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ENZIMAS E SUAS APLICAÇÕES COM ÊNFASE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

ENZIMAS E SUAS APLICAÇÕES COM


ÊNFASE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Enzymes and their applications with emphasis in the food industry

Andressa Franco Denti¹, Caroline Chies Polina¹, Jaqueline Vanz¹, Julia Lisboa Bernardi¹, Loise
Martini Becker¹, Sandra Maria Schenatto Palavicini¹, Thais Feiden¹, Geciane Toniazzo Backes¹*

¹Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Erechim, RS, Brasil.
*E-mail: gtoniazzo@uricer.edu.br

Data do recebimento: 16/03/2022 - Data do aceite: 10/06/2022

RESUMO: Por conta do aumento da demanda por processos sustentáveis


e da preocupação com a segurança alimentar, a busca por estratégias para a
elaboração de produtos ecologicamente corretos é crescente na engenharia
de alimentos. O emprego de enzimas para acelerar a conversão dos produtos
torna-se atrativo devido à sua alta especificidade, além dessas apresentarem
altas atividades em condições brandas de temperatura e pH. Assim, são empre-
gadas, de forma eficiente, em diversas reações, como na produção de açúcares,
bebidas, cervejas e laticínios, na panificação e biscoitaria, no amaciamento
de carnes, entre outros. Devido à alta aplicabilidade de enzimas no setor ali-
mentício, o objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica
a respeito das principais enzimas utilizadas em alimentos, com ênfase nas
proteases, carboidrases e lipases, avaliando suas fontes de obtenção, sua
classificação e aplicações, mostrando que o uso dessas enzimas se enquadra
nos princípios da química verde, fazendo uso de metodologias sustentáveis,
trazendo benefícios à saúde dos seres humanos, com danos mínimos ao meio
ambiente.
Palavras-chave: Enzimologia. Engenharia de Alimentos. Tecnologia Indus-
trial. Produtos Alimentícios.

ABSTRACT: Due to the increased demand for sustainable processes and


the concern with food safety, the search for strategies for the elaboration of
ecologically correct products is increasing in food engineering. The use of
enzymes to accelerate the conversion of products becomes attractive due to
their high specificity, in addition to these having high activities under mild

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conditions of temperature and pH. Thus, they are efficiently used in various
reactions such as in the production of sugars, beverages, beers and dairy
products, in bakery and biscuits, in meat tenderization, among others. Due
to the high applicability of enzymes in the food industry, the objective of the
present study was to carry out a literature review about the main enzymes used
in food, with emphasis on proteases, carbohydrases and lipases, evaluating
their sources of production, their classification and applications, showing that
the use of these enzymes fits the principles of green chemistry, making use
of sustainable methodologies, bringing benefits to the human beings’ health,
with minimal damage to the environment.
Keywords: Enzymology. Food Engineering. Industrial Technology. Food
Products.

