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Como funciona o sistema de saúde na Holanda

A Holanda é um dos países com melhor qualidade de vida do mundo, e de acordo com o
relatório de 2018 do Euro Health Consumer Index, em uma lista de 35 países, o sistema
de saúde na Holanda está classificado como o segundo melhor da União Européia,
sendo que há três anos consecutivos segue entre as três primeiras posições no hanking.

O sistema de saúde na Holanda é universal. Até o ano de 2006, o sistema de saúde


holandês era baseado no seguro social combinado com um esquema de seguro privado
cobrindo os que estão em melhor situação. Após reforma no sistema, todos os residentes
agora são obrigados a comprar apólices de seguro (seguro de saúde), que cobrem um
pacote de benefícios definidos por cada instituição.

Todos os serviços de atenção primária e de longo prazo devem ser oferecidos a um


preço fixo. É ilegal que empresas recusem cobertura para qualquer pessoa ou imponham
taxas ou condições punitivas com base na situação financeira ou de saúde de alguém.

Apesar de ser obrigatório pelo governo, o seguro é um serviço particular. O governo


auxilia aqueles que não tem condições de pagar o seguro, mas esse pode ser um
processo um pouco burocrático. O cidadão pode escolher a seguradora e o médico,
tornando o sistema altamente competitivo entre as seguradoras para oferecer o melhor
preço. Apenas os adultos pagam: todas as crianças (até 18 anos)
são cobertos por uma contribuição do governo, além de uma contribuição do
empregador não independente para um fundo central, que é redistribuído entre as
seguradoras em uma base ajustada ao risco.

O sistema de saúde holandês está entre os mais caros da Europa, embora o crescimento
tenha se estabilizado desde 2012, após ter sido revertido para um sistema de acordos
setoriais sobre gastos. Os altos gastos gerais devem-se principalmente a um setor de
cuidados de longo prazo comparativamente grande. Com a abolição de 2006 do regime
de seguro privado, as despesas públicas aumentaram cerca de dois terços do total em
2005 para 82,7% em 2006, e desde então desceu ligeiramente para 80,7% em 2015 (a
média da União Europeia é 78,7%).
Atendimento médico - como funciona?

Após obter um seguro saúde, é hora de escolher seu Huisarts, que chamamos também


de médico da família (clínico geral). Para cada bairro e região existe um médico da
família, e normalmente as pessoas realizam seu cadastro com aquele que encontra-se
mais próximo da sua casa, algo em torno de 15 minutos de caminhada de onde mora.

Para se consultar com um especialista, é necessário passar primeiro pelo médico da


família. Na consulta, que deverá ser previamente agendada, o médico da família irá
analisar os sintomas do paciente e realizar uma triagem, e será ele quem decide se é
necessário um encaminhamento ao especialista ou não. Vale destacar que a Holanda é
uma das principais referências do mundo quanto ao uso de prontuário eletrônico, o que
facilita a comunicação e identificação do histórico do paciente.

Muitos consultórios oferecem um horário de consulta por telefone para atender novos
pacientes. Nem todas as clínicas aceitarão novos pacientes, mas há a possibilidade de
uma lista de espera para ingressar. Você pode encontrar uma lista de médicos locais
visitando a prefeitura, que deve fornecer um guia da comunidade, ou pesquisando online
em sites holandeses locais. A maioria das seguradoras de saúde também oferece uma
lista de médicos da família que aceitarão novos pacientes.

Dificilmente os pacientes são encaminhados para especialistas, e curiosamente, o


medicamento mais receitado pelos médicos é o paracetamol. Outro fato é que, os
médicos fazem de tudo para que o corpo cure sozinho. Essa prática faz com que as
pessoas não façam uso indiscriminado de medicamentos.

A maioria dos especialistas trabalha em um ambiente hospitalar e, infelizmente, o


paciente pode enfrentar um longo período de espera. O pacote básico de seguro saúde
cobre uma visita a um especialista, mas pode ser cobrada uma taxa extra, dependendo
do tratamento.

Na Holanda também existe a Buurtzorg,  uma organização de atendimento domiciliar


que atraiu a atenção internacional por seu uso inovador de equipes de enfermagem
independentes na prestação de cuidados de custo relativamente baixo. É utilizada na
prestação de serviços de enfermagem em domicílio a idosos, pessoas com dificuldade
de locomoção, em recuperação de uma cirurgia ou com algum vício, como álcool e
drogas.

Criada em 2007, a Buurtzorg tem 850 grupos de enfermeiros, agregando 10.000


profissionais que atendem 70.000 pacientes. Cada time de enfermeiros é livre para
organizar o próprio trabalho, e não há gerentes ou chefes na eequie
Avaliação do sistema de saúde holandês

Olhando para tendências ao longo do tempo, a Holanda tem testemunhado um declínio


constante na mortalidade abaixo dos 75 anos, em torno de 30%
entre 2000 e 2013. Isso aponta para melhorias constantes no acesso e na qualidade dos
cuidados de saúde em geral.

