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Paz Fabião Jó Samanhanga

Eldorada Carmona
Graça Manuel D.N.Forquia
Sara Joaquim António Manhica
Manuela Pedro Ardicha
Arcénio Luís Nhanzozo
Ercilia Safrão

Testes de Hipoteses, elementos a considerar na realizacao de testes de Hipoteses, Tipos de erros,


Principalmente erros do Tipo 1
Mestrado em Saúde Publica

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


BEIRA
2023
Testes de Hipoteses, elementos a considerar na realizacao de testes de Hipoteses, Tipos de erros,
Principalmente erros do Tipo 1
Cadeira de Bioestatística

Primeiro trabalho em Grupo do Modulo da


Bioestatística de carácter avaliativo a ser
apresentado no Centro de Pós graduação sub
orientação do :
Docente: Msc João Domingos Fonseca

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


BEIRA
2023

Indice Paginas
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................................................4
1.2. Objectivo.............................................................................................................................................................................4
Testes de hipóteses....................................................................................................................................................................4
2.1. Hipótese estatística..............................................................................................................................................................5
Teste de Hipóteses......................................................................................................................................................................5
2.1.1. Conceitos:.........................................................................................................................................................................6
3. Planificação amostral:............................................................................................................................................................6
3.1. Erros amostrais....................................................................................................................................................................6
3.2. Erros não-amostrais.............................................................................................................................................................6
3.3. Erros na conclusão do teste de hipóteses:...........................................................................................................................6
3.3.1. Dois tipos de erro:............................................................................................................................................................7
5. Tipos de testes de hipóteses...................................................................................................................................................7
Teste de Hipóteses Bicaudal......................................................................................................................................................7
Teste de Hipóteses monocaudal.................................................................................................................................................8
6. Passos para a Construção de um Teste de Hipóteses.............................................................................................................8
7. O Processo de testar Hipóteses..............................................................................................................................................8
8. Montagem do Problma Matematicamente.............................................................................................................................9
8.1. Hipotese Nula......................................................................................................................................................................9
8.2. Hipótese Alternativa............................................................................................................................................................9
Teste bicaudal ou bilateral..........................................................................................................................................................9
9. Erros do Tipo I e Tipo II......................................................................................................................................................12
10. Interpretação.......................................................................................................................................................................12
PARTE II : DEMOSTRACAO DO USO DE TESTE DE HIPOTESES................................................................................14
Protocolo de Pesquisa...............................................................................................................................................................14
2. Introdução............................................................................................................................................................................14
2.1. Relevância do Estudo........................................................................................................................................................14
2.2. Conceitos...........................................................................................................................................................................14
2.3. Objectivos.........................................................................................................................................................................15
2.4.1. Objectivo Geral..............................................................................................................................................................15
2.4.2. Objectivos Específicos...................................................................................................................................................15
2.4.5. Metodologia...................................................................................................................................................................15
4.1. Variáveis do Estudo..........................................................................................................................................................16
Tabela das variáveis colhidas...................................................................................................................................................16
2.4.5.1. Procesamenta de Dados( Variáveis)............................................................................................................................17
2.4.5.2. Testando Hipóteses.....................................................................................................................................................17
2.4.5.3. Interpretando o resultado do teste...............................................................................................................................18
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................................19
1. INTRODUÇÃO

A estatística tem uma grande importância na pesquisa científica, a onde pode ser útil para tomadas de
decisões racionais do dia-a-dia. Para Batanero (2001) apud CORREA, (2012), a Estatística tem um
importante papel na sociedade moderna, pois ela fornece ferramentas que permitem analisar as
variáveis sob diversas ópticas, verificando as possíveis relações existentes através de estudo e
experimentos e, consequentemente, dando caminhos para uma possível tomada de decisão de forma
coerente e direccionada.

Para que um trabalho científico seja realizado de forma adequada, torna-se necessário e indispensável
na maioria dos casos, traçar objectivos pré-estabelecidos, que reflectem aquilo que o investigador
pretende pesquisar, analisar, testar, verificar.

No presente trabalho, abordar-se-ão algumas das questões colocadas em forma de afirmações, as


denominadas hipóteses, testes de hipóteses e alguns dos erros que delas podem advir.

