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Ed. Semestral Ano LXXII – n.º 01 Jan. / Jun.

- 2023

Expediente
Publicação bimestral do Jornal O Independente editada pela Loja Maçô-
nica Virtude e Bondade, n.º 0146, federada ao Grande Oriente do Brasil, fun-
dada em 5 de maio de 1862.
Registrado na Associação Brasileira de Imprensa Maçônica (ABIM) sob
n.º 082-J
Diretor Responsável: Húdson Canuto.
Redator e diagramador: Húdson Canuto.

Nesta edição:
Sumário
Editorial .........................................................................................................................2
Galeria de fotos ..............................................................................................................3
Efemérides .....................................................................................................................4
Calendário de Reuniões .................................................................................................5
Artigos ...........................................................................................................................6
O Rito Escocês Antigo e Aceito ..............................................................................6
Ocultismo .......................................................................................................................8
Além do Raciocínio .................................................................................................8
Secção biblioteca .........................................................................................................10
Os sete princípios herméticos ...............................................................................10
III. O Princípio da Vibração............................................................................10
IV. O Princípio da Polaridade .........................................................................11
Poesia ...........................................................................................................................14

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Ed. Semestral Ano LXXII – n.º 01 Jan. / Jun. - 2023
Editorial

Neste semestre O Independente ficou obnubilado sem nenhuma nova


edição. Finalmente, nosso jornal volta à luz para espargir luz.
Esta edição vem eivada de publicações de grande valor formativo. Pri-
meiro nos vem em ajuda o valoroso Ir. Almir Sant’Anna Cruz, profundo estu-
dioso de Maçonaria e apaixonado divulgador de seus estudos, com um texto
tirado de seu livro mais importante.
Seguiremos com as reflexões do Frater Jamil Salloum e concluiremos
nossa edição com mais uma pincelada sobre os princípios herméticos conforme
apresentados no livro Caibalion.
Para mandar um texto para ser publicado, favor remeta-o ao seguinte e-
-mail: hudson.canuto@ifal.edu.br ou para o whats app (82) 988-181-921.
Aproveitem a leitura, tirando frutos para a vivência humana e maçônica.

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Galeria de fotos
Iniciação:

.‫יָחַ ד‬-‫נָעִ ים שֶׁ בֶׁ ת ַא ִחים גַם‬-‫ ּומַ ה‬,‫ּטֹוב‬-‫ִהנֵּה מַ ה‬


[Hinê má tov umá na`im, xévet ‘aĥm gam yáĥad]
Ó quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!
Salmo CXXXIII,1

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Efemérides

Nosso jornal O Independente conseguiu registro na Associação Brasileira de


Imprensa Maçônica, ABIM, e está registrado sob n.º 082-J. A equipe que faz o
independente agradece ao Valoroso Ir⸫ Antônio do Carmo Ferreira pela vênia.

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Calendário de Reuniões
da A∴R∴L∴S∴ Virtude e Bondade, n.º 0146 para o primeiro semestre de 2022

Esse calendário poderá ser ajustado e modificado segundo necessidade


da Loja e dos Obreiros.

A Loja Virtude e Bondade está com nova administração e vamos esperar que o
Venerável Mestre, após instalado e empossado, divulgue o calendário das Ses-
sões.

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Artigos

O Rito Escocês Antigo e Aceito


Ir⸫ Almir Sant’Anna Cruz, M⸫M⸫1

O maior dicionarista brasileiro, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, de-


fine o verbete rito como sendo:
1. As regras e cerimônias que se devem observar na prática de uma re-
ligião;
2. Culto, seita; religião;
3. Qualquer cerimônia de caráter sacro ou simbólico que segue precei-
tos estabelecidos;
4. Sistema de organizações maçônicas;
5. As normas do ritual;
6. Jur. Conjunto de leis adjetivas reguladoras do exercício duma ação
em juízo; procedimento.

Um Rito Maçônico pode ser definido como um conjunto de Cerimônias


usadas nos atos litúrgicos, estabelecendo um comportamento comunitário pa-
dronizado, com ações executadas periódica e repetitivamente, através de regras
e preceitos com os quais se praticam as Cerimônias e se comunicam os Sinais,
Toques, Palavras, Graus e todas as demais instruções veladas decorrentes.
Todo Rito reconhecido é totalmente autônomo e independente, possuindo
sua hierarquia e autoridade própria, a qual pode se chamar Supremo Conselho,
Grande Colégio, Supremo Conclave, Consistório etc.
Qualquer que seja o rito praticado por um Maçom, ele é reconhecido
como Irmão por todos os demais Maçons, pois a Maçonaria é uma Instituição
única e os Ritos são meramente formas diferenciadas de praticá-la.
As Lojas Maçônicas possuem autonomia para decidirem o Rito a ser ado-
tado em suas Sessões litúrgicas, bem como a de trocar de Rito se assim for o
desejo dos IIr⸫ que compõem o seu quadro. Contudo, essa autonomia não é
suficiente para que a Loja pratique mais de um Rito simultaneamente.

