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BIOLOGIA CELULAR

AULA 2 - CITOESQUELETO

Na última aula, vimos que as células podem ter tamanhos e formatos diferentes… E o que
determina isso é a formatação e estrutura do citoesqueleto.

ESQUELETO = DA SUSTENTAÇÃO / CITO = CITOPLASMA


- o citoesqueleto dá sustentação da estrutura do citoplasma e está envolvido em
algumas funções:
- na organização das células nos tecidos (como a interação célula-célula)
- está envolvido com as microvilosidades (que aumentam a área de membrana
e a superfície de contato)
- envolvida com o formato
- envolvida com a movimentação intracelular (como durante a divisão celular,
na anáfase - com a separação das cromátides irmãs)
- envolvido na movimentação da própria célula
- célula possui pontos de adesão (adesão focal com o substrato), que
se perdem e se formam para que haja a movimentação
- além da movimentação por flagelos (mediado por citoesqueleto)
- movimento de divisão celular
(de forma resumida: o citoesqueleto está envolvido no formato da célula, em mecanismos
de interação célula-célula e célula-matriz, e movimentação células)

Citoesqueleto - Famílias
- foi dividido didaticamente em 3 famílias
- microtúbulos: são tubos formados pela associação (ou polimerização) de
proteínas chamas tubulinas
- microfilamentos: formados pela associação (ou polimerização) de proteínas
chamadas de actina
- filamentos intermediários: são formados pela associação de diferentes tipos
de ptn, exemplo clássico é a queratina; tem esse nome pois tem um diâmetro
intermediário entre os microtúbulos e os microfilamentos (10 nanômetros)
Atenção!
- microtúbulos e microfilamentos são considerados polímeros (estrutura formada pela
associação de subunidades menores)
- a ptn também é considerada um polímero, seus monômeros são os AA
- DNA é polímero, monômero são os nucleotídeos

Veja suas funções de forma geral!


- filamentos intermediários - sustentação da célula
- tubulinas e actinas são subunidades que chamamos de ptn globulares
- já os filamentos intermediários são formados por proteínas que tem uma
conformação fibrosa (como um cabo de sustentação)
Atenção!
- o livro albert já cita as septinas como uma quarta família

> Microtúbulos
- é um tubo oco formado pela polimerização das tubulinas
- existem duas tubulinas descritas (alfa e beta)
- possuem uma similaridade nas suas sequencia de aminoácidos, mas não
são idênticas - caracterizadas como enzimas
- são sistemas pois podem ser proteínas ou não - rna com atividades
catalíticas que geram um produto a partir de um substrato ou mais
- ambas formam um heterodímero quando se ligam - pois são formados por
subunidades diferentes
- essas duas tubulinas estão associadas na formação dos microtúbulos
(essencialmente seus protofilamentos - os polímeros desse monômero)

A formação dos microtúbulos


- pela a associação lateral de 13 protofilamentos que leva a formação de um tubo oco
que constitui o microtúbulo
- quando essas proteínas (tubulina alfa e beta) são traduzidas na célula, elas são
liberadas na célula e fica lá como tubulina livre
- quando o heterodímero se ligam ao nucleotídeo de GTP (guanosina trifosfato), ele é
incorporado ao microtúbulo
- é um mecanismo que gasta energia pois há a hidrolização do GTP -
responsável por uma mudança de conformação na estrutura do dímero que
faz com que ele seja incorporado ao microtúbulo
- devemos ter em mente então que quando um microtúbulo está crescendo de
tamanho, ele gasta energia
- entenda que a incorporação do dímero é aos pares (pois é um dímero), logo,
em uma ponta será encontrado a tubulina alfa e em outra a tubulina beta
- ter uma extremidade diferente da outra é importante para a
movimentação via microtúbulo (extremidades + e -)
- a partir da formação do tubo oco, esse microtúbulo cresce pela adição de
subunidades livres na ponta

Importante para a estabilidade do microtúbulo


- a reação enzimática possui uma velocidade constante (velocidade da hidrólise)
- o que determina se as subunidades de tubulina alfa e beta vão entrar em
uma velocidade mais rápida ou mais lenta, vai depender da oferta de
tubulinas livres
- se a célula precisa que o microtúbulo cresça em determinada direção, ou ele
produz mais tubulina livre ou ela desmonta um microtúbulo pré existente para
que esses monômeros sejam destinados para esse crescimento
- se em um sistema temos uma grande oferta de tubulinas livres, uma região
do microtúbulo vai continuar com o gtp ligado (não deu tempo de improvisar,
pois a entrada é tão rápida que a enzima da hidrólise nao acompanha -
formação de capa de GTP, região formada com os GTPs que ainda não
foram hidrolisados)
- o microtúbulo possui uma dinâmica de estabilização e desestabilização que depende
das subunidades livres
- há uma exceção nos axônios, pois devem ser mantidos íntegros para que se
mantenha a sustentação nos prolongamentos de membrana