A Holanda tem um baixo número de hospitalizações evitáveis, indicando que os


cuidados primários e os cuidados secundários ambulatoriais ajudam a prevenir o
desenvolvimento de sintomas graves, bem como relativamente baixa mortalidade
evitável. Os números de hospitalizações evitáveis por asma, insuficiência cardíaca
congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica e complicações agudas da diabetes são
mais baixas do que na maioria dos outros países da União Europeia.

O acesso à saúde é bom, com poucas barreiras financeiras, geográficas ou tempo de


espera. Existem, no entanto, preocupações sobre o aumento do tempo de espera e
escassez de mão de obra, principalmente de enfermeiros. Os cuidados de clínicos gerais
permanecem gratuitos, mas há muito debate público sobre o aumento da divisão de
custos, principalmente devido à franquia obrigatória, embora os gastos diretos
permaneçam comparativamente baixos.

Fonte: WHO/Europe
país é a Holanda, onde o primeiro do contato do paciente no sistema de saúde é com
o médico de família e comunidade, e obrigatoriamente a unidade de saúde é a porta
de entrada de todo o sistema, sendo filtro para os problemas apresentados aos
demais especialistas focais. Esse sistema é financiado por impostos e também por
seguro privado.
Considerado um dos melhores países para se viver da Europa e do mundo, devido ao
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado, tem um sistema de saúde de
qualidade que garante assistência adequada de acordo com os princípios de Atenção
Primária. Cada equipe é responsável por 2.200 mil habitantes.
Atua com gatekeeper, ou seja, as unidades de saúde são a porta de entrada para o
sistema nacional de saúde. Para o paciente ter acesso a um especialista focal, precisa
passar pelo médico de família e comunidade que emite um formulário de indicação a
esse outro especialista. Os generalistas são responsáveis pelos serviços de primeiro
contato para a maior parte dos problemas apresentados pelos pacientes,
independentemente da idade e sexo. A relação médico-paciente é um dos tópicos
mais importantes e aplicados no sistema. Além disso, a Holanda é uma das principais
referências do mundo quanto ao uso de prontuário eletrônico, o que facilita a
comunicação e identificação do histórico do paciente. A maioria dos médicos trabalha
em grupos. São empregados públicos recebendo remuneração na forma de salários.
 
Aos fins de semana e entre às 17h e 8h, horário de fechamentos das unidades, postos
ficam abertos ao lado de hospitais de urgência, com médicos de família e comunidade
para atendimento. Cada MFC da região tem dois plantões por mês nesse formato.
Com esse sistema de funcionamento, os pacientes terminais, cuja maioria é tratada
em casa, podem ser atendidos em casos de intercorrência.
 
Reformulado em 2006, o sistema da Holanda é baseado no pagamento do seguro de
saúde obrigatório a todos que vivem e trabalham no país. A iniciativa teve como
proposta a cobertura universal.  Antes (entre 1941 e 2005), existiam sistemas de
saúde públicos e privados, separados por seguro saúde de curto prazo. A população
de baixa renda era coberta pelo governo e os que tinham condições, possuíam planos
de saúde privados.
 
As gestações sem riscos são acompanhadas por parteiras. E a paciente pode escolher
se o parto será em casa ou no hospital, de acordo com as condições de saúde da mãe
e bebê. Apenas a gravidez de risco tem o pré-natal feito com ginecologista e obstetra.
Seguro de saúde
O sistema é baseado no princípio da solidariedade social, ou seja, todos pagam pelos
custos da saúde, sem fins lucrativos. Como citado acima, o principal objetivo é uma
cobertura universal. Esse seguro oferecido por seguradoras privadas dá acesso à
Atenção Primária, além de medicamentos prescritos. Mesmo sendo privadas, essas
seguradoras seguem uma específica regulamentação do Estado.
A arrecadação do seguro mantém apenas o sistema de saúde. O cidadão que não
adere ao seguro paga multa. Existem modelos diferentes de seguro, de acordo com os
serviços prestados e também com a demanda de cada indivíduo. Até os 18 anos, os
cidadãos são beneficiados pelos prêmios dos pais. A população carente tem auxílio do
governo para ter o seguro saúde e assim, equalizar todo o sistema.
Enfermagem
Para atuar no sistema, além da graduação em enfermagem, é preciso um ano de
especialização como “enfermeiro da família”. Em casos de pacientes que demandam
algum tipo de cirurgia, o enfermeiro o acompanha do hospital e após a alta, em visitas
domiciliares.
Uma vez por semana são realizadas reuniões com a coordenadora de enfermagem
para discussão dos casos principais e que demandam acompanhamento.
Principalmente dos pacientes de home-care, devido aos enfermeiros atuantes serem
de organizações privadas, não sendo funcionários públicos.
Sobre o sistema
Mesmo completando 12 anos em 2018, está sempre em fase de ajustes para cada vez
mais contribuir na qualidade de vida do cidadão holandês e também
dos trabalhadores do país. Originalmente, esse modelo foi desenhado para
implementação nos Estados Unidos como solução dos diversos problemas de saúde
que o governo enfrenta a cada nova gestão.
Referências:
  The Commomwealth Fund. Universal Mandatory Health Insurance in The
Netherlands: A    Model for the United States? Disponível em:
http://www.commonwealthfund.org/publications/in-the-literature/2008/may/universal-
mandatory-health-insurance-in-the-netherlandsa-model-for-the-united-states
 