Entretanto, para inferência estatística usam – se procedimentos por meio do quais as informações
obtidas com base de dados amostrais são utilizadas para o estabelecimento de conclusões e tomadas de
decisões sobre a população da qual a amostra foi extraída.

1.2. Objectivo

 Demonstrar o uso da teste de na tomada de decisões sobre uma ou mais populações baseado na
informação obtida da amostra e verificar se os dados amostrais trazem evidência que apoiem
uma hipótese estatística formulada ou não.

1. Testes de hipóteses
Os trabalhos científicos são realizados com objetivos bem estabelecidos, expressos por meio de
afirmações que os pesquisadores desejam verificar. Tais afirmações provisórias são denominadas
hipóteses. Após formulá-las adequada- mente, os investigadores realizam o levantamento dos dados e os
analisam estatísticamente, buscando resultados que confirmem ou nào essas hipóteses. Como, na maioria
das vezes, os dados provêm de amostras, a decisão final a respeito de uma hipótese científica está
associada a uma probablidade de erro. O erro de decisão não pode ser evitado, mas sua probabilidade
pode ser controlada ou mensurada, obtendo-se assim uma medida de validade das conclusões obtidas.

Estatistica Inferencial é o ramo da estatística que fornece métodos para que o pesquisador possa tomar sua
decisão a respeito de hipóteses formuladas, informando também sobre o risco de erro que acompanha a
decisão. E também pelo uso de técnicas da estatística inferencial que sõo estimados parâmetros populacio-
nais através de intervalos de confiança, como será visto no próximo capítulo.
Exemplo 1. Suponhamos que um pesquisador deseje verificar se o medicamento M, utilizado no
tratamento de determinado sintoma, apresenta, como efeito colateral, uma alteração nos níveis da
pressão arterial sistólica (PAS). Como se trata de um medicamento de uso comum, o investigador
não tem dificuldade em localizar pessoas que estão tomando a droga. Seleciona, então ao acaso 60
i ndvíduos adultos, certificando-se de que suas pressões arteriais eram normais antes de serem medicados.
O pesquisador mede a pressão arterial nessas pessoas após elas terem ingerido o medicamento durante
igual período de tempo, e obtém a média de 135 mmHg. Um extenso estudo realizado em adultos do
Rio Grande do Sul mostrou que a pressão arterial sistólica tem, neste Estado, média igual a 128

mmHg, com desvio padrão de 24 mmHg (Achutti e colaboradores, 1985). Com base nessas
informações, pode o pesquisador concluir que o medicamento M altera a pressào arterial dos pacientes
que o ingerem?
A decisão de aceitar (ou não) que o medicamento altera os níveis de pressão arterial passa pela
realização de um teste estatístico. Para realiza-lo, é necessário, inicialmente, transformar a hipótese
científica em uma hipótese estatística.

2.1. Hipótese estatística


Em estatística, uma hipótese é uma afirmação sobre o valor de um parâmetro de determinada
população, isto é, qualquer medida numérica calculada a partir de todos os indivíduos de uma
população, por exemplo: média, proporção, etc. Uma afirmação do tipo “a concentração sérica do
colesterol difere em crianças” não é uma hipótese estatística, pois não menciona o valor do parâmetro.
Para tal, a afirmação deveria ser: “a média de concentração sérica do colesterol entre crianças de 7 a 12
anos é de 132 mg/dl”ou ainda “a diferença entre a média de concentração sérica do colesterol de
crianças e adultos é nula (CALLEGAR, J 2003).
Hipóteses são predições sobre o que a análise de dados apropriados mostrará.

Teste de Hipóteses

O teste de hipóteses é um método de averiguação sobre a veracidade de uma afirmação, associado a


um risco máximo de erro. Em outras palavras, por definição, um teste de hipóteses é uma regra de
decisão para aceitar ou rejeitar uma hipótese, com base nas informações fornecidas pelos dados
coletados em uma amostra e, por isso, envolve um risco de afirmar algo errado. Devido à maneira
como as análises são realizadas, cada teste de hipóteses inclui exatamente duas hipóteses sobre a
população em estudo (nem mais, nem menos). Uma delas é chamada de hipótese nula (H0 ), que é
assumida como verdadeira até que se prove o contrário. A segunda é chamada de hipótese alternativa
(H1 ), que representa uma afirmação de que o parâmetro de interesse difere daquele definido na
hipótese nula, de modo que as duas hipóteses sejam complementares (VÂNIA N H, at all 2019).

