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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA – FACEDI


ALUNO: ANTÔNIO DAVYSON MOTA DAVI
PROFESSOR: MÁRIO AMORIM

TEMA
Alfabetização e letramento científico na BNCC e os desafios para uma
educação científica e tecnológica

É importante iniciarmos essa explanação, enfatizando que a Alfabetização Científica


e Letramento Cientifico apresentam distintas expressões, assim, em seus textos, os
autores buscam demonstrar qual abordagem adotam na discussão do tema.

Dentro desse contexto, ressalta-se que a pessoa que é alfabetizada conhece os


princípios e códigos básicos da linguagem formal, mas essa pessoa pode por outro
lado, não usar essa linguagem para interagir em todos os conceitos e estão
relacionados com nossas ações sociais. Já a pessoa letrada, não apenas ler e
escreve, mas utiliza todos os recursos e utiliza-os para relacionar-se socialmente.

Ao discorrer sobre Alfabetização e Letramento Cientifico, entende-se como área do


conhecimento que ainda está muito recente. As ideias que estão por trás do
movimento de Letramento Cientifico, não seja o único objetivo, não apenas
compreender o conteúdo cientifico, mas sobretudo compreender a função social da
Ciência. Contudo, nesse caso, enfatiza-se que, tanto a Alfabetização Cientifica como
o Letramento convergem para o mesmo ponto, ou seja, o ensino de ciências.

Em se tratando da BNCC a mesma foi homologada em 2017, surgindo como


documento normativo, que propõe as aprendizagens primordiais a serem
trabalhadas e alcançadas por todos os alunos da Educação Básica. Configura-se
como referência para reelaboração dos currículos de todos os sistemas de ensino,
tendo o prazo de implementação até 2020, com exceção do Ensino Médio. Sua
organização está baseada em aprendizagens, competências, habilidades visando o
desenvolvimento de uma educação integral.

A Base Nacional Comum Curricular é uma referência obrigatória, mas não é o


currículo, seu papel é ser um insumo para a elaboração e revisão dos currículos da
educação básica e a Base dá o rumo da educação, isto é, diz aonde se quer chegar,
enquanto os currículos traçam os caminhos.

Dessa maneira, a BNCC como um documento normativo, precisa considerar as


diversas esferas: federais, estaduais e municipais, para guiar a elaboração dos
currículos. Apesar do Letramento Científico ser apresentado na base, sua discussão
ainda é exígua, necessitando de claros referenciais teóricos e metodológicos que
norteiem o ensino de Ciências. Portanto, a partir deste panorama, a escola tem
como responsabilidade garantir o acesso a variedade de conhecimentos científicos,
levando em consideração que o ensino de Ciências visa promover a Alfabetização e
Letramento Científico, potencializando a forma dos indivíduos compreenderem o
mundo, conforme os aspectos epistemológicos e processuais das Ciências,
almejando à formação integral dos estudantes para a cidadania.

É de suma importância demonstrar que a BNCC discorre de maneira precisa os


conceitos e discussões acerca da Alfabetização e Letramento Científico. Sendo que,
estas compreensões necessitam de debates mais intensos e de investimentos para
o aprimoramento do ensino, e do desenvolvimento tecnológico do país, para que
haja avanços na formação de sujeitos letrados cientificamente.

Mesmo com os debates acerca do assunto em questão ainda há algumas lacunas


que carecem ser adaptadas, como a formação de professores (inicial e continuada),
no entendimento sobre o processo de ensino e aprendizagem, adicionados à
urgência de propostas didática metodológicas apropriadas e significativas.

Este trabalho buscou apresentar reflexões a respeito dos fundamentos que


necessitam ser ponderados para a legítima concretização do ensino de Ciências, em
particular dos aspectos da Alfabetização e Letramento Científico, visto que é na
escola que, muitas vezes, os alunos têm o contato sistematizado com estes
conhecimentos.

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