- na desestabilização, há uma diminuição das interações laterais, fazendo uma


curva, entre os protofilamentos e o microtúbulo se desmonta *
- ação realizada pelas proteinas MAPs

Organização dos microtúbulos


- os microtúbulos estão sustentados por uma estrutura chamada centrossomo, ou
centro organizador de microtúbulos (descrito como uma estrutura amorfa)
- é um aglomerado, formado pela associação de diversas proteínas sem ser
delimitado por uma membrana - em sua superfície temos a tubulina gama
(responsável por ancorar o microtúbulo nessa estrutura amorfa, forma uma
estrutura chamada de haster, ou estrela - é a partir da ptn gama que os
protofilamentos começam a crescer)
- está localizado próximo ao núcleo
- no interior dessa estrutura, na maioria das células, encontramos um par de
centríolos
- qual sua função? (relação com a posição do núcleo?)
- são formados por 9 trincas de microtúbulos unidos por proteínas
acessórias
- um em uma célula normal e dois quando a célula está se dividindo
(que vai formar o fuso mitótico)

Atenção!!
- Os dímeros de tubulina (associados a GTP) são acrescidos e dissociados pelas
extremidades na montagem, sendo a ponta "+" a extremidade mais ativa nesse
processo. A forma polimerizada dos microtúbulos encontra-se em equilíbrio dinâmico
com a forma dimérica, dependente da concentração de tubulina livre.
- No entanto, as duas extremidades não se comportam de maneira idêntica. Assim,
em uma delas, convencionada com sendo a extremidade "+", a reação de
polimerização é mais rápida, assim como a despolimerização, enquanto que a
extremidade oposta, denominada de "-", ela é mais lenta, da mesma forma que a
despolimerização (está junto ao centrossomo*). A estabilidade dos microtúbulos é
variável de acordo com o local e função que desempenham numa célula, existindo,
no entanto, vários mecanismos celulares que controlam sua polimerização e
despolimerização.
- Alguns fatores externos, como baixas temperaturas e certas drogas como a
colchicina e a vimblastina, podem atuar no sentido da despolimerização de muitos
microtúbulos. Outros, como o taxol, estabilizam os microtúbulos ou atuam no sentido
inverso. Como estas drogas perturbam o equilíbrio dinâmico dos microtúbulos,
frequentemente a despolimerização ou estabilização dessas estruturas, atuam
também nos fusos mitóticos que se formam na mitose, impedindo a divisão celular.
Por isso, essas drogas são chamadas de drogas antimitóticas e são muito usadas
na terapia contra o câncer no sentido de bloquear as divisões celulares
descontroladas que caracterizam as células tumorais.

Proteínas associadas aos microtúbulos - MAPs


- estão relacionadas ao controle da estabilidade dos microtúbulos
- se associam ao microtúbulo para:
- estabilizar - proteínas estabilizadoras (como para aqueles que precisam se
manter íntegros, mesmo que não esteja crescendo e a hidrólise de GTP
chegue na ponta - como os axônios)
- desestabilizar - os fatores de catástrofe (desestabilizam, desmontam o
microtúbulo que esteja indo para uma direção que não é necessária -
enquanto há outros que estão sendo necessários / atua forçando a curvatura
dos protofilamentos, diminuindo as interações laterais)
Proteínas motoras - cinesinas e dineínas (famílias de ptn)
- direcionamento dos microtúbulos é importante para que possamos entender como
as proteínas motoras trafegam
- a movimentação é gerada por duas famílias de proteínas motoras
- dineínas: sua direção de movimento é para a extremidade “-”, para o
centrossomo que está perto do núcleo - relacionada com os mecanismos de
endocitose (entrando via dineína)
exemplo: ***

