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Educação das Relações Étnicos – Raciais

Cecilia Beltramini
28018604
Pedagogia EAD

Diversidade Cultural como Característica da nossa Formação Humana e


Nacional – A Peteca

Como sendo a auxiliar da professora Tereza, relato aqui minha vivência


em estágio supervisionado, com um tema que tem atenção às questões da
inclusão e das problemáticas sociais, organizamos então um projeto
interdisciplinar, onde a professora Teresa tomou por base as Leis de nº 10.693
de 9 de janeiro de 2003 e a Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, que
estabelece as diretrizes da educação nacional a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-brasileira e Indígena” e estudamos meios de elaborar
um plano de aula de elemento cultural para iniciar o ano letivo e sendo seu
projeto de preferência, algo vivido pelos estudantes cotidianamente. A
professora Teresa disse que no Brasil podemos encontrar diversas etnias de
vários lugares do mundo, mas em sua formação, ele é um país multicultural,
originalmente formado pelas culturas: europeia, africana e indígena. Sendo que
dos afro-brasileiros e indígenas, recebemos como herança desses povos a
dança, um elemento muito forte em nossa cultura, então elaboramos atividades
diversas e também jogos e brincadeiras, elemento tão importante nas culturas
matrizes do povo brasileiro.
Infelizmente a diversidade ainda não é respeitada por todos. Em um
estudo feito em escolas do Rio de Janeiro, o tema indígena é visto de forma
pontual e fragmentada no cotidiano escolar, alguns professores disseram
conhecer sobre a lei n. 11.645/2008, enquanto 40% declararam nunca ter
ouvido falar. Temos na educação um dos principais instrumentos para trabalhar
o respeito às variedades de gênero, cor, religião e é essencial para que na
escola seja apresentado projetos para que os alunos aprendam a respeitar as
diferenças desde o início de sua formação e é no ambiente da sala de aula que
trabalhamos a exposição de conteúdos e troca de conhecimentos. É na escola
que os alunos também aprendem sobre valores e convívio em sociedade e
poder trabalhar muito para que se diminuam assuntos como bulliyng, racismo e
preconceito, incentivando a autoestima dos alunos trabalhando suas crenças,
cor de pele, a diversidade cultural, aqui trabalhamos uma educação
fundamental para o desenvolvimento de competências-chave para o futuro,
como resolução de problemas, negociação, trabalho em equipe, resiliência,
tomada de decisões, empatia, criatividade e pensamento crítico e discutir sobre
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a importância de se valorizar a diversidade cultural brasileira e reconhecer a


influência da cultura nas brincadeiras e jogos.
Para iniciar o plano, mapeamos as datas comemorativas do calendário
oficial brasileiro, que podem servir para nortear o desenvolvimento das
atividades. Apresentar no calendário quais são os feriados e datas
comemorativas para as crianças entenderem as diferenças existentes entre
alguns grupos sociais, como por exemplo: o Dia da Consciência Negra,
comemorado em 20 de novembro; e o Dia do Indígena, em 19 de abril e o dia
Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento,
comemorado no dia 21 de maio. Ideias não faltam como a criação de um mural
com os detalhes culturais de cada país ou região, o passaporte “Cidadão do
Mundo”, que desperta a curiosidade de saber qual a origem de cada aluno,
separamos algumas contação de histórias de diferentes culturas, mostrar como
são as escolas ao redor do mundo, leitura de contos africanos e indígenas que
permitem trabalhar o gênero literário e as relações étnico-raciais e até pensar
em convidar indígenas a falarem ou realizar apresentações de danças e cantos
na instituição, principalmente no mês de abril. A atividade escolhida foi
confecção de peteca, que envolve a dança, o jogo e a brincadeira, tudo junto e
misturado, aprender com diversão.
Nosso planejamento tem como objetivo oportunizar aos estudantes o
conhecimento de algumas brincadeiras africanas e indígenas, identificar as
habilidades motoras e capacidades físicas presentes nessas práticas corporais,
os materiais, regras e como são praticados. Na roda de conversa a partir de
elementos do cotidiano das crianças, tivemos a leitura de texto e em roda de
conversa falamos da mandioca e do guaraná, foi interessante, eles não tinham
ideia de que a feijoada e o vatapá era uma comida africana e que a paçoca, o
guaraná, pamonha e bolo de milho eram de origem indígena.

