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Universidade de Brasília Universidade de Brasília

Instituto de Ciências Biológicas Instituto de Ciências Biológicas


Departamento de Fitopatologia Departamento de Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Disciplina: Patologia Florestal
Disciplina: Nematologia Vegetal

BIOLOGIA DOS NEMATÓIDES


FITOPARASITAS
Juvenil E. Cares
Ciclo Vital

• Ciclo vital com 4 estádios juvenis e 1


adulto
Ciclo de vida
Ovo

Embrião J1 J2 Eclosão J2

E1

Reprodução
E2

Fêmea Macho

E4 E3
Adulto J4 J3

J = Juvenil E = Ecdise
Duração do ciclo vital

• Maioria dos nematóides: 3 – 6 semanas


• Aphelenchoides besseyi : 3 – 14 dias
• Ditylenchus dipsaci : 19 – 23 dias
• Meloidogyne: 24 – 35 dias
• Xiphinema: 6 – 14 meses
Sobrevivência
• Quiescência
Queda na atividade metabólica resultante de
fatores ambientais desfavoráveis;

• Diapausa
Queda na atividade metabólica motivada por
fatores ambientais ou por fatores endógenos e
é estádio dependente.
Sobrevivência
• Quiescência:

• Queda na atividade metabólica resultante de


fatores ambientais desfavoráveis;

• Vida detectável por métodos convencionais;

• Intensificação do estresse ambiental – criptobiose


(vida não detectável por métodos químicos ou
físicos existentes);
Sobrevivência
• Quiescência facultativa:

• Somente induzidos por fatores ambientais


desfavoráveis;

• Reversível quando as condições ambientais


tornam-se favoráveis;

• Não é estádio específica.


Sobrevivência
• Quiescência facultativa:
• Anidrobiose:
– Perda gradativa de água
– Metabolismo de lipídios e glicogênio
– Duração em função da velocidade de perda de água
– Variável com o estádio de desenvolvimento

• Anoxibiose – resistência a baixa concentração


de O2;
• Criobiose – resistência a baixas temperaturas;
• Halobiose – resistência a teores elevados de
sais;
Sobrevivência

• Quiescência facultativa:
• Anoxibiose:
– Tolerância a baixa pressão de oxigênio
– Capacidade de obtenção de oxigênio via
metabolismo oxidativo ( oxidação de lipídeos,
açúcares )
– Em condições de concentrações muito baixas de
oxigênio: ambiente microaeróbico
– Metabolismo fermentativo (degradação de
glicogênio)
Sobrevivência

• Quiescência facultativa:
• Criobiose:
– Tolerância a baixas temperaturas
– Baixas taxas de metabolismo
– Tolerância em função do conteúdo de lipídios
(citoplasma mais viscoso – crioproteção dos
tecidos)
– Tolerância em função do estádio de
desenvolvimento (ovos, J2, J4, maior que J2 e
adultos ativos).
– Ex: Panagrolaimus superbus
Sobrevivência

• Quiescência facultativa:
• Halobiose:
– Tolerância a altas concentrações de sais.
– Ex: Plectus antarticus.
Sobrevivência
• Quiescência obrigatória:

• Induzida em estádios ou fases especiais do ciclo


de vida do nematóide quando submetido a
condições ambientais desfavoráveis;

• Reversível quando as condições ambientais


tornam-se favoráveis;

• Exemplo: estádios juvenis resistentes (“dauer


larvae”) – feromônio epidiético. J4 –
Caenorhabditis elegans; Bursaphelenchus
xylophilus.
Sobrevivência
• Diapausa: queda na atividade metabólica
motivada por fatores ambientais ou por
fatores endógenos e é estádio
dependente.
Sobrevivência

Diapausa facultativa:

• Somente induzida por fatores ambientais;


• Sinais receptivos por estádios específicos;
• Reversível por fatores endógenos
espontâneos após um período mínimo de
tempo.
Sobrevivência
Diapausa obrigatória:
• Induzida por fatores endógenos;
• Sinais receptivos por estádios específicos;
• O retorno requer um período mínimo de tempo;
• A simples retomada das condições ambientais
favoráveis não induz a retomada do
desenvolvimento;
• Além disso, requer condições especiais
reguladas endogenamente.
Sobrevivência

• Ovos no solo
• Fragmentos radiculares: Pratylenchus,
Radopholus
• Quiescência facultativa (anidrobiose):
– Aphelenchoides, Anguina, Ditylenchus
– J4 : Rotylenchulus reniformis, Paratylenchus
Sobrevivência
•Massas de ovos: Meloidogyne, Tylenchulus
semipenetrans, Rotylenchulus reniformis;

•Ovos em diapausa: Meloidogyne


•Diapausa obrigatória - Cistos: Heterodera,
Globodera, Punctodera, Cactodera
Bibliografia
• Womersley, C. 1987. Reevaluation of strategies employed
by nematodes. p.165-173. In: Veechi, J.A. & Dickson, D.W.
(eds.). Vistas on nematology. Society of Nematologists,
Hyattsville, Maryland.

• Riddle, D.L.; Golden, J.W. 1987. Role of dauer larvae in


survival of Caenorhabditis elegans. p.174-179. In: Veechi,
J.A. & Dickson, D.W. (eds.). Vistas on nematology. Society
of Nematologists, Hyattsville, Maryland.

• Evans, A.A.F. 1987. Diapause in nematodes as a survival


strategy. p.180-187. In: Veechi, J.A. & Dickson, D.W. (eds.).
Vistas on nematology. Society of Nematologists, Hyattsville,
Maryland.
Reprodução em Fitoparasitas
• Partenogênese meiótica: Ex.: Meloidogyne
hapla, Pratylechus spp.
• Partenogênese mitótica: Ex.: Meloidogyne
spp.
• Hermafroditismo: Membros da
Criconematóidea.
• Anfimixia: Heterodera, Rotylenchulus,
Aphelenchoides besseyi, Tylenchorhynchus
dubius.

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