Teste de hipótese é um procedimento para se determinar se a evidência que uma amostra fornece, é
suficiente para concluirmos que seu parâmetro populacional esta num intervalo especifico (GRAYBIL,
IVER & BURDICK, 1998) Ou seja, um teste de hipótese é aquele que fornece ferramentas que nos
permitem rejeitar ou não rejeitar uma hipótese estatística através da evidência fornecida pela amostra.

2.1.1. Conceitos:
Idéia básica: procurar condições que garantam que os resultados de experimentos possam ser
generalizados além da situação experimental.
Hipótese estatística: Consideração feita acerca de um parâmetro (ou característica) na
população estudada.
O teste de hipóteses consiste na comparação de duas hipóteses, chamadas Hipótese nula e
Hipótese alternativa.

Hipótese nula (H0):


 Hipótese sobre a qual o teste é montado.
 Na maior parte dos casos é a hipótese de que "não há diferença".
 Em geral não é a hipótese que se deseja comprovar.
Hipótese alternativa (HA):
Conclusões possíveis de um Teste de hipóteses:
 Rejeita a Hipótese nula (em favor da Hipótese alternativa considerada).
OU
 Não rejeita a Hipótese nula (em relação à Hipótese alternativa).

3. Planificação amostral:
A comparação de duas hipóteses é feita baseada em evidências experimentais (amostras),
sujeitas a erros amostrais e/ou erros não-amostrais.
3.1. Erros amostrais
Erros previstos no planejamento amostral, oriundos de flutuações amostrais - podem ser
controlados e medidos.
3.2. Erros não-amostrais
Quaisquer erros que não estejam previstos no planejamento amostral - não
podem ser controlados nem medidos.
3.3. Erros na conclusão do teste de hipóteses:
Por causa das flutuações amostrais, ao comparar duas hipóteses e tomar uma decisão, pode-se
tomar a decisão errada.
3.3.1. Dois tipos de erro:
 Erro Tipo I (α): Rejeitar a hipótese nula quando na realidade ela é verdadeira.
 Erro Tipo II (β): Não rejeitar a hipótese nula quando na realidade ela é falsa.

4. Como é possível rejeitar uma hipótese que é verdadeira?


O teste de hipóteses se baseia numa situação experimental (amostra), sujeita a flutuações na
amostra. Devido a essas flutuações, pode-se ter uma amostra que não represente bem a
população, levando a uma conclusão que não corresponde à realidade.

Realidade (na população)


H0 é verdadeira H0 é falsa
β
Conclusão do Aceitar H0 correto
Erro Tipo
Teste (ação II
baseada na
amostra) α
Rejeitar H0 Correto
Erro Tipo I

4.1. Como esses erros são evitados?


Montando testes que tornem esses erros os menores possíveis. Não é possível minimizar ambos
os erros ao mesmo tempo.
Os testes de hipóteses são montados de forma que, fixado o Erro Tipo I que se está disposto
a cometer, o Erro Tipo II seja o menor

5. Tipos de testes de hipóteses


 Para detectar se existe alguma diferença (não importa em que direção)

H0: 1= 2versus HA: 1  2

Teste de Hipóteses Bicaudal


1. Para detectar se existe alguma diferença E em que direção ela está

H0: 1> 2 versus HA: 1< 2

Teste de Hipóteses monocaudal

6. Passos para a Construção de um Teste de Hipóteses

Passo 1. Fixe qual a hipótese H0 a ser testada e qual a hipótese alternativa HA;

Passo 2. Use a teoria estatística e as informações disponíveis para decidir qual estatística (estimador)
será usada para testar a hipótese H0. Obter as propriedades dessa estatística (distribuição, média,
desvio padrão).
Passo 3. Fixe a probabilidade α de cometer o erro tipo I e use este valor para construir a região crítica
(regra de decisão). Lembre-se esta região é construída para a estatística definida no passo 2, usando os
valores do parâmetro hipotetizado por H0;
Passo 4. Use as observações da amostra para calcular o valor da estatística de teste;
Passo 5. Se o valor da estatística calculado com os dados da amostra não pertencer à região crítica,
não rejeite H0 ; caso contrário, rejeite H0.