camente corretos é crescente. Metodologias


sustentáveis que possam ser empregadas no
Introdução meio industrial vão ao encontro dos padrões
definidos pela química verde. Dessa forma,
Enzimas são biocatalisadores extraídos a substituição de catalisadores químicos por
a partir de células e conseguem aumentar a biocatalisadores, nos processos produtivos,
velocidade de reações químicas, reduzindo a apresenta-se como uma alternativa atrativa
energia necessária para a ativação. Devido à (SOUZA et al., 2017; MORSHED et al.,
sua aplicabilidade em diversas áreas, desper- 2021; DENTI, 2021)
tam grande interesse de indústrias químicas, O emprego de enzimas para acelerar a
farmacêuticas e alimentícias (HETTIARA- conversão dos produtos torna-se atrativo
CHCHY et al., 2018; ASHKAN et al., 2021, por conta da alta especificidade, além des-
DENTI, 2021). sas apresentarem atividade em condições
Em 2019, o mercado global das enzimas brandas de temperatura e pH, sendo assim,
industriais foi estimado em US$2,4 bilhões, e empregadas de forma eficiente em diversos
deve chegar a 3,2 bilhões em 2025 (ZHANG processos como na produção de açúcar, be-
et al., 2020; BAPTISTE, 2020). As enzimas bidas, cervejas e laticínios (XIE; ZHANG;
têm sido usadas, em grande escala, na in- SIMPSON, 2022; SOUZA et al., 2017;
dústria de tecidos (celulases), detergentes MORSHED et al., 2021; DENTI, 2021).
(proteases e lipases), alimentos e bebidas Dessa forma, o objetivo do estudo foi realizar
(amilases, pectinases, proteases e celulases), uma revisão bibliográfica sobre o uso de enzi-
couro (proteases e lipases) e na dieta de ru- mas na indústria de alimentos, classificação,
minantes (fibrolíticas) (GRIEBELER et al., produção e aplicações.
2015; SURIYA et al., 2016; MURUGAN et
al., 2020; MEHTA et al., 2021, RIGO et al.,
2021). Metodologia
Devido ao aumento na demanda por pro-
cessos agrícolas sustentáveis e a preocupação A metodologia empregada baseou-se em
com a segurança alimentar, a busca por estra- estudo bibliográfico pela análise de artigos
tégias para a elaboração de produtos ecologi- científicos, dissertações, teses, monografias

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e livros a partir das bases de dados e sites de São classificadas como exopeptidases,
busca: Springer, ACS Publications, Science aminopeptidases e carboxipeptidases, hidro-
Direct, SciELO (Scientific Eletronic Library lisando ligações peptídicas adjacentes aos
Online), Google Scholar e Wiley Online terminais amino ou carbonil incorporado ao
Library, em língua inglesa e portuguesa, no substrato e as endopeptidases, que dividem
período de 2010 a 2021, sem desconsiderar a ligação peptídica distante do substrato,
publicações relevantes de anos anteriores. podendo ser categorizadas como serino,
cisteíno, aspártico e metaloproteases de
acordo com o grupo funcional do sítio ativo
Desenvolvimento e seu mecanismo de ação encontra-se ilus-
trado na (Figura 1) (NAVEED et al., 2021).
Proteases Aminopeptidases atuam em um nitrogênio
Com a capacidade de catalisar a hidró- terminal livre da proteína, liberando como
lise de ligações peptídicas em proteínas e resíduo um monoaminoácido, um dipeptídeo
peptídeos (FENNEMA; DAMODARAN; ou um tripeptídeo. Podem ser produzidas
PARKIN, 2010), as proteases representam por células microbianas, vegetais e animais
um dos grupos enzimáticos mais importan- de forma extra ou intracelular. Atuando nos
tes comercialmente, correspondendo a 60% terminais carbônicos da cadeia proteica, as
do total das enzimas industriais e 40% das carboxipeptidases participam do processo
vendas globais de enzimas (DENTI, 2021). de digestão de moléculas e alimentos e na
Pertencentes ao grupo 3 das hidrolases e ao coagulação sanguínea (GURUMALLESH
subgrupo 4, hidrólise de ligações peptídicas, et al., 2019).
podem ser classificadas com base na fonte de As serino proteases correspondem a um
isolamento (animal, vegetal ou microbiana), terço das enzimas proteolíticas, agem no
ação catalítica (exo- ou endopeptidase), centro da cadeia peptídica, em alguns casos
tamanho molecular e especificidade do subs- podem hidrolisar ligações nas extremidades
trato (AGUILAR; SATO, 2018). da cadeia (THAKUR et al., 2018). Atuam em

Figura 1. Mecanismo de ação das endopeptidases e exopeptidases

Fonte: Fernandes (2018)

