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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO

ESPECIAL CIVEL DA COMARCA DE GUARULHOS-SP


PROCESSO Nº...
A, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe da AÇÃO CIVÉL, através de seu
procurador infra-assinado, açã o que move em face; de B, também já qualificada, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 350 e 351 do Có digo
de Processo Civil, apresentar sua manifestaçã o à contestaçã o em atençã o à defesa
apresentada na forma de contestaçã o, e dos respectivos documentos, oferecer RÉPLICA A
CONTESTAÇÃO, o que o faz pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
1. DAS PRELIMINARES
Meritíssimo juiz, as preliminares trazidas e arguidas pela RÉ nã o merecem serem acolhidas,
vez que desprovida de fundamentos fá ticos e jurídicos, aliado ao fato de que confundem-se
com o mérito da causa, devendo serem julgadas por ocasiã o da sentença de mérito. Desta
forma, requer o AUTOR, o afastamento das preliminares suscitadas, pelos motivos
expostos, prosseguindo-se o feito em seus ulteriores trâ mites processuais, por medida da
mais lídima justiça.
2. DO MÉRITO
Meritíssimo Juiz, data má xima vênia, a contestaçã o trazida pela RÉ nã o merece prosperar,
vez que igualmente carecedora de fundamentos fá ticos e jurídicos, denotando apenas o
intuito da Ré de defender o indefensá vel com meras alegaçõ es desprovidas de amparo
legal, sendo em tese, peça procrastinató ria, ficando também totalmente impugnados os
documentos juntados, vez que imprestá veis como provas em juízo, porque nã o atendem ao
comando legal do artigo 350 e 351 do CPC, devendo serem desentranhados para evitar
qualquer tumulto processual, ratificando o Autor, os termos da inicial, protestando pela
procedência da açã o, por medida da mais lídima justiça.
3. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor, nã o possuindo condiçõ es financeiras para arcar com a custa processual, sem
prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, juntou declaraçã o de
hipossuficiência na Inicial, Por tais razõ es, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita,
nos termos da Constituiçã o Federal, artigo 5º, LXXIV e Lei 1.060/50.
Muito embora esteja representada por Patrono particular, isto nada prova quanto à s
condiçõ es econô micas da Reclamante estar apta ou nã o de custear o presente processo,
assim como é uma faculdade do Autor estar ou nã o pelo advogado do sindicato ou
advogado particular, e a lei em nada fala de objeçõ es a este respeito.
pobreza não é medida única e exclusivamente pela renda auferida, mas por uma
somatória de fatores, como o nível de endividamento, por exemplo", concluiu.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA.
COMPROVAÇÃO ( DJ 11.08.2003) Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, §
2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do
declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a
sua situação econômica (art. 4º, § 1º, da Lei nº 7.510/86, que deu nova redação à Lei nº
1.060/50).
Portanto de acordo com a jurisprudência consolidada dos nossos Tribunais, nã o resta
dú vida que O Autor faz jus sim a GRATUIDADE DE JUSTIÇA, e que por completo deve ser
afastado a pretensã o da parte Reclamada em desqualificar tal pretensã o por tais motivos, e
que seja ratificado os pedidos da peça vestibulanda.
4. DA MATRICULA
Nã o procede a alegaçã o da ré, quanto a renovaçã o da matricula, fls 58, sã o mera alegaçã o, e
nã o merece prosperar, vez que sem fundamentos fá ticos e jurídicos, e ainda consta
documentos acostado aos autos fls 23, ao qual comprova que foi solicitado No dia
02/01/2016 e foi disponibilizado no dia 07/01/2016, (Doc. Nos autos), o pedido de
transferência para outra instituiçã o, juntamente com o histó rico escolar do autor, De modo,
que fica demostrado todos os fatos alegado na inicial, pelo qual vem o autor pedir ao
meritíssimo juiz, para que declare a inexistência do débito, no valor de R$ 2.630,04, (dois
mil seiscentos e trinta reais e quatro centavos).
Isto posto, requer a Vossa excelência a que seja a ré compelida a declarar inexigível o
débito existente, no valor de R$ 2.630,04, (dois mil seiscentos e trinta reais e quatro
centavos).
Seja a ré compelida ao pagamento da repetiçã o do indébito no valor R$1.212,00, bem como
pagamento a título de Danos Morais no valor de R$15.000,00.
4. COBRANÇA INDEVIDA/ REPETIÇÃO DE INDÉBITO
Meritíssimo Juiz, data má xima vênia, a contestaçã o trazida pela reclamada nã o merece
prosperar, vez que é carecedora de fundamentos fá ticos e jurídicos, denotando apenas o
intuito da reclamada de defender o indefensá vel com meras alegaçõ es desprovidas de
amparo legal, sendo em tese, peça procrastinató ria, as fls 61e 62, demostra a má fé da Ré ao
alegar que as provas do autor, referente a cobrança indevida/repetição de indébito,
referente ao mês 04/2015, refere-se a fls 19, quando na verdade, o comprovante de
pagamento, acostado aos autos, encontra se as fls, 16, assim, fica impugnados todos
documentos, e legaçõ es da ré.
Isto posto, requer a Vossa excelência, que seja a ré compelida ao pagamento da repetiçã o
do indébito no valor R$1.212,00. (Um mil e duzentos doze reais).
5. DO DONO MORAL
A ré alega que nã o houve ofensa à honra do autor, ainda que fosse possível afirmar a