7. O Processo de testar Hipóteses


Exemplo 1
Pesquisadores afirmam que a temperatura média do corpo é 98.6⁰F.
Uma amostra de n = 106 indivíduos foi escolhida aleatoriamente e foram observadas X :92.2⁰F.
Pergunta: A amostra constitui evidência suficiente para rejeitar a crença de que χ = 98.6⁰F ?

Exemplo 2
Suponhamos que afirmemos que certa moeda seja tendenciosa, e para testar, lançamos a moeda 100
vezes.
Resultado 1: 49 caras & 51 coroas
Há evidencias para apoiar a afirmação de que a moeda é tendenciosa?
Resultado 2: 21 caras & 79 coroas
Há evidencias?? Certeza 100%?

8. Montagem do Problma Matematicamente


Se p representa a Proporção de caras:
A moeda é tendenciosa: P≠0,5 / A moeda é imparcial: P=0,5.

8.1. Hipotese Nula


A hipótese nula, denotada por H₀, é uma afirmação sobre o valor do parâmetro que deve sempre conter
a condição de igualdade.

As vezes dá-se o nome de hipótese de não diferença, já que é uma proposição de conformidade com
condições verdadeiras da população de interesse.

Em geral, a hipótese nula é estabelecida com o propósito expresso de ser desacreditada.

Exemplo:
H₀: μ= μ₀ H₀: μ≥ μ₀ H₀: μ≤ μ₀

8.2. Hipótese Alternativa


A hipótese alternativa, denotada por HA ou H1, é a afirmação que deve ser verdadeira se a hipótese
nula for falsa.
Exemplo:
Hₐ: μ≠ μ₀ Hₐ: μ˃ μ₀ Hₐ: μ˂ μ
No exemplo da temperatura corporal podemos ter as hipóteses:
Hipótese Nula → H₀: μ=98.6⁰F
Hipótese Alternativa → Hₐ: μ˂ 98.6⁰F
Teste unicaudal ou unilateral ou
Hipótese Nula → H₀: μ=98.6⁰F
Hipótese Alternativa → Hₐ: μ≠98.6⁰F
Teste bicaudal ou bilateral
Para se conduzir um teste de hipótese é importante que as hipóteses nula e alternativa sejam
escolhidas corretamente.
Esta escolha é de responsabilidade do pesquisador.

Regra de decisão: Se o valor da estatística do teste, cair na região critica, rejeita-se a H₀


Se rejeitamos a H₀, assumimos que existe maior probabilidade de Hₐ ser verdade

Matematicamente
2
 conhecida
Distribuição amostral da média: normal.
X−μ
 Z=
σ /√ n
 
Se H1:  > 0 => Rejeitar H0 se Z > Zcrítico

Se H1:  < 0 => Rejeitar H0 se Z < Zcrítico

Se H1:  ≠ 0 => Rejeitar H0 se |Z| > |Zcrítico|

2
 desconhecida, pequenas amostras
Distribuição amostral da média: t.
X−μ 0
t n−1=
s / √n
 
Se H1:  > 0 => Rejeitar H0 se tn-1 > t n-1,crítico
Se H1:  < 0 => Rejeitar H0 se tn-1 < t n-1,crítico

Se H1:  ≠ 0 => Rejeitar H0 se |tn-1| > |t n-1,crítico|

9. Erros do Tipo I e Tipo II


Ao decidir se os dados são coerentes ou não com as hipóteses, os pesquisadores estão sujeitos a
dois tipos de erros:
 Erro do Tipo I

É aquele que defende que os dados apoiam a hipótese, quando de facto a hipótese é falsa.

É um erro falso positivo, erroα ou do tipo I.


 Tipo II

É aquele que defende que os dados não apoiam a hipótese, quando de facto a hipótese é
verdadeira.

Erro falso negativo, erro β ou tipo II.