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pH entre 6-8 e 50-70°C, sendo a ativação in- fermentativo, facilitando sua recuperação e
fluenciada pelo cianeto de hidrogênio, devido purificação (SHARMA et al., 2017).
à presença do grupo funcional sulfidrila (SH) As proteases obtidas de fontes vegetais
(NAVEED et al., 2021). As metaloproteases têm destaque industrial por apresentarem
são dependentes de zinco para a atividade alta estabilidade em amplas faixas de pH
enzimática e de cálcio para a estabilidade e temperatura, com ou sem a presença de
estrutural. Incluem colagenase e gelatinase, aditivos ou compostos orgânicos (CHINNA-
tendo um papel importante na degradação DURAI; KRISHNAN; PERUMAL, 2018).
e remodelação de matrizes extracelulares Porém, seu uso é muito limitado por conta
(BRANDÃO et al., 2018). Por fim, proteases das dificuldades da sua extração do tecido
aspárticas possuem um sítio catalítico central vegetal e por seu baixo rendimento, que se
composto por um par de aspartatos, atuando deve pela presença de uma parede celular
em faixas de pH ácidas (SOUZA et al., 2017; muito resistente e de compostos fenólicos e
PURUSHOTHAMAN et al., 2021). polissacarídeos considerados contaminan-
As proteases desempenham funções tes que prejudicam a solubilização dessas
importantes no controle de uma diversidade proteínas. Dessa forma, há a necessidade
de células e processos extracelulares em da utilização de uma sequência de técnicas
animais e plantas, como é o caso da ger- para sua purificação, que aumenta o custo do
minação, resposta a estímulos ambientais, processo e, consequentemente, do produto
senescência, entre outros (RAZZAQ et al., final e dificulta a sua produção em uma escala
2019; AFSHARNEZHAD, SHAHANGIAN; maior (SILVA et al., 2017).
SARIRI, 2018). As proteases de fontes Proteases de origem animal (pancreática,
microbianas têm sido utilizadas devido ao tripsina, pepsina, quimotripsina e renina)
rápido e fácil cultivo dos microrganismos, apresentam maior rendimento de produção
tornando possível a produção em larga escala, quando comparadas com as de origem vege-
com menor custo e tempo de processo, além tal. No entanto, sua produção é insuficiente
de apresentar tempo de vida útil prolonga- para atender a demanda industrial por depen-
do. São produzidas normalmente de modo der de grande quantidade de matéria-prima
extracelular, sendo secretadas para o caldo para produção e tempo elevado para a cria-

Tabela I. Proteases e suas fontes de obtenção

Tipo Fonte Referências


Protease aspártica Macrofungo Lentinus crinitus (L.) BRITO et al., 2019
Cisteíno-proteases Látex de Calotropis procera SILVA, 2019
Serino-proteases Bacillus subtilis D9 MAHMOUD et al., 2021
AFSHARNEZHAD, SHAHANGIAN;
Cisteíno-proteases
Ficus Johannis SARIRI, 2018
Serino-proteases Camellia sinensis CHEN et al., 2016
Protease aspártica Estômago de Carangoides bartholomaei SILVA et al., 2022
Tripsina Ceco Pilórico do Pirarucu (Arapaima gigas) FREITAS-JUNIOR, 2010
Serino-proteases Morango (Fragaria ananassa) ALICI; ARABACI, 2018
Protease aspártica Orange Citrus aurantium L. MAZORRA-MANZANO et al., 2013

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ção do animal (RAZZAQ, 2019). A Tabela (AFSHARNEZHAD; SHAHANGIAN;


I apresenta as fontes de obtenção e os tipos SARIRI, 2018), conforme apresentado na
de proteases. Tabela II.
As proteases são amplamente aplicadas
na indústria alimentícia para a melhoria do Carboidrases
valor nutricional dos alimentos, além de se-
rem muito utilizadas na produção de bebidas, Pectinases
no amaciamento de carnes, panificação e As pectinases são utilizadas para uma
como coagulantes de proteínas na indústria diversidade de aplicações industriais (Tabela
de laticínios para a fabricação de queijos III), atuando no processo de degomagem/

Tabela II. Aplicações das proteases na indústria de alimentos

Origem Aplicação Referência


Hidrólise de proteínas e valorização
Aspergillus oryzae do conteúdo proteico residual em CALZONI et al., 2021
biomassa
Coagulação do leite para produção de
Gammarus bakhteyaricus AZADI et al., 2022
queijos
Proteólise de caseinato de sódio bovino NASCIMENTO et al.,
Acremonium sp.
e caprino 2021

Colletotrichum sp., Cladosporium sp.,


Alternaria sp., Phomopsis sp., Xylaria
Digestão do glúten GARCIA, 2019
sp., Cladosporium xanthochromaticum
e, Peniophora sp.

