Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IMPERMEABILIZAÇÃO
Survey
Figura 1 - A situação da
barragem durante a fase de
investigação.
A recuperação
da barragem
do Rio Descoberto
Marcos V. Kffuri
2ª Etapa
Injeção da nova resina hidroexpansiva de
poliuretano inteligente (hidrófobo) para
preenchimento dos vazios remanescentes.
A injeção desta resina foi feita também a
partir de furos verticais, feitos com diâme-
tro de 50mm, a partir da crista da barragem
até a rocha de fundação, anexo aos furos
do grande diafragma anteriormente reali-
zado. Utilizaram-se obturadores a partir do
fundo dos furos, de modo a sempre con-
centrar o processo expansivo da espuma do
poliuretano. A novidade neste poliuretano-
espuma é que sua cadeia expansiva não vira
Figura 3 - ... se manifestavam também na galeria.
A solução definitiva
Tendo em vista a seriedade do diagnóstico,
o tratamento foi preciso e dividido em 6
etapas bem definidas.
1ª Etapa
Execução de parede diafragma, com apli-
cação submersa de argamassa cimentícia
aditivada, ao longo da crista, através de uma
linha secante de furos verticais, de ombrei-
ra a ombreira até a rocha de fundação, fei-
tas com perfuratriz tipo DHT, com diâme-
tro de 165mm. Esta medida contemplou o
preenchimento da matriz (pasta) afetada de-
vido, principalmente, a reatividade da piri-
ta. Esta barreira, etapa principal do trata-
mento, possibilitou também uma redução Figura 5 - Perfurações e a injeção ao longo da crista, repare a perfuratriz abrindo novos furos. Note a
substancial nos vazamentos. surgência da espuma pelo meio do paramento de jusante.
Tele-atendimento
(0XX21) 2494-4099
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 02
4ª Etapa
Após os serviços de injeção pela crista da
barragem, objetivou-se operação pente fino
de ataque a diminutas surgências ao longo
do maciço, por jusante, utilizando-se a su-
per resina da 2ª Etapa. O fato de ser hidró-
foba significa estabilidade aos ciclos de se-
cagem-molhagem, razão pela qual não ne-
Figura 6 - Vista em Planta da Malha de Perfuração cessitou da injeção complementar de gel de
ao longo da crista da barragem.
poliuretano. Isto porque a resina hidroex-
pansiva convencional é hidrófila, ou seja,
sua cadeia expansiva é formada com poliu-
retano expandido suportado por moléculas
d’água. Portanto, sensível a ciclos de seca-
gem-molhagem, razão pela qual torna-se
obrigatória a injeção do gel de poliuretano
para envolver e preencher a “esponja” for-
mada, estabilizando-a. Os furos foram fei-
tos com furadeiras elétricas tipo MAX, uti-
lizando-se brocas de diâmetro 12mm e com-
primentos de 1m e 1,30m.
uma “esponja” saturada d’água como faz o minutos torna-se um semi sólido. Esta eta-
poliuretano-espuma convencional. Não pa de trabalho objetivou, principalmente,
havendo, com isso, necessidade da injeção os vazios naturais que haviam na parede
do gel. diafragma previamente formada, assim
como os capilares existentes no concreto
3ª Etapa da barragem. A injeção desta resina, com
viscosidade igual à da água, teve o impor-
Injeção de gel acrílico, não expansivo, com tante objetivo de, literalmente, retirar a
viscosidade igual a da água, de modo a água livre residual do interior do concre-
atingir os vazios inferiores a 0,01mm. Esta to, de modo a interromper o processo de
resina, também injetada em furos especí- corrosão do concreto, através da reação da
Figura 8 - Bomba de injeção MAX (elétrica) e furos
ficos como monocomponente, após 40 pirita com a água. ao longo da crista da barragem.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
WATERCRIL
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 03
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ficha Técnica
Empreiteira:
ECL Engenharia e Construções Ltda.
São Paulo – Brasil
Fone: (11) 3031-4616
Contato: Marcos V. Kffuri
Figura 9 - Vista em Planta da Malha de Perfuração. Empresa Impermeabilizadora:
MC Serviços de Engenharia Ltda.
