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: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região
Partes:
AUTOR: HARLEY DE OLIVEIRA LIMA
ADVOGADO: MAXUEL PAULINO SOUSA
RÉU: FAZENDAS MAGNOLIA LTDA
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Assinado eletronicamente por: MAXUEL PAULINO SOUSA - Juntado em: 12/03/2023 17:57:43 - 3e87a49
Fls.: 3
2 Maxuel Sousa Advogado e Associados
DA JUSTIÇA GRATUITA
DOS FATOS
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Fls.: 4
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dias de final de semana sem receber remuneração adicional pelo serviço a mais
prestado, senão vejamos.
Primeiramente, quanto a sua jornada de 12x36hs, o horário de serviço
deveria ser das 18hs às 6hs do dia seguinte. Acontece que na prática o trabalhador
permanecia no seu posto de trabalho até as 8hs da manhã, duas horas a mais por dia
de serviço prestado.
Como já também mencionado, o Reclamante exercia atividade como
vigia no interior de um depósito de distribuição de gás de cozinha. Somente naquele
estabelecimento haviam mais de 20 funcionários, e mesmo já recebendo a empresa
advertência, não controlava a jornada dos trabalhadores por meio de cartão de
ponto.
O Reclamante por trabalhar como vigia noturno naquele período
trabalhava sozinho e todos os dias, mesmo tendo o seu expediente limitado até as 6hs
da manhã era obrigado a permanecer até as 8hs da manhã por que este era o horário
em que todos os outros funcionários chegavam à empresa reclamada para iniciar as
suas atividades, caixas, recepcionistas, entregadores, gerente, etc.
Era, portanto, obrigado a permanecer das 6hs às 8hs aguardando na
empresa para somente após a chegada de todos deixar o seu posto e ir para sua
residência.
Assim, havia o acréscimo diário de 2 horas na sua jornada, sem
remuneração alguma adicional.
Além de extrapolar diariamente a sua jornada, durante todo o período
o reclamante ainda foi obrigado a trabalhar em fins de semana durante o dia, como caixa
e recepcionista na empresa.
Haviam funcionários responsáveis pelo caixa e pela recepção na
empresa, porém, estes somente trabalhavam na semana até o sábado meio dia.
A empresa permanecia funcionando aos finais de semana, e por conta
disso os serviços do reclamante eram requisitados para que ele trabalhasse aos
sábados pela tarde e aos domingos o dia inteiro.
Eram dois vigias que trabalhavam na empresa, o Reclamante e mais
um outro funcionário. Como trabalhava em escala de plantão, uma semana o plantão
caia em um dia de sábado e na outra semana em dia de domingo.
No caso do Reclamante, quando o seu plantão caia na sexta feira,
este deixava o seu posto as 8h da manhã do sábado e neste dia ele não trabalhava,
porém, trabalhava no domingo o dia inteiro no caixa, iniciando as 8hs da manhã.
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No caso acima, ele estendia sua jornada no domingo como caixa o dia
inteiro das 8hs e de forma continuada permanecia na empresa até as 18h e já iniciava
o seu plantão como vigia no domingo à noite, deixando o seu posto somente na segunda
pelas 8hs da manhã.
Quando o seu plantão coincidia no sábado à noite, o Reclamante
iniciava suas atividades como caixa e recepcionista no sábado ao meio dia, horário em
que os funcionários caixa deixavam a empresa, e novamente como aos domingos
encerrava suas atividades no caixa as 18hs e de forma continuada iria para o seu
plantão a noite como vigia até as 8hs da manhã do domingo.
Resumindo, a cada fim de semana de forma intercalada, trabalhava
um sábado durante a tarde inteira e um fim de semana trabalhava um domingo o dia
inteiro, no caixa e como recepcionista. No caso quando trabalhava no caixa aos sábados
somente deixava a empresa no domingo pela manhã e quando trabalhava nos
domingos, o dia inteiro, iniciava pela manhã e somente deixava a sede da empresa na
segunda feira pela manhã.
Apesar da exaustiva sobrejornada o Reclamante não recebia valores
a mais pelo trabalho extra durante os seus plantões normais como vigia, e nem recebia
os salários horas pelos dias de sábados domingos trabalhados, e mesmo após a sua
dispensa imotivada não recebeu valor algum de diferenças salariais ora apresentadas.
