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TEXTO 1 – INST.

E TÉCNICAS DA DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO SSO: OBSERVAÇÃO E ABORDAGEM

 Profissão = produto histórico atravessada pelos determinantes socioeconômicos da realidade social


 Natureza analítica e interventiva
O S.S E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS󠇙

 As mudanças são CONCRETAS e colocam à prova a capacidade de análise da realidade e os saberes teórico-práticos ->
desenvolvimento de novas atribuições, competências e requisições
 Espaços sócio-ocupacionais = produtos históricos -> particularidades e ≠ relações de trabalho
 Exercício profissional = condições de trabalho + autonomia } campo de mediações
 Análise da realidade de maneira CRÍTICA e PROPOSITIVA } saberes IDEO-POLÍTICOS, ÉTICOS, TEÓRICO-
METODOLÓGICOS E OPERATIVOS
 As ações profissionais NÃO DEVEM ser imediatas, pontuais, fragmentadas, doutrinadoras, tecnicistas
 Demandas institucionais ∞ demandas dos usuários ∞ demanda profissional
RECONSTRUÇÃO DA DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO S.S -> “modo de ser da profissão”

 S.S -> soc. capitalista -> div. sociotécnica do trabalho -> considera determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais da
realidade social
 Direção social da profissão = DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS, ^ DA CIDADANIA, FORTALECIMENTO DA
DEMOCRACIA
 Dimensão técnico-operativa -> elementos que materializam as ações profissionais
INSTRUMENTAL, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS

 INSTRUMENTAL = elemento potencializador da ação profissional -> recursos, meios p/ operacionalizar a ação; conj. de
ações/procedimentos que tem uma finalidade. EX: estratégias, táticas, instrumentos, técnicas, conhecimentos/procedimentos
(p/ utilizá-los), éticas, cultura profissional, particularidades
 INSTRUMENTO = MEIOS de efetivar e realizar a intervenção profissional; orientado por uma teoria social
 TÉCNICA = conhecimentos e habilidades necessários para o uso dos instrumentos, são aprimoradas;
 Não existe uma receita pronta do fazer profissional, por conta das diferentes realidades sociais, determinantes, particularidades
OBSERVAÇÃO ENQUANTO POSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA REALIDADE SOCIAL -> clareza e segurança

 Meio básico para conseguir informações -> usado através de um planejamento -> levantamento de dados qualitativos
 FORMA DE APREENSÃO DO REAL -> IR ALÉM DAS APARÊNCIAS
 1. Observação enquanto instrumento de intervenção = através dos atendimentos; II. Enquanto ferramenta para ação investigativa
 Não focar apenas nas infos sobre os usuários, mas também nos seus MODOS DE VIDA, INQUIETAÇÕES, VIVÊNCIAS
 OLHAR ATENTO, CUIDADOSO, ÉTICO, COMPROMETIDO, ACOLHEDOR
A ABORDAGEM COMO PROCESSO ACOLHEDOR -> ferramenta imprescindível

 Historicamente -> abordagem moralizadora, coercitiva e autoritária


 Abordagem = 1º contato, espaço de diálogo, troca de informações e possível criação de vínculo com o usuário, aproximação
 Relação profissional horizontal e com dialogicidade, rompendo com relações de poder
 Abordagem -> ACOLHIMENTO, ESCUTA, RESPEITO, APROXIMAÇÃO, INTERESSE, COMPROMISSO,
INTERAÇÃO, POSTURA RECEPTIVA, SEM JULGAMENTOS, PRECONCEITOS OU DISCRIMINAÇÃO;
ESCUTA QUALIFICADA, mas não virar um profissional apenas ouvinte -> apresentar propostas, dar informações, esclarecer
serviços, possibilidades de atendimento, rede de serviços
 Deve-se buscar sempre um aprimoramento teórico-prático, análise da realidade social e produção de conhecimento sobre o tema.
TEXTO II – ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS EM ABORDAGEM SOCIAL NA RUA

