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Bernardo Xavier
Florência António
Madalena Bernardo Utauta
Rita Marques Antero

Teorias não Essencialistas

(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Bernardo Xavier
Florência António
Madalena Bernardo Utauta
Rita Marques Antero

Teorias não Essencialistas

Trabalho de Pesquisa da Cadeira de Teoria


de Diferença de Género, a ser entregue no
Departamento de Ciências de Educação e
Psicologia, para fins avaliativos, sob
orientação da docente: Msc: Arminda
António

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 3

1.1.1. Objectivo Geral: ........................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos Específicos: ................................................................................................ 3

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 3

2. Teorias Não-Essencialistas ................................................................................................. 4

2.1. Género ............................................................................................................................. 4

2.2. Teorias Não-Essencialistas .............................................................................................. 5

2.3. As Principais Ideias da Teoria na Essencialista de Género ............................................. 6

2.3.1. Homens e Mulheres não são Diferentes ....................................................................... 6

2.3.2. O Sexo Biológico pode ser Modificado ....................................................................... 6

2.3.3. A Família Natural é Apenas um Estereótipo ................................................................ 7

2.3.4. A Paternidade pode ser Dessexualizada ....................................................................... 7

2.3.5. Os Ensinamentos das Principais de Género nas Teorias não Essencialistas devem
fazer parte da Mídia e da Educação nas Escolas .................................................................... 8

3. Implicações das Teorias não Essencialistas........................................................................ 8

4. Conclusão ........................................................................................................................... 9

5. Referências Bibliográfica ................................................................................................. 10


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1. Introdução

O presente trabalho visa fazer a síntese de Teorias não-essencialistas. A teoria não


essencialista de género afirma que as diferenças entre homens e mulheres não são inerentes
a sua biologia ou natureza, mas são construídas socialmente. Essa teoria argumenta que as
características que são geralmente atribuídas a homens e mulheres, como as diferenças de
comportamento, personalidade, habilidades, entre outras, não são resultado de sua natureza
biológica, mas sim de normas sociais e culturais que são aprendidas e internalizadas pelos
indivíduos desde a infância.

De salientar, no mesmo trabalho ira se explanar os pontos alargados do tema em


pesquisa para melhor compreender a sua essência.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral:

 Compreender sobre as teorias não essencialistas.

1.1.2. Objectivos Específicos:

 Conceituar as teorias não essencialistas;


 Identificar e descrever as principais ideias dessas teorias; e
 Identificar e descrever dassas teorias.

1.2. Metodologia

Para a concretização dos objectivos específicos deste trabalho utilizamos como


metodologia a pesquisa bibliográfica, esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em
manuais e internet.
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2. Teorias Não-Essencialistas

2.1. Género

Os sociólogos distinguem o sexo biológico, do género sociológico.

 Género – diz respeito às diferenças psicológicas, sociais e culturais. O género


construído nos dias de hoje, gera e ajuda a manter as desigualdades sociais. Género
é algo construído e não apenas dado;
 Identidade de Género – é sua identificação com um sexo particular ou sentimento
de pertencer a esse sexo.
 Papel de Género – quando você se comporta como homens e mulheres devem agir.

Mulheres sentimentais são incapazes de pensamentos racionais. A questão da submissão


não é um factor biológico e sim social.

A aprendizagem social de género tem início nos primeiros estágios de nossa vida. Os
membros da sociedade reforçam a heterossexualidade – preferência por membros do sexo
oposto como parceiros sexuais.

A partir do género, as feministas pretendiam evidenciar que as distinções entre o


masculino e o feminino não eram reais, isto é, eram mascaradas pela própria estrutura
social. Por outro lado, queriam demonstrar que o termo "sexo" remetia à condição
biológica, natural do ser humano, o que reforçava a naturalização das desigualdades entre
homens e mulheres.

A importância dos avanços nos estudos de género foi, sem dúvida, fundamental para
solidificar a ideia de que as diferenças biológicas entre os sexos não são responsáveis pelas
desigualdades entre homens e mulheres. Constatar que essas diferenças são, na verdade,
construções sociais legitimadas por uma sociedade patriarcal é uma contribuição
fundamental dada pelos estudos de género e pelo movimento feminista (Louro, 1997, p.
11).

Género se constitui com e/ou em corpos sexuados, ou seja, não é negada a biologia,
mas é a construção histórica produzida sobre as características biológicas. É a construção
social de cada sexo. Louro (1997, p.14) ressalta que "esse conceito serve, assim, como uma
ferramenta analítica que é, ao mesmo tempo, uma ferramenta política".