10. Interpretação
PARTE II : DEMOSTRACAO DO USO DE TESTE DE HIPOTESES

Protocolo de Pesquisa

2. Introdução
Toda mãe sabe que ter um recém-nascido no braço é ter uma lista infindável de preocupações.
E, dentre tantos assuntos que causam aflição, está o tamanho da cabeça. Até porque o aumento
nos casos de microcefalia colocou o perímetro cefálico como tema central nas consultas antes e
após o nascimento do bebê. E é justificável, afinal, é por meio desta medida que os
especialistas conseguem determinar se as crianças possuem alguma doença grave do sistema
nervoso, que geralmente ocasionam a microcefalia e a macrocefalia. Se a primeira diz respeito
ao tamanho reduzido e anormal da cabecinha do bebê, a segunda define um tamanho
aumentado da caixa craniana, muito acima do normal, decorrente do acúmulo de líquidos.

Neste presente protocolo, pretende estudar se a média de número de crianças com perímetro
Cefálico manteve nos ultimos 2 anos (2021 a 2022) no Centro de Saúde de Marrocanhe
Distrito da Beira.

2.1. Relevância do Estudo


O perímetro cefálico é dado de grande importância em Pediatria e em Neurologia. Fácil de
obter, constitui um elemento de valor no diagnóstico de determinadas patologias do sistema
nervoso que podem evoluir com microcefalia ou macrocefalia. Em sua apreciação, é
indispensável o cotejo com tabelas de valores normais, de preferência baseadas em crianças
normais de uma população que não difira, em suas características sócio-econômicas, culturais e
étnicas, dos casos em estudo.

2.2. Conceitos
O perímetro cefálico corresponde ao tamanho da circunferência da cabeça do bebé, sendo
medido colocando uma fita métrica à volta da cabeça.

O perímetro cefálico é reflexo do tamanho cerebral, sendo medido rotineiramente até os 36


meses. Ao nascimento, o cérebro corresponde a 25% do tamanho do adulto, e
o perímetro cefálico tem, em média, 35 cm.

Esta medição é feita logo após o nascimento, e repetida nas consultas regulares de seguimento
do bebé.
A microcefalia é uma anomalia em que se observa uma redução do perímetro cefálico, que fica
bem abaixo da média da população para determinada idade e sexo. Normalmente são
enquadrados nesse diagnóstico recém-nascidos com perímetro da cabeça inferior a 33
centímetros.( VANESS, 2023).

A hidrocefalia é uma condição de saúde na qual há um acúmulo excessivo de líquido


cefalorraquidiano no cérebro. Apesar de existir a possibilidade do problema aparecer em
adultos, especialmente em idosos, ele é mais frequente em crianças (SANDES, 2022).

2.3. Objectivos

2.4.1. Objectivo Geral


Reduzir o número de crianças de 0-3 anos com perimetro Cefalico acima de 33 cm no Centro
de Saúde de Marrocanhe.

2.4.2. Objectivos Específicos


 Recolher dados de crianças que fizeram a avaliação de perímetro craniano nos ultimos
2 anos (2021 a 2022) no Centro de Saúde de Marrocanhe.
 Calcular o média de criancas que fizeram a avaliacao do perimetro craniano e
comparar com a media dos anos 2019 a 2020;
 Testar a Hipotese de que a média de crianças avaliadas o perimetro craniano nos anos
2019 e 2020 é a mesma com a de 2021 a 2022;
 Realizar Secções de Educação alimentar de mulheres gravidas e dos cuidadores de
crianças com desnutrição crónica e Aguda na Área de Saúde de Marrocanhe para evitar
que as criancas nasçam ou desenvolvam problemas de Hidrocefalia e Microcefalia.

2.4.5. Metodologia
Sera feita uma revisão bibliográfica, com recurso a Google académico, no qual, foram
pesquisados alguns artigos academicos.

Também foram usado informações a partir da base de Dados do MISAU ( Sistema de


informação em Saúde para Monitoria e Avaliação.

Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo transversal, com a participação de crianças.


Serão usadas as tabela de medida antropométrico de Perimetro craniano.
Os dados foram colectados nos registos da consulta de criança doente e Sadia do Centro de
Saúde de Marrocanhe no Sector onde se faz a Consulta de Criança Sadia e Consultas de
Pediatria.

Os dados foram processados e a analisados em Microsoft Excel).

Para colecta de dados no Centro de Saúde de Marrocanhe, foi elaborada uma carta de
autorização ao SDSMAS da Beira.