 A.S. devem defender e viabilizar direitos das pessoas que estão em situações de violação de direitos
 Públicos mais atingidos: pessoas em situação de rua, sofrimento mental, violências, dependentes, trabalhadores/as informais
 Abordagem na rua ∞ projeto de intervenção profissional
 Orientar e informar sobre rede de serviços, apreender a natureza e condições da situação, promover ações e encaminhamentos,
reestabelecer vínculos, orientar acesso a documentação, incentivar organização social e protagonismo, orientar busca por órgãos
de defesa de direitos, garantia de informação sobre a situação e suas consequências
 A.S. deve atuar em perspectiva de redução de riscos: escuta qualificada, conhecimento do território, políticas existentes, redes de
serviços e encaminhamentos e entidades
 Trabalhar com equipes multidisciplinares
 A.S. não devem participar de abordagens na rua onde ocorra repressão de direitos dos usuários ou “higienização urbana”
SLIDE 1 – OBSERVAÇÃO -> análise, avaliação, compreensão das relações sociais

 Composta por: SUJEITO (observador), OBJETO/INDIVÍDUO (observado), MEIOS (visão, audição, tato, olfato),
INSTRUMENTOS (p/coleta de informações), MARCO TEÓRICO (referencial de partida do observador)
 Possibilita o estudo de fenômenos sociais, coleta de dados qualitativa
 Não inibir o observado, não emitir juízos pessoais
 Pode ser ESTRUTURADA, SEMI-ESTRUTURADA, NÃO ESTRUTURADA
ESTRUTURADA: pautas da observação delimitada pelo observador
SEMI-ESTRUTURADA: pautas delimitadas, mas outras ocorrências que surjam podem ser observadas
NÃO ESTRUTURADA: as informações não têm indicativos pré-determinados
 Observador pode ser PARTICIPANTE/ATIVO ou NÃO PARTICIPANTE/PASSIVO
PARTICIPANTE: o pesquisador participa das atividades do grupo
NÃO-PARTICIPANTE: observa o grupo de fora, presencia o fato, mas não participa dele
 Observador pode ser INDIVIDUAL ou em EQUIPE
 Pode ser em CAMPO ou LABORATÓRIO
OBSERVAÇÃO NO S.S. -> CONHECER E EXPLICAR A REALIDADE = é linguagem, comunicação

 Na perspectiva tradicional: postura neutra; deve ser objetiva, observar o ambiente, modo de ser do usuário, vestuário,
comportamento -> não se percebe as CONTRADIÇÕES SOCIAIS
 Na perspectiva crítica: compreender a essência, ver além da aparência, compreender as inter-relações e representações sociais ->
não basta PERCEBER, deve CONHECER E EXPLICAR A REALIDADE
SENSITIVA: sentidos, percepção do imediato, atenção, memória
COGNITIVA: pré-noção, amplia o saber no contato com a realidade
 O A.S. deve ter CLAREZA (do que orienta a observação), SEGURANÇA (dos objetivos), DIREÇÃO
 Para observar é preciso PLANEJAR:
ESPECIFICAR: o que vamos observar?
QUANTIFICAR: o que dá pra mensurar? Pobreza, mortalidade, analfabetismo...???
SENTIDO: ir além das aparências
 Observar é interagir: ir além do superficial, das aparências = REALIDADE como campo de REFLEXÃO E AÇÃO
 DEVE SER SISTEMATIZADA (REGISTR0 = ser feito o mais próximo do momento, indicar HORA, LOCAL, DIA,
PERÍODO, distinguir FALAS, GESTOS, REFLEXÕES, nome do A.S., estagiário, objetivo, tipo de observação, descrição,
parecer, comentários críticos)
DESCRIÇÃO DOS SUJEITOS = sentimentos, vestuário, falar e agir, aparência
DESCRIÇÃO DOS LOCAIS (AMBIENTE) = físico (localização, infraestrutura), realidade socioeconômica
(condição de vida, mercado de trabalho), principais problemas familiares e/ou locais, organização e estrutura familiar
SERVIÇOS DO BAIRRO (acessibilidade, qualidade) = educação, saúde, assistenciais, esporte, lazer, cultura
DESCRIÇÃO DOS EVENTOS = quem estava, como foi, o que aconteceu
RECONSTRUÇÃO DE DIÁLOGOS = gestos, depoimentos, observações
SLIDE II – ABORDAGEM -> ação planejada e intencional = aproximação