Contato: Sr. Clarindo
Fone: (11) 9654-3414
Consultoria e Fornecedora dos
Produtos de Impermeabilização:
Rogertec Engenharia e Comércio
Contato: Engª Patrícia Praça
Fone: (21) 2494-4099 - 2493-4702
e-mail: rogertec@infolink.com.br
Fax consulta nº 04
Perigo
nas estruturas
enterradas
Figura 1 - Encontro pilar-cinta com
esmagamento. Corrosão intensa (perda
de seção) nas armaduras. Solo com água
ácida e presença excessiva de sulfatos. O
reforço foi feito com o encamisamento e
instalação de proteção catódica galvânica
com TERRA ANODO G.
Figura 2 - A variação do lençol freático e a situação das estruturas de concreto armado-protendido enterradas. Quando o nível está alto, o concreto fica saturado.
Quando
12 está baixo, os interstícios do concreto se esvaziam parcialmente, seguindo-se um processo de evaporação. O que resta no interior
RECUPERAR • dos
Maiointerstícios éa
/ Junho 2003
cristalização de diversos sais. Quando o nível freático volta a subir, os poros do concreto voltam a se encher d’água. No entanto, a concentração dos sais
prejudiciais dissolvidos na água é muito superior ao da água anterior. A repetição ininterrupta deste processo, dependendo dos sais, conduz o concreto e as
armaduras à destruição. Solos arenosos são mais sensíveis a este fenômeno.
Survey fPractice
terrâneas nada aeradas e que chegam a zona solos tendem a se tornar ácidos
de aeração é o fato de, ao fazerem contato A corrosão do aço devido à lixiviação dos íons bá-
com o gasoso e oxidante O2 terem a chance A corrosão do ferro Fe metálico é um exemplo de reação sicos positivos (Ca , Mg , Na
0
2+ 2+ +
de dissolver-se nelas, fazendo com que seu redox. Este metal é oxidado a íon aquoso ferroso, com número e K+) para o interior do terreno,
nível bastante elevado de ferro ferroso solú- de oxidação +2, quando reage com água e oxigênio. O concomitantemente com a intro-
composto resultante, conhecido como corrosão, dá como
vel amarelado Fe+2, presente no solo, se con- resultado óxidos e hidróxidos de ferro hidratado. Os tubos
dução do dióxido de carbono
verta em ferro férrico vermelho-marrom in- abaixo mostram que, para se formar corrosão, são necessários (CO2), empurrado pela chuva.
solúvel, formando um solo mais escuro, rico água e oxigênio. O óleo evita que o oxigênio do ar se
Resumindo, toda solução pode
em hidróxido férrico Fe(OH)3. dissolva ser caracterizada por seu POX,
Inúmeras reações redox ocorrem no solo, Tubo de seja a solução intersticial presente
principalmente as que envolvem o enxofre, ensaio no concreto como no solo. Nes-
desde o seu estado altamente reduzido –2, O oxigênio tes ambientes sempre haverá ele-
está
encontrado no gás sulfeto de hidrogênio, H2S presente
mentos ganhando e outros per-
e em minerais que contém íon sulfeto, S–2 até no ar dendo, definindo-se um POX. O
o estado altamente oxidado +6, presente no que devemos saber é que este tro-
ácido súlfurico, H2SO4, e em sais que contém Prego de ca-troca de perde e ganha gera
aço O oxigênio
o íon sulfato SO4–2. é reduzido energia, mais precisamente vol-
A contaminação da água do sub-solo por pro- durante o tagem, traduzida na forma do po-
Um pouco enferruja-
dutos químicos orgânicos e esgotos é outro de ferrugem mento tencial de redução-oxidação,
grande problema. As fontes dessas substân- se forma, PRO presente em qualquer meio
cias orgânicas abrangem vazamentos de de- pois existe onde haja água ou solução aquo-
água no ar
pósitos de lixo químico, vazamentos de tan- O ferro no sa. Diminuindo-se o PRO da
ques subterrâneos de armazenamento de ga- prego tem água ou da solução, aumenta seu
número de
solina, vazamentos de aterros de lixo munici- oxidação 0 poder de corroer ou oxidar o aço.
pais e derramamentos acidentais de produtos A água
A adição de oxigênio dissolvido
químicos. destilada assim como a presença de espé-
não O ferro na cies iônicas na água interfere di-
contém
GLOSSÁRIO ferrugem
retamente no PRO. O POX, ou
oxigênio tem número
Reação de redução-oxidação (redox) – fenô- dissolvido de oxidação propriamente o potencial de re-
meno inseparável formador do sistema onde elétrons +2 dução-oxidação (PRO) é medi-
são sequestrados de um átomo (oxidação) e entre-
gues a outro átomo (redução). Como o elétron tem A ferrugem A
do em milivolts, através de uma
carga negativa, quem perde fica positivo, quem ga- não se ferrugem revolucionária caneta chamada
nha fica negativo. A força que executa estas reações forma é óxido de
é patrocinada pelo potencial eletroquímico.