Desta forma, a categoria género é entendida como uma construção social das
relações entre homens e mulheres, numa arena onde interagem e disputam. Tal categoria
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emergiu no âmbito da academia, fruto da contribuição do movimento feminista, como


aponta Louro (1997, p.21):

“Será no desdobramento da assim denominada "segunda onda", aquela que se inicia no


final da década de 1960 que o feminismo, além das preocupações sociais e políticas, irá se
voltar para as construções propriamente teóricas. No âmbito do debate que a partir de então
se trava, entre estudiosas e militantes, de um lado, e seus críticos ou suas críticas de outro,
será engendrado e problematizado o conceito de género”.

2.2. Teorias Não-Essencialistas

A partir dos anos noventa, novos debates surgiram com o objectivo de rever as
teorias essencialistas de género. Defendem uma visão não essencialista, ou seja, não
propõem uma correspondência entre as identidades e aspectos da realidade social.

A teoria não essencialista de género afirma que as diferenças entre homens e


mulheres não são inerentes a sua biologia ou natureza, mas são construídas socialmente.
Essa teoria argumenta que as características que são geralmente atribuídas a homens e
mulheres, como as diferenças de comportamento, personalidade, habilidades, entre outras,
não são resultado de sua natureza biológica, mas sim de normas sociais e culturais que são
aprendidas e internalizadas pelos indivíduos desde a infância.

Essa teoria enfatiza que o género é um atributo fixo e imutável, mas é construído
socialmente através de normas e expectativas de género que são transmitidas pela cultura,
pela mídia, pela educação, pela religião e pela família. Assim, o género é visto como um
fenómeno fluido e dinâmico, que pode ser transformado e redefinido pela acção colectiva
das pessoas.

Os teóricos da Ideologia de Género afirmam que as pessoas não nascem homem ou


mulher. Nascem capazes de ser o que quiserem. De acordo com eles, cada um é responsável
por construir sua identidade, incluindo a escolha do género, independentemente do sexo
biológico.

Por isso, quem nasce biologicamente menino, não é definido como homem, pois
pode escolher ser mulher. E quem nasce biologicamente menina, não é definida como
mulher, pois pode escolher ser homem.

Homem e mulher são papéis sociais flexíveis e relativos na Ideologia de Género. São
construções que a sociedade impôs às pessoas e não uma realidade fixa e imutável. De
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acordo com estas ideias, a biologia não determina nada, mas sim a decisão de cada um de
ser o que preferir.

Fazendo uma comparação, o Feminismo clássico reconhecia que existiam mulheres


na sociedade ao pedir igualdade. A Ideologia de Género não considera que as pessoas
nascem homem ou mulher, elas se tornam.

Alguns expoentes da Ideologia de Género consideram que a divisão das pessoas entre
homens e mulheres é errada e, portanto, um mal a ser combatido.

Para uma autora feminista chamada Shulamith Firestone:

“A meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente – ao contrário do primeiro


movimento feminista – não apenas acabar com o privilégio masculino, mas também com a
própria diferença de sexos. As diferenças genitais entre os seres humanos já não
importariam culturalmente”.

2.3. As Principais Ideias da Teoria na Essencialista de Género

2.3.1. Homens e Mulheres não são Diferentes

A partir dos anos 60, já existiam ensinamentos relacionados aos estudos de gênero. A
intenção era eliminar a desigualdade entre homens e mulheres, eliminando a última
discriminação: a do sexo.

Por isso, os teóricos começaram a negar a diferença entre o sexo masculino e o


feminino. Por exemplo, começaram a contestar que existem profissões tipicamente
masculinas ou femininas. Parte da estratégia consistia em negar que existem papéis
distintos na criação dos filhos, como o do pai e o da mãe.

Um dos maiores ensinamentos é de que homem e mulher são construções sociais


que podem mudar a qualquer momento. Principalmente em relação à mulher, a ideologia
ensina que ela precisa libertar-se do âmbito familiar que a oprime.

2.3.2. O Sexo Biológico pode ser Modificado

Homens nascem com o DNA XY e mulheres com o DNA XX. O corpo de um tem pénis e
mais testosterona, e do outro possui vagina, ovário e glândulas mamárias. Estes são
exemplos simples de algumas diferenças biológicas entre os sexos.