Quanto a remuneração somente era paga com os valores referentes
ao salário, adicional de periculosidade e adicionais noturnos, nada mais. Não havia o
pagamento de qualquer valor correspondente ao trabalho excedente como caixa e
recepcionista ou mesmo com relação a horas extras diárias na função de vigia noturno.
Pelas narrativas acima, também resta evidente o desrespeito aos
intervalos interjornadas, vejamos.
A legislação trabalhista aponta que entre uma jornada e outra de
trabalho deve-se respeitar o mínimo de 11horas de intervalo. Nas jornadas de escala de
12x36 o intervalo mínimo de 36h deve também ser respeitado.
No presente caso o Reclamante iniciava suas atividades como caixa
e recepcionista, uma semana no sábado no período da tarde e outra semana no
domingo o período do dia inteiro, e já iniciava sua segunda jornada como vigia, e isso
para a mesma empresa.
Nesse espaço não havia, portanto, o intervalo mínimo de descanso.
Quando trabalhava no sábado à tarde tinha uma jornada de seis horas seguidas e já
iniciava uma segunda jornada de quatorze horas, quando trabalhava no domingo
durante o dia saia de uma jornada seguida de dez horas e iniciava uma outra de mais
quatorze horas seguidas.
Fone: (83) 9 9115-5374.
E-mail: maxuelpaulinoadvocacia@gmail.com
Rua Odilon Cavalcante de Albuquerque, Ed. Empresarial Marques Feitosa, Térreo, nº 04, Sala 04 – Centro –
Cajazeiras – PB.
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DA VERBAS DEVIDAS
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7 Maxuel Sousa Advogado e Associados
0012493-60.2017.5.03.0048 (AP)
17/09/2021. DEJT/TRT3/Cad.Jud. Página 1520.
Disponibilização:
Boletim: Não.
Órgão Julgador: Setima Turma
Relator(a)/Redator(a): Paulo Roberto de Castro
HORA EXTRA - INTERVALO
Tema:
INTERSEMANAL
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trazer aos autos para fins de comprovação de pagamento sob pena de presunção de
veracidade das alegações do Reclamante, o que desde já se requer.
Também, a presente Reclamada possui no seu estabelecimento número
superior a vinte funcionários sendo, portanto, obrigada a realizar o controle de jornada,
motivo pelo qual se requer também como forma de prova que esta traga aos autos
folha de ponto ou outra forma de controle de jornada a que tenha aderido.
Assim, levando-se em consideração tal fato, direciona-se o ônus da prova ao
empregador a fim de comprovar a real jornada do Reclamante durante todo o período
não atingido pela prescrição quinquenal ora tomada como parâmetro para
requerimento das verbas aqui postas.
Requer assim, a inversão do ônus da prova, sendo que não possui o
Reclamante acesso a documentação comprobatória mínima para atestar o seu direito
acima especificado.
DOS PEDIDOS
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Fls.: 14
13 Maxuel Sousa Advogado e Associados
Todas as verbas ora pleiteadas acima dever ser pagas com reflexos em
férias + 1/3 13º salários, FGTS com multa de 40% e demais reflexos, bem como
com a devida correção e atualização até o efetivo pagamento.
Todos os valores acima são apresentados por MERA ESTIMATIVA, para
fins de estipulação de valor da causa não comportando qualquer vinculação com
o valor efetivamente devido a ser apurado em liquidação.
c) Que seja realizado o desconto de valores já comprovadamente recebidos,
sendo para tanto necessária a reclamada apresentar documentação
comprobatória de pagamento das respectivas verbas.
d) Para tanto requer a inversão do ônus da prova nos termos já
especificados, sendo necessário ainda que a reclamada por manter
no seu estabelecimento mais de 20 funcionários apresente folha de
ponto e controle de jornada do reclamante.
e) A condenação ao pagamento de honorários sucumbenciais nos termos
do art. 719 –A da CLT;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos testemunhal, documental e depoimento pessoal da reclamada, o que
desde já se requer, e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
Dá-se a causa, o valor por mera estimativa com acréscimo de percentual
médio de 35 % para compensação de reflexos ora pleiteados totalizando o valor
de causa em R$ 55.399,92 (cinquenta e cinco mil trezentos e noventa e nove
reais e noventa e dois centavos).
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Número do documento: 23031217430349400000018432055