prá tica de qualquer ato ilícito pela Requerida, o que se admite apenas por apego ao
argumento, é certo que o autor nã o demonstrou a existência de prejuízo.
No entanto, é notó rio os danos sofridos pelo autor. É evidente as falha de procedimento da
Ré ao cobrar dívida inexistente, e cobranças repetidas, Causando danos materiais, a honra,
a imagem, e dano Psico, ao autor, decorrente da perturbaçã o por cobranças via telefone, em
qual quer dia e horá rio, inclusive noturno. A ré deve responder pela lisura em suas
cobranças, tomando para tanto, todas as medidas cabíveis para evitar prejuízos ao
consumidor, a ré deve responder pela lisura em suas cobranças, tomando para tanto, todas
as medidas cabíveis para evitar prejuízos ao consumidor, o que fica evidente que nã o o fez,
devendo, portanto, reparar os danos sobrido pelo autor. Senã o vejamos;
A Magna Carta em seu art. 5º consagra a tutela do direito à indenizaçã o por dano material
ou moral decorrente da violaçã o de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem
das pessoas:
"Art. 5º (...) -X -sã o inviolá veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenizaçã o pelo dano material ou moral decorrente de sua violaçã o;
(...)”.
Assim, a Constituiçã o garante a reparaçã o dos prejuízos morais e materiais causados ao ser
humano. Este dispositivo assegura o direito da preservaçã o da dignidade humana, da
intimidade, da intangibilidade dos direitos da personalidade.
Dessa forma, o Art. 186 do CÓ DIGO CIVIL define o que é ato ilícito, entretanto, observa-se
que nã o disciplina o dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil, matéria tratada no
art. 927do mesmo Có digo. Sendo assim, é previsto como ato ilícito à quele que cause dano,
ainda que, exclusivamente moral. Faça-se constar Art. 927, caput, do mesmo diploma legal:
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artes. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará -lo.
"Os Tribunais pá trios, já decidiram casos aná logos ao presente, consolidando entendimento
no sentido ao cabimento da indenizaçã o pela cobrança indevida a clientes de bancos.
O STF tem proclamado que, “a indenização, a título de dano moral, não exige comprovação
de prejuízo “(RT 614/236), por ser este uma consequência irrecusável do fato e um” direito
subjetivo da pessoa ofendida “(RT 124/299).
As decisõ es partem do princípio de que a prova do dano (moral), está no pró prio fato, ” não
sendo correto desacreditar na existência de prejuízo diante de situações potencialmente
capazes de infligir dor moral”. Esta não é passível de prova, pois está ligada aos sentimentos
íntimos da pessoa. Assim, é correto admitir-se a responsabilidade civil, p. Ex., na maioria dos
casos de ofensa à honra, à imagem ou ao conceito da pessoa, pois se sub entendem feridos
seus íntimos sentimentos de autoestima (CRJEC, 3ª Turma, Rec. 228/98, rel. Juiz Demócrito
Reinaldo Filho, j. 20.08.98, DJ 21.08.98).
Como já proclamava José de Aguiar Dias, nesses casos "acreditar na presença de dano é
tudo quanto há de mais natural"(Da Responsabilidade Civil, vol. II, p. 368).
Sobre dano moral a Egrégia Corte do Superior Tribunal de Justiça entende que:
“Ementa: Dano moral puro. Caracterização. Sobrevindo em razão de ato ilícito, perturbação
nas relações psíquicas, na tranquilidade, nos entendimentos e nos afetos de uma pessoa,
configura-se o dano moral, passível de indenização. (STJ, Min. Barros Monteiro, T. 04,
Resp.0008768 decisões18/02/92, DJ 06/04/1998, p. 04499)”.
De imediato, percebe-se que a Ré deliberadamente atingiu e molestou a honra e a
integridade moral do Autor, no momento que foi exigido débitos mensais do qual ele nã o é
devedor, logo o dano moral ficou evidenciado ao se sentir lesado em seus vencimentos
salariais se de fato for compelido a efetuar pagamentos, subtraindo de sua esfera a
possibilidade de efetuar a quitaçã o das mensalidades da atual instituiçã o de ensino do qual
é aluno, gerando sofrimento e causando danos irrepará veis.
A ré deve responder pela lisura em suas cobranças, tomando para tanto, todas as medidas
cabíveis para evitar prejuízos ao consumidor. É notó ria a falha de procedimento da mesma
ao cobrar dívida inexistente, e cobranças repetidas, devendo, portanto, assumir pelos
danos decorridos.
Assim, por todo o exposto, fica demostrado, o dano, e prejuízo à honra, a imagem, e também
o dano psicoló gico, no seu intimo, pelo qual deve ser reparado.
Posto isto, postula coerentemente o Autor, que seja impugnados todas as alegaçõ es, e
documentos da Ré, a manutençã o dos pedidos nos termos da inicial, condenando a ré, ao
pagamento de indenizaçã o por danos morais, caracterizados pelos fatos e provas acima
narrados, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), ou caso o meritíssimo juiz entenda
diferente, que seja arbitrado por vossa excelência em outro quantum.
6. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto requer se digne Vossa Excelência em receber a presente impugnaçã o, a
fim de dar pela procedência da açã o, com a condenaçã o da Ré, em todos os pedidos
contidos na exordial.
Nesses Termos, Pede Deferimento.
Guarulhos/SP, 05 de Dezembro de 2016.
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JOSE LUIZ ALMEIDA GOMES
OAB/SP 379.67

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