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TEMÁRIO DE CRISTOLOGIA

Problemática, sentido e função dos títulos cristológicos.


RESPOSTA: os títulos cristológicos são atos de interpretações da identidade de Jesus. Eles
são dados em diferentes em níveis de significação e diante disso temos algumas
problemáticas: Quem deu esses títulos a Jesus? Foi dado pelos seus ouvintes na sua vida
terrena ou por alguém após a ressurreição? O próprio Jesus é cauteloso nessas perguntas sobre
a sua identificação temos: Que dizem os homens que eu sou? És tu aquele que há de vir?
(expectativa do seu tempo) esperança messiânica.
A pergunta central É: Jesus era o messias, o esperado? Era ele o Messias?
Acerca dessas perguntas temos os títulos:
Messias que significa o ungido, recebeu a graça de Deus, cumpre a promessa, prometida lá
em Samuel sobre o descendente de Davi.
Rabi/Mestre: chefe religioso de uma comunidade judaica (doutor) – jesus no cristianismo foi
o único mestre e por isso não desenvolveu o rabinato.
Filho de Deus: as teofanias – batismo e transfiguração.

Explique a problemática cristológica fundamental do concílio de Niceia (325) e


Constantinopla I (381). Leve em conta as circunstâncias, os atores, os argumentos e as
conclusões. Para isso, pode ser útil o texto do Símbolo niceno-constantinopolitano.
DH 125 [Símbolo niceno] Cremos em um só Deus, Pai onipotente, artífice de
todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado
unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de
Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por meio do qual vieram a ser
todas as coisas, tanto no céu como na terra; o qual, por causa de nós homens e da nossa
salvação, desceu e se encarnou, se en-humanou, padeceu, e ressuscitou ao terceiro dia, [e]
subiu aos céus, havendo de vir julgar os vivos e os mortos; e no Espírito Santo Aqueles,
porém, que dizem: “Houve um tempo em que não era”, e: “Antes de ser gerado não era”, e
que veio a ser do que não é, ou que dizem ser o Filho de Deus de uma outra hipóstase ou
substância ou criado [–!], ou mutável ou alterável, <a eles> anatematiza a Igreja católica.
DH 150 [Símbolo da fé constantinopolitano] Cremos em um só Deus, Pai
onipotente, artífice do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só
senhor Jesus Cristo, filho unigênito de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus
de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial
ao Pai; por meio do qual tudo veio a ser; o qual, em prol de nós, homens, e de nossa
salvação, desceu dos céus, e se encarnou, do Espírito Santo e Maria, a Virgem, e se en-
humanou; que também foi crucificado por nós, sob Pôncio Pilatos, e padeceu e foi sepultado
e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e subiu aos céus e está sentado à direita
do Pai; e virá novamente na glória para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, que procede do Pai, que junto com o Pai e o Filho
é co-adorado e conglorificado, que falou por meio dos profetas. Na Igreja una, santa,
católica e apostólica. Confessamos um só batismo para a remissão dos pecados. Esperamos
a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém
Resposta: Concílio de Nicéia: ano: 325
Foi um ato político para manter a unidade do império – Constantino foi quem o
convocou e mediou.
A problemática maior era a questão Ariana; Ário era o grande percussor. Tratava-
se da questão da natureza de Jesus e defendia a ideia de que Cristo não era um ser divino, mas
sim apenas filho de Deus, pois só poderia existir um único Deus e Jesus era apenas o seu
filho. Mesmo sendo um ser superior a humanidade, mas não era um deus.
Cristo é criatura, teria sido criado em algum momento e não existente eternamente –
não tinha o mesmo poder de Deus era um semideus – além de ter chorado cansado etc.
(bíblia).
Atanásio: defende a divindade de Cristo
Definição: gerado e unigênito do pai (existia já) consubstancial pai: mesma
identidade do Pai (substancia) – não tem fundamentação bíblica, mas ainda não havia sido
explicado – usa-se aqui a filosofia grega para explicar esse dogma.
Homonoausio: o filho tem a mesma essência do pai é igual mesma substancia.
Concílio de Constantinopla
Ano: 381 – Teodósio (convoca)
Debates sobre a divindade de Jesus e o Espírito Santo
Pai é superior ao filho e ao Espírito - relação trinitária, um superior ao outro, o
espírito é inferior a todos.
Heresia; Apolinarismo: não reconhecia a existência da alma humana racional em
Jesus Cristo. Seu corpo seria apenas uma forma espiritualizada e glorificada de humanidade
Condena Apolinário com o símbolo Niceno-constantinoploitano que reafirma a
divindade de Cristo,
partir dos resultados dos dois concílios declara a fé e estabelece ela.

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