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Montes Claros
2013
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FACULDADE ISEIB
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO IBITURUNA – ISEIB
Portaria MEC N° 2.861 de 13/09/2004 DOU 16/09/04
Montes Claros
2013
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SUMÁRIO
2. Justificativa...................................................................................................................................7
3. Objetivos.......................................................................................................................................8
4. Hipóteses......................................................................................................................................9
5. Fundamentação teórica...............................................................................................................10
6. Metodologia................................................................................................................................16
7. Cronograma................................................................................................................................17
8. Referências bibliográficas..........................................................................................................19
9. Anexos........................................................................................................................................22
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PROBLEMA: O que pode ser apontado acerca de estrangeirismos na língua portuguesa como
fator contribuinte para o idioma?
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2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.2.Objetivos Específicos
Conhecer a origem dos estrangeiros mais comumente usados, que não podem ser
substituídos;
Verificar as vantagens e desvantagens dos estrangeirismos na língua portuguesa;
Identificar os tipos de estrangeirismos que são empregados de forma abusiva.
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4. HIPÓTESES
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Baseando-se nas palavras dos autores acima citados, é possível inferir que o homem
interfere nessa transformação lexical exercendo papel fundamental na evolução da língua de
acordo com a suas necessidades. Esse processo de evolução é essencial para se manter no mundo
globalizado. A influência do estrangeirismo no Brasil gera discussões, principalmente entre
linguistas, que consideram tais termos fonte de enriquecimento da língua; e por alguns puristas,
que entendem que a invasão de palavras estrangeiras danifica e desnacionaliza a língua
portuguesa.
O uso do estrangeirismo tem sido alvo de inúmeros protestos, especialmente em
virtude do Projeto de Lei 1.676/99, citado por Bagno (2001, p. 49) de autoria do Deputado Aldo
Rebelo, que dispõe sobre a sua promoção, a proteção, a defesa e o uso da língua portuguesa. Tal
projeto foi aprovado no ano de 2007, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O
presente deputado questiona a vasta disseminação, considerada por ele desnecessária, de palavras
estrangeiras no nosso idioma, protesta também a velocidade que expressões de outras
nacionalidades estão sendo usadas no Brasil “e isso vem ocorrendo com voracidade e rapidez tão
espantosas que não é exagero supor que estamos na iminência de comprometer, quem sabe até
truncar, a comunicação oral e escrita com o nosso homem simples do campo” (REBELO, 1999).
No entanto, Vera Lúcia Paiva (1996, p, 26-27), diz acreditar que não compete ao
linguista sugerir ao governo medidas restritivas, pois isso é reflexo da dependência econômica,
política e cultural. Partindo desse pressuposto, pode se inferir que a língua portuguesa continuará
recebendo os estrangeirismos e não cabe ao governo criar medidas protetoras quanto a isso.
Em crítica também ao projeto de lei, Bagno (2001, p. 67) defende que na língua se
inscreve a passagem de tempo, de forma lenta e inexorável, a língua se transforma. Ela não é nem
jovem nem velha, mas constantemente renovada. Para Aldo Rebelo, autor do projeto, não se deve
medir esforços para defender o idioma da invasão dos estrangeirismos. Sobre essa proteção
excessiva, Garcez e Zilles (2001, p. 25), questionam:
(...) é importante perguntar: defesa de quem contra quem? Defesa da pura língua
portuguesa, naturalizada como nacional num território invadido e usurpado de
povos falantes de outras línguas? E atacada e defendida por quem? Não são os
próprios falantes que fazem os empréstimos? Por acaso, alguém toma
emprestado o que não deseja? (GARCEZ e ZILLES 2001, p. 25).
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Contribuindo nessas falas, a autora Júlia Falivene Alves (2001, p. 16) afirma que
“numa época em que os meios de comunicação propiciam cada vez mais o intercâmbio entre os
povos seria impossível preservar uma cultura de influências externas de qualquer espécie”. Isto
posto, pode-se entender que não é só palavras estrangeiras que são utilizadas no Brasil, mas
também usamos aqui como se fossem nosso, alguns tipos de alimentos, bebidas, roupas, calçados,
músicas e até mesmo gestos. Júlia Falivene Alves (2001, p. 20) ainda questiona que até podemos
ter pratos comuns no nosso cardápio ou até mesmo jeito de falar e até crenças, mas nós
brasileiros, nos distinguimos acentuadamente deles.
A língua portuguesa no Brasil sofre constantemente modificações “esta é uma das
características das línguas humanas: elas mudam constantemente no tempo. A mudança é lenta e
contínua” (FARACO, 2001 P. 238), portanto não há como prever o tempo necessário para a
incorporação de palavras novas nem mesmo bloquear o seu uso.
Atualmente o maior número de empréstimos linguísticos é proveniente da língua
inglesa, mais precisamente dos Estados Unidos, essa extrema familiaridade com o inglês dar se
pelo fato de ser a língua que mais ouvimos e falamos depois do português, “o inglês, idioma
universal é falado em boa parte do mundo. O uso de estrangeirismo não se constitui, de fato, uma
ameaça linguística...” (MEDEIROS, 2007 p. 25).
Esse por sua vez, é de extrema importância no mundo atual, para isso, Holden e
Rogers (2002, p. 21) afirma que “... o inglês é vital no mundo da computação. (...) A internet
oferece possibilidades de leitura e escrita em inglês de forma inteiramente “real”, tanto para
comunicação como para a busca de informações”.
Aprender a língua inglesa hoje é tão importante como aprender uma profissão.
Esse idioma tornou-se necessário para a vida atual que, para conseguirmos
aprimorar qualquer atividade profissional, seja no campo da medicina, da
eletrônica, física, etc., temos de saber falar inglês. (Jornal de Casa 02/08/1986
apud PAIVA, 1996, p. 19).
Um país não pode se isolar do outro, isso gera prejuízos que vão além de linguísticos,
de forma afirmativa para a frase acima, a Presidente do país Dilma Rousseff, em entrevista a
revista Veja, diz que: “o protecionismo é uma maneira permanente de ver o mundo exterior como
hostil, o que leva ao fechamento da economia. Isso não faremos (...) Não vamos fechar o país.”
(ROUSSEFF, 2012). Através disso, pode se perceber que é necessário manter contato com outras
nações para também participarmos de forma efetiva tanto de avanços tecnológicos, quanto
econômicos.
O Brasil aceita bem os estrangeirismos, no entanto é preciso ficar atento ao uso
demasiado dessas palavras para não cair no exagero, pois, segundo Schimtitz (2001 p. 93) é
necessário ter bom senso com referência às palavras, pois muitas têm equivalências em
português, como por exemplo:
Off = desconto;
Existem também palavras, que nunca foram traduzidas para o português e muitas
vezes não conseguimos perceber que são palavras estrangeiras, pois já estamos acostumados,
sobre isto (ALVES, 2001 p. 25) cita “close, drive in, show, slogan, office-boy” e questiona ainda
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que “há aquelas que têm sua correspondente em nossa língua, mas, que insistimos ainda em usá-
las no inglês por acharmos que dessa forma elas soam melhor. Dizemos muito mais drink quando
nos referimos a aperitivo ou a uma bebidinha rápida qualquer...”
No entanto, segundo Bagno (2001, p. 80) há uma quantidade enorme de termos que
hoje soam perfeitamente naturais para um falante de português que passaram por um processo
lento e gradual de aportuguesamento, exemplos: Boate, clube, boné, futebol, batom, garçom,
restaurante e milhares de outros. Para o mesmo autor, isso não acontece só no português do
Brasil: “o vocabulário de qualquer língua do mundo é resultado de séculos de intercâmbios com
outros povos, outras culturas e consequentemente outras línguas”. (BAGNO, 2001, p. 82).
A língua é viva e não é única, portanto, está sempre influenciando e sendo
influenciada por outras, um processo evolutivo. Vale ressaltar que da mesma maneira que essas
novas palavras são incorporadas elas podem cair em desuso de maneira natural no decorrer do
tempo. Assim, não se pode evitar tais empréstimos linguísticos, pois fazem parte da renovação
lexical, é resultado da história de um povo. Para tal afirmação Shimitz (2001 p. 104-105) diz:
que a língua portuguesa não pode ficar a mercê dessas influências que são reflexo do mundo
moderno e globalizado.
Entretanto, não se deve desconsiderar o projeto de lei do Deputado Aldo Rebelo, pois
projetos desta natureza fazem parte da democracia, contribuindo para que a sociedade além de
adquirir mais conhecimento sobre este tema, tenha a possibilidade de fazer uma reflexão crítica
sobre o futuro do idioma nacional.
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6. METODOLOGIA
7. CRONOGRAMA
1º Etapa- 1º período
Justificativa X
Fundamentação X X
teórica
Revisão X
ortográfica
Preparação para X
apresentação
Entrega do projeto. X
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2º Etapa- 5º período
3º Etapa- 6º período
Etapas
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Meses
Planejamento dos
Elementos do
artigo pelo
X X X
professor da
disciplina
Entrega da 1ª
versão do Artigo
com visto do X
Orientador
Agendar defesa e
entrega de cópias X
(03)
Semana de defesa
X
Entrega do artigo
original.
X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
ALVES, Júlia Falivene. A invasão cultural norte-americana. São Paulo: Ed. Moderna, 2001.
BAGNO, M. Preconceito Lingüístico – o que é e como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 1999.
HOLDEN, Susan; ROGERS, Mickey. O ensino da língua inglesa. São Paulo: Ed. SBS, 2002.
LUFT, Celso Pedro. Moderna Gramática Brasileira. São Paulo: Ed. Globo, 2002.
MEDEIROS, Maria Izabel. Língua Inglesa X Língua Pátria (Português) – O Estrangeirismo
fragiliza (interfere na) a Língua Pátria Brasileira? Montes Claros, ISEIB, 2007.
2
ROUSSEFF, Dilma. O Brasil aos Olhos de Dilma. Revista Veja. São Paulo, nº 13, Ed. Abril,
2262, p. 72-82, Março, 2012.
ANEXOS
Questionário
Masculino Feminino
Às vezes Sempre.
Raramente Nunca utilizo.
4- Você acredita que os estrangeirismos utilizados por você, podem ser substituídos por
palavras do nosso idioma?
Sim.
Não.
Sim.
Não.
A televisão.
A globalização.
Música, moda e influências culturais.
Internet.
Outros____________________________________
Sim.
Não.
Exagerada
Normal
Desnecessária
Necessária
Rara
Outra:______________________________________