 ESPAÇO PARA DIÁLOGO e RELAÇÃO com o usuário


 Meio para intermediar ações posteriores
 Criação de vínculo com o usuário, com RESPEITO, SEGURANÇA, CONFIANÇA
 TENDÊNCIAS:
Reprodução de relações discriminatórias; gestos/atitudes autoritárias
Demonstração de insegurança, timidez, medo
CONSTRUIR UMA RELAÇÃO DE COOPERAÇÃO, TROCA, INTERESSE junto com a população
 PRINCÍPIOS:
Partir da realidade da população
Clareza ao objetivo
Coerência entre a realidade, ao processo metodológico e objetivos
Desenvolver uma relação de troca e cooperação
 A forma de utilização depende do contexto, das particularidades e do público atingido (criança, adulto, idoso, comunidades)
 PROCESSOS DA ABORDAGEM DE RUA:
1º OBSERVAÇÃO = características (sexo, idade, se há crianças), rotina (horários, atividades, se há drogas) ->
REGISTRADA EM RELATÓRIOS)
2º ABORDAGEM = início do trabalho -> curiosidade e confiança (quem é você? O que quer?)
3º APROXIMAÇÃO PEDAGÓGICA = construção de uma relação com as pessoas e seu cotidiano (coleta de
dados)
4º RELAÇÃO DE VÍNCULOS = momento que se discute um novo projeto de vida (moradia, encaminhamentos,
documentação)
5º ENCAMINHAMENTOS = saída da rua (retorno para a família, acolhimento institucional, etc)
 ABORDAGEM SOCIAL = ESCUTA QUALIFICADA, TRABALHO PLANEJADO, CONSTRUÇÃO DE
VÍNCULOS -> para ATENDER, MEDIAR e ACOMPANHAR o acesso à PROTEÇÃO SOCIAL
TEXTO 111 – LINGUAGEM, POLÍTICA E REDES SOCIAIS

 Comunicação -> direito humano -> democratização dos meios de comunicação


 Comunicação como DIREITO, não reproduzir valores discriminatórios
 Redes sociais -> instrumento-base de comunicação
 CFESS nas redes sociais -> comunicação com a categoria (estudantes, profissionais, instituições e sociedade)
 Internet como espaço de MOBILIZAÇÃO, FORMAÇÃO DE OPINIÃO e DISPUTA DE PODER
 Comunicação como fortalecimento de movimentos sociais e da classe trabalhadora na perspectiva crítica e emancipatória
 Linguagem como teor político -> utilização de uma linguagem não discriminatória
 Comunicação dinâmica e imediata = usar linguagem clara, objetiva e informal, próxima do cotidiano
TEXTO 1V – POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO CFESS – CRESS
O S.S TEM MUITO A DIZER

 Política de comunicação – estabelece diretrizes, princípios e posicionamentos éticos e políticos para PLANEJAR, PRODUZIR
e DIVULGAR informações
 Modelo de comunicação defendido: defesa da democracia, liberdade, direitos humanos, cidadania, pluralismo...
 Democratização social -> comunicação com acesso e produção popular, valores solidários, linguagem não discriminatória
 Comunicação: papel estratégico no fortalecimento dos usuários dos s.s. e políticas sociais para construção do PODER
POPULAR para transformação das RELAÇÕES SOCIAIS
 Propriedade cruzada -> uma mesma família é dona de diversos veículos de comunicação -> dificulta a manifestação de ideias e
conteúdos diversificados, fortalecendo a dominação e exploração
 Comunicação além de socializar informação -> disputar hegemonia e formar opinião
INSTRUMENTOS TEÓRICO-POLÍTICOS E TÉCNICOS DA COMUNICAÇÃO
 5 PRINCÍPIOS:
1. Defesa da comunicação como direito humano
II. Comunicação como meio estratégico para luta da emancipação humana
III. Comunicação como bem público
IV. Reconhecer a dimensão política da comunicação
V. Fortalecer uma comunicação plural
 5 OBJETIVOS
I. Defesa da democratização da comunicação
II. Dar visibilidade aos S.S e profissionais
III. Tornar público valores e princípios do projeto ético-político
IV. Divulgar o trabalho da categoria e entidades
V. Fortalecer ações conjuntas com mov. Sociais e com a população
 AÇÕES CONTÍNUAS
I. Acompanhar e participar de movimentos sociais
II. Produzir instrumentos e ações de comunicação para valorizar a profissão
III. Fluxo de comunicação de A.S. e sociedade
IV. Buscar maior inserção nas mídias
V. Promover debates sobre S.S. e comunicação
INSTRUMENTOS TÉCNICOS