1
Ir∴ Almir Sant’Anna Cruz (Membro da Academia Maçônica de Artes, Ciências e Le-
tras do Estado do Rio de Janeiro – AMACLERJ) O texto aqui transcrito foi extraído do
livro Simbologia maçônica dos painéis: Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre. pp.
45-47, o texto segue com algumas pequenas adaptações. E inclusão do Ritos Escocês
Retificado, adotado posteriormente pelo GOB.
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Adotado um Rito, a Loja deve seguir na íntegra o que dispõe o seu Ritual,
sem incluir, suprimir, adaptar ou alterar o que quer que seja, pois não lhe com-
pete tais modificações.
Essa regra básica é descumprida por um grande número de Lojas, onde
se observam práticas habituais de outros Ritos e algumas vezes até estranhas à
Maçonaria.
Assim, essas Lojas, geralmente sem se aperceberem, imaginando estar
enriquecendo suas Sessões litúrgicas com tais modificações, em verdade estão
laborando em erro e contribuindo para o seu distanciamento dos verdadeiros
preceitos do Rito que adotou.
Hoje uma inclusão aqui e uma adaptação ali; amanhã mais um enxerto
acolá e pronto, apesar de formalmente adotarem um determinado Rito, em ver-
dade praticam um Rito híbrido irregular, não reconhecido pela Maçonaria.
No Brasil, seis diferentes Ritos são adotados pelas mais de 1.600 Lojas
espalhadas pelo território nacional, onde se reúnem os Maçons:
- Rito Adonhiramita;
- Rito Brasileiro;
- Rito Escocês Antigo e Aceito
- Rito Francês ou Moderno;
- Rito Schöder;
- Rito de York ou Emulação; e
- Rito Escocês Retificado.
O Rito Escocês Antigo e Aceito é o mais praticado no Brasil.

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Ocultismo

Além do Raciocínio
Jamil Salloum Jr.2

Há a conhecida parábola Zen, do Mestre solitário que recebeu a visita


de um discípulo muito ansioso. Sentados frente a frente, escutava o Mestre pa-
cientemente a verborragia do aluno. “Existe Deus? O que é a vida? O que é a
morte? De onde eu vim? Quem sou eu?...”. Subitamente, interrompendo o dis-
curso do discípulo angustiado, o Mestre pergunta: “aceita tomar chá?”. Pertur-
bado, o aluno diz que sim. O Mestre traz o bule e serve o jovem primeiro, colo-
cando chá em sua xícara até o líquido subir e derramar pela borda. Assustado,
o aluno pergunta. “Mestre, não vê que minha xícara já está cheia? Está derra-
mando” O Mestre retruca: “assim como esta xícara está tua mente. Cheia de
conceitos e preconceitos. Esvazia-a primeiro para que ela possa ser novamente
preenchida, por um conhecimento mais real e suficiente.”
Ao filósofo sempre foi associada a imagem de um inveterado sonhador,
descompromissado com a realidade. Isso não corresponde à verdade. Filosofar
é agir no mundo concreto mais poderosamente, porque à práxis precedeu a me-
ditação. No entanto, numerosos são os que ainda acham que filosofar é pensar
e raciocinar, exclusivamente. Sócrates dialogava sempre com o seu “daimon”
interno quando queria uma solução. Muitos filósofos e cientistas, como Einstein,
testemunharam que uma pausa na cadeia do raciocínio, um respiro silencioso
no turbilhão mental, lhes foi decisivo no aparecimento da solução buscada. Por-
tanto, um filósofo autêntico é, também, mestre na arte do “não pensar”.
Os místicos enxergam o processo criativo como trifásico: concentração,
meditação e contemplação. Todo o esforço associativo de raciocínio está na pri-
meira fase. A segunda etapa se presta ao abandono da reflexão, o momentâneo
esquecimento, a fase da receptividade, da recepção. A terceira etapa é o lampejo
intuitivo com a resposta procurada. O primeiro passo é ativo, os dois seguintes,
passivos. Muitos param na primeira fase apenas. É certo que muito se consegue
só nela, mas muitas soluções definitivas só são obtidas cumprindo-se as duas
outras. O sucesso desta fórmula é proporcional à aplicação e prática da mesma.
Muitos temem o não pensar. Temem cair em um estado onírico de in-
consciência, prenúncio da loucura. Por reflexo, temem a solidão, pois detestam
seu próprio solilóquio. Ignoram que o silêncio interior pode ser, como de fato é,

2 Jornalista, Rosacruz, escritor e cofundador do Canal Realidade Fantástica, versado em


Ocultismo, no Youtube: www.youtube.com/realidadefantastica.
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muito eloquente. Lembramos de uma senhora que nos disse, há anos, que
achava absurdo a conhecida imagem do Buddha, “sentado sem fazer nada” Ten-
tamos argumentar com a boa senhora que nem toda ação é física e que, de fato,
antes desta, é muito recomendável um outro tipo de ação, bem mais poderosa;
a interior. Sentado o Buddha resolveu o problema do sofrimento e criou uma
psicologia cuja riqueza e completude espanta os modernos psicólogos que dela
se familiarizam. O mesmo pode ser dito de outros grandes mestres do conheci-
mento, como Krishna, Cristo, Maomé etc.
A educação moderna privilegia o intelecto e despreza a sensação.
Mesmo no campo do raciocínio é deficiente, pois quando se sabe que um raci-
ocínio completo compreende diferentes ações, como dedução, indução, abdução
etc., “cercando” o objeto de várias maneiras, conclui-se que o que se aprende
mesmo na escola é assimilação automática. Aprender sem apreender. Repetir
sem refletir.
Portanto, ao mergulho intelectual, é necessário aprofundar a imersão
pelos mundos ignotos da alma. O vazio absoluto não existe. Dá-se o contrário:
preenchimento. Aprender a sentir será, possivelmente, a próxima grande revo-
lução na educação. Alguns métodos já existem, não obstante o desprezo e a
calúnia dos que pensam saber pensar...
Paradas estratégicas no raciocínio são fundamentais. É nelas que a com-
preensão vem.

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Secção biblioteca
Os sete princípios herméticos
A partir desta edição, vamos disponibilizar um texto sobre os sete prin-
cípios herméticos conforme consta n’O Caibalion3, para que os IIr⸫ tomem
conhecimento dessa vertente do misticismo.

Os Princípios da Verdade são Sete; aquele que os


conhece perfeitamente, possui a Chave Mágica
com a qual todas as Portas do Templo podem ser
abertas completamente.
O Caibalion

Os Sete Princípios em que se baseia toda a Filosofia hermética são os


seguintes:

I. O Princípio Mental.
II. O Princípio da Correspondência. [Edição anterior]
III. O Princípio da Vibração.
IV. O Princípio da Polaridade. [Nesta edição]
V. O Princípio do Ritmo.
VI. O Princípio da Causa e Efeito.
VII. O Princípio do Gênero.

Estes Sete Princípios podem ser explicados e explanados, como vamos


fazer nesta edição com cada um deles. Uma pequena explanação de cada um
deles será feita na edições que se seguem.

III. O Princípio da Vibração

Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.


O Caibalion

Este Princípio encerra a verdade que tudo está em movimento: tudo vi-
bra; nada está parado; fato que a Ciência moderna observa, e que cada nova
descoberta científica tende a confirmar. E contudo este Princípio hermético foi
enunciado há milhares de anos pelos Mestres do antigo Egito.

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Os três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da
Grécia. E-livro da Sociedade de Ciências antigas, p. 8-10.
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Este Princípio explica que as diferenças entre as diversas manifestações
de Matéria, Energia, Mente e Espírito, resultam das ordens variáveis de Vibra-
ção. Desde O Todo, que é Puro Espírito, até a forma mais grosseira da Matéria,
tudo está em vibração; quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada
será a posição na escala. A vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez
tão infinitas que praticamente ele está parado, como uma roda que se move
muito rapidamente parece estar parada.
Na extremidade inferior da escala estão as grosseiras formas da matéria,
cujas vibrações são tão vagarosas que parecem estar paradas. Entre estes pólos
existem milhões e milhões de graus diferentes de vibração. Desde o corpúsculo
e o elétron, desde o átomo e a molécula, até os mundos e universos, tudo está
em movimento vibratório. Isto é verdade nos planos da energia e da força (que
também variam em graus de vibração); nos planos mentais (cujos estados de-
pendem das vibrações), e também nos planos espirituais.
O conhecimento deste Princípio, com as fórmulas apropriadas, permite
ao estudante hermetista conhecer as suas vibrações mentais, assim como tam-
bém a dos outros. Só os Mestres podem aplicar este Princípio para a conquista
dos Fenômenos Naturais, por diversos meios. “Aquele que compreende o Prin-
cípio de vibração alcançou o cetro do poder”, diz um escritor antigo.