Redução da turbidez e floculação de


Comercial (protease M: Amano partículas sólidas na água de drenagem
WATANABE et al., 2021
Enzyme, Inc., Nagoya, Japan) derivada do processo de ebulição do
macarrão com farinha de trigo

Peixes neotropicais (arabaiana Seriola


dumerili); pescada-branca (Cynoscion Produção de peptídeos de colágeno OLIVEIRA, 2015
leiarchus); e tucunaré (Cichla ocellaris)

Coagulação do leite para produção de


Aspergillus oryzae e Aspergillus niger RACTZ, 2015
queijos

Aspergillus tamarii URM 4634 Amaciamento de Carnes de ALMEIDA, 2018

Penicillium sp. XT7 Extração de Colágeno GUO et al., 2021

Melhora das propriedades


Flavourzyme (Aspergillus oryzae),
antioxidantes e antidiabéticas das
Alcalase (Bacillus licheniformis) e OHARA et al., 2021
proteínas do feijão comum por
Neutrase (Bacillus amyloliquefaciens)
hidrólise enzimática
CANDRA; ZAIDAR;
Fruto de noni (Morinda citrifolia) Extração de óleo de coco virgem
REZEKI, 2021

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maceração de fibras vegetais em indústrias galacturonase - PMG, pectina liase – PL, po-
têxteis (KASHYAP et. al., 2001); na despoli- ligalacturonase liase - PGL) que catalisam a
merização de pectina nas indústrias de papel clivagem hidrolítica de ligações glicosídicas
e celulose (KHATRI et al., 2015); no trata- α(1,4) no ácido D-galacturônico de substân-
mento de águas residuais em processadoras cias pécticas (JAYANI et al., 2005; PATIDAR
de cítricos (HAMTA; DEHGHANI, 2017); et al., 2018). A (Figura 2) apresenta o meca-
na produção vinhos, na extração dos sucos, nismo de ação das pectinases.
reduzindo a viscosidade da polpa da fruta, au-
xiliando na filtração e clarificação do produto, Figura 2. Mecanismo de ação das pectinases
para acelerar e inibir a formação de espuma
nas fermentações de chá e café (KASHYAP et
al., 2001; SAXENA et al., 2008; ZENI et al,
2011; KHAN et al., 2013; ZENI et al., 2020;
SOUZA; KAWAGUTI, 2021) e extração de
óleos essenciais (RESENDE et al., 2004;
OLIVEIRA, 2005; SANTI et al., 2014). São
também usadas em consórcio enzimático,
para a remoção de biofilmes bacterianos
(BORSZCZ et al., 2017b).
As pectinases são classificados em pro-
topectinases (EC 3.2.1.99), que degradam
as protopectinas insolúveis em pectina so-
lúvel polimerizada (TAPRE; JAIN, 2014);
esterases (EC 3.1.1.11), que catalisam a
desesterificação da pectina removendo me-
toxi ésteres (pectinametilesterase - PME);
e despolimerases, que incluem hidrolases
e liases (poligalacturonase – PG, polimetil Fonte: Uenojo; Pastore (2007)

Tabela III. Aplicações de pectinases em ramos industriais alimentícias

Aplicações Mecanismo de Ação Referência


Sucos e vinhos Melhoria na extração de sucos, clarificação, JAYANI et al., 2005
pigmentos
Remoção de Biofilme Rompimento da parede celular bacteriana BORSZCZ et al., 2017
Bacteriano
Alimentos Produção de purês, polpa de frutas, fabricação KASHYAP et al., 2001
de iogurtes e pudins, liberação de aroma,
compostos prebióticos e ração animal.

