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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

ITALO BESERRA DE OLIVEIRA

RELATORIO: MÉTODOS DE VARREDURA DE POTENCIAL.

PROFESSORA: AMANDA DA SILVA


CARDOSO URCEZINO
DISCIPLINA: ELETROQUÍMICA

FORTALEZA- CE
2023
1. INTRODUÇÃO
Os métodos de varredura de potencial são técnicas eletroquímica usada para estudar a
resposta eletroquímica de um sistema em função do potencial aplicado. Esses métodos
envolvem a mudança controlada do potencial ao longo do tempo e a medição correspondente
da corrente [1].

Existem vários métodos de varredura de potencial comumente usados, incluindo


voltametria cíclica (VC), voltametria de pulso diferencial (VPD), voltametria de pulso normal
(VPN) e voltametria de onda quadrada (VOQ). Cada um desses métodos tem suas
características específicas e aplicações específicas [1][2].

A voltametria é um importante ramo da eletroquímica que estuda as correntes elétricas


geradas por reações químicas na interface eletrodo/solução. Estudamos voltametria para
entender os processos eletroquímicos que ocorrem nesta interface, bem como as propriedades
dos materiais envolvidos [2].

De acordo com Bard e Faulkner (2001), "a Voltametria Cíclica é uma técnica versátil
que permite a investigação de processos eletroquímicos reversíveis e irreversíveis,
determinação de parâmetros cinéticos e termodinâmicos, estudos de adsorção eletroquímica, e
caracterização de eletrodos e sistemas eletroquímicos". Essa técnica fornece informações
valiosas sobre a natureza das espécies eletroativas envolvidas, os mecanismos de reação, a
estabilidade de produtos e intermediários, e a influência de fatores experimentais nas respostas
eletroquímicas.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Compreender os princípios fundamentais de métodos de varredura de potencial e adquirir
conhecimentos sobre a voltametria cíclica e curva de potencial.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Aplicação e Visualização da técnica voltametria cíclica e obtenção do voltamograma


cíclico.
Obtenção da curva de polarização do aço 1020 em meio de H2SO4 0,5M e NaCl 3%.
3. MATERIAIS

Solução de K4Fe(CN)6 0,001M

Solução de KCl 0,1M

Solução de NaCl 3%

Eletrodo de trabalho Grafite

Eletrodo de Trabalho Cobre

Eletrodo de trabalho Aço Carbono 1020

Eletrodo de Auxiliar Platina

Eletrodo de referência Ag/AgCl/Cl-

Conectores “jacarés”

Béquer
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Inicialmente preparou a superfície do eletrodo utilizando lixas d’água de carbeto de


silício granulometria 4000, utilizando a Politriz/lixadeira com todo cuidado para deixar a
superfície do eletrodo com único plano. Ela é uma ferramenta utilizada para polimento e
lixamento de superfícies.
A figura 1 e 2 mostra a politriz/lixadeira utilizada para deixar a superfície do eletrodo
em um único plano. é uma ferramenta versátil e eficiente para polimento e lixamento de
superfícies. Ela permite obter resultados de qualidade de forma mais rápida e consistente,
tornando-a uma escolha popular em várias indústrias e atividades relacionadas ao acabamento
de superfícies.
Figura 1 - Politriz/Lixadeira.

Fonte: Autoria Própria

Figura 2 - Utilizando Politriz para deixar a superfície do Eletrodo em um único plana.

Fonte: Autoria Própria


As soluções utilizadas na célula eletroquímica foram, NaCl 3%, H2SO4 0,5M e
K4Fe(CN)6 0,001M em KCL 0,1M. Foram utilizados os eletrodos de trabalho Grafite comum,
eletrodo auxiliar de Platina e o eletrodo de referência Ag/AgCl/Cl-.
As medidas eletroquímicas foram realizadas em uma célula eletroquímica adaptada com
um béquer contendo três entradas de modo a acomodar os eletrodos que compõe o sistema de
estudo. Os experimentos foram realizados utilizando um potenciostato/galvanostato da
Metronhm Autolab, controlado pelo software NOVA.

Figura 3 - Potenciostato/galvanostato Autolab da Metronhm, célula eletroquímica com solução de K4Fe(CN)6


em KCl, com os eletrodos: trabalho, auxiliar e de referência.

Fonte: Autoria Própria


5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Utilizando os dados da varredura, obtemos a Figura 4, mostra as diferentes curvas para
as diferentes velocidades de varredura.
Figura 4 - Resultado da Varredura em diferentes velocidades, utilizando a Voltametria Cíclica como técnica.

0,0010
-1
5 mV s
-1
10 mV s
-1
25 mV s
0,0005 50 mV s
-1

0,0000
I (A)

-0,0005

-0,0010
-0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
E(V)

Fonte: Autoria Própria

Dentre as técnicas eletroquímicas, podemos citar a voltametria cíclica (VC) mais


comumente utilizada para obter informações qualitativas e/ou quantitativas sobre
reações eletroquímicas.
A curva é obtida variando continuamente o potencial e medindo a corrente
resultante. ela fornece informações importantes sobre o comportamento eletroquímico
do sistema. É frequentemente usado para determinar parâmetros como resistência à
polarização, taxas de reação eletroquímica, presença de processos de difusão,
estabilidade dos produtos da reação e natureza reversível ou irreversível das reações.
Figura 5 - Curva de Polarização

-1,5

-2,0

-2,5
log i (A cm )
-2

-3,0

-3,5

-4,0

-4,5

-5,0

-5,5

-0,35 -0,30 -0,25 -0,20 -0,15


 (V v.s E.R.H)
Fonte: Autoria Própria
A análise da curva de polarização pode ajudar a compreender os mecanismos de
reação eletroquímica, identificar possíveis limitações cinéticas ou de transporte de
massa e otimizar as condições experimentais para melhorar o desempenho
eletroquímico de um sistema [2].
6. CONCLUSÃO

A voltametria cíclica permite o estudo de processos eletroquímicos reversíveis e


irreversíveis, proporcionando uma visão abrangente das reações que ocorrem na interface
eletrodo/solução. Além de caracterizar eletrodos e sistemas eletroquímicos, permite a
determinação de parâmetros cinéticos e termodinâmicos e o estudo da adsorção eletroquímica.
Com sua capacidade de variar continuamente o potencial, ela pode identificar mecanismos de
reação, a estabilidade de produtos e intermediários e a influência de fatores experimentais na
resposta eletroquímica.
As curvas de polarização fornecem informações detalhadas sobre a relação entre a
densidade de corrente e o potencial aplicado. É especialmente útil no estudo da cinética
eletroquímica das reações. Através da curva de polarização, diferentes regiões podem ser
distinguidas, como região de polarização inicial, região de polarização ativa e região de
polarização difusa. Cada uma dessas regiões fornece informações sobre o mecanismo de reação,
a presença de camadas de produto ou espécies adsorvidas e o papel da transferência de carga e
transporte de massa.
As duas são técnicas complementares que desempenham um papel crucial na
compreensão dos processos eletroquímicos. Ambos fornecem informações importantes sobre
as propriedades das espécies eletroativas, mecanismos de reação, estabilidade do produto,
características do eletrodo e influência de fatores experimentais.
REFERÊNCIAS
1. DELGADO, Ángel V. et al. Técnicas de electroquímica. Universidad de Sevilla, 2013.
2. BARD, Allen J.; FAULKNER, Larry R. Electrochemical Methods: Fundamentals and
Applications. 2nd ed. Wiley, 2001.

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