4.1. Variáveis do Estudo


Idade em (Meses)
Peso em (cm)
Altura em(cm)
Sexo(M/F)
Perimetro craniano registado no periodo;

Tabela das variáveis colhidas


Sex
P.Craniano(cm)
No de Ordem o Altura(cm) Idade(Meses)
1 M 70 21 35
2 M 80 2 33
3 F 77 11 32
4 M 73 7 43
5 F 75 30 41
6 M 81 28 31
7 F 80 17 30
8 F 70 31 33
9 F 69 15 34
10 M 77 10 36
11 F 60 5 33
12 M 55 1 31
13 F 77 2 32
14 M 71 22 35
15 M 75 33 34
16 M 81 24 32
17 F 80 16 31
18 F 76 9 32
19 M 69 27 33
Total 19      
2.4.5.1. Procesamenta de Dados( Variáveis)

  Perímetro craniano Idade Altura


Média 36,52631579 16,368421 73,4737
Erro padrão 0,950125941 2,4353759 1,60658
Mediana 36 16 75
Modo 33 2 80
Desvio padrão 4,141502962 10,615557 7,00292
Variância da amostra 17,15204678 112,69006 49,0409
Curtose -1,192932978 -1,350815 1,6846
Assimetria 0,33543426 0,0567891 -1,2995
Intervalo 13 32 26
Mínimo 30 1 55
Máximo 43 33 81
Soma 694 311 1396
Contagem 19 19 19
Maior(1) 43 33 81
Menor(1) 30 1 55
Nível de
confiança(95,0%) 1,996140531 5,1165349 3,3753

2.4.5.2. Testando Hipóteses

Os registos dos anos 2019 e 2020 do Centro de Saúde de Marrocanhe no Distrito da Beira
mostraram para as crianças atendidas nas faixas etárias de 0 a 3 anos de idade o perímetro
craniano com uma média de 37 cm. Para testar a Hipótese de que a média dos ultimos 2 anos
(2021-2022) e a mesma dos registos anteriores (2019-2020), retirou se uma amostra de 19
crianças obtendo se a média de 36,5 e desvio padrão de 4. Admitindo um nível de confianca de
5% para efectuar o teste.

Afirmacao: Ho: A média dos ultimos 2 anos (2021-2022) é a mesma dos registos dos anos
anteriores (2019-2020).

Dados X = Média Amostral


n =19 S = Desvio Padrão amostral

X= 36,5 n = Amostra

S= 4 Ho = Hipotese nula

Ha = Hipotese alternativa

μ= Média Populacional

H0: μ=37
HA: μ ≠37
x−μ 36,5−37
t obs = s = 4 = -0,5
√n √ 19

t obs = - 0,5
g.l=n-1 =19-1
=18
P=2,5+2,5=
5%

2,5 2,5

RC- Região crítica


RC- Região crítica
tcr= 2,101
t obs = -
0,5
Tcr= -2,101

Consultada a tabela de T- Student observou se que o valor de teste crítico é de 2,101

t obs ∈ RC t Observado não pertence a região crítica e sendo assim, aceita


a Hipóteses nula (Ho) e rejeita se a hipótese alternativa ( Ha)

2.4.5.3. Interpretando o resultado do teste


Ao nivel de confianca de 5% não existe evidencias para se afirmar que a media mudou.
BIBLIOGRAFIA

CALLEGARI-JACQUES SM, Bioestatística: princípios e aplicações. 1. ed. Porto Alegre:


Artmed; 2003;
VÂNIA N.H, ALINE C.B.M , STELA M.J.C, Teste de hipóteses: perguntas que você sempre
quis fazer, mas nunca teve coragem, Rio de Janeiro, 2019;
J. Jekel. Epidemiologia Biostatistica e Medicina preventiva, 2a Edição, 2005.
WILTON. A.Pedro. Estatistica Básica, 9a Edição.
ARAUJO. Maria. Apostila de Bioestatística, 2a Edição.
Www.cultura.ufpa.br/dicas/biome/biotestes.htm
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Microcefalia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/microcefalia.htm. Acesso em 31 de maio de 2023;
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/microcefalia.htm;
DIAMENT , A . J . — Contribuição para a sistematizacão do exame neurológico de crianças
normais no primeiro ano de vida. Tese — Fac . Med. São Paulo, 1967.

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