Óleos (Oliva, soja, Melhoria na extração de óleos essenciais TEIXEIRA et al., 2013; JIAO et
semente de abóbora e cítricos, extração de agente antioxidante al., 2014
dendê)

Chá e Café Acelera e inibe a formação de espuma nas RESENDE et al., 2004;
fermentações OLIVEIRA, 2005

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Existem diferentes fontes para a produção


de pectinases a mais relevante que oferece Amilases
as maiores taxas de produtividade são as de
As amilases são importantes enzimas na
origem microbiana (Tabela IV). Pectinases de
indústria, usadas largamente na produção de
fontes microbianas apresentam ampla diver-
cerveja e outras bebidas preparadas a partir
sidade, maiores velocidades de crescimento de açúcares derivados do amido. Utilizadas
em tempos de fermentação curtos e possibi- comercialmente em fermentações, empre-
lidade de manipulações genéticas (AMIN; gadas em diversos processos como hidrólise
BHATTI; BILAL, 2019). Os organismos do amido, obtenção de xarope de milho com
produtores de enzimas pectinolíticas incluem alto teor de frutose, maltodextrinas, entre
bactérias, bolores, leveduras, protozoários, outros (TIWARI et al., 2015; DISHAROON
insetos e nematoides (FAVELA-TORRES et et al., 2020). São classificadas em três tipos
al., 2005). Comercialmente, fungos filamen- em função da forma de atuação nas ligações
tosos são a maioria absoluta da fonte dessas polissacarídicas: α-amilase, β-amilase e
enzimas (SANTI et al., 2014) e o Asper- γ-amilase (GRIEBELER et al., 2015; PA-
gillus niger é mais utilizado para produção THAK et al., 2015).
industrial por ser classificado como GRAS
A α-amilase é classificada como endoa-
(generally recognized as safe) pelo Food and
milase porque atua catalisando a hidrólise
Drug Administration (FDA).
de ligações α-(1-4) no interior da molécula
O mercado de pectinases abrange um de amido de forma randômica, liberando
quarto da produção total de enzimas no dextrinas, glicose, maltose e amilopectina
mundo. Tendo em vista a grande relevância (TIWARI et al., 2015; BRITO, 2017). Tem
comercial, juntamente com a diversidade aplicações mais difundidas na indústria de
de aplicação e potencial biotecnológico, amido, para hidrólise, no processo de lique-
garante-se, às pectinases, também, uma alta fação e para converter o amido em xaropes
relevância industrial (JOHN et al., 2020). de glicose e frutose (PATHAK et al., 2015).

Tabela IV. Tipos de pectinases e fontes de obtenção

Tipo de enzima Fonte Referência

Poligalacturonase Aspergillus niger PILI et al., 2015

Pectina liase Penicillium brasilianum ZENI et al., 2015

Pectina liase Aspergillus brasiliensis PILI et al., 2018

Pectina metilesterase Aspergillus niger PILI et al., 2018

Pectina metilesterase Aspergillus niger BORSZCZ et al., 2018

Exo-poligalacturonase Aspergillus niger BORSZCZ et al., 2017ª

Poligalacturonase Aspergillus brasilianun ZENI et al., 2020

Pectina metilesterase e Sphenophorus levis HABRYLO et al., 2018


Endo-poligalacturonase (inseto)

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É obtida de diversos fungos, leveduras e como fungos, bactérias e leveduras. Cepas


