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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo


0000873-60.2023.5.21.0009

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 26/10/2023


Valor da causa: R$ 27.526,64

Partes:
RECLAMANTE: MARIA JANUARIO PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO: MARCELO ROMEIRO DE CARVALHO CAMINHA
RECLAMADO: ALISSON FELIX DE SOUZA - ME
ADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE MEDEIROS
ADVOGADO: LENITA RODRIGUES TORRES OLIVEIRA
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO
9ª Vara do Trabalho de Natal
ATSum 0000873-60.2023.5.21.0009
RECLAMANTE: MARIA JANUARIO PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO(A): ALISSON FELIX DE SOUZA - ME

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 30 de novembro de 2023, na sala de sessões da MM. 9ª Vara do


Trabalho de Natal, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho LYGIA
MARIA DE GODOY BATISTA CAVALCANTI, realizou-se audiência relativa à Ação
Trabalhista - Rito Sumaríssimo número 0000873-60.2023.5.21.0009,
supramencionada.

Às 09:15, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte reclamante MARIA JANUARIO PEREIRA DA SILVA,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). FELIPE THAYNA
MESQUITA DE PAIVA, OAB 21214/RN.

Presente a parte reclamada ALISSON FELIX DE SOUZA - ME,


representado(a) pelo(a) proprietário(a) Sr.(a) ALISSON FELIX DE SOUZA, acompanhado
(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). LENITA RODRIGUES TORRES OLIVEIRA, OAB 2647/RN.

A Juíza consigna a presença dos estudantes do Curso de Direito os


senhores KAIO ALVES CHAGAS - CPF: 016.341.411-48, MELQUISEDEQUE VARELA DE
SOUZA - CPF: 090.540.434-31 E THALES FELIPE GALDINO DE OLIVEIRA - CPF:
700.503.164-43.

O Juízo da Força de Termo de Comparecimento a presente ata, para


todos que depuseram nesta sessão.

Aberta a audiência e relatado o processo, defiro ao(à) reclamante os


benefícios da gratuidade integral da Justiça, assegurando-lhe o direito amplo e
irrestrito de demandar em Juízo sem a obrigação de pagar pelas custas e despesas
processuais, nestas incluindo os honorários periciais, bem assim honorários de
sucumbência, tudo com base na Constituição Federal (arts. 1º, incisos III e VI, 5º,
caput e incisos XXXV, LIV, LV, LXXIV, art. 7º, caput, art. 9º, art. 114, art. 170 e art. 193) e
do CPC (art. 98, caput).

Recusada a 1ª proposta de conciliação.

Réplica constante no documento de Id afaf017.

Valor da causa fixado nos termos da inicial.

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Ato contínuo, passou o Juízo à instrução da causa.

DEPOIMENTO DO RECLAMANTE: “que não tinha acesso a informação


de banco de horas; que batia o ponto na entrada, orientada a chegar 15 minutos
antes das 07:00, batia o ponto na digital; que atendia as famílias, que as vezes às 11:
00 estava atendendo alguma família e esquecia de bater o ponto, deixando de
assinar na saída do almoço, e a depoente comunicava a coordenadora; que quando
isso ocorria recebiam orientação que o professor Alisson faz o ajuste limitado a 03
vezes por mês; que as vezes a depoente esquecia de bater o ponto, por motivo das
demandas diárias; que haviam ocasiões que a depoente não ia para casa, na hora do
intervalo porque tinha que atender as famílias; que as vezes almoçava na escola; que
uma vez atendeu uma família, e passou das 12:00 horas, e não lembra se assinou o
ponto, subiu para biblioteca descansar, retornou; que nunca lhe foi comunicado que
havia um banco de horas, nem que havia compensação de horas, com folgas; que no
contracheque não tinha pagamento de horas extras e nunca recebeu horas extras;
que foi avisada que seria despedida; que trabalhou de 02/2018 até 07/2023; que no
final do expediente a coordenadora falou com a depoente que o professor Alisson
queria falar com ela; que foi falar com Alisson e lá ele comunicou que a depoente
seria de dispensada; que foi hora extra avisado que seriam 45 dias de aviso prévio;
que não sabia que seriam 45 dias de aviso prévio; que a depoente recebeu o valor da
rescisão, questionou se o valor estava certo; que o Alisson colocou a depoente para
falar com a contadora, para que ela lhe explicasse a questão da rescisão“. Respostas
às perguntas formuladas pelo Ilustre Patrono da Reclamada: “ que não lembra se
trabalhou 23 dias ou 27 dias no aviso prévio, presencialmente; que cumpriu os dias
de trabalho que a empresa estabeleceu; que acreditar que bateu o ponto nos dias do
aviso prévio; que recebeu o salário do mês que trabalhou no aviso prévio; que nunca
foi chamada de bater o ponto; que a empresa orientava a depoente a bater o ponto,
era uma norma de empresa; que trabalhou na Pandemia; que fez uma cirurgia em 03
/2020, foi convidada pela empresa para ir assinar o documento, do programa do
Governo no período da Pandemia, não entendia bem do que se tratava; que a
depoente ministrava aos online em 2020“. Nada mais foi dito nem lhe foi perguntado.