Plano de Aula

Habilidades (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do


BNCC: Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e
recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural;
(EF35EF02) Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação
segura de todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e
de matriz indígena e africana;
(EF35EF03) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral,
escrita, audiovisual), as brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de
matriz indígena e africana, explicando suas características e a
importância desse patrimônio histórico cultural na preservação das
diferentes culturas.
Objetos de Brincadeiras e jogos do Brasil e do mundo.
conhecimento Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana.
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Objetivos de Experimentar brincadeiras e jogos de matriz africana e indígena.


aprendizado Reconhecer a influência da cultura por meio dos jogos e brincadeiras.
Compreender o significado das brincadeiras para sua cultura de origem.
Identificar as capacidades físicas e ações motoras nas práticas
vivenciadas.

Competências Experimentar brincadeiras e jogos de matriz africana.


gerais Fruir brincadeiras e jogos populares de matriz africana.
Reconhecer a influência da cultura por meio dos jogos e brincadeiras.
Compreender o significado das brincadeiras de matriz africana para sua
cultura de origem.
Identificar as capacidades físicas e ações motoras nas práticas
vivenciadas.

Materiais Equipamento para reproduzir vídeo. Computador com acesso à internet.


sugeridos Jornal amassado, pedaços de TNT coloridos e barbante.
Brincadeiras indígenas. Vídeo aula YouTube. Professora Márcia
Guerardi. Disponível em :< https://www.youtube.com/watch?
v=8EkfuGRnIno.> Acesso em abril de 2023. POVOS INDÍGENAS:
brinquedos indígenas fáceis de fazer|19 de abril. Cantinho Pedagógico.
Vídeo aula YouTube. 11 de abr. de 2022. Disponível em
:<https://www.youtube.com/watch?v=1dq6IJ3brRY.> Acesso em abril de
2023.

Perguntas O que você aprendeu ao vivenciar a brincadeira e jogo? Quais foram as


sensações ao participar das atividades? Em quais momentos você teve
de analisar as atividades para resolver desafios de modo que tanto você
como os colegas pudessem participar? Quais os principais movimentos
presentes nos jogos e brincadeiras? Você achou difícil confeccionar a
peteca?
Pesquisa

Origem A Peteca era feita e praticada pelos índios, inventada no Brasil. Era
utilizada pelos índios como atividade esportiva para ganho de
aquecimento corporal durante o inverno e paralelamente, aos seus
cantos, suas danças e suas alegrias. Peteca é um nome de origem Tupi e
significa “tapear”, “golpear com as mãos”. A peteca era feita pelo índio
com cascas de bananeira, palhas de milho e penas.
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Data O Dia da Peteca brasileira é o dia 14 de junho no Brasil, quando foi


comemorativa criada a Federação Mineira de Peteca em 1975. Em 1977, o Conselho
Nacional de Desportos (CND) passou a considerar a peteca uma
atividade física genuinamente brasileira.
Analise/Avaliação Identificar as capacidades físicas e as ações motoras nas práticas
vivenciadas, construção do conhecimento coordenação e capacidade
física de cada aluno.

Referência Bibliográfica:
ALVES, Luzia Maíres Silva. Brincadeiras e jogos de raízes africana e
indígena em Poço Redondo (SE). Monografia. Paripiranga/2021. Disponível
em:<https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17218/1/TCC
%20-%20Luzia%20Ma%C3%ADres...pdf>. Acesso em abril 2023.
Lei Nº 11.645, de 10 março de 2008 - História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena. 10/03/2008. Disponível em: <
http://www.prograd.ufu.br/legislacoes/lei-no-11645-de-10-marco-de-2008-
historia-e-cultura-afro-brasileira-e-indigena>. Acesso em abril 2023.
Peteca Indígena. Repositório Institucional. UFSC. Disponível em:<
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/> Acesso em abril de 2023.
RUSSO, K., & PALADINO, M. (2016). A lei n. 11.645 e a visão dos professores
do Rio de Janeiro sobre a temática indígena na escola. Revista Brasileira De
Educação, 21(67), 897–921. SciELO - Scientific Electronic Library Online.
Disponível em: < https://doi.org/10.1590/S1413-24782016216746 >. Acesso em
abril 2023.
5 atividades para trabalhar diversidade cultural na escola. Sebrae/CER.
Disponível em: < https://cer.sebrae.com.br/blog/atividades-para-trabalhar-
diversidade-cultural-na-escola/>. Acesso em abril 2023.

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