IV. O Princípio da Polaridade

Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto;


o igual e o desigual são a mesma coisa;
os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau;
os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades;
todos os paradoxos podem ser reconciliados.
O Caibalion

Este Princípio encerra a verdade: tudo é Duplo; tudo tem dois polos;
tudo tem o seu oposto, que formava um velho axioma hermético. Ele explica os
velhos paradoxos, que deixaram muitos homens perplexos, e que foram estabe-
lecidos assim: A Tese e a Antítese são idênticas em natureza, mas diferentes em
grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau; os pares de
opostos podem ser reconciliados; os extremos se tocam; tudo existe e não existe
ao mesmo tempo; todas as verdades são meias-verdades; toda verdade é meio
falsa; há dois lados em tudo, etc., etc.

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Ele explica que em tudo há dois polos ou aspectos opostos, e que os
opostos são simplesmente os dois extremos da mesma coisa, consistindo a dife-
rença em variação de graus. Por exemplo: o Calor e o Frio, ainda que sejam;
opostos, são a mesma coisa, e a diferença que há entre eles consiste simples-
mente na variação de graus dessa mesma coisa.
Olhai para o vosso termômetro e vede se podereis descobrir onde ter-
mina o calar e começa o frio! Não há coisa de calor absoluto ou de frio absoluto;
os dois termos calor e frio indicam somente a variação de grau da mesma coisa,
e que essa mesma coisa que se manifesta como calor e frio nada mais é que uma
forma, variedade e ordem de Vibração.
Assim o calor e o frio são unicamente os dois polos daquilo que chama-
mos Calor; e os fenômenos que daí decorrem são manifestações do Princípio de
Polaridade. O mesmo Princípio se manifesta no caso da Luz e da Obscuridade,
que são a mesma coisa, consistindo a diferença simplesmente nas variações de
graus entre os dois polos do fenômeno Onde cessa a obscuridade e começa a
luz? Qual é a diferença entre o grande e o pequeno? Entre o forte e o fraco?
Entre o branco e o preto? Entre o perspicaz e o néscio? Entre o alto e o baixo?
Entre o positivo e o negativo.
O Princípio de Polaridade explica estes paradoxos e nenhum outro Prin-
cípio pode excedê-lo. O mesmo Princípio opera no Plano mental. Permitiu-nos
tomar um exemplo extremo: o do Amor e o ódio, dois estados mentais em apa-
rência totalmente diferentes. E, apesar disso, existem graus de ódio e graus de
Amor, e um ponto médio em que usamos dos termos Igual ou Desigual, que se
encobrem mutuamente de modo tão gradual que às vezes temos dificuldades em
conhecer o que nos é igual, desigual ou nem um nem outro. E todos são sim-
plesmente graus da mesma coisa, como compreendereis se meditardes um mo-
mento. E mais do que isto (coisa que os Hermetistas consideram de máxima
importância), é possível mudar as vibrações de ódio em vibrações de Amor, na
própria mente de cada um de nós e nas mentes dos outros.
Muitos de vós, que ledes estas linhas, tiveram experiências pessoais da
transformação do Amor em ódio ou do inverso, quer isso se desse com eles
mesmos, quer com outros. Podeis pois tornar possível a sua realização, exerci-
tando o uso da vossa Vontade por meio das fórmulas herméticas. Deus e o Diabo,
são, pois, os polos da mesma coisa, e o Hermetista entende a arte de transmutar
o Diabo em Deus, por meio da aplicação do Princípio de Polaridade. Em resumo,
a Arte de Polaridade fica sendo uma fase da Alquimia Mental, conhecida e pra-
ticada pelos antigos e modernos Mestres hermetistas. O conhecimento do Prin-
cípio habilitará o discípulo a mudar a sua própria Polaridade, assim como a dos

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outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necessário para obter o domínio da
arte.

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Poesia

Acácia
Húdson Canuto∴
Maceió, 21/3/MMXXIII
Planta sagrada; símbolo solar,
No Egito, era Rá, e cultuavam;
O árabe fez um templo p’ra adorar
O ídolo de madeira que amavam!

Moisés fez dela a arca p’ra guardar


As divas Leis que ao povo orientavam;
De incensos ara fez para queimar,
Cujos fumos a Deus tanto agradavam.

O nome hoje a nós tanto remete


Ao mister de mantermos razão, fé,
Fidelidade ao que livre promete,

Já que somente Deus é o «Ele é»!


Que a tudo e ao mundo inteiro a Si submete;
Ledo diga: Huzé! Huzé! Huzé!

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