bactérias, no entanto, as de origem fúngica e de bactérias produtoras de lactase foram
bacteriana têm dominado as aplicações indus- usadas no tratamento de produtos à base de
triais, por serem classificadas como GRAS. leite, como sorvetes, doce de leite e leite
A β-amilase é uma exoenzima que catalisa condensado, para melhora da textura, sabor
a hidrólise do amido em glicose, maltose e e cor; incorporação de maior cremosidade
maltotriose, na extremidade não redutora, por e diminuição do tempo de maturação de
hidrólise da segunda ligação α-1,4 glicosídica queijos. Essa enzima também pode catalisar
(BRITO, 2017). É determinante nas carac- reações de transglicosilação da galactose com
terísticas da cerveja, produzindo açúcares outros açúcares (lactose, galactose, glicose)
fermentescíveis, suprimento para a levedura por meio de ligações β-1,6, formando oligos-
durante a fermentação (GOMES, 2014). sacarídeos não usuais (WANG et al., 2021;
SUGAWARA et al., 2020; FENNEMA; DA-
A γ-amilase, glicoamilase ou (1,4)-D-
MODARAN; PARKIN, 2010). Na indústria
-glicanglicohidrolase cliva a ligação glico-
de laticínios, é empregada para obtenção
sídica α (1-6) adicional à ligação α (1-4)
de produtos com baixo teor ou zero lactose
nas extremidades não redutoras de amilose
(CERONI; VANIN, 2021; SUGAWARA et
e amilopectina (RAHMAN et al., 2015).
al., 2020).
As γ-amilases ocorrem em microrganismos
e animais, sendo os fungos filamentosos
a principal fonte entre os microrganis- Invertase
mos. Cepas de Aspergillus e Rhizopus são A invertase ou β-D-frutofuranosidase é
usados principalmente para a sua produção responsável pela hidrólise irreversível da
comercial (PANDEY, 1995). ligação β (1-2) da sacarose, originando quan-
tidades iguais de glicose e frutose (açúcar
invertido). Esse produto possui importân-
Lactase
cia comercial em indústrias de alimentos,
A lactase, β(1,4)-D-galactosidase ou principalmente na produção de doces e
β(1,4)-galactosidase, pertence à classe das chocolates, em indústrias sucroalcooleiras
hidrolases e é responsável pela hidrólise da (produção de etanol), na produção de ácido
lactose em glicose e galactose (Figura 3). láctico por meio de um processo fermentativo
Pode ser obtida a partir de microrganismos ­(ANDRADES, 2014).

Figura 3. Mecanismo de ação das lactases

Fonte: Fisher (2010)

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Figura 4. Mecanismo de ação das invertases

Fonte: Nadeem et al. (2015)

A levedura Saccharomyces cerevisiae 2015). Catalisam reações em meios hidrofó-


é a fonte mais significativa de b- frutofu- bicos e hidrofílicos, sendo ativas na interface
ranosidase, comumente conhecida como hidrofóbica-hidrofílica (GUPTA; GUPTA;
invertase, pertencente à família GH32 das RATHI, 2004; SANTOS; SALGADO; VA-
glicosil hidrolases. A maior quantidade de NETTI, 2021).
invertase está localizada no espaço periplas- São classificadas de acordo com a sua
mático da levedura e desempenha um papel especificidade em quatro tipos principais: I)
fundamental no controle da diferenciação Enantiosseletiva: distingue enantiômeros em
e desenvolvimento celular. Essa enzima é uma mistura racêmica; II) Substrato específi-
responsável pela clivagem de sacarose produ- co: age de forma seletiva sobre um substrato
zindo D-glicose e D-frutose sendo utilizada específico em uma mistura de materiais,
na indústria alimentícia como enzima solúvel facilitando a síntese do produto de interesse;
ou imobilizada (CAMARGO et al., 2021). III) Regiosseletiva: dividida em 1,3 regioes-
As enzimas invertases catalisam a clivagem pecíficos e 2-regioespecíficos (BORRELLI;
da sacarose em dois monossacarídeos (gli- TRONO, 2015; VERMA; MEGHWANSHI;
cose e frutose), como pode-se observar na KUMAR, 2021).
(Figura 4).
As 1,3 lipases régio-específicas hidroli-
sam os ácidos graxos das posições 1 e 3 dos
Lipases triacilgliceróis, mas não hidrolisam ligações
éster em posições secundárias. Já as lipases
As lipases são enzimas hidrolíticas per-
2-regioespecíficas liberam os ácidos graxos
tencentes ao grupo das serino hidrolases,
da posição secundária dos triacilgliceróis,
responsáveis pela hidrólise de ligações éster-
produzindo 1,3-diacilglicerol; IV) Não-es-
-carboxílicas de triacilgliceróis, insolúveis
pecífica: hidrolisa triacilgliceróis em ácidos
ou parcialmente solúveis em água, de cadeia
graxos e glicerol, tendo como intermediário
média a longa (C6 – C22) liberando ácidos
mono- e diacilglicerol, podendo hidrolisar
graxos e glicerol, mono e diacilglicerol (HA-
o grupo éster em qualquer posição no subs-
SAN; SHAH; HAMEED, 2006; SANTOS;
trato (SALGADO; VANETTI, 2021). O
SALGADO; VANETTI, 2021), catalisadoras
mecanismo de ação das pectinases é ilustrado
de reações de esterificação, interesterificação
conforme a (Figura 5).
e transesterificação (BORRELLI; TRONO,