 Comissão de comunicação -> coordenar estratégias comunicativas p/ ampliar acesso a informação sobre a categoria; Campanhas,
notícias, edição de livros, divulgação de eventos, coordenar a assessoria de comunicação
 Assessoria de comunicação -> elabora estratégias e executa ações de acordo com orientações da comissão; execução de tarefas,
organização de conteúdos, elaboração de planos; elaborar planejamento de gestão de entidades, assessorar entidades, coordenar
equipes, participar de reuniões, fazer cobertura jornalísticas, elaboração e coordenação de produção de publicações impressas,
buscar pautas, atualizar conteúdo nos sites,
PARA MATERIALIZAR A POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO

 Informativo impresso: divulgação de posicionamentos, gestão de recursos financeiros, textos, cartas, oportunidade de emprego,
noticias locais, nacionais, eventos
 Site: informação de atividades, investimentos, despesas, agenda anual, notícias, formas de contato, livros, cartilhas
 Redes Sociais: divulgação, comunicação e relacionamento com a categoria
 Boletins eletrônicos: divulgar ações das entidades • Livros, brochuras: qualificam o trabalho dos A.S.
 Material publicitário: cartazes, foulders, adesivos, banners, comerciais
OUTRAS TAREFAS RELACIONADAS À COMUNICAÇÃO

 Eventos, seminários, congressos e atividades afins • Imprensa • Publicidade • Identidade visual e padronização;
 Coerência teórico-política
LINGUAGEM: UM ITEM A PARTE

 Uso da linguagem não discriminatória, evitando o uso excessivo de termos técnicos, pois deve ser entendido por todo o público
das entidades (siglas devem ser explicadas por extenso)
ACESSIBILIDADE

 É preciso se comunicar com todas as pessoas: audiolivros, libras, etc


AÇÕES ESTRATÉGICAS CONTINUADAS

 Ampliar ações de comunicação e participação de assessores nos eventos; • Produzir materiais, divulgar experiências profissionais
 Divulgar o calendário anual de atividades no site e redes sociais; • Capacitação para direções do CFES󠇙S󠇙 e CRES󠇙S󠇙
 Comemoração do dia do a.s.; • S󠇙eminário nacional de comunicação
TEXTO IV – COMUNICAÇÃO PÚBLICA: UM DIREITO HUMANO EM CONEXÃO COM O S.S
INTRODUÇÃO

 Comunicação Pública ∞ S󠇙.S󠇙 -> fortalecimento da democracia


 Defesa da democratização da comunicação, direito à informação e liberdade de expressão = defesa dos direitos humanos e
emancipação política
 Comunicação pública qualifica a linguagem, instrumento de trabalho do a.s.
COMUNICAÇÃO PÚBLICA: CAMPO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA COMUM

 Comunicação -> direito humano fundamental


 CF88: direito de liberdade de opinião, pensamento, expressão, difusão de informação, COMUNICAÇÃO, propaganda...
 Comunicação como direito -> complexificação da sociedade
 Comunicação pública = processo comunicativo entre ESTADO + GOVERNO + SOCIEDADE = construção da
CIDADANIA
 Construção do coletivo, sentimento de pertencer e tomada de consciência do cidadão enquanto sujeito
 Constitui-se dentro das políticas sociais -> modelo técnico-operativo -> serviço público
 Comunicação pública nas instituições: regulação, proteção ou antecipação do serviço público -> INFORMAR, OUVIR
DEMANDAS/EXPECTATIVAS, ASSEGURAR A RELAÇÃO SOCIAL, ACOMPANHAR MUDANÇAS
 POLÍTICA REVOLUCIONÁRIA = LUTA CONTRA HEGEMONIA DA CLASSE DOMINANTE +
DESENVOLVIMENTO DE UMA CONTRA HEGEMONIA
 Processo comunicativo = produção + recepção + meio + mensagem
 Cultura -> construção histórica e produto coletivo da vida humana; Manifestações culturais são DINAMICAS e CRIATIVAS
S.S. E AS PRÁTICAS COMUNICATIVAS

 A.S. usa do conhecimento e da linguagem para ampliar acessos } realiza a leitura da realidade e define bases de intervenção
 Pouca produção de conhecimento acerca da linguagem
 Desafio do uso da linguagem oral com o usuário -> pode entrar em conflito com sua cultura, vocabulário, situação
 Difícil transmitir o que e a A.S., os serviços para os usuários
 Linguagem é trabalho -> produzida pelos homens
 A.S. utiliza mais da linguagem oral -> fala e escuta, som, imagem, gestos } maior confiança com o usuário
 Linguagem oral -> entonações, gestos, saber utilizar as palavras certas

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