STIK que, ao mergulharmos
ferro
Estado de oxidação – carga elétrica decorrente da hidratado ponta no líquido informa o seu
perda ou ganho, total ou parcial, de eletron(s) por AR, SEM ÁGUA, AR E POX, a condutividade, o pH e
um átomo.
Resistividade – significa dificuldade no transporte ÁGUA SEM AR ÁGUA a temperatura. Isto porque es-
de corrente. Quanto menor a resistividade maior a tes dois últimos parâmetros in-
condutividade ou o transporte de corrente. Solos Efetivamente, a água do solo está permanen-
corrosivos são aqueles que contém grandes concen-
terferem diretamente no POX da água ou
temente submetida a reações redox e natural-
trações de sais solúveis que otimizam a condutivida- solução. Em solos que envolvem tubulações
de elétrica. O conhecimento da resistividade do solo mente tem poder oxidante (P.OX.) permanen- de concreto ou sapatas de fundação, tipica-
informa o seu grau de corrosividade. O conhecimen- temente em mutação, particularmente quan- mente remexidos e aerados (aeróbicos), o
to do fluxo e nível da água subterrânea, assim como
o pH e o potencial de redução-oxidação do solo com-
do há bactérias no solo. teor de oxigênio é relativamente alto e, qua-
plementam a pesquisa. Regiões do solo com dife- O pH do solo, geralmente, varia de 3,5 a 10, se com certeza, ter-se-á um PRO mais bai-
rentes pH, por si só, promovem diferenças de po- sendo que os que contêm matéria orgânica xo do que aquele encontrado em um solo
tencial no aço e, conseqüentemente, corrosão.
tendem a ser ácidos. Na região sudeste, os virgem e compacto (anaeróbico), onde, fre-
qüentemente, outros seqüestradores de elé-
trons, que não o oxigênio, determinam a
corrosividade do solo e também do concre-
to. No box acima há a relação entre o PRO
da água e o conseqüente POX desenvolvi-
do em função das reações redox.
A classificação da corrosividade do solo,
Figura 4 - O efeito da tradicionalmente baseada apenas na resis-
concentração de oxigênio e tividade e no pH, é incompleta e pode in-
da temperatura na velocidade
de corrosão do aço. duzir a erros. O POX e a atividade micro-
biana são parâmetros super importantes na
corrosão subterrânea e que também devem
ser considerados.
Figura 3 - “Pescoço” de pilar (entre a cinta e a sapata) enterrado e em estado de ruína (esmagamento) Continua na
devido a corrosão
RECUPERAR do concreto
• Maio e das armaduras.
/ Junho 2003 página 17 15
Quer conhecer o poder da água?
hora o poder oxidante (POX) da água ou de pH, o POX dos íons presentes, o cloro e sua
qualquer solução, assim como seu pH, condutividade. O medidor STIK analisa a
soluções com baixo POX corroem também para quem trabalha em estações
POX é uma propriedade inerente a fundações etc. Conheça hoje mesmo este
Stik Tele-atendimento
(0XX21) 2493-4702
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 08
ETAs ETEs
Água de Barragens
fundações
Os segredos da
corrosão
Joaquim Rodrigues
IV GLOSSÁRIO
larizar com o peito estufado de O2, como dica é o manda chuva da ocorrência da cor- da ciclização da “recuperação”. Efetiva-
é comum, e o anodo não, então havendo rosão, lidar com grandes catodos e peque- mente, não é o tratamento.
solução aquosa cheia de elementos iôni- nos anodos será trágico para estes últimos. Agora, se o anodo quer polarizar, talvez
cos (especialistas em baixar a resistivida- O efeito de uma determinada quantidade motivado pela presença direta dos trafi-
de do concreto) a corrente coletada no ca- de corrente concentrada em uma área pe- cantes íons cloretos ali, a causa muda e o
todo por área será predominante e o que é quena será muito maior que numa grande catodo perde a iniciativa, havendo uma po-
importante, costuma ser grande. Pior para área. Um exemplo bem prático está na er- larização anódica. Por exemplo, o poten-
os anodos pequenos que se submeterão a rada aplicação de epóxis para passivar, tor- cial anódico padrão do ferro é –440mV e
grandes quantidades de corrente em suas nando catódicas barras recuperadas. A po- o potencial catódico padrão do oxigênio
diminutas áreas. Seus átomos serão lite- larização catódica ocorrerá mais rapida- dissolvido na água é +401mV. Logo, o po-
ralmente sugados pela solução interfacial mente do que antes da recuperação. Isto tencial desta pilha possui uma força ele-
armadura-concreto. Rápida corrosão. porque a corrente, que é a mesma forneci- tromotriz de 841mV, energia suficiente
• O tamanho relativo das áreas anódica da pelo catodo (área não recuperada), flui- para acender uma lâmpada de lanterna ou
e catódica rá apenas nos furos e defeitos da pintura. para detonar a corrosão.
O efeito das áreas do anodo e do catodo Dever-se-á considerar que não existe pin- O concreto armado-protendido na condi-
na corrosão por pilhas evidentemente de- tura impermeável. O poder oxi- ção urbana é servido quase sempre pela po-
pente do tipo de polarização com que a dante das reações redox e a larização catódica já que, como sabemos o
corrosão se desenvolve. Como no concre- resistividade alterada do estado metalúrgico reativo da superfície da
to armado-protendido a polarização cató- concreto se encarregam armadura é considerado constante e a posi-
ção aérea dessas estruturas permite o aces-
so de soluções aeradas, ou seja a reação ca-
Onde acaba o processo tradicional tódica é predominante pelo excesso de
de recuperação das armaduras oxigênio. Quer dizer, a culpa da corro-
são cai sempre nos jogadores catódicos
como o oxigênio O2 e o íon hidrogênio H+,
pois seqüestrando de montão elétrons da
região anódica estarão produzindo ali gran-
des densidades de corrente anódica. Des-
cobertos os mecanismos que caracterizam
as pilhas, resta saber quais os tipos existen-
Situação que simula a tradicional pintura da tes nas estruturas.
região anódica (corroída) na
armadura. Duas situações se Os tipos de pilhas de corrosão
impõem:
1ª) A região da barra pinta- Cada ambiente, na verdade, é constituído de
da é permeável ao oxi- micro-ambientes. Um exemplo caracterís-
gênio e ao vapor d’água
como toda tinta
que se preza. Es- GLOSSÁRIO
tará funcionando
como um catodo Força eletromotriz – potencial elétrico; volta-
para as antigas gem.
regiões vizinhas Corrosão galvânica – ocorre quando dois me-
catódicas, tornadas ago- tais com potenciais diferentes estão em contato
ra anódicas. Claro, por- elétrico enquanto imersos num concreto com pre-
que a região pintada sença de água intersticial contendo oxigênio dis-
está “protegida” do con- solvido ou simplesmente contaminada. Como todo
tato da solução, mas metal apresenta potenciais naturais diferentes em
aceita oxigênio e água na forma de va- mentar a corrosão ali. Ou seja, um faz de presença de um líquido, uma corrente irá fluir do
conta. metal mais anódico para o menos anódico, de
por, ou seja, está travestida de catodo.
2ª) A região anódica pintada, na vida real, maneira a equalizar aqueles potenciais.
As regiões vizinhas tornam-se anódicas
Pilha de corrosão – sistema eletroquímica for-
porque estão desprotegidas do contato apresenta falhas, quer dizer, defeitos na
mado por um anodo e um catodo interligados por
com a solução, e há agora um catodo que pintura. Evidentemente, o que ocorre na
contato metálico (aço) e submetidos a uma solu-
se dispõe a ali- verdade é uma drástica redução da área
ção ou eletrólito. Seu potencial é calculado pela
anódica, estabelecendo-se pequenas áre- diferença entre o potencial do catodo e do anodo.
as deste partido ou propriamente pites de Reação redox – reação de redução-oxidação. Esta
corrosão. A corrente anódica, caracteriza- reação caracteriza-se pela simultaneidade, ou seja,
da pela fuga de elétrons, que estava dissi- sempre que há oxidação (perda de elétrons) há
pada em toda a região, agora ficou con- redução (alguém ganha elétrons).
centrada em diminutos pontos, produzin- Voltagem ou potencial – é a energia que põem
do grande quantidade de corrente e tor- cargas em movimento. Uma força eletromotriz
nando-se violentos anodos devido a (FEM) ou uma diferença de potencial é expressa
alta velocidade de corrosão a que es- em volts. A FEM é a diferença de potencial entre
tarão submetidos. duas regiões da armadura, ou seja é a força pro-
pulsora para a corrosão eletroquímica.
tico é uma indústria onde se produzem pro- temente, a troca e a polarização. Anódica ga eletricamente estas ligas, polarizan-
dutos químicos variados. Em cada um des- no anodo e catódica no catodo. As pilhas do catodicamente a que tem potencial de
tes ambientes haverá um comportamento de corrosão diferencial se manisfestam de corrosão menos negativo, ou seja, reduz
diferenciado da corrosão. O potencial de quatro maneiras particulares nas estruturas sua velocidade de corrosão. A outra, coi-
corrosão analisado com a semi-pilha CPV- de concreto armado-protendido. Todas são tada, com potencial de corrosão mais
4 não é, como se sabe, um potencial de equi- extremamente sensíveis a um desequilíbrio negativo é polarizada anodicamente, na-
líbrio. O aço nunca para de corroer em entre áreas catódica e anódica, conforme já turalmente com maior velocidade de
ambientes corrosivos. É apenas uma ques- mostramos. Vamos conhecê-las. corrosão. Apresentamos abaixo uma sé-
tão de velocidade. Existirá sempre oxida- rie galvânica bastante prática para me-
ção no aço para produzir íons Fé++, além de 1) Pilha por contato bimetálico tais e ligas, com seus potenciais medi-
produtos de corrosão, consoante com a pre- A corrosão bimetálica do aço, também dos em relação à semi-pilha CPV-4.
sença da água e da velocidade com que o chamada de corrosão de contato ou cor-
oxigênio se difunde na região catódica, de rosão galvânica plena ocorre quando in- 2) Pilha por filme da corrosão
modo a alimentar o processo anterior. terliga-se um aço a outra qualidade de Quando o aço chega na obra, observa-se
De um modo geral, poder-se-á entender que aço ou metal mais nobre no concreto, uma película de hidróxidos amarronza-
reações de oxidação e alimentação ocorrem seja armado ou protendido. Isto porque dos sobre sua superfície. Nada mais é
próximas ou numa mesma região da super- cada siderúrgica poderá produzir ligas de do que o produto da sua corrosão, for-
fície do aço. É o que estamos habituados a aço diferenciadas e com potencial de cor- mando uma barreira protetora contra o
ver no nosso dia a dia nas estruturas. No rosão diferentes para cada ambien- ambiente. Se esta barreira é danificada,
entanto, é comum encontrarmos corrosão te. A presença de água ou soluções de modo a expor a superfície do aço, o
no concreto armado motivado por reações nos vazios do concreto interli- que acontece durante os trabalhos de mo-
de oxidação e alimentação ocorrendo em vimentação e arrasto das barras no can-
regiões separadas. Unidas, seja em cama de teiro, assim como durante o corte e do-
casal ou de solteiro, ambas as reações ge- bra pelos armadores, a velocidade da
ram a dissolução do aço através da forma- corrosão na área exposta aumenta, exa-
ção de, respectivamente, micro ou macro tamente porque o filme de hidróxidos
pilhas de corrosão. As primeiras já conhe- férricos que forma a barreira à ação ca-
cemos. Vamos conhecer as macro-pilhas tódica, embora não seja um metal, atua
também chamadas de pilhas de corrosão como, sendo mais nobre (catodo) do que
diferencial. a superfície exposta original (anodo).
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-4702
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 13
Resíduos
sólidos de
sais
Sais naturais
originados das
rochas
Concha metálica
ÁGUA MINERAL EM EBULIÇÃO RESÍDUO APÓS A EBULIÇÃO
Quase todos os sais são iônicos e se dissolvem, ao menos Quando a água mineral é submetida à ebulição, uma
parcialmente, em água. A água mineral contém pequenas pequena quantidade de resíduo sólido se forma. Ele é
Figura 5 - Um exemplo típico de pilha por aeração quantidades de sais dissolvidos. Eles são normalmente composto de sais. A água pura não deixaria resíduo. Os sais
desigual provocada pela diferença de concentração invisíveis, porque estão sob a forma de íons e grupos. da água mineral se originam das rochas através das quais
de oxigênio que chega à superfície do concreto. passa a água da chuva.
O papel do pH
PH significa concentração de íons hidrogê-
nio H+. Águas ou soluções fortemente áci-
das têm baixo pH. Quando muito alcalinas
oferecem alto pH. O pH de uma água ácida
torna-se menor à medida que sua concen-
tração iônica aumenta. O pH de uma água
fortemente alcalina, muito característica da-
quela presente nos interstícios do concreto,
torna-se maior à medida que sua concentra-
ção iônica aumenta. O efeito da acidez ou
alcalinidade influencia muito a vida do me- Figura 8 - Antiquada maneira de fazer recuperação
Figura 11 - Neste pilar de uma ponte à beira mar foi
tal. Por exemplo, o aço é muito resistênte à feita a “recuperação” de pontos localizados com
(reforço) estrutural motivada por corrosão. O
corrosão e a seguir, aplicada uma pintura epóxica
corrosão em ambiente alcalino. Por outro aspecto físico ou mecânico do pilar é 100%
com 3mm de espessura de modo a impedir a
lado, neste mesmo ambiente, o zinco puro privilegiado. O aspecto eletroquímico, que originou
penetração do oxigênio-água e sais (OAS). Dois anos
não se dá bem, ou seja, é fortemente corro- o problema, é ignorado. O resultado, embora com o
após, há a formação de pequenos e grantes pites
ído. Razão pela qual não é indicado como aumento da seção, é um processo de corrosão mais
que significam o seccionamento das barras em
robusto.
anodo de sacrifício para o concreto. Em seu menor e maior grau. Uma vez instalada a corrosão,
lugar, para o concreto, dever-se-á usar ape- não adianta pintar a superfície do concreto. Ela só
nas anodos de sacrifício à base de combina- diminui o acesso do OAS, mas não impede. Pior,
redireciona-os para locais específicos. Pequenas
ções de metais específicos.
pilhas de corrosão antes da pintura subrevivem. A
solução é o mapeamento dos potenciais e a
submetida a um ex-concreto com pH al- introdução de proteção catódica com anodo de
sacrifício.
terado, digamos, igual a 10. Ao aplicar-
mos a técnica convencional de recupe- aclive, a emenda da “recuperação” tor-
ração, seja com concreto projetado, epó- nou pior que o soneto do resto da estru-
xi, com argamassa feita na obra ou pré- tura. Literalmente, enxugou-se gelo com
toalha quente.
Fax consulta nº 14
Figura 1 - Vazamentos em
tanques de produtos
tóxicos é coisa séria. Dever-
se-á sempre fazer a
impermeabilização
secundária ou de seguran-
ça, com direito a uma bacia,
em torno do sistema, de
modo a impedir a contami-
nação do solo por frequen-
tes respingos ou mesmo na
hipótese de rutura do
mesmo.
O relatório normativo ACI-350-2R do Ame- do de reservatórios, tanques, canais e tubu- mais das seguintes características: inflamá-
rican Concrete Institute (ACI) apresenta uma lações que fazem contato com materiais pe- vel, corrosivo, reativo ou tóxico. Os resí-
série de importantes recomendações e dire- rigosos. Começa definindo o óbvio, ou seja, duos líquidos assim caracterizados poderão
trizes sobre as estruturas de concreto arma- que material perigoso poderá ter uma ou ser organizados em três categorias:
Só com
EPOXY 28
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 21
CIMENTO K
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-4702
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 22
BEIJU
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-4702
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 24
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
BUSCA-FUROS
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-4702
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 25
Figura 10 - A
impermeabilização
secundária e o
sistema de proteção
exigido em tanques
enterrados.
Tele-atendimento
(0XX21) 2493-6862
fax (0XX21) 2493-5553
produtos@recuperar.com.br
Fax consulta nº 27