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RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
Arlene Silva
A C S , A s s ist ent e S o c i al , E s p ec ial ista em G er o n to l ogi a e S a ú d e Men ta l , P ó s
gr a d u anda em S a ú d e P ú b l ica, Mes tr a nd a em P s i caná lise, D N I d a S R T - R egi o n al I.
e c r i a dor a d o S o c i ali zando S a b er es.
DEFINIÇÃO DE SRT
Anos
1992 2000 2001 2003 2004
90
Residências terapêuticas: o que são, para que servem / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2004.
TIPOS DE SERVIÇO RESIDECIAL
TERAPÊUTICO
SRT TIPO I
Modalidade de moradia destinada a pessoas com transtornos mentais crônicos com necessidade de cuidados de
longa permanência, prioritariamente egressos de internações psiquiátricas e de hospitais de custódia, que não
possuam suporte financeiro, social e/ou laços familiares que permitam outra forma de reinserção, com menor grau
de dependência. Tem como características:
• Acolher no máximo 08 (oito) moradores;
• Prestar cuidados substitutivos familiares, com recursos humanos presentes 24h/dia;
• Estar vinculado a um CAPS Adulto de referência para suporte técnico profissional;
• Acompanhar cada morador de acordo com o seu respectivo Projeto Terapêutico Singular;
• Promover reapropriação do espaço residencial como moradia, construção de habilidades para a vida diária
(autocuidado, alimentação, vestuário, higiene, formas de comunicação), aumento das condições para
estabelecimento de vínculos afetivos e inserção dos moradores na rede social existente (trabalho, lazer,
educação, entre outros).
TIPOS DE SERVIÇO RESIDECIAL
TERAPÊUTICO
SRT TIPO II
Modalidade de moradia destinada a pessoas com transtornos mentais crônicos com necessidade de cuidados de
longa permanência, prioritariamente egressos de internações psiquiátricas e de hospitais de custódia, que não
possuam suporte financeiro, social e/ou laços familiares que permitam outra forma de reinserção, e que
necessitam de cuidados intensivos, com monitoramento diário. Tem como características:
▪ Acolher no máximo 10 (dez) moradores;
▪ Prestar cuidados substitutivos familiares, com recursos humanos presentes 24h/dia;
▪ Estar vinculado a um CAPS Adulto de referência para suporte técnico e supervisão de enfermagem;
▪ Acompanhar cada morador de acordo com o seu respectivo Projeto Terapêutico Singular;
▪ Promover reapropriação do espaço residencial como moradia, construção de habilidades para a vida diária
(autocuidado, alimentação, vestuário, higiene, formas de comunicação), aumento das condições para
estabelecimento de vínculos afetivos e inserção dos moradores na rede social existente (trabalho, lazer,
educação, entre outros).
ESTRUTURA DE EQUIPE DE SRT
Cada módulo residencial deverá estar vinculado a um serviço/equipe de saúde mental de referência que dará o
suporte técnico profissional necessário ao serviço residencial.
Cada módulo residencial deverá contar com cuidadores de referência e um profissional técnico de enfermagem.
Para cada grupo de 10 (dez) moradores orienta-se que a RT seja composta por 5 (cinco) cuidadores em regime
de escala e 1 (um) profissional técnico de enfermagem. Esta equipe deve estar em consonância com a equipe
técnica do serviço de referência
O PAPEL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
EM UM SRT
O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
Enfermagem sob a supervisão do Enfermeiro do CAPS Adulto de referência.
ATRIBUIÇÕES
a) Assistir ao Enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência
de Enfermagem:
b) - na prevenção e controle das doenças transmissíveis, em geral, em programas de vigilância epidemiológica;
- na prevenção e controle sistemático de rotinas de sanitização; - na prevenção e controle sistemático de
danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência à saúde e o autocuidado;
c) Executar atividades de assistência de Enfermagem;
d) Seguir os POPs (Procedimento Operacional Padrão) elaborado pelo Enfermeiro (RT) do CAPS de referência;
e) Integrar a equipe de saúde e colaborar com a equipe multidisciplinar do CAPS de referência;
A ORGANIZAÇÃO DE UMA CASA SRT
A organização da casa deve atentar para os seguintes pontos:
▪ Montar estratégias que permitam aos moradores estabelecerem vínculos de confiança com os profissionais e com a proposta;
▪ Existência de um ou mais profissionais de referência para cada morador;
▪ Estabelecimento de um Projeto Terapêutico Singular;
▪ Respeito à noção de “casa” de cada um dos moradores, permitindo que aflorem hábitos e formas de ocupar o espaço próprios dos
habitantes; Prevenção de riscos de acidentes domésticos;
▪ Concentrar-se em abordar na casa questões ligadas ao morar deixando as várias outras questões individuais e coletivas para serem
manejadas em outros espaços da RAPS, tais como CAPS e UBS;
▪ O respeito à individualidade e singularidade deve prevalecer em relação às ações junto ao grupo;
▪ Estabelecer a contratualidade – a parte de cada um, discórdias, disputas de espaço, namoro, barulhos, festas, crenças, etc;
▪ Suporte requerido: o acompanhamento terapêutico (AT). À medida que o usuário ganha autonomia, em vez de dispensar o suporte, passa
a requerer modos mais refinados e complexos de acompanhamento.
▪ A atenção clínica geral deve ser feita pela Estratégia de Saúde da Família ou UBS de referência, assim como outros serviços e suportes na
comunidade podem e devem ser utilizados pelos moradores.
Bibliografia
◦ ALMEIDA, Flávio Aparecido de, CEZAR, Adieliton Tavares - As residências terapêuticas e as políticas públicas de saúde mental, Revista IGT na
Rede, v. 13, nº 24, 2016. p. 105 – 114. Disponível em http://www.igt.psc.br/ojs
◦ L10708 (planalto.gov.br)
◦ Residências terapêuticas: o que são, para que servem / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
◦ SAUDE_MENTAL_Protocolo_SRT.pdf (prefeitura.sp.gov.br)
NISE DA
SILVEIRA
06/10/2022