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NOME DO PROFESSOR

Plano de Aula –

Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

São Miguel Arcanjo


2023
Plano de Aula de Educação Física

Tema: Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

1. INTRODUÇÃO.

O presente plano de aula propõe trazer atividades voltadas à brincadeiras e jogos de


matrizes indígena e africana, através de aulas teóricas e práticas, trazendo como atividade
central o jogo de peteca, que busca conectar os alunos com tais culturas, por meio do
desenvolvimento de suas capacidades motoras, ressaltando a importância de atividades físicas
para seu corpo e relacionando as mesmas de forma que, didaticamente, possam expandir seus
conhecimentos sobre a cultura indígena e africana.

Tal ação busca fazer com que os alunos não reproduzam comportamentos racistas,
apresentando uma cultura que está na base do Brasil e que deve ser valorizada, criando noções
de empatia e trazendo maior visibilidade para tais povos.

Assim, ao realizar uma explicação teórica que seja de fácil entendimento, mas desperte
a curiosidade, esse plano propõe exercer a brincadeira com maior facilidade, uma vez que tal
conexão entre a atividade proposta e o aluno é estabelecida, fazendo-o sentir motivação em
desenvolver seu sendo de coletividade em seus jogos.

2. HABILIDADES BNCC.

As habilidades de Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trabalhadas na presente


aula são:

EF35EF01 – Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do


mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a
importância desse patrimônio histórico cultural.

EF35EF02 – Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de


todos os estudantes em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e
africana.

EF35EF03 – Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita,


audiovisual), as brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana,
explicando suas características e a importância desse patrimônio histórico cultural na
preservação das diferentes culturas.

EF35EF04 – Recriar, individualmente e coletivamente, e experimentar, na escola e


fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz
indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos
espaços públicos disponíveis.

3. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

- Evidenciar a cultura indígena e africana, através de seus esportes, que se fazem


presente no popular brasileiro, fazendo com que o aluno possa entender as origens das
brincadeiras efetuadas.

- Planejar e utilizar atividades e jogos populares que possuem raízes de matrizes


indígenas e africanas, estudando suas características próprias, para que seja possível seu
reconhecimento.

- Discutir suas normas e regras, entendendo a base que forma tais brincadeiras, para
aprofundar a conexão dos alunos e sua aprendizagem.

- Proporcional brincadeiras interativas, que envolvam colaboração e coordenação


motora ampla.

- Desenvolvimento as habilidades e reflexos, através de movimentos reconhecidos


para tais brincadeiras, que possibilitam melhor compreensão sobre as técnicas, normas e
regras estudadas de forma teórica.

- Trabalhar a socialização dos alunos, levando em consideração a importância da


descontração de grupos, para que possam evidenciar o coletivo, garantindo a participação
segura de si mesmos e de seus colegas.

4. COMPETÊNCIAS GERAIS

- Conhecimento cultural.

- Coordenação motora e desenvolvimento corporal.


- Coletividade e empatia.

- Importância da cultura indígena e africana como combate ao racismo.

5. METODOLOGIA DE ENSINO

O professor iniciará a aula através de uma explicação geral sobre o tema da aula –
brincadeiras de matrizes indígenas e africanas, desenvolvendo o entendimento das origens de
tais atividades no Brasil, de forma lúdica e de fácil entendimento, tendo como base a
apresentação em desenhos disponível no vídeo “Brincadeiras e Jogos de Matriz Indígena e
Africana – por Diretoria de Ensino Campinas Leste” (disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ealheBHpmFU&t=286s).

Após a parte teórica, o professor iniciará a atividade física, primeiro com o


alongamento dos corpos e membros, para a preparação dos alunos, antes de explicar as
origens do jogo utilizado – a peteca. Essa brincadeira, originada nos índios da região de Minas
Gerais, utilizavam penas de aves, cipós e tocos de madeira para a criação de suas petecas,
buscando se aquecerem nos tempos de inverno. Sua fácil execução permite que alunos de
primeiros anos sejam capazes de executar a brincadeira com facilidade.

Elucidados tais origens, a adaptação do jogo será realizada ao propor que os alunos
mantenham o objeto por maior tempo possível no ar, através de toques nas mãos, buscando
passa-la para o outro lado da quadra.

Será proposta duas formas de se jogar: primeiro, os alunos realizarão a brincadeira de


forma individual, buscando se familiarizar com ela, praticando aquecimento e desenvolvendo
seus primeiros contatos com o jogo. Após, serão formadas equipes, que devem, de forma
coletiva e coordenada, competirem umas com as outras, de maneira que respeite a segurança
de todos os alunos. O jogo permanece, até a equipe vencedora conseguir atravessar a peteca
até o lado oposto da quadra.

Nessa atividade, os alunos podem formar times, que devem obedecer às regras pré-
determinadas: não podem se machucar para roubar a peteca um do outro, devem tocá-la
somente com as mãos e respeitando o limite de três toques por aluno, antes de passá-la para o
companheiro de equipe.
Ao fim, o professor reunirá a sala em roda, para que possam conversar sobre o que
aprenderam com a atividade e pontuar as experiências que tiveram.

6. RECURSOS E MATERIAIS UTILIZADOS.

- Internet para a apresentação da aula teórica

- Peteca para a realização da atividade

7. AVALIAÇÃO.

A avaliação dos alunos para a presente aula será realizada pelo professor através da
observação da participação dos mesmos, tanto na parte teórica, quanto prática, observando e
registrando o envolvimento dos mesmos na:

- Conversa sobre o assunto central, incluindo perguntas.

- Interação com a atividade proposta, onde podem apresentar os conhecimentos que


possuem sobre o assunto, se já realizaram essa brincadeira antes, curiosidades que considerem
importante compartilhar.

- Realização da atividade física e socialização com os colegas.

- Roda de conversa para a exposição do que acharam da atividade, após a realização da


mesma.

8. CONCLUSÃO.

A aula busca superar a visão estereotipada e racista de atividades de matriz africana e


indígena, fazendo com que os alunos possam ter uma visão mais abrangente de tal cultura e se
envolvam com as raízes do Brasil.

Tais ideais são passadas de forma clara e objetiva, passível de assimilação pelas
crianças, mas proporcionando-os a experiência vista no vídeo apresentado, fazendo com que
possam se aprofundar mais na cultura ao elaborarem o próprio jogo, tanto de forma
individual, quanto coletiva.
Isso pontua a luta antirracista da educação física que, através de suas aulas e da
possibilidade de ligar o estudo teórico com práticas, busca desenvolver uma empatia coletiva
nos alunos, criando respeito e desenvolvendo relações étnico-raciais.

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