinhas (AL) 290 1.749,1 8,4
especialmente ao dengue hemorrágico.
Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
Em 1987, foram notificados no sudeste
asiático mais de 600.000 casos de dengue
hemorrágico que determinaram 24.000 Tabela 5 - Morbimortalidade por cólera por estado.
óbitos, dos quais 95% atingiram Brasil, 1993
indivíduos menores de quinze anos.76 Taxas (por 100 mil hab.)
O impacto do dengue nos serviços Estado No de Letalidade
Morbidade Mortalidade
de saúde tem sido enorme. Em 1981, casos (%)
durante uma epidemia de dengue Rondônia 5 - 0,4 -
hemorrágico em Cuba, em pouco mais Acre 41 4,9 9,3 0,5
de três meses foram hospitalizados cerca Amazonas 909 4,8 40,4 2,0
de 116.000 pacientes, mais de 1% da Pará 346 2,6 6,2 0,2
Amapá 46 - 10,8 -
população da ilha. Entre os custos diretos
Maranhão 664 3,3 13,0 0,4
e indiretos, estima-se que os gastos Piauí 1.144 2,5 42,8 1,1
atingiram 100 milhões de dólares Ceará 12.926 0,6 196,5 1,2
americanos. 76 Rio G. do Norte 2.920 1,1 115,8 1,3
Entre os determinantes que podem Paraíba 6.930 0,7 204,8 1,4
estar facilitando a disseminação do Pernambuco 9.033 1,2 123,5 1,5
dengue, merecem registro: a Alagoas 5.087 0,3 193,9 0,6
intensificação das trocas comerciais entre Sergipe 930 0,9 59,4 0,5
Bahia 4.760 1,9 38,6 0,7
países; os movimentos migratórios; a alta
Minas Gerais 61 14,8 0,4 0,1
densidade populacional nas áreas Espírito Santo 100 5,0 3,7 0,2
metropolitanas; o crescimento Rio de Janeiro 268 3,7 2,1 0,1
desordenado das cidades, onde o São Paulo 11 18,2 0,0 0,0
abastecimento irregular da água e a Paraná 6 - 0,1 -
inadequada coleta e armazenamento do Brasil 45.975 1,1 30,1 0,3
lixo facilitam a proliferação de Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.
mosquitos. 77
Os vetores mais eficientes na albopictus possui a capacidade de
transmissão do dengue são o A. aegypti infectar seus descendentes, em
e o A. albopictus. Este último, originário sucessivas gerações, pela transmissão
da Ásia, pode vir a assumir importante transovariana.
papel na manutenção da endemia, pois é A reintrodução do A. aegypti no
capaz de perpetuar a circulação do vírus Brasil, em 1976, e sua progressiva
do dengue, mesmo sem a participação do disseminação por todo o país, sugeriam,
homem ou de outro reservatório. O A. já no final da década de 70, previsões
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