- cinesinas: trafegam em direção a extremidade “+”, em direção a membrana


da célula - relacionada com mecanismos de exocitose (saindo via cinesina);
sua conformação é formada por duas cadeias polipeptídicas que se
associam, tem uma região chamada de cabeça (onde o atp se liga, é por
onde ela “anda” pelo citoesqueleto - cada vez que ocorre essa ligação,
ocorre a hidrólise de uma molécula de atp), haste e a cauda é por onde ela
se liga a vesícula que vai transportar; a região da proteína que é responsável
pelo movimento até a extremidade + é a haste*
exemplo: saindo neurotransmissores por vesícula, “molécula da
felicidade andando”
Cílios e Flagelos
- estruturalmente internamente, ambos possuem a mesma constituição
- dentro deles, existe uma estrutura chamada axonema - formado por 9 duplas
de microtúbulos e 2 microtúbulos centrais, com 13 protofilamentos
- na base da membrana do cílio ou flagelo, o axonema é sustentado pelo
corpo basal (é através deles que surge a estrutura do axonema - formado por
9 trincas de microtúbulos, como os centríolos)

- suas diferenças
- os flagelos têm movimento natatório e giratório
- os cílios tem um movimento clássico de batimentos

- como o movimento é gerado?


- diferente das microvilosidades que não possui movimento próprio, o que gera
o movimento dos cílios e flagelos é o deslizamento dessas duplas de
microtúbulos, uma em relação a outra
- entre essas duplas, encontramos uma dineína presas, interligando
ambas
- na presença de atp a dineína vai deslizar e gerar o movimento pois as
duplas estão presas no corpo basal
> Microfilamentos
- polímero formado por actina
- uma proteína globulina, que se liga ao ATP
- são extremamente finos e flexíveis com cerca de 7 nm de diâmetro, e são
encontrados principalmente associados à periferia celular.
como o microfilamento é montado?
- montado a partir da associação de monômeros de actina
- quando o polímero vai sendo formado, com auxílio das forminhas (uma ptn) -
localizadas na extremidade “+” do microfilamento, responsáveis por posicionar a
actina que está chegando para que ela encaixe de uma forma mais rápida
- sem a formina, pode até ser formado, mas demora um pouco mais
- resulta na formação de um polímero no formato de uma hélice torcida
- a formação do polímero ocorre com gasto de energia através da hidrólise de uma
molécula de ATP a cada actina adicionada.

existe um centro organizador de microtúbulo, os centrossomos


- é uma estrutura única
- é responsável por organizar através de um complexo de proteínas ARP 2 E ARP 3 ,
ptn livres no citosol (complexo proteico associado a actina que dá origem ao
filamento)
- há uma dinâmica maior de organização pois não há uma estrutura única
- microfilamentos se organizando a partir do arp 2 3 conseguindo se
ligar a um filamento pré formado mantendo um ângulo de 70 graus
- como é mais flexível quanto a organização, existem proteínas que se ligam
ao microfilamentos e essa interação permite que eles se organizem de forma
diferente
- feixes mais compactos ou mais espaçados
- estrutura em formato de rede
- lamelopódios (pés formato de lâminas) ou em formatos de dedos
alongados
atenção!!
- descrição no livro!
- um importante ponto de controle no crescimento do filamento de actina é o
início da formação de um novo polímero, denominado “nucleação”. São
conhecidas 3 classes de proteínas (denominadas “fatores de nucleação”) que
participam desse processo: complexos Arp2/3 (responsáveis pela
nucleação), forminas (responsáveis por controlar o alongamento) e as
proteínas COW (do inglês: compound WH2 domain – que auxiliam as
forminas no controle do alongamento do filamento).

presença dos microfilamentos nas microvilosidades - estereocílios


- cílios falsos, pois sua sustentação se dá pelos microfilamentos
- não tem movimento próprio
- envolvidos em funções sensoriais
movimentação dos microfilamentos*
- vai andando e desmontando o que vai sendo deixado para trás
- microfilamentos são instáveis

proteína motora - miosinas


- possuem uma estrutura muito parecida com a cinesina
- é uma família
- trafegam sempre em direção a extremidade + dos microfilamentos
- na célula muscular ****
- contração muscular
- existem estruturas de microfilamentos que são estáveis - está no sarcômero
e não desmonta! não esqueça!

outra função do microfilamento!


- formação do anel contrátil na citocinese da divisão celular

> Filamentos intermediários


- ainda não foi descrito sua proteína motora
- tem como função a ancoragem e sustentação de organelas
- formado por proteínas fibrosas
- filamento intermediário - formadas por (veja tabela)
Lâmina nuclear*
- lâminas A, B e C
- dá sustentação ao núcleo como organela
- durante a divisão celular, o que ocorre?

ATENÇÃO!
- as células em seu contexto social - livro albert
- como a célula é mantida íntegra no tecido
- desmossomos
- integrinas e caderinas
- tabela do albert

pq os microfilamentos estão envolvidos com a divisão celular?

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