Sistema de saúde Holandês
Para obter acesso à saúde na Holanda é obrigatório possuir um seguro.
De acordo com os holandeses o acesso a saúde deve ser igual para todos,
desse modo, todos deveriam pagar pelo serviço.
Porém há pessoas que não têm condições de arcar com os preços dos
planos.
Nesse caso o governo auxilia podendo, no entanto, ser um processo
burocrático.
Seguradoras de saúde na Holanda
Sendo obrigatória a aquisição de um plano de saúde para ter acesso a
médicos, há um mercado grande e competitivo de seguradoras de saúde na
Holanda.
As mais famosas são Zilveren Kruis, Independer e Partner Pete.
Uma grande vantagem do sistema de saúde holandês é a possibilidade do
cidadão poder escolher o médico e a seguradora, o que gera alta
competitividade entre as empresas, fazendo com que as seguradoras corram
para oferecer o melhor preço ao cliente.
Há diversas seguradoras de saúde na Holanda, aumentando a oferta e
fazendo com que os preços variem bastante de plano para plano.
Todavia, o preço médio do seguro básico encontra-se na faixa de 100€ cada
mês para adultos, sendo as crianças cobertas pelo seguro dos responsáveis.
O quesito preço é um fator importante na hora da escolha de um plano de
saúde.
E não só isso, na hora da escolha, fatores como qualidade e eficiência
também pesam na balança.
Tendo isso em vista, conhecer as melhores opções e preços é a melhor
forma de realizar a escolha correta – aquela que atenda a todas as
suas necessidades e que cumpra com tudo que é prometido.
Assim, grande parte das seguradoras de saúde na Holanda tem acordos com
diversas empresas para obter descontos para os seus empregados, onde em
alguns casos é mais viável financeiramente a aquisição de planos por
intermédio da empresa em que você trabalha, podendo ser o caso da própria
empresa oferecer seguros privados médicos.
No planos básicos comuns você obtém acesso a diversos serviços tais
como:
 Serviços clínicos gerais, hospitais, obstetras e especialistas;
 Hospitalização;
 Serviços de Enfermagem Comunitária ;
 Acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos;
 Fisioterapia (até 18 anos);
 Atendimento odontológico (até 18 anos);
 Acesso a vários equipamentos médicos;
 Acesso a vários medicamentos prescritos;
 Acesso à Pré-natal;
 Transporte de pacientes;
 Cuidados paramédicos;
 consultas ao nutricionista;
 três tratamentos de fertilização in vitro;
 Programas de cessação do tabagismo;
As Seguradoras oferecem também um leque adicional de serviços que
podem contar com melhorias como plano ortodôntico completo,
atendimento psiquiátrico, fisioterapia,etc – os preços para esses serviços
adicionais costumam ser mais caros, embora possa ser em conta de acordo
com as necessidades de cada um.
É importante destacar que, além do seguro básico, deve-se realizar o
pagamento anual e fixo de um valor que é utilizado para custear as suas
primeiras visitas ao médico, sendo em cerca de 385€ o valor pago. As
Superado esse valor nas suas consultas médicas, você não será cobrado
adicionalmente.
Funciona da seguinte maneira: Se você paga a cada visita ao médico 200€,
após duas consultas já terá amortizado o valor, e não será cobrado nada a
mais nas consultas posteriores.
Huisarts e o atendimento médico na Holanda
A figura do “Huisarts” é peça chave no sistema de saúde holandês.
Huisarts são os médicos de família que prestam atendimentos médicos na
Holanda.
Será através dele que você será encaminhado a um hospital ou especialista,
quando necessário.
Funciona da seguinte maneira – você marcará uma consulta e o Huisarts irá
fazer uma triagem e checar os seus sintomas, identificando a necessidade,
ele o encaminhará ao especialista.
Um fato interessante do sistema holandês é que para o encaminhamento a
um especialista, os médicos de família costumam apenas fazê-lo em
situações realmente indispensáveis.
Em caso de emergência
Você não deve se dirigir diretamente ao hospital antes de conversar com o
huisarts na Holanda, o que acontece normalmente é ser realizada uma
ligação para o médico informando os sintomas e ele irá lhe informar se
você deve ou não se dirigir ao hospital.
Porém, há exceções em que você pode ir sem a consulta prévia ao médico,
e ocorre somente em casos de urgência e emergência como:
 Fratura;
 Infarto;
 Convulsão.
Medicamentos
Os medicamentos na Holanda são pagos pelos seguros de saúde.
Isso mesmo, você não precisa pagar pelos medicamentos que o seu médico
receitar, eles estarão incluídos na sua mensalidade paga ao plano de saúde. 
Haja vista, que a maioria dos medicamentos vendidos na farmácia
necessitam de receita médica, com exceção de remédios para dores de
cabeça, cólicas ou medicamentos para resfriados e afins.
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