Entretanto, de acordo com essas principais ideias, estes dados científicos são
transitórios e maleáveis. Portanto, nenhuma pessoa precisa prender-se a eles apenas por
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causa de seu nascimento. Em qualquer estágio da vida, ou seja, em qualquer idade, a pessoa
pode escolher ser algo diferente do que nasceu.

A Transexualidade é Incentivada pelos teóricos de Género. Ela é vista como um sinal de


liberdade e emancipação individual.

2.3.3. A Família Natural é Apenas um Estereótipo

A família natural é constituída por pai, mãe e filhos com papéis definidos. Nela, o homem
cumpre seu papel masculino, a mãe cumpre seu papel feminino e os filhos aprendem com
ambos de forma diferente.

No entanto, para os defensores das principais ideias do Género nas teorias não
essencialistas, esta diferenciação é fruto de uma tradição que oprime a mulher e reforça a
desigualdade. Segundo eles, uma vez extinguida a distinção entre homem e mulher, os
papéis na família são reorganizados.

A família, no singular, deixa de existir. A realidade passa a ser de famílias, no


plural. Isto significa que existem diversas formas de se constituir uma família. Basta que as
pessoas se unam pelo amor, não importando se forem dois homens, duas mulheres, ou três,
quatro e assim por diante…

2.3.4. A Paternidade pode ser Dessexualizada

Como foi relatado no tópico acima, os teóricos de género afirmam que não há papel social
definido na família. A consequência mais evidente é a dessexualização da paternidade, já
que não importa mais quem foram os responsáveis pela concepção da criança.

Neste caso, os filhos deixam de ser frutos da relação de um homem com uma
mulher. No contexto, eles são gerados artificialmente em qualquer grupo social.

A fertilização in vitro e a barriga de aluguer tornam-se práticas promovidas com


naturalidade.

Para os defensores desta ideia é ofensivo dizer que crianças possuem o direito de ser
educadas por um pai e uma mãe.
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2.3.5. Os Ensinamentos das Principais de Género nas Teorias não Essencialistas


devem fazer parte da Mídia e da Educação nas Escolas

Nas Principais ideias de género não é bem aceita pelas famílias, especialmente pelos
brasileiros. Embora o povo se manifeste contra a agenda das principais ideias de género, ela
avança na educação, nas mídias sociais e nos meios de comunicação.

A linguagem é alterada para que a diferença entre homem e mulher não seja
reforçada, nem ensinada nas escolas. Seminários, palestra e aulas promovem o ensino da
Ideologia de género nas escolas, mesmo que isso contrarie a vontade dos pais.

Estes ideólogos apresentam suas ideias de género como algo avançado, que
promove maior liberdade e luta contra a discriminação, desigualdade e homofobia. Ao
mesmo tempo, atacam os que se opõem, taxando-os de preconceituosos e propagadores de
discurso de ódio.

3. Implicações das Teorias não Essencialistas

A teoria não essencialista de género tem implicações importantes para a


compreensão da diversidade humana e para a promoção de igualdade de género. Ela
enfatiza a importância de se questionar as normas de género e de se reconhecer a
diversidade de identidades de género e expressões de género existentes na sociedade.

Além disso, essa teoria enfatiza a importância da construção de uma sociedade mais
igualitária e justa, que respeita a diversidade e promova a liberdade e a autodeterminação
dos indivíduos.
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4. Conclusão

Chegado ao fim do trabalho realizado concluímos que, as teorias não essencialistas


enfatizam a importância de se questionar as normas de género e de se reconhecer a
diversidade de identidades de género e expressões de género existentes na sociedade.

Contudo, a teoria não essencialista de género afirma que as diferenças entre homens
e mulheres não são inerentes a sua biologia ou natureza, mas são construídas socialmente.
Essa teoria argumenta que as características que são geralmente atribuídas a homens e
mulheres, como as diferenças de comportamento, personalidade, habilidades, entre outras,
não são resultado de sua natureza biológica, mas sim de normas sociais e culturais que são
aprendidas e internalizadas pelos indivíduos desde a infância
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5. Referências Bibliográfica

Alessi, D. C. (2011). Desconstrução do género, dignidade humana e homoafectividade. Revista


Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 2865. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/19056. Acesso em: 14 abr. 2023.

Butler, J. (1990). Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. London:
Routledge

Jagose, A. (1996). Queer theory: an introduction. New York: New York University Press,

Link:

https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/ideologia-de-genero, acessado dia 27/04/2023,


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