Você está na página 1de 3

O Realismo como forma de crítica

O realismo propriamente dito é uma forma de expressão que existe


desde os primórdios da sociedade, como, por exemplo, nas pinturas
rupestres encontradas nas cavernas, nos mapas produzidos etc. Esse
movimento graduou-se na representação fiel à realidade, repudiando
elementos de natureza artificial, como existia no romantismo e no
neoclassicismo.
No entanto, o realismo como forma organizada de arte teve início no
final do século XIX, visando a fidedignidade das obras e as críticas
relacionadas a elas. Ao contrário do romantismo, o realismo buscava a
representação do “o que é”, expressando ideias simples e autênticas, tais
como:
A obra de Monsieur
Courbet, Bounjour, retrata um
simples encontro entre homens,
não tendo aspectos típicos do
romantismo.

A Casa, obra de Jožef Petkovšek,


é um ótimo exemplar de arte realista,
representando um simples jantar em
família dentro de uma casa.
Estas obras, apesar de simples, representam um grande marco em
todos os meios artísticos, principalmente na literatura.
O realismo na literatura entendia-se como uma forma de ilustrar o
cotidiano e o homem em sua totalidade, adotando, em muitos casos, um
tom crítico, normalmente demonstrado algo banal que o romantismo
buscava esconder (como o egoísmo humano, o amor adúltero, a
falsidade, a imponência das figuras de poder etc.).
O autor Manoel Antônio de Almeida, em seu livro Memórias de um
Sargento de Milícias, utiliza do realismo para realizar a construção de
seus personagens, assim como costumes e lugares do livro.

PERSONAGENS:

Os personagens representados no livro mostram-se errôneos e, muitas


vezes, têm suas ações baseadas em suas ambições e desejos. Além disso,
o comportamento destes é notoriamente definido por suas condições,
refletindo e induzindo à crítica à realidade de muitas pessoas, afetadas
pela desigualdade social existente no país.
CONTEXTO HISTÓRICO:

O livro insere-se no período colonial do Rio de Janeiro, no final do


século XVIII e início do século XIX, como pode-se ver no trecho: “Era
no tempo do Rei, [...]”. Muitas vezes, no livro, temos características
próprias do tempo vivido representadas nele, tais como: A utilização do
barco a vapor, rituais religiosos (como a Via-Sacra do Bom Jesus, o
Oratório da Pedra etc.) e lugares da época (a Igreja da Sé, o Paço da
Liberdade etc.)

Você também pode gostar