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Figura 5. Mecanismo de reação de transesterificação cata- aumentando o pKa do nitrogênio da histidina.


lisado por lipase
Em seguida, a histidina forma uma ligação
de hidrogênio com a serina, permitindo o
ataque nucleofílico do grupo hidroxila da
serina ao grupo carboxílico do éster, gerando
um intermediário tetraédrico, estabilizado
pela cavidade oxianiônica por ligações de
hidrogênio com os resíduos de glutamina e
treonina. Após a remoção de uma molécula
de R1OH do substrato, forma-se o complexo
acil-enzima que é atacado de forma nucleo-
fílica por uma molécula de água, ou atacado
por uma molécula de um álcool, formando
outro intermediário tetraédrico, que colapsa
Fonte: Vega (2020) adaptado de Bandeira et al. (2017) para formar o produto, regenerando a enzima
(NAKAMURA, 2020; STEFANUCCI et al.,
2019).
As lipases vegetais são classificadas da
As lipases podem ser encontradas em
seguinte forma (MUKHERJEE, 1994):
tecidos animais e vegetais e sintetizadas por
1. Triacilglicerol lipases (EC 3.1.1.3) - ca- microrganismos (Tabela V). Dependendo da
talisam a hidrólise de ligações ésteres de fonte de produção, diferem nas propriedades
triacilgliceróis, principal constituinte de físicas e bioquímicas, com massa molecular
lipídios do tecido de estocagem presente variando de 19 kDa a 75 kDa, pH de atua-
nas sementes; ção de 4,0-9,0 e temperatura, que varia da
2. Acil-hidrolases não específicas - apresen- temperatura ambiente a 70 ºC (CORTEZ;
tam uma combinação de fosfolipases A1 CASTRO; ANDRADE, 2017; OLIVEIRA,
(EC 3.1.1.32), A2 (EC 3.1.1.4), B (EC 2020). Nos animais, podem ser encontradas
3.1.1.5), glicolipases, sulfolipases e hidro- em vários tecidos e órgãos, como língua, fa-
lisam ácidos graxos esterificados em fos- ringe, pâncreas, estômago, responsáveis por
foglicerídios e galactoglicerídios. Estão degradar a gordura da dieta e envolvidas no
também nesse grupo as monoacilglicerol metabolismo de lipídios (OLIVEIRA, 2020).
lipases, que hidrolisam ácidos graxos Nas plantas, estão em tecidos de reserva
esterificados em monoacilgliceróis; de energia (COLLA; REINEHR; COSTA,
3. Fosfolipase C (EC 3.1.4.3) e D (EC 2012), como por exemplo nas oleaginosas
3.1.4.4) - hidrolisam ligações fosfodiéster (amendoim, linhaça, colza, palma, soja,
entre glicerol e grupamento fosfato, em mamona), cereais (aveia, trigo, arroz), látex
diferentes posições. e em algas marinhas (BORRELLI; TRONO,
2015). As enzimas microbianas ganharam
destaque industrial devido à estabilidade
O sítio ativo das lipases é formado pelos em solvente orgânico, quimioseletividade,
resíduos dos aminoácidos serina, histidi- enantioseletividade e ausência cofatores
na e ácido aspártico ou ácido glutâmico (BHARATHI; RAJALAKSHMI, 2019),
(NAKAMURA, 2020; STEFANUCCI et al., além de maior disponibilidade, alto rendi-
2019). Inicialmente, o aspartato se liga com mento, baixo custo de produção, facilidade
a histidina por uma ligação de hidrogênio, de manipulação genética, ausência de flutu-

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ENZIMAS E SUAS APLICAÇÕES COM ÊNFASE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Tabela V – Lipases: origem e aplicações na indústria de alimentos

Origem Aplicação Referência

Sementes de mamona Hidrólise de óleos de alta acidez MACHADO et al., 2021

Candida antarctica B (Novozym 435 Fortificação e estabilização de GUNATHILAKE; AKANBI;


- imobilizada) azeite extra virgem BARROW, 2021

ESTEBAN-TORRES et al.,
Lactobacillus plantarum Fermentação de alimentos
2015

Melhoria da liberação de sabor


Bacillus licheniformis de ácidos graxos para queijos com ZHAO et al., 2022
baixo teor de gordura

Candida rugosa Síntese de ésteres de sabor BAYRAMOGLU et al., 2022

Matrizes vegetais maracujá (casca,


polpa e semente), manga (casca, Processamento de ovos
semente e polpa), uva (casca e (Manutenção das propriedades de
DELGADO, 2014
polpa), laranja (casca, bagaço e formação de espuma de clara de
polpa), limão tahiti (casca e bagaço) ovo)
e amendoim (grão com casca)

Thermomyces lanuginosus e Produção de Biodiesel de óleo de


de OLIVEIRA et al., 2022
Fusarium oxysporum soja bruto
Anoxybacillus sp. Aditivo em detergentes SAHOO et al., 2020
Preparação de merengues a partir
Candida cylindracea (rugosa) de clara de ovo líquida modificada ASIK e YUCEER, 2020
com enzima lipase

ações sazonais e especificidade de substrato de maturação de queijos, na produção de


(NARASIMHAN; BHIMBA, 2015). produtos “tipo queijos” (queijos de pasta
As lipases possuem diversas funções na mole, como requeijão, ricotas, entre outros),
indústria de alimentos, dentre elas a síntese molhos ou ingrediente (HASAN; SHAH;
de emulsificantes (KOLLING, 2010), adi- HAMEED, 2006). Empregadas também na
tivos (saborizantes) (COLLA; REINEHR; fermentação de embutidos, modificando os
COSTA, 2012; SHARMA; CHISTI; BA- ácidos graxos de cadeia longa liberando-os
NERJEE, 2001), melhoradoras do flavor de durante a maturação, nos processos de bio-
produtos de arroz, para aprimorar o aroma e lipólise em peixes para produção de carne
reduzir o tempo da fermentação de vinhos de magra (HASAN; SHAH; HAMEED, 2006;
maçã, modificação do leite de soja (HASAN; KOLLING, 2010) e na panificação, com-
SHAH; HAMEED, 2006), na hidrólise da plementa as lipases endógenas de cereais
gordura do leite, manteiga e creme de leite, como melhoradoras de massa (FENNEMA;
melhorando o sabor e na redução do tempo DAMODARAN; PARKIN, 2010).

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amplo potencial de crescimento em diversos


Conclusão processos industriais.
O emprego de enzimas no setor industrial
Após pesquisa bibliográfica sobre a clas- está de acordo com os princípios da química
sificação, fontes de obtenção e aplicação das verde e faz uso de metodologias sustentáveis,
enzimas amplamente utilizadas na indústria tendo como vantagem a sua aplicação em
alimentícia, com ênfase nas proteases, carboi- condições brandas de temperatura e pH, além
drases e lipases, percebe-se a importância nos dos altos rendimentos obtidos, sendo que seu
mais diversos processos e setores da cadeia uso é considerado seguro por ser um catali-
produtiva, auxiliando na melhoria sensorial e sador natural. Porém, um dos desafios em
nutricional de produtos, facilitando processos comparação aos catalisadores químicos está
de filtração e clarificação, além da síntese de relacionado, ainda, com questões de viabili-
aromas, hidrólise de gorduras, na panificação dade econômica, recuperação e reutilização
e biscoitaria e em produtos lácteos, com no caso do seu uso “livre” em processos.

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