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Bernardo Xavier
Florência António
Madalena Bernardo Utauta
Rita Marques Antero
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Bernardo Xavier
Florência António
Madalena Bernardo Utauta
Rita Marques Antero
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2.3.5. Os Ensinamentos das Principais de Género nas Teorias não Essencialistas devem
fazer parte da Mídia e da Educação nas Escolas .................................................................... 8
4. Conclusão ........................................................................................................................... 9
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
2. Teorias Não-Essencialistas
2.1. Género
A aprendizagem social de género tem início nos primeiros estágios de nossa vida. Os
membros da sociedade reforçam a heterossexualidade – preferência por membros do sexo
oposto como parceiros sexuais.
A importância dos avanços nos estudos de género foi, sem dúvida, fundamental para
solidificar a ideia de que as diferenças biológicas entre os sexos não são responsáveis pelas
desigualdades entre homens e mulheres. Constatar que essas diferenças são, na verdade,
construções sociais legitimadas por uma sociedade patriarcal é uma contribuição
fundamental dada pelos estudos de género e pelo movimento feminista (Louro, 1997, p.
11).
Género se constitui com e/ou em corpos sexuados, ou seja, não é negada a biologia,
mas é a construção histórica produzida sobre as características biológicas. É a construção
social de cada sexo. Louro (1997, p.14) ressalta que "esse conceito serve, assim, como uma
ferramenta analítica que é, ao mesmo tempo, uma ferramenta política".
Desta forma, a categoria género é entendida como uma construção social das
relações entre homens e mulheres, numa arena onde interagem e disputam. Tal categoria
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A partir dos anos noventa, novos debates surgiram com o objectivo de rever as
teorias essencialistas de género. Defendem uma visão não essencialista, ou seja, não
propõem uma correspondência entre as identidades e aspectos da realidade social.
Essa teoria enfatiza que o género é um atributo fixo e imutável, mas é construído
socialmente através de normas e expectativas de género que são transmitidas pela cultura,
pela mídia, pela educação, pela religião e pela família. Assim, o género é visto como um
fenómeno fluido e dinâmico, que pode ser transformado e redefinido pela acção colectiva
das pessoas.
Por isso, quem nasce biologicamente menino, não é definido como homem, pois
pode escolher ser mulher. E quem nasce biologicamente menina, não é definida como
mulher, pois pode escolher ser homem.
Homem e mulher são papéis sociais flexíveis e relativos na Ideologia de Género. São
construções que a sociedade impôs às pessoas e não uma realidade fixa e imutável. De
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acordo com estas ideias, a biologia não determina nada, mas sim a decisão de cada um de
ser o que preferir.
Alguns expoentes da Ideologia de Género consideram que a divisão das pessoas entre
homens e mulheres é errada e, portanto, um mal a ser combatido.
A partir dos anos 60, já existiam ensinamentos relacionados aos estudos de gênero. A
intenção era eliminar a desigualdade entre homens e mulheres, eliminando a última
discriminação: a do sexo.
Homens nascem com o DNA XY e mulheres com o DNA XX. O corpo de um tem pénis e
mais testosterona, e do outro possui vagina, ovário e glândulas mamárias. Estes são
exemplos simples de algumas diferenças biológicas entre os sexos.
Entretanto, de acordo com essas principais ideias, estes dados científicos são
transitórios e maleáveis. Portanto, nenhuma pessoa precisa prender-se a eles apenas por
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causa de seu nascimento. Em qualquer estágio da vida, ou seja, em qualquer idade, a pessoa
pode escolher ser algo diferente do que nasceu.
A família natural é constituída por pai, mãe e filhos com papéis definidos. Nela, o homem
cumpre seu papel masculino, a mãe cumpre seu papel feminino e os filhos aprendem com
ambos de forma diferente.
No entanto, para os defensores das principais ideias do Género nas teorias não
essencialistas, esta diferenciação é fruto de uma tradição que oprime a mulher e reforça a
desigualdade. Segundo eles, uma vez extinguida a distinção entre homem e mulher, os
papéis na família são reorganizados.
Como foi relatado no tópico acima, os teóricos de género afirmam que não há papel social
definido na família. A consequência mais evidente é a dessexualização da paternidade, já
que não importa mais quem foram os responsáveis pela concepção da criança.
Neste caso, os filhos deixam de ser frutos da relação de um homem com uma
mulher. No contexto, eles são gerados artificialmente em qualquer grupo social.
Para os defensores desta ideia é ofensivo dizer que crianças possuem o direito de ser
educadas por um pai e uma mãe.
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Nas Principais ideias de género não é bem aceita pelas famílias, especialmente pelos
brasileiros. Embora o povo se manifeste contra a agenda das principais ideias de género, ela
avança na educação, nas mídias sociais e nos meios de comunicação.
A linguagem é alterada para que a diferença entre homem e mulher não seja
reforçada, nem ensinada nas escolas. Seminários, palestra e aulas promovem o ensino da
Ideologia de género nas escolas, mesmo que isso contrarie a vontade dos pais.
Estes ideólogos apresentam suas ideias de género como algo avançado, que
promove maior liberdade e luta contra a discriminação, desigualdade e homofobia. Ao
mesmo tempo, atacam os que se opõem, taxando-os de preconceituosos e propagadores de
discurso de ódio.
Além disso, essa teoria enfatiza a importância da construção de uma sociedade mais
igualitária e justa, que respeita a diversidade e promova a liberdade e a autodeterminação
dos indivíduos.
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4. Conclusão
Contudo, a teoria não essencialista de género afirma que as diferenças entre homens
e mulheres não são inerentes a sua biologia ou natureza, mas são construídas socialmente.
Essa teoria argumenta que as características que são geralmente atribuídas a homens e
mulheres, como as diferenças de comportamento, personalidade, habilidades, entre outras,
não são resultado de sua natureza biológica, mas sim de normas sociais e culturais que são
aprendidas e internalizadas pelos indivíduos desde a infância
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5. Referências Bibliográfica
Butler, J. (1990). Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. London:
Routledge
Jagose, A. (1996). Queer theory: an introduction. New York: New York University Press,
Link: