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Mariza Costa Ortega Agnelli

Juliana Costa do Prado


Advogadas

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DO FÓRUM


TRABALHISTA DE MOGI DAS CRUZES/SP

LUCAS HENRIQUE LAGOS, brasileiro, solteiro,


desempregado, nascido em 26 de julho de 1994, filho de Rita de Cassia Lopes
Lagos, portador da Cédula de Identidade RG n° 42.871.413-4 SSP/SP, inscrito no
CPF/MF n° 055.884.155-40, residente e domiciliado na Rua Professora Lucinda
Bastos, 2949 – Jundiapeba – Apto 3104 - CEP: 08750-580 – Mogi das Cruzes/SP,
por suas advogadas que a subscrevem vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840, §1º, da CLT e artigos 319 a 321, do
NCPC, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de WHF DESIGN
E TECNOLOGICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°
19.414.975/0001-94, estabelecida na Rua Marcos Markarian, 615 – Nova Aliança
– Ribeirão Preto/SP, SAILOR MARKETING LTDA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ n° 35.296.100/0001-91, estabelecida na Avenida
Rondon Pacheco, 381 – Sala 501 – Tabajaras – Uberlândia/MG, pelas razões de
fato e direito que passa a expor:

Rua Arara, 123 – B. Cubas – Mogi das Cruzes/SP - Fone: (11) 98016-8547/(11) 96160-4472
julianapradoadv@gmail.com
Só o Senhor é Deus!
Mariza Costa Ortega Agnelli
Juliana Costa do Prado
Advogadas

DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Esclarece o Reclamante que por todo o período contratual


laborou em home office, na Rua Professora Lucinda Bastos, 2949 – Jundiapeba –
Apto 3104 - CEP: 08750-580 – Mogi das Cruzes/SP, motivo pelo qual ingressa com
a presente reclamatória nesta Cidade.

DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – GRUPO


ECONÔMICO

Conforme se observa das notas fiscais anexas, o


Reclamante sempre teve que emitir notas nos nomes das duas empresas
qualificadas no polo passivo desta ação. Também no distrato ambas foram
qualificadas.

Claramente ambas as empresas pertencem ao mesmo


grupo econômico.

Requer, portanto, o reconhecimento da responsabilidade


solidária de ambas as Reclamadas quanto ao inadimplemento das obrigações
trabalhistas.

Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência,


requer a aplicação da responsabilidade subsidiária.

DA JUSTIÇA GRATUITA

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O Reclamante é pessoa humilde, ESTÁ DESEMPREGADO, não


possui condições de arcar com as despesas processuais e anexa aos autos declaração
de pobreza, considerando a acepção jurídica do termo. Assim, preenchidos os
requisitos do art. 790, parágrafo 3°, c/c o art. 99, parágrafo 3°, do CPC, dentre os quais
não se encontra a assistência sindical, requer a concessão dos benefícios da justiça
gratuita.

DA RELAÇÃO DE EMPREGO ENTRE AS PARTES


FRAUDE NA CONTRATAÇÃO - PEJOTIZAÇÃO

O Reclamante foi admitido aos serviços da Reclamada em


11/01/2021. Em tese seria prestador de serviços como pessoa jurídica, mas na
prática preencheu todos os requisitos para a caracterização do vínculo
empregatício, conforme veremos a seguir.

A sua função sempre foi Gerente de Projetos com trabalho


subordinado, habitual, oneroso, pessoal e como pessoa física.

Foi contratado para laborar de segunda a sexta-feira, das 9h às


18h, porém, na prática, sempre laborava em horário extraordinário, ou iniciando
antes do horário ou encerrando após o horário contratual, o que somava em
média de 10 a 14 horas extras por semana. O controle de jornada será
demonstrado mais adiante em tópico próprio.

Aliás, tanto o trabalho do Reclamante era como empregado


pessoa física que a empresa trabalhava até com banco de horas, o que também
será abordado mais adiante em tópico próprio.

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Outro ponto característico de empregado pessoa física é que nas


vezes em que o Reclamante adoeceu lhe foi exigida a entrega de atestado
médico na empresa (comprovantes anexos).

Como pagamento iniciou recebendo R$ 2.500,00 mensalmente. A


partir de outubro de 2021 passou a receber R$ 2.800,00. E a contar de dezembro
de 2021 até a sua demissão recebeu R$ 3.315,34 (três mil e trezentos e quinze
reais e trinta e quatro centavos).

Em 08/09/2022 o Reclamante foi demitido sem justa causa. Ao ser


demitido a Reclamada lhe pagou o valor de R$ 6.962,22 (seis mil e novecentos e
sessenta e dois reais e vinte e dois centavos) parcelado em duas vezes.

Vale ressaltar que o Reclamante nunca recebeu pelas horas extras


laboradas. A Reclamada dizia trabalhar com banco de horas, mas o Reclamante
também nunca usufruiu de tais horas que só se acumulavam.

Também, em média 3 vezes por semana, não podia gozar do


intervalo de 1 hora para refeição e descanso, alimentava-se e já retornava ao
trabalho devido ao excesso de serviço por ordens de seus superiores.

Com base no acima exposto, nota-se que houve no caso em tela


uma fraude na contratação do Reclamante que através de uma pessoa jurídica
aberta com o único intuito de emitir notas fiscais, executou trabalhos exclusivos
de pessoa física. Claramente a Reclamada teve a intenção de mascarar a relação
de emprego existente, fraudando a legislação trabalhista, fiscal e previdenciária.

DO RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO – FRAUDE NA


CONTRATAÇÃO
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Conforme já dito acima, as partes vivenciaram uma típica relação


de emprego, com subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoalidade e
pessoa física.

O Reclamante sempre trabalhou em home office, nos dias de


segunda a sexta.

O horário contratado foi das 9h às 18h, mas na prática, sempre


laborava em horário extraordinário, ou iniciando antes do horário ou encerrando
após o horário contratual, o que somava em média de 10 a 14 horas extras por
semana.

A sua jornada era controlada de forma online por um método que


media as horas trabalhadas. Aliás, também era obrigação dos gerentes
preencherem mensalmente planilhas de horários de todos os empregados, tanto
os registrados em CLT, quanto os que seriam “prestadores de serviços como
pessoas jurídicas”, que repete-se, na prática eram empregados comuns como os
demais.

Diariamente havia reunião online com todos os empregados, tanto


os registrados em CTPS, quanto os que a empresa alegava serem pessoas
jurídicas, não havia diferença alguma entre eles.

O Reclamante utilizava diariamente as seguintes ferramentas de


trabalho:

Trello = (quadro de gestão de demandas) – plataforma onde o cliente enviava as


solicitações de trabalho, o que também podia ser feito por e-mail e whatsapp;
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Discord – plataforma de relacionamentos, como se fosse um whatsapp próprio


da empresa – por este canal se comunicava com todos da empresa.

O líder do projeto conseguia fiscalizar à distância inclusive se o


Reclamante estava utilizando estas plataformas pelo celular ou pelo computador
e mensurar o tempo utilizado em cada uma delas.

Era comum o chefe ter reunião com o Reclamante dizendo que


tinha ficado X% no mobile (celular) e X% no desktop (computador) e etc.

A empresa alegava que utilizava as horas excedentes como banco


de horas, mas na prática nunca concedeu as tais horas.

O Reclamante, como um empregado regido pela CLT, já teve,


inclusive, que entregar atestado médico na empresa (comprovantes anexos).

Vale ressaltar, que a farta documentação juntada nos autos, por si


só comprova todo o alegado acima e como se não bastasse, o Reclamante ainda
possui provas testemunhais de todo o alegado.

Assim, o Reclamante requer o reconhecimento pelo r. juízo


do vínculo empregatício, devendo a empresa efetuar o devido registro em sua
CTPS, constando datas de admissão, demissão, a projeção do aviso prévio, a
função exercida pelo Reclamante, bem como a remuneração percebida por ele.

Com isso, requer ainda a condenação da Reclamada ao


pagamento das seguintes verbas: saldo de salário – 8 dias = R$ 884,09, aviso
prévio – 33 dias = R$ 3.646,87, férias 2021/2022 + 1/3 (em dobro) – R$ 3.315,34 +
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R$ 1.105,11 = R$ 4.420,45 X 2 = R$ 8.840,90, férias proporcionais 9/12 + 1/3 = R$


2.486,50 + 828,83 = R$ 3.315,33, 13° salário integral 2021 = R$ 3.315,34, 13°
salário proporcional 2022 – 9/12 = R$ 2.486,50, FGTS de todo o período
trabalhado = aproximadamente R$ 5.600,00 + indenização de 40% sobre os
depósitos fundiários = aproximadamente R$ 2.227,90.

TOTAL = R$ 30.316,93 (trinta mil e trezentos e dezesseis reais e noventa e três


centavos).

Ressalta-se que após a rescisão contratual o Reclamante


recebeu R$ 6.962,22 (seis mil e novecentos e sessenta e dois reais e vinte e dois
centavos), o que em respeito ao Princípio da Boa Fé deve ser abatido do valor
pleiteado acima, restando um saldo de R$ 23.354,71 (vinte e três mil e trezentos
e cinquenta e quatro reais e cinquenta centavos) a ser cobrado pelo
Reclamante, o que requer.

DA MULTA PREVISTA NO ART. 477, DA CLT

Considerando que a demissão sem justa causa ocorreu no dia


08/09/2022 e até o momento não houve pagamento das verbas rescisórias, o
Reclamante faz jus e requer a condenação da Reclamada ao pagamento da multa
prevista no art. 477, parágrafo 8°, da CLT, no valor equivalente a R$ 3.315,34
(três mil e trezentos e quinze reais e trinta e quatro centavos).

DAS HORAS EXTRAS DIÁRIAS E SEMANAIS


DAS HORAS EXTRAS PELOS INTERVALOS INTRAJORNADA NÃO
FRUÍDOS

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Conforme já mencionado acima, o Reclamante sempre laborou em


horário extraordinário. O horário contratado foi de segunda a sexta-feira, das 9h
às 18h, mas na prática, sempre laborava em horário extraordinário, ou iniciando
antes do horário ou encerrando após o horário contratual, o que somava em
média de 10 a 14 horas extras por semana, o que lhe confere o direito ao
recebimento de aproximadamente 45 horas extras/mês e 900 horas pelos 20
meses trabalhados.

Requer o seu recebimento sob forma de horas extras, com o


adicional de 50%:

- Horas extras (900 horas) = R$ 20.345,35,


- DSR/HE = R$ 4.069,07,
- FGTS/HE = R$ 1.627,62.

TOTAL = R$ 26.042,04.

Conforme já dito mais acima, também, em média 3 vezes


por semana, não podia gozar do intervalo de 1 hora para refeição e descanso,
alimentava-se e já retornava ao trabalho devido ao excesso de serviço por ordens
de seus superiores. Assim, requer também o pagamento das horas extras pelos
intervalos para refeição e descanso não fruídos, com o adicional de 50%, no
equivalente a 13,5 horas extras/mês e 270 horas extras por todo o período
contratual:

- Horas extras (270 horas) = R$ 6.103,23,


- DSR/HE = R$ 1.220,64,
- FGTS/HE = R$ 488,25.

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TOTAL = R$ 7.812,12..

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Por quase 1 ano, de janeiro a setembro de 2021, o


Reclamante sofreu assédio moral por parte de sua líder Laiz Nagay – Gerente
Master de Projetos - que sempre o expunha à vergonhas e humilhações perante
os clientes e colegas de trabalho em reuniões, sempre o diminuindo como
profissional.

A referida gerente sempre foi uma pessoa inconstante e


instável, o ambiente de trabalho era torturante com uma energia extremamente
sobrecarregada, e o Reclamante devia estar em constante estado de alerta,
“pisando em ovos” com medo das humilhações que surgiam à qualquer
momento.

Por causa disso o Reclamante passou a sofrer diretamente


em sua saúde, passando por crises de ansiedade, problemas de gastrite,
problemas com o sono e dores de cabeça fortíssimas, chegou inclusive a ficar
afastado do trabalho por 4 dias.

O tratamento da Sra Laiz com o Reclamante era


extremamente abusivo, era como se o perseguisse por algum motivo, o
utilizando como bode espiatório para todo e qualquer problema que surgia no
trabalho, sempre o diminuindo como profissional e o culpando perante todos,
tudo isso o deixou com sequelas emocionais até os dias de hoje.

Assim, em caráter pedagógico, considerando a gravidade


da situação e o porte da Empresa, a fim de evitar enriquecimento sem causa,
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bem como impedir que fique impune a atitude da Reclamada, deve a empresa
ser condenada ao pagamento de indenização por danos morais, em natureza
média, no valor de 05 vezes o seu salário (R$ 3.315,34), no valor de R$ 16.576,70
(dezesseis mil e quinhentos e setenta e seis reais e setenta centavos), art. 223
G, parágrafo 1°, inciso III, da CLT.

Porém, se não for este o entendimento do r. juízo, o


que se admite por amor à boa argumentação, requer-se que seja fixado ao justo
arbítrio de Vossa Excelência.

DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Requer-se a condenação da Reclamada ao pagamento de


honorários de sucumbência de 15% sobre o valor da condenação, nos termos do
art. 791-A, da CLT, no valor equivalente a R$ 7.710,09 (sete mil e setecentos e
dez reais e nove centavos).

DA DEDUÇÃO

Em homenagem ao princípio da boa-fé, requer-se desde já a


dedução dos valores eventualmente já pagos sob os mesmos títulos aqui
requeridos, devendo constar dos recibos de pagamento expressamente a
assinatura do Reclamante, sendo observada ainda a vedação ao pagamento
complessivo, nos termos da Súmula 91, do TST.

DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO ou DA INICIAL/ARQUIVAMENTO

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O § 1º do art. 840, da CLT, reza que a inicial escrita, deve conter os


seguintes requisitos: “a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante
ou de seu representante”. E o § 3º, do mesmo art. 840, assim diz: “Os pedidos
que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem
resolução do mérito”. Todavia, o art. 321, do CPC, assim dispõe: “O juiz, ao
verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado” (CPC,
art. 321). Somente se o autor não cumprir a diligência, é que o juiz indeferirá a
petição inicial (CPC, art. 321, § único).

Com o advento da Lei 13.467/17, houve um grande avanço


processual. Isto porque, doravante, na Justiça do Trabalho, pode-se usar leis
diversas da CLT. (CLT, art. 769). Também, o artigo 15, do NCPC, diz
expressamente que “Na ausência de normas que regulem processos eleitorais,
trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão
aplicadas supletiva e subsidiariamente”.

Assim, invocando os comandos legais supraditos (CLT, art. 769 e


NCPC, art. 15), na hipótese de o(a) nobre Magistrado(a) entender que houve o
desatendimento a quaisquer dos pressupostos da petição inicial (CLT, art.
840, §1º (com a nova redação dada pela Lei 13.467/17); CPC, arts. 319 e
320), ou mesmo que a exordial apresente defeitos ou irregularidades,
REQUER seja concedido ao Reclamante a oportunidade de emendá-la (no
sentido de corrigir) ou completá-la, no prazo de 15 dias, nos termos do
art. 321, caput, CPC.

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DOS PEDIDOS

Ante ao exposto, é a presente para requerer do MM. Juízo, a


condenação da Reclamada aos pleitos abaixo, a fim de obter a condenação
nas obrigações de fazer, bem como nas de pagar as verbas a seguir
postuladas, cujo quantum deverá ser apurado em regular liquidação de
sentença. Caso Vossa Excelência entenda ausente alguma formalidade
nesta peça de entrada, requer seja aplicado o artigo 321 do CPC e
Súmula 263 do C. TST.

Ex positis, requer se digne Vossa Excelência:

a) Reconhecer o vínculo de emprego entre as partes


e determinar que a Reclamada efetue o registro na CTPS do Reclamante, com
anotações das datas de admissão em 11/01/2021, demissão sem justa causa em
08/09/2022 e aviso prévio projetado em 11/10/2022, na função de Gerente de
Projetos e com salário de R$ 3.315,34 (três mil e trezentos e quinze reais e trinta
e quatro centavos),

b) Pagamento das seguintes verbas: saldo de salário


– 8 dias = R$ 884,09, aviso prévio – 33 dias = R$ 3.646,87, férias 2021/2022 + 1/3
(em dobro) – R$ 3.315,34 + R$ 1.105,11 = R$ 4.420,45 X 2 = R$ 8.840,90, férias
proporcionais 9/12 + 1/3 = R$ 2.486,50 + 828,83 = R$ 3.315,33, 13° salário
integral 2021 = R$ 3.315,34, 13° salário proporcional 2022 – 9/12 = R$ 2.486,50,
FGTS de todo o período trabalhado = aproximadamente R$ 5.600,00 +
indenização de 40% sobre os depósitos fundiários = aproximadamente R$
2.227,90.
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TOTAL = R$ 30.316,93 (trinta mil e trezentos e dezesseis reais e noventa e três


centavos).

Abatendo-se R$ 6.962,22 (seis mil e novecentos e


sessenta e dois reais e vinte e dois centavos) já pagos, resta um saldo de R$
23.354,71 (vinte e três mil e trezentos e cinquenta e quatro reais e cinquenta
centavos), o que se requer.

c) Pagamento da multa prevista no art. 477, da CLT,


no valor de R$ 3.315,34 (três mil e trezentos e quinze reais e trinta e quatro
centavos),

d) Pagamento das horas extras diárias e semanais:

- Horas extras (900 horas) = R$ 20.345,35,


- DSR/HE = R$ 4.069,07,
- FGTS/HE = R$ 1.627,62.

TOTAL = R$ 26.042,04.

e) Pagamento das horas extras pelos intervalos para


refeição não fruídos:

- Horas extras (270 horas) = R$ 6.103,23,


- DSR/HE = R$ 1.220,64,
- FGTS/HE = R$ 488,25.

TOTAL = R$ 7.812,12.

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f) Pagamento de indenização pelos danos moraiis


sofridos no equivalente a R$ 16.576,70 (dezesseis mil e quinhentos e setenta e
seis reais e setenta centavos),

g) Pagamento dos honorários sucumbenciais de


10% sobre o valor da condenação, no valor de R$ 7.710,09 (sete mil e setecentos
e dez reais e nove centavos).

h) A concessão da justiça gratuita nos termos


lançados no tópico próprio, bem como seus efeitos em eventual sucumbência
pericial e honorários advocatícios, conforme amplamente narrado e requerido
neste exórdio que integra o presente rol de pedidos, sobretudo, TODAS as teses
lançadas de forma subsidiária, inclusive o pedido de Controle de
Constitucionalidade na Via Difusa; nos termos da causa de pedir acima, não há
valor a indicar;

i) Seja observada a possibilidade de apresentação


de pedidos indeterminados, bem como que os valores apontados na presente
Reclamação não limitem a pretensão do Reclamante; nos termos da causa de
pedir acima, não há valor a indicar;

j) Condenação da Reclamada em suportar a


regularização fiscal, já que as condutas omissas e altamente lesivas da empresa
fizeram culminar a provocação da jurisdição, não podendo, de forma alguma
traduzir-se em prejuízo ao Reclamante, posto que é de responsabilidade do
empregador o recolhimento fiscal. Todavia, caso Vossa Excelência afaste esse
entendimento, requer-se então a seja aplicada a tabela progressiva para cálculo
do imposto devido, sobre as parcelas tributáveis separadamente, ou seja, mês a
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mês, até o limite de isenção permitido, da mesma forma que ocorreria caso o
pagamento fosse efetuado no momento oportuno e, nunca sobre o total do
crédito a ser apurado em liquidação de sentença; nos termos da causa de pedir
acima, não há valor a indicar;

k) Ante as irregularidades praticadas pelas


Reclamadas, passíveis de penalidades administrativas, e também pelo crime
contra a organização do trabalho, uma vez que elas frustraram direitos
assegurados pela legislação trabalhista, requer seja expedido ofícios ao
Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho para a instauração de
processo administrativo e processo criminal em face da(s) Reclamada(s); nos
termos da causa de pedir acima, não há valor à indicar;

l) A dedução dos valores eventualmente pagos, sob


os mesmos títulos requeridos; nos termos da causa de pedir acima, não há valor
a indicar;

m) Caso Vossa Excelência entenda que houve o


desatendimento a quaisquer dos pressupostos da petição inicial (CLT, art.
840, §1º (com a nova redação dada pela Lei 13.467/17); CPC, arts. 319 e
320), ou mesmo que a exordial apresente defeitos ou irregularidades,
REQUER-SE a concessão de oportunidade para emendá-la (no sentido de
corrigir) ou completá-la, no prazo de 15 dias (CPC, art. 321, caput).

n) Que os valores eventualmente deferidos


sejam apurados em regular liquidação de sentença, observados os
parâmetros da fundamentação de sentença, sem limitação ao valor
indicado pelo Reclamante na inicial por se tratar de mera estimativa
(inestimável).
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o) Requer, por fim, o reconhecimento da


responsabilidade solidária de ambas as Reclamadas quanto ao inadimplemento
das obrigações trabalhistas.

Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência,


requer a aplicação da responsabilidade subsidiária.

Diante do exposto, requer a notificação das Reclamadas


para que compareçam à audiência que for designada e, querendo, apresentem
suas contestações, sob pena de se sujeitarem aos efeitos da revelia e confissão
quanto à matéria de fato. Ao final, aguarda-se a procedência da Ação,
condenando-se a Reclamada na forma dos pedidos acima, acrescidos de juros
legais e correção monetária, honorários advocatícios, na forma legal, bem como
a suportar com o ônus dos recolhimentos fiscais, apurando-se os valores em
regular liquidação de sentença.

Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova


em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal da(s)
Reclamada(s), sob pena de confissão (Enunciado nº 74, do TST), e ainda a
inquirição de testemunhas, perícia técnica, juntada de documentos e outras que
se fizerem necessárias no decorrer do processo.

Dá-se, à causa, o valor de R$ 84.811,00 (oitenta e quatro


mil e oitocentos e onze reais), apenas para efeito de alçada, sem prejuízo de
atualização monetária e juros a serem calculados em regular liquidação de
sentença, ressaltando, ainda, que o valor dado à causa não limita a pretensão

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Só o Senhor é Deus!
Mariza Costa Ortega Agnelli
Juliana Costa do Prado
Advogadas

obreira, conforme narrado na presente Reclamação Trabalhista, requerendo,


destarte, a sua apuração em regular liquidação de sentença.

Termos em que,
p. deferimento.

Mogi das Cruzes,


27 de março de 2023.

JULIANA COSTA DO PRADO


Advogada OAB/SP nº 317922

MARIZA COSTA ORTEGA AGNELI


Advogada OAB/SP nº 130009

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