DEPOIMENTO DO PREPOSTO da Reclamada: “que é o proprietário da


reclamada; que havia um ponto eletrônico colocado em 2018, substituiu a folha; que
colocava a digital e vinha o comprovante impresso; que as poucas vezes que foi
solicitado atendimento aos pais, o ponto deveria ser assinado logo após; que se o
professor esquece de bater o ponto, deveria ir na coordenação para justificar; que no
sistema tem um local para justificar o ponto não batido, ficando em vermelho; que
essa observação era feita pela coordenação; que nem sempre os professores
informavam que não bateu o ponto, e assim, o depoente fazia; que havia muito
esquecimento de batida de ponto dos professores; que sempre haviam
compensação de horas, com folgas, inclusive nas férias, exemplo 30 dias de férias o
professores tirava 03 dias a mais; que neste intervalo na folha de ponto, era a
compensação , quando o funcionário não batia o ponto; que em 2020 foi feito um
acordo coletivo de compensação de horas e foi informado aos trabalhadores; que a
compensação era dita verbalmente ; que a empresa sempre concedia mais folgas
que a que tinha no banco; que o tempo sempre passava; que se a funcionária ficasse

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duas horas a mais na empresa, ela no outro dia receberia folga a tarde; que a
informação de quantas horas tinha no banco de horas era verbal; que nunca pagou
horas extras a reclamante , sempre foi compensação; que a contadora informou que
seriam 30 dias, + cada ano seria 3 dias a mais, totalizando 45 dias; que a reclamante
trabalhou 23 dias e passou 22 dias em casa; que foi dado a reclamante redução de
07 dias corridos e 15 dias corridos restante foi dado sem a reclamante trabalhar “.
Respostas às perguntas formuladas pelo Ilustre Patrono do(a) Reclamante: “que não
era mostrado o saldo de banco de horas a reclamante; que haviam os 04
comprovantes das batias por dia; que cada batia gera um relatório de
horas mensais; que a reclamante sabia do banco de horas com a compensação
informal que era feita; que as férias da reclamante foram antecipadas; que na escola
o recesso escolar em julho de 15 dias, e complementava em dezembro os outros 15
dias; que isso era coletivo para todos os professores; que são as férias escolares;
que ao apresentar ao depoente o documento as folhas 162, que estava registrado
dessa forma, mas de fato todos gozavam as férias em dezembro e em julho; que a
reclamante trabalhava das 06:55 as 11:15 e das 13:00 as 17:15 de segunda a sexta “.
Nada mais foi dito nem lhe foi perguntado.

As partes informaram não terem mais provas a apresentar.

Encerrada a instrução processual.

Mantidos os termos da inicial e da defesa como razões finais,


facultado as partes apresentação de memoriais no prazo de 02 dias.

Conciliação final rejeitada.

Indagado a respeito sobre o disposto no art. 878, da CLT, o


reclamante requereu desde já a execução plena de eventual crédito decorrente de
sentença condenatória em seu favor, com a utilização das ferramentas eletrônicas
disponíveis, além de medidas cautelares, pesquisas patrimoniais na forma do
Provimento TRT/CR 1/2011, incluindo a aplicação das teorias da desconsideração e a
desconsideração inversa da personalidade jurídica da reclamada. Com a palavra, o
polo ativo disse nada a ter a opor, requerendo que a atuação deste Juízo esteja
pautada pelo cumprimento de suas decisões de forma efetiva. Deferido. Observe-se
o requerimento na hipótese de haver obrigação a ser cumprida na execução.

Designado para JULGAMENTO a data de 19/12/2023.

Cientes os presentes (Súmula 197 do col. TST).

Audiência encerrada às 10:46.

Nada mais.

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LYGIA MARIA DE GODOY BATISTA CAVALCANTI


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por ALANA FARIAS DE OLIVEIRA AGUIAR, Secretário(a) de Audiência.

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https://pje.trt21.jus.br/pjekz/validacao/23113011141929400000018855996?instancia=1
Número do processo: 0000873-60.2023.5.21.0009
Número do documento